domingo, 16 de novembro de 2014


A CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA É UM CAMINHO ESCOLHIDO

A consagração a Nossa Senhora é um caminho escolhido por Deus para que encontremos o Amor.
Consagração: caminho para encontrar o Amor
João e Maria juntos à cruz de Cristo.
A consagração a Nossa Senhora é um caminho para encontrar o Filho do Altíssimo, Jesus Cristo, Deus que é Amor e se fez homem. O Filho de Deus nos ensinou a amar por sua entrega total à vontade do Pai1,as por nós mesmos somos incapazes desse amor incondicional. Por isso, precisamos entrar na escola da Virgem Maria, aquela que gerou o Amor e correspondeu totalmente a Ele, dedicando-Lhe toda a sua vida, até as últimas consequências. Mãe e Filho estiveram juntos até o fim2, numa entrega total de si mesmos por amor a Deus e a humanidade. Não tendo mais o que nos dar, nos últimos instantes de sua vida terrena, Jesus confiou-nos, em seu testamento espiritual, aquela que mais amava neste mundo: “Eis a tua Mãe!”3. Por isso, “os verdadeiros devotos de Nossa Senhora devem amá-la não simplesmente com um amor humano, mas com amor teologal, amor caridade, por causa de Deus, de modo que, quando louvem Maria e contemplem suas virtudes, Deus seja amado e glorificado
Deus quis a devoção a Nossa Senhora para que, amando-a, O amássemos de modo mais perfeito. Mas, resta-nos perguntar: porque nos consagrar a Virgem Maria? A resposta é bem simples. Basta lembrarmos que a consagração é a Jesus Cristo, a Sabedoria encarnada, pelas mãos de Maria5. Nos entregamos ao Filho, por meio de sua Mãe. Não fazemos a consagração diretamente a Jesus porque Ele mesmo, na Cruz, inaugurou a mediação maternal de Maria, quando disse ao Discípulo Amado: “Eis a tua mãe”6, e à sua Mãe: “Mulher, eis o teu filho”7. A Palavra de Deus atesta que “a partir daquela hora, o discípulo a acolheu no que era seu”, acolhendo-a, mais do que em sua casa, em seu coração. Por isso, à imitação de João, devemos nos entregar totalmente a Maria, repetindo o que também fez o Papa João Paulo II, que deixou sua consagração mariana explícita no lema de seu pontificado: “Totus tuus ego sum, Maria, et omnia mea tua sunt – Sou todo teu, Maria, e tudo o que é meu pertence a ti”8.
Na história da Igreja, houve devotos críticos e escrupulosos, que chamavam de indiscretos ou exagerados os piedosos atos de amor que os fiéis ofereciam a Nossa Senhora. Na passagem do século XVII para XVIII, na França da época de São Luís Maria, os jansenistas chegaram a distribuir vários panfletos com advertências contra supostos excessos de amor à Mãe de Deus. Para justificar essa conduta, esses críticos diziam que o próprio Jesus tratava com desprezo sua Mãe9. Nada mais falso, pois Nosso Senhor “quis humilhá-la e escondê-la durante a vida para favorecer a sua humildade”10. Mas, depois de elevar-Se aos Céus, Jesus glorificou sua Mãe. Desse modo, passou a cumprir-se a profecia de Maria no cântico do Magnificat: “doravante, todas as gerações hão de chamar-me bem-aventurada”11, e também a visão do livro do Apocalipse: “Então apareceu no céu um grande sinal: uma mulher vestida com o sol, tendo a lua debaixo dos pés e, sobre a cabeça, uma coroa de doze estrelas
A Virgem Maria está em corpo e alma nos Céus, mas também permanece em nossas vidas, por meio de uma presença virtual e de uma presença afetiva. Esta presença virtual de Nossa Senhora é ativa e não simbólica ou uma imagem do real. Em teologia, virtual (do grego virtus) significa força, ação, atividade. “Pelo maravilhoso mistério da comunhão dos santos, a Virgem Santíssima, mesmo estando gloriosa no Céu, está bem perto de nós. Quanto à sua presença afetiva, diz respeito ao amor que ela nos devota e ao qual nós devemos corresponder, por amor a Deus”13. Pois, crescer em santidade significa um crescimento generoso no amor14.
Portanto, Jesus escondeu a sua Mãe Santíssima aqui na Terra para elevá-la e glorificá-la nos Céus. O próprio Cristo se escondeu neste mundo, vivendo a maior parte de sua vida ocultamente em Nazaré, e quer que nossa vida esteja escondida com Ele15. Pois se, à imitação de Maria, formos pobres, humildes16, e cheios de graça17 nesta vida, glória semelhante à sua possuiremos no Reino dos Céus. Para a nossa salvação, a consagração a Nossa Senhora não é necessária, mas ela é essencial para alcançarmos a perfeição, a santidade. Se desejamos simplesmente nos salvar, podemos contentar-nos simplesmente em cumprir os Mandamentos de Deus e da Igreja. Mas, se queremos ser santos, além disso, devemos consagrar-nos inteiramente a Jesus Cristo, amando-O de modo mais perfeito, por meio da Virgem Maria. Nossa Senhora das Dores, rogai por nós!
Natalino Ueda

FAÇAMOS O BEM A TODAS AS PESSOAS

Não nos cansemos de fazer o bem; se não desanimarmos, quando chegar o tempo, colheremos.” ( Gl 6,9)
No início deste dia, escolha fazer o bem a todos com palavras e gestos concretos, sendo sinal do amor de Deus a tantas pessoas que estão sem esperança.
Não desanime em fazer o bem ao próximo; ao contrário, faça sem nada esperar, como uma mãe que cuida de seu filho, que se dedica a ele com todo carinho e amor.
“E tudo o que vocês fizerem através de palavras ou ações, o façam em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus Pai por meio dele” (Cl 3,17).
Senhor, ensina-nos a fazer o bem ao nosso próximo.
Jesus, eu confio em Vós!   
Luzia Santiago

DEUS NOS ENSINA O CAMINHO DA PRUDÊNCIA E SENSATEZ

Deus não quer você endividado nem arruinado, Ele não o quer no prejuízo, mas você precisa colaborar com a graça d’Ele. Que a Palavra do Senhor nos ensine o caminho da prudência e da sensatez.
Com efeito: qual de vós, querendo construir uma torre, não se senta primeiro e calcula os gastos, para ver se tem o suficiente para terminar?” (Lucas 14, 28).
A Palavra de Deus, hoje anunciada a nós, é um convite para fazermos o uso da prudência em nossa vida, tão necessária em todas às situações. Muitas vezes, “apanhamos” e levamos “arrastões” da vida, porque não sabemos fazer uso do bom senso, da ponderação e da prudência.
Não podemos dizer: “É Deus quem vai resolver para mim. Ele vai me dar!”. Ter fé é saber confiar, é saber esperar, mas a fé nos ensina também a termos juízo, a não nos aventurarmos a fazer uma coisa que não daremos conta de terminar; e isso vale para as situações cotidianas da vida. Se você deseja comprar alguma coisa, não seja um desvairado, não saia por aí gastando, comprando à vontade, sem depois calcular a sua real condição financeira.
Quantas pessoas estão “quebradas” nessa vida, porque lhes faltou juízo e prudência! Nós erramos uma vez, duas vezes, mas há pessoas que parecem querer errar a vida inteira!
Deus não o quer endividado nem arruinado, Ele não o quer no prejuízo, mas você precisa colaborar com a graça d’Ele. Ele o ajudará a prosperar, a ser melhor para que as coisas melhorem na sua vida, mas você precisa fazer uma coisa de cada vez. Invista naquilo que tem mais convicção, que tem condições de começar e terminar, porque não há nada mais insensato para um homem do que querer construir uma casa e não calcular quanto vai se gastar nela. Muitas vezes, pode até dizer: “Ah, vou começar e depois vejo quando termino!”. Era melhor ter um terreno vazio do que começar a casa e não sair do alicerce ou ficar somente nas paredes. Muitas vezes, a situação fica assim, porque faltou bom senso, faltou examinar qual era a verdadeira condição.
Quando eu digo construir uma casa, falo também sobre comprar um carro, fazer uma viagem ou todas as situações da vida que precisam de cálculos antes de serem decididas. Eu volto a dizer: Deus não quer você endividado, com a corda no pescoço, não quer ninguém batendo à sua porta e fazendo cobranças. Seja sensato, equilibrado e tenha juízo! Pode ser que algumas coisas tenham fugido de seus planos, e seja até fácil consertá-las, mas quem não mede as consequências dos seus atos pode pagar um preço muito alto por isso.
Que a Palavra de Deus nos ensine o caminho da prudência e da sensatez. Que tenhamos juízo e precaução em tudo aquilo que precisamos fazer em nossa vida!
Padre Roger Araújo

PALAVRAS A UM JOVEM HOMOSSEXUAL

Saiba o que o Catecismo da Igreja Católica fala a respeito dos homossexuais
Tenho recebido muitas correspondências de jovens cristãos que lutam bravamente contra a tendência homossexual e querem viver vida de castidade segundo a vontade de Deus. Eles me pedem ajuda e conforto. Por isso, escrevo essas palavras, com muito amor, a todos aqueles que travam essa luta difícil contra a tendência homossexual, cujas causas são complexas
A posição da Igreja (que é a da Bíblia e da sagrada Tradição); assistida e guiada pelo Espírito Santo, como Jesus prometeu (cf. Jo 14, 15.25; 16,12-13), é que a “tendência homossexual não é pecado”, mas que a PRÁTICA DOS ATOS SEXUAIS é pecado grave (cf. Catecismo §2357).
 O que diz o Catecismo da Igreja
§2357 – “A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atração sexual, exclusiva ou predominante , por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade se reveste de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (Gn 19,1-29; Rm 1,24-27; 1Cor 6,9-10; 1Tm 1,10), a tradição sempre declarou que “os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados” (CDF, decl. Persona humana, 8). São contrários à lei natural. Fecham o ato sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afetiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados”.
Homossexuais – não discriminá-los
§2358 – “Um número não negligenciável de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condição homossexual; para a maioria, pois a maioria, pois, esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa da sua condição”.
Homossexuais – viver a castidade
§2359 – “As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadores da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar, gradual e resolutamente, da perfeição cristã.”
Há quem defenda que a  homossexualidade é um “terceiro sexo”; e, portanto, algo natural e legítimo. Mas, para a fé católica, isso entra em conflito com a lei natural; um homem com um homem não podem gerar um filho. Deus criou dois sexos diferentes para se completarem mutuamente. Cada um dos dois tem predicados que o outro não tem. Para muitos especialistas, como o Dr. Gehard von Aardweg, a tendência homossexual tanto pode ser congênita como pode ser adquirida. Não é porque alguém tenha a tendência homossexual que é certo dizer que isso é “normal e correto”, e que ele pode viver a homossexualidade, discordando até de Deus e das suas Escrituras. Se for assim, qualquer tendência desordenada poderia ser justificada. Para o cristão, a tendência não justifica a prática.
A cruz da tendência homossexual é pesada, mas o cristão sabe que é da cruz que nasce a ressurreição. Se você souber conviver com a tendência homossexual, mas sem viver os “atos homossexuais”, a Igreja mostra que
Você estará como que “subindo a escada da santidade”. Para isso é preciso a graça de Deus, a Confissão quando cair, a Eucaristia frequente, a leitura e meditação da Palavra de Deus. Não é o que todos nós precisamos fazer?
Cristo carregou na Sua Cruz esta sua tendência homossexual; e nas santas chagas do Senhor você pode buscar o remédio para elas. São Pedro diz que “Ele carregou as nossas enfermidades”; então, você pode procurar na oração a cura desse mal. Sugiro que você leia o livro “A BATALHA PELA NORMALIDADE SEXUAL” escrito pelo Dr. Gerard van den Aardweg (Editora Santuário Aparecida), Ph.D. em Psicologia pela Universidade de Amsterdam (Holanda). Ele escreve tendo como base mais de trinta anos de terapia com homossexuais.
É preciso também tomar consciência de que você não é o único a carregar um problema difícil. Todo ser humano tem o seu; pode ser até o extremo oposto ao seu, ou seja, uma excessiva atração pelo outro sexo. Isso nos proporciona a ocasião de lutar contra tendências desregradas; é precisamente na luta que alguém se faz grande. Não fora a luta, ficaríamos sempre com nossa pequena estatura espiritual. Por conseguinte, assuma corajosamente sua tarefa de não ceder aos desvios sexuais.
Convido-o, como amigo e irmão em Cristo, para viver a Lei Divina, e você será feliz, mesmo que isso custe muito; quanto mais for difícil, mais mérito você terá diante de Deus. Você, tal como é, é chamado por Deus à santidade. Ele tem as graças necessárias para levar você à perfeição cristã. Os Santos não foram de linhagem diferente da nossa, tiveram seus momentos difíceis, mas conseguiram vencer com o auxílio de Deus.
Pode ser que você não deixe de ter a tendência homossexual, mas você pode, com o auxílio da Graça de Deus, vencer-se a si mesmo sempre. E receberá de Deus a recompensa, pois você vai agradar muito ao Senhor. E assim você será feliz, mesmo já aqui neste mundo, porque a Palavra de Deus não falha. Não há outro caminho verdadeiro de felicidade para você, esteja certo disso. Mesmo que você caia, não pode desanimar nem se desesperar. Mais importante do que vencer, para Deus, é lutar sempre sem nunca desanimar.
Busque ajuda num amigo em quem você confia e também procure ajuda nos seus pais e na sua família; abra-se com eles se eles podem entendê-lo e ajudá-lo.
Procure sublimar seus impulsos naturais dedicando-se ao esporte e à arte (poesia, música, pintura…) ou a uma tarefa que lhe interesse ou mesmo ao trabalho profissional. Lembre-se de que sentir tendências homossexuais não é pecaminoso, desde que não se lhes dê consentimento. O mal consiste em consentir nessa prática.
Não se feche em si mesmo ou no isolamento. A solidão, no caso, é prejudicial. Se você leva uma vida digna, tenha a cabeça erguida e aborde a sociedade com normalidade. E jamais abandone a sua prática religiosa. Sem Deus todo fardo se torna mais pesado. Não há por que abandonar a prática religiosa se o homossexual se afasta das ocasiões de pecar. A Igreja recomenda aos seus pastores especial atenção aos que lutam pela castidade.

Felipe Aquino