sábado, 15 de novembro de 2014


Pense nisto e continue acreditando e vivendo na presença do Senhor. O agir de Deus é maior do que nossas expectativas!
Senhor, eis-nos aqui na espera da manifestação da Sua vontade, do Seu querer, da Sua benção! Age com poder na nossa vida! Amém!
Padre Roger Luis


É VERDADE QUE DEUS CASTIGA ?

Deus, sendo todo amor, pode castigar Seus filhos?
Muitas vezes, diante de tragédias, mortes, catástrofes e acontecimentos desagradáveis, deparamo-nos com a declaração: “Foi a vontade do Senhor”. Entretanto, também é sabido que Ele é amor e incapaz de atos maus. Então, o que pensar? Deus castiga ou não?
Para esclarecermos essa questão, encontramos, no livro de Hebreus, uma característica de Deus-Pai: “O Senhor corrige quem Ele ama e castiga quem aceita como filho” (cf. Hb 12, 6). Então, poderíamos dar por encerrado o assunto e aceitar que Deus castiga e que a Bíblia confirma isso. Porém, na “Constituição Dogmática Dei Verbum, art. 12”, a Igreja nos exorta que “para aprender com exatidão o sentido dos textos sagrados deve-se atender com não menor diligência ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura, levadas em conta a tradição viva da Igreja toda e a analogia da fé”.
Para entendermos o que nos diz a Carta aos Hebreus, precisamos observar o que Jesus nos disse a respeito do Pai. Em Jo 18,12, Jesus fala do pastor que deixa todas as ovelhas para buscar aquela única que se perdeu. Ainda em Jo 6,26-28, Cristo faz referência ao cuidado do Pai em relação aos pássaros e nos afirma: “Vocês são muito mais valiosos para o ‘seu Pai’ do que eles!”. Quando lemos essas passagens, pensamos em um pai carrasco que castiga?
No livro do Eclesiástico, podemos encontrar resposta para essa questão: “Não digas: ‘De Deus vem o meu pecado!’”, pois o Senhor não faz o que Ele próprio detesta. (…) Desde o princípio, o Senhor criou o ser humano, entregou-o às mãos do Seu arbítrio e o deixou em poder da sua concupiscência. (…) Diante do ser humano estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir” (cf. Eclo 15,11-21). Vale a pena dar uma lida nesse trecho todo.
Acontece que, muitas vezes, se torna mais fácil lançar a culpa em Deus, pois assim não assumimos a responsabilidade e as consequências de nossas próprias escolhas.
O Senhor nos dotou de consciência e inteligência para entendermos os resultados de nossos atos. Muitas vezes, não levamos em conta que nossas opções atingem também as pessoas que estão ao nosso redor, e tudo isso gera um resultado: “o que alguém tiver semeado é isso que vai colher” (Galatas 5, 7).
Deus não ‘castiga’ quem erra, mas por amor pode não interferir nas consequências de nossas escolhas, permitindo assim que colhamos a experiência do erro e aproveitemos disso para nosso crescimento.
E de modo nenhum isso faz de Deus um carrasco ou vingador. A intenção do Senhor é uma só: levar-nos a uma conversão verdadeira, e Ele sabe que, em algumas situações, a dor é o início de uma vida nova. Também o sofrimento, quando bem vivido, torna-se fonte de purificação dos nossos pecados e dos pecados do mundo.
Algumas pessoas têm medo de Deus, e por isso buscam não errar, o que não os permite agir como filhos, mas sim escravos. Outros pensam na recompensa que o Senhor lhe dará por não errarem e medem suas ações como mercenários interesseiros. Porém, toda a Bíblia tem como intenção nos levar a assumir o lugar de filhos, somente desse modo poderemos viver realmente e entender que “Deus nos trata como filhos. E qual é o filho que não é corrigido pelo Pai?”.
Quando temos em nosso coração a certeza de que somos filhos amados de Deus, e que Ele quer nos salvar, começamos a olhar o que vivemos não mais como castigo, mas como oportunidades que o Pai usa para nos corrigir e nos aproximar d’Ele.
“Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus” (Conf. Rm 8,28). Essa é a certeza que precisa habitar sempre em nós. Não só as coisas boas, mas também as ruins concorrem para o nosso bem.
Peçamos a Deus a graça de assumirmos o lugar de filhos amados, e então, não mais como escravos, veremos o agir do Pai em nossa vida como providência para nossa conversão pessoal.

Paulo Pereira

ROSÁRIO

Ave Maria cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém

SÓ A NOSSA FÉ NOS MANTÉM UNIDOS A DEUS


A oração que chega a Deus é aquela que persiste, que não desiste, vai de forma insistente tocando e abrindo o coração de Deus. A única riqueza que ninguém pode tirar de nós é a nossa fé!
“Mas o Filho do homem, quando vier, será que ainda vai encontrar fé sobre a terra?” (Lucas 18,8).
Para nos falar sobre fé, o Senhor nos mostra o exemplo de uma nobre mulher do Evangelho de hoje. Nós a chamamos de pobre viúva, mas talvez fosse uma viúva muito rica de coração e de fé.
A única riqueza que ninguém pode tirar de nós é a nossa fé! E tamanha era a fé dessa viúva que, de uma forma muito insistente, ela se torna um exemplo para nós. Na parábola, vemos que ela vai até o juiz pedir que se faça justiça; ela insiste, mas ele nada de a ouvir. A viúva era temente a Deus e continuava a ser insistente até que conseguiu o que queria. Não porque o juiz gostou dela; muito pelo contrário, desculpe-me a expressão, mas ele já estava cansado dela. Então, para se ver livre, atendeu o que ela queria. É como se ele dissesse: “Por favor, não me atormente mais!”.
O que Jesus está dizendo sobre essa viúva, Ele também diz de nós e de nossa oração. A nossa oração precisa ser insistente como a da viúva. Sim, meus irmãos, a oração precisa ser perseverante; não essa que nós rezamos um dia, e no outro nem ligamos mais. Não é assim!
A oração que chega a Deus é aquela que persiste, que não desiste, vai de forma insistente tocando e abrindo o coração de Deus. A oração da insistência é também a da confiança: “Eu tenho a certeza de que Deus vai me ouvir no Seu tempo, por isso eu não desanimo, não entrego os pontos, não me deixo desfalecer. Por mais que eu fique cansado, por mais que, muitas vezes, eu fique exausto, não vou desistir, porque eu sei a quem estou pedindo!”. Essa oração insistente e confiante é perseverante! Ela perdura e não para, mas se a fizermos sem fé, nada alcançaremos!
Sabe, meus irmãos, aos poucos a nossa fé vai se arrefecendo, vai diminuindo, porque não temos perseverança, não temos insistência e persistência nas coisas de Deus. Não deixamos de acreditar no Senhor, mas deixamos de colocar inteiramente n’Ele a nossa confiança! Às vezes, passamos a confiar mais em coisas, em situações (que mais tarde irão nos decepcionar) e deixamos de confiar n’Aquele que jamais nos abandonará.
Deus, quando voltar, que encontre fé em nosso coração! Trabalhemos para isso, alimentemos pela oração a vida de fé, porque só ela nos mantém unidos a Deus!

Padre Roger Araújo