sábado, 27 de setembro de 2014

SÃO VICENTE DE PAULA GRANDE SACERDOTE

Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mat 22,37.39).
Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.
Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.
A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a “Congregação da Missão” (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as “Filhas da Caridade” (irmãs vicentinas).
Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.
São Vicente de Paulo, rogai por nós!


COMO DEVEMOS LER BÍBLIA

biblia1Devemos compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita para os homens e pelos homens; logo, ela apresenta duas faces: a divina e a humana. Logo, para poder interpretá-la bem é necessário o reconhecimento da sua face humana, para depois, compreender a sua mensagem divina.
Não se pode interpretar a Sagrada Escritura só em nome da “mística”, pois muitas vezes podemos ser levados por ideias religiosas pré-concebidas, ou mesmo podemos cair no subjetivismo. Por outro lado, não se pode querer usar apenas os critérios científicos (linguística, arqueologia, história, …); é necessário, após o exame científico do texto, buscar o sentido teológico.
A Bíblia não é um livro caído do céu, ela não foi ditada mecanicamente por Deus e escrita pelo autor bíblico (=hagiógrafo), mas é um Livro que passou pela mente de judeus e gregos, numa faixa de tempo que vai do séc. XIV aC. ao século I dC. É por causa disto que é necessário usar uma tradução feita a partir de originais e com seguros critérios científicos.
Os escritos bíblicos foram inspirados a certos homens; isto é, o Espírito Santo iluminou a mente do hagiógrafo a fim de que ele, com sua cultura religiosa e profana, pudesse transmitir uma mensagem fiel à vontade de Deus. A Bíblia é portanto um livro humano-divino, todo de Deus e todo do homem, transmite o pensamento de Deus, mas de forma humana. É como o Verbo encarnado, Deus e homem verdadeiro.  É importante dizer que a inspiração bíblica é estritamente religiosa; isto é, não devemos querer buscar verdades científicas na Bíblia, mas verdades religiosas, que ultrapassam a razão humana: o plano da salvação do mundo, a sua criação, o sentido do homem, do trabalho, da vida, da morte, etc.
Não há oposição entre a Bíblia e as ciências naturais; ao contrário, os exegetas (estudiosos da Bíblia) usam das línguas antigas, da história, da arqueologia e outras ciências para poderem compreender melhor o que os autores sagrados quiseram nos transmitir.
Mas é preciso ficar claro que a revelação de Deus através da Bíblia não tem uma garantia científica de tudo o que nela está escrito. É inútil pedir à Bíblia uma explicação dos seis dias da criação, ou da maneira como podiam falar os animais, como no caso da jumenta de Balaão. Esses fatos não são  revelações, mas tradições que o autor sagrado usou para se expressar.
A própria história contida na Bíblia não deve ser tomada como científica. O que importa é a “verdade religiosa” que Deus quis revelar, e que às vezes é apresentada embutida em uma parábola, ou outra figura de linguagem.
O mais importante é entender que a verdadeira leitura bíblica deve sempre ter em vista a finalidade principal de toda a Sagrada Escritura que é a de anunciar Jesus Cristo e dar  testemunho de sua pessoa. Para aqueles que viviam no Antigo Testamento, se tratava apenas de um Salvador desconhecido, que viria. Mas para nós, se trata do Salvador que “habitou no meio de nós”, e que ressuscitado está no meio de nós até o fim dos tempos, quando voltará visível e glorioso para encerrar a história.
Por ser Palavra de Deus, a Bíblia nunca fica velha, nem caduca; ela fala-nos hoje como para além dos séculos.
Cristo é o centro da Sagrada Escritura. O Antigo Testamento o anuncia em figuras e na esperança; o Novo Testamento o apresenta como modelo vivo.
O Catecismo nos ensina que “Deus, na condescendência de sua bondade, para revelar-se aos homens, fala-lhes em palavras humanas” (§101).
“Através de todas as palavras da Sagrada Escritura, Deus pronuncia uma só Palavra, seu Verbo único, no qual se expressa por inteiro” (§102).
“Com efeito, as palavras de Deus, expressas por linguagem humana, tal como outrora o Verbo do Pai Eterno, havendo assumido a carne da fraqueza humana, se fez semelhante aos homens” (Dei Verbum,13).
Santo Agostinho ensinava que:
“É uma mesma Palavra de Deus que se ouve em todas as Escrituras, é um mesmo Verbo que ressoa na boca de todos os escritores sagrados, ele que, sendo no início Deus, junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, por não estar submetido ao tempo”(Salmos 103,4,1).
Somente as palavras originais com as quais a Bíblia foi escrita (hebraico, aramaico e grego) foram inspiradas; as traduções não gozam do mesmo carisma da inspiração; é por isso que a Igreja sempre teve muito cuidado com as traduções, pois podem conter algum sentido que não foi da vontade do autor e de Deus. As traduções devem ser fiéis aos originais; e isto não é fácil.
Prof. Felipe Aquino

COMO ACEITAR-SE

Quem não aprende a viver consigo mesmo dificilmente conseguirá conviver com o próximo.
A vida é uma difícil aventura de viver consigo mesmo. Muito daquilo que vemos no outro é apenas reflexo do que nossa alma insiste em não aceitar. A este sentimento denominamos “projeção”. O outro, por vezes, se torna um espelho diante de uma realidade que não aceitamos em nós mesmos. A mais longa viagem que podemos fazer é para dentro do nosso próprio coração. Em territórios desconhecidos, os sentimentos, ainda não reconciliados com nosso coração, sempre são inimigos a serem combatidos em uma guerra sem fim. Entre o coração e a solidariedade há uma ponte de amor a ser atravessada
Quem não aprende a viver consigo mesmo dificilmente conseguirá conviver com o próximo. Encontrar-se é uma arte. Somente quando aprendemos a caminhar com leveza, por entre os espinhos de nossa alma, é que conseguimos observar que as flores também se encontram lá, por vezes escondidas entre as ervas daninhas de nossa pressa existencial. O fruto da vida só é doce quando temos a coragem de vivenciar os processos de amadurecimento dos sentimentos que amargam a nossa história.
Muitos se acostumaram a fazer da vida um eterno plantão de reclamações. Acordam pela manhã reclamando do trabalho e das pessoas com quem terão de conviver durante o dia. Passam o dia reclamando de pequenas coisas que já se tornaram, em sua vida, montanhas de aborrecimentos. Aquilo que não aceitamos cria raízes em nossa alma.
Pessoas que se encontram nesta etapa de intolerância geralmente não consideram ninguém digno de confiança, não possuem amigos nem suportam ninguém. Não têm confiança em ninguém, porque não confiam em si mesmas; não têm amigos, porque são inimigas de si mesmas; não suportam nenhuma pessoa, porque não suportam mais a condição existencial na qual se encontram.
Muito mais triste do que reclamar, é alguém ter que conviver com todos esses sentimentos que fazem da alma um espaço de trevas, no qual as luzes do amor, da bondade e da paz não conseguem entrar. Acostumou-se a viver na escuridão de seus próprios sentimentos. Enxergar a luz do sol do amor e da paz é tão doloroso quanto assumir os erros diante das realidades tão claras na vida.
A mudança interior começa quando assumimos a nossa responsabilidade diante das escolhas que fazemos na vida. Não adianta culpar o outro pelo mundo que criamos em nosso coração. Somos os artesãos de nossas dores e alegrias. Por vezes, será preciso nos aventurarmos na descoberta de nós mesmos e adquirirmos a consciência das trevas que habitam nosso coração, e lutarmos para vencer uma batalha, na qual a luz será sempre um caminho a ser reencontrado.
Quem deseja enganar a si mesmo, com as ilusões que cria diante dos próprios erros, faz da vida uma mentira e se perde nos territórios paganizados de sua alma.
Jesus conhecia o coração do ser humano, por isso mesmo o Seu olhar era sempre de misericórdia. Os erros de um tempo passado só poderiam ser deixados para trás se a pessoa aceitasse trilhar novos caminhos ao encontro de si mesma.
A cada dia somos chamados a fazer da vida a mais bela escola, na qual cada erro se torna oportunidade de crescimento humano e espiritual. O futuro é o presente que construímos em nós mesmos.
Quem não aprende a viver consigo mesmo dificilmente conseguirá conviver com o próximo. Encontrar-se é uma arte. Somente quando aprendemos a caminhar com leveza, por entre os espinhos de nossa alma, é que conseguimos observar que as flores também se encontram lá, por vezes escondidas entre as ervas daninhas de nossa pressa existencial. O fruto da vida só é doce quando temos a coragem de vivenciar os processos de amadurecimento dos sentimentos que amargam a nossa história.
Muitos se acostumaram a fazer da vida um eterno plantão de reclamações. Acordam pela manhã reclamando do trabalho e das pessoas com quem terão de conviver durante o dia. Passam o dia reclamando de pequenas coisas que já se tornaram, em sua vida, montanhas de aborrecimentos. Aquilo que não aceitamos cria raízes em nossa alma.
Pessoas que se encontram nesta etapa de intolerância geralmente não consideram ninguém digno de confiança, não possuem amigos nem suportam ninguém. Não têm confiança em ninguém, porque não confiam em si mesmas; não têm amigos, porque são inimigas de si mesmas; não suportam nenhuma pessoa, porque não suportam mais a condição existencial na qual se encontram.
Muito mais triste do que reclamar, é alguém ter que conviver com todos esses sentimentos que fazem da alma um espaço de trevas, no qual as luzes do amor, da bondade e da paz não conseguem entrar. Acostumou-se a viver na escuridão de seus próprios sentimentos. Enxergar a luz do sol do amor e da paz é tão doloroso quanto assumir os erros diante das realidades tão claras na vida.
A mudança interior começa quando assumimos a nossa responsabilidade diante das escolhas que fazemos na vida. Não adianta culpar o outro pelo mundo que criamos em nosso coração. Somos os artesãos de nossas dores e alegrias. Por vezes, será preciso nos aventurarmos na descoberta de nós mesmos e adquirirmos a consciência das trevas que habitam nosso coração, e lutarmos para vencer uma batalha, na qual a luz será sempre um caminho a ser reencontrado.
Quem deseja enganar a si mesmo, com as ilusões que cria diante dos próprios erros, faz da vida uma mentira e se perde nos territórios paganizados de sua alma.
Jesus conhecia o coração do ser humano, por isso mesmo o Seu olhar era sempre de misericórdia. Os erros de um tempo passado só poderiam ser deixados para trás se a pessoa aceitasse trilhar novos caminhos ao encontro de si mesma.
A cada dia somos chamados a fazer da vida a mais bela escola, na qual cada erro se torna oportunidade de crescimento humano e espiritual. O futuro é o presente que construímos em nós mesmos.

Padre Flávio Sobreiro

CONDUZIDOS PELA PALAVRA DE DEUS

Guiai-me, Senhor, no caminho de vossos preceitos!” (Sl 118,27).
No início deste dia, paremos um momento para ouvir a Palavra de Deus a fim de que sejamos direcionados por ela em todo o nosso caminho e em todas as nossas decisões. Quando a meditamos, ela não passa por nós sem nos deixar um sinal e uma luz a seguir. Ela ilumina todo o nosso ser e cura nossa alma.
Rezemos: “Senhor, conduz a nossa vida para que os nossos planos estejam sempre de acordo com a Tua vontade. Dispõe de nós como melhor Te aprouver. Confiamos na Tua bondade e na Tua misericórdia”.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

MISERICÓRDIA DE DEUS É A NOSSA RIQUEZA

Alma pecadora, não tenhas medo do teu Salvador. Eu, por primeiro, tomo a iniciativa de Me aproximar de ti, pois sei que por ti mesma não és capaz de elevar-te até Mim” (Diário Santo Faustina, número 1.485).
A nossa defesa está no Senhor, que é cheio de misericórdia. A cada novo dia devemos nos reconhecer necessitados d’Ele. Quando reconhecemos a nossa fraqueza a Sua graça vem ao nosso encontro e passamos a ser verdadeiramente livres.
Somos chamados a viver a santidade! Como dependentes de Deus, caminhemos ao Seu encontro e confessemos os nossos pecados. Façamos hoje a experiência da misericórdia de Deus.
“Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou” (Efésios 2,4).
Luzia Santiago