quinta-feira, 4 de setembro de 2014


MÊS DA BÍBLIA.





A Bíblia não é um livro, é uma biblioteca!
Dentro dela temos 73 livros. Divididos entre Antigo e Novo Testamentos.

O primeiro livro da Bíblia é o Gênesis e o último livro do Antigo Testamento é o do profeta Malaquias.

Abra a sua Bíblia e perceba quantas páginas tem o Antigo em comparação com o Novo Testamento. Você vai se surpreender como o Antigo Testamento é bem mais volumoso que o Novo.

Tarefa de hoje: Folhear os onze primeiros capítulos do Gênesis (Gn 1-11) e escrever quatro linhas sobre a história da criação.

(Pe Mauro Zandoná, SdP)

A VINGANÇA PODE SER SOLUÇÃO PARA OS CONFLITOS ?

O primeiro sentimento que surge no coração de quem sofre uma traição é a vingança. “Assim como ele fez comigo, também farei com ele”.
Perdoar nem sempre é fácil, principalmente quando a causa da ofensa abriu profundas feridas no coração. Muitos caminham pela vida com machucados abertos há muitas décadas. Buscam a cura para a cicatrização, mas quando pensam que ela ocorreu, a ferida se abre novamente causando dores ainda maiores.
Jesus nos diz que devemos perdoar ao nosso irmão setenta vezes sete, ou seja, o perdão não deve ter limites para ser concedido. No entanto, nossa realidade humana  frágil e pecadora insiste em deixar que a ofensa seja maior que o perdão. Tudo isso se deve à profundidade que a mágoa causou em nossa alma. Bom mesmo seria se conseguíssemos perdoar sempre e de coração.
O perdão é um processo que precisa de nossa ajuda para ser concedido de maneira plena. As causas das mágoas podem ser várias e ocorrer nas mais diversas situações, desde uma palavra mal interpretada até uma carência profunda e sem consciência. Muitos são os motivos para que as feridas abertas demorem muito tempo a serem cicatrizadas.
Quanto mais remoermos em nosso coração a ofensa sofrida tanto maior será a dificuldade de perdoar. A mágoa alimentada pelo nosso coração não é benéfica para o nosso processo de cura interior. Pelo contrário, uma mágoa alimentada constantemente pelo sentimento de revolta aumenta as dores emocionais e dificulta o processo de cicatrização de uma ferida aberta.
O desejo de vingança é bastante comum em quem sofreu uma traição. O primeiro sentimento que surge no coração de quem passa por esse processo é: “Assim como ele fez comigo, também farei com ele”. Esse sentimento é sempre prejudicial, porque nunca resolveremos um problema usando as mesmas “armas” que feriram nossa alma. Guerra de sentimentos produz destruição em massa do amor. A solução para os conflitos não está na vingança, mas sim no diálogo sincero, maduro e humano.
Não adianta falarmos para todo o mundo e espalharmos aos quatro ventos a revolta que sentimos se nunca tivermos a coragem de procurar a quem nos ofendeu. São muitas as situações em que o ser humano precisa de uma plateia que aplauda suas críticas para reforçar a autoestima de que o agressor não merece perdão.
No tumulto das emoções, toda busca de reconciliação e de paz será infrutífera. É preciso cultivarmos a paciência da espera. Emoções à flor da pele nunca nos ajudarão na busca da paz. O tempo é um precioso aliado a quem deseja fazer do perdão um ponto de partida para um novo recomeço. Espere até que as ondas da fúria possam ceder lugar à serenidade das águas de um lago.
Nunca deixe de orar pela situação que você enfrenta. A oração é o alimento de nossa alma e a paz que acalma nossos sentimentos. Busque na oração o primeiro passo para a cura de suas mágoas. Coloque tudo o que você sente nas mãos de Deus e deixe que Ele transforme o negativo de suas emoções nas flores do perdão.

Padre Flávio Sobreiro

LOUVAREI DE TODO CORAÇÃO

Hoje quero partilhar com vocês uma carta onde a pessoa dizia: “Padre não tenho motivos para agradecer a Deus. Minha vida é tão complicada que eu não consigo me levantar contente. Minha vida esta cheia de dores, minha vida esta cheia de tristezas, minha vida esta cheia de problemas. Por isso, eu repito: não tenho motivos para agradecer.” 

As vezes, ou até muitas vezes, a vida nos faz chegar a este ponto de imaginar que a única coisa que existe é o sofrimento. O que fazer? Gostaria de responder com um texto que é sempre de muita ajuda para mim, são as palavras comoventes de Habacuc 3,17-19: “porque então a figueira não brotará, nulo será o produto das vinhas, faltará o fruto da oliveira, e os campos não darão de comer. Não haverá mais ovelhas no aprisco, nem gado nos estábulos. Eu, porém, regozijar-me-ei no Senhor.

Encontrarei minha alegria no Deus de minha salvação. Javé, meu Senhor, é minha força; ele torna meus pés ágeis como os da corça, e me faz andar sobre os cimos.” O profeta esta dizendo que não tinha nenhum motivo para agradecer, mas mesmo assim continuaria agradecendo.

Pensemos bem, será que alguém não tem nada para agradecer? Por exemplo, o fato de estar vivo já é motivo para agradecer. E mesmo que não houvesse nada para louvar, Habacuc diz: Encontrarei minha alegria no Deus de minha salvação. Exercite esta atitude, ela fará a diferença em sua vida.

Bondoso Deus se estás conosco, quem poderá estar contra nós? Nós cremos na tua presença e na tua ajuda, fica sempre ao nosso lado. Amém!

Padre Alberto Gambarini

COMO DISCERNIR A VOCAÇÃO SACERDOTAL E RELIGIOSA

Vocação sacerdotal e religiosa: como descobrir se sou chamada a vivê-la?
Jesus chamou para apóstolos “aqueles que Ele quis”, depois de passar a noite em oração. A Igreja viu nisso o chamado ao sacerdócio e também às outras formas de vida religiosa. É Jesus quem chama o jovem à vida sacerdotal, o que não é fácil. A vida religiosa exige muitas renúncias para ser “todo de Deus”, estar a serviço do Seu Reino para a edificação da Igreja e a salvação das almas.
A palavra “vocação” vem do latim vocare, que quer dizer “chamar”. Deus põe no coração do jovem esse desejo de servi-lo radicalmente, indiviso, full time, em tempo integral, sem divisão.
Para discernir esse chamado divino, o jovem precisa, sem dúvida, de um bom orientador espiritual, um padre ou um leigo experiente para ajudá-lo. Penso que alguns sinais indicativos da  vocação de um jovem ao sacerdócio ou à vida religiosa sejam esses:
1 – Ter vontade de entregar a vida totalmente a Deus sem guardar nada para si; ser como Jesus, totalmente disponível ao Reino de Deus. Ser um outro Cristo – alter Christus. Abraçar o celibato com gosto, oferecendo a Deus a renúncia de não ter esposa, filhos, netos, vontade própria etc. É um casamento com Jesus. Ele disse que receberá o cêntuplo nesta vida e a vida eterna depois quem deixar tudo por causa d’Ele e do Seu Reino. Jesus disse que as raposas têm seus ninhos, mas que Ele não tinha nem mesmo onde reclinar a cabeça. Isso é sinal de uma vida despojada de tudo. Nada era d’Ele, nem a gruta onde nasceu, nem o burrinho que O levou a Jerusalém. O barco de onde pregava e viajava, o manto que os soldados sortearam também não eram d’Ele. Nem a casa onde vivia em Cafarnaum pertencia ao Senhor. Tudo Lhe foi emprestado. Cristo era despojado de tudo; a Ele só pertencia a cruz.
Dom Bosco disse que não pode haver graça maior para uma família do que ter um filho sacerdote. É verdade. O padre faz o que os anjos não podem fazer: perdoar os pecados, realizar o milagre da Eucaristia, tornar presente o Calvário em cada Missa para a salvação do mundo.
2 – A vocação religiosa exige que o candidato tenha o desejo de trabalhar como Jesus pela salvação das almas, sem pensar em um projeto para a sua vida. Exige entrega total nas mãos de Deus, desejo de viver mergulhado no Senhor. Tem de gostar de rezar, de estar com Deus, de meditar Sua Palavra e participar da liturgia, pois sem isso não se sustenta uma vocação sacerdotal.
O demônio tem muitas razões para tentar um sacerdote ou um religioso, pois este lhe arrebata as almas. Então, o religioso consagrado tem de viver uma vida de extrema vigilância, muita oração e mortificação, como disse Jesus.
3 – Amar a Igreja de todo o coração, tê-la como Mãe e Mestra, ser submisso aos ensinamentos do seu Magistério. Ser fiel à Igreja e a seus pastores, nunca ensinando algo que não esteja de acordo com o Sagrado Magistério da Igreja. Viver o que diziam o Santos Padres: sentire cum Ecclesia. Amar o Papa, os bispos, Nossa Senhora, os anjos e santos, os sacramentos, a liturgia e tudo o que faz parte da nossa fé católica. Amar a Bíblia e gostar de meditá-la todos os dias. Desejar estudar Teologia, Filosofia e tudo o mais que o Magistério Sagrado da Igreja nos recomenda e ensina. Gostar de fazer meditações, retiros espirituais e uma busca permanente de santidade. Almejar, como disse São Paulo, atingir a estatura adulta de Cristo; ser um bom pastor para as ovelhas.
4 – Desejar viver uma vida de penitência, na simplicidade, na pobreza evangélica, na obediência irrestrita aos superiores, aberto a todos por um diálogo franco. Ser tudo para todos. Estar disposto a obedecer sempre o seu bispo ou seu superior a vida toda, qualquer que seja a decisão dele sobre você.
5 – Estar disposto a dar até a vida pela Igreja, pelas almas e por Jesus Cristo.
Talvez, eu tenha sido um pouco exigente, mas para aquele que deseja ser um “sacerdote do Deus Altíssimo”, creio que não se pode pedir menos do que isso. Quem opta pela vida sacerdotal deve se entregar de corpo e alma a ela; não pode ser mais ou menos sacerdote ou religioso. Seria uma frustração para a pessoa e para Deus. É melhor ser um bom leigo do que um mal religioso.
Felipe Aquino