domingo, 17 de agosto de 2014


ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA ,A MÃE DE DEUS

Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus:“A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial.”
Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se “Dormição”, porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de “Assunção de Nossa Senhora ao Céu”, isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.
Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte.
É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos.
Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!

MARIA É EXEMPLO DE AMOR

“Meu espelho há de ser Maria. Visto que sou sua filha, devo parecer-me com ela e assim parecerei com Jesus” (Santa Teresa dos Andes).
Nesses últimos dias, a Canção Nova teve a graça de receber a imagem peregrina de Fátima. A presença dela é a certeza de que a Virgem Santa sempre estará conosco. Maria é para nós exemplo de amor e fidelidade.
Peçamos ao Senhor, hoje, a graça de termos as características de Nossa Senhora, a fim de que todas as nossas ações sejam para a glória de Deus, e assim possamos dizer como ela: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus meu Salvador”  (Lucas 1,47).
Rezemos: “Virgem Maria, Mãe de Deus e Mãe nossa, ao vosso Coração Imaculado nos consagramos, em ato de plena entrega de doação ao Senhor”.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

MULTIPLIQUE SEUS TALENTOS PARA DEUS

O que Jesus quer é que cada um de nós faça render ao máximo aquilo que Ele nos deu. E por que Ele manda tirar daquele que não lucrou nada e dar àquele que tinha cinco e lucrou outros cinco? Porque ele fez render e duplicar os talentos que lhe foram confiados. Essa é a chave da parábola.

"Será também como um homem que, tendo de viajar, reuniu seus servos e lhes confiou seus bens. A um deu cinco talentos; a outro, dois; e a outro, um, segundo a capacidade de cada um. Depois partiu. Logo em seguida, o que recebeu cinco talentos negociou com eles; fê-los produzir, e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebeu dois, ganhou outros dois. Mas, o que recebeu apenas um, foi cavar a terra e escondeu o dinheiro de seu senhor. Muito tempo depois, o senhor daqueles servos voltou e pediu-lhes contas. O que recebeu cinco talentos, aproximou-se e apresentou outros cinco: - Senhor, disse-lhe, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco que ganhei.' Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. O que recebeu dois talentos, adiantou-se também e disse: - Senhor, confiaste-me dois talentos; eis aqui os dois outros que lucrei. Disse-lhe seu senhor: - Muito bem, servo bom e fiel; já que foste fiel no pouco, eu te confiarei muito. Vem regozijar-te com teu senhor. Veio, por fim, o que recebeu só um talento: - Senhor, disse-lhe, sabia que és um homem duro, que colhes onde não semeaste e recolhes onde não espalhaste. Por isso, tive medo e fui esconder teu talento na terra. Eis aqui, toma o que te pertence. Respondeu-lhe seu senhor: - Servo mau e preguiçoso! Sabias que colho onde não semeei e que recolho onde não espalhei. Devias, pois, levar meu dinheiro ao banco e, à minha volta, eu receberia com os juros o que é meu. Tirai-lhe este talento e dai-o ao que tem dez. Dar-se-á ao que tem e terá em abundância. Mas ao que não tem, tirar-se-á mesmo aquilo que julga ter. E a esse servo inútil, jogai-o nas trevas exteriores; ali haverá choro e ranger de dentes." (Mt 25, 14-30)

Nesses últimos tempos, precisamos fazer render para o Senhor os nossos talentos, as qualidades que Ele nos deu. Mas nossa reação de cristãos católicos, diante da volta do Senhor, tem sido de medo.
Estamos como aquele servo que recebeu um talento apenas. Ficou com medo do Senhor e foi cavar a terra para esconder esse talento. Por isso foi condenado. Com cada um de nós deve acontecer justamente o contrário. Se recebermos um talento só, arriscaremos menos. Por isso precisamos fazê-lo render ao máximo! Se recebermos dois, com eles vamos lucrar outros dois. Se recebermos cinco, vamos usá-los e lucrar outros cinco. O importante é fazer render os talentos do Senhor.

Em outras palavras: nós, a maioria dos cristãos, já trabalhamos demais para as empresas deste mundo, já demos o melhor de nós para as tarefas mundanas. Onde é que gastamos as melhores horas de nosso tempo? Com o que gastamos tudo aquilo que adquirimos com o estudo, com a experiência?

O Senhor vem nos dizer: "É preciso investir nas coisas do Reino de Deus tanto quanto gastamos com as coisas da Terra. É tempo de usarmos nossos talentos, usar o melhor de nós para pregar o Evangelho, para falar de Jesus, fazer programas de rádio e de televisão. Caso não possamos fazer nada disso, empreguemos nossos talentos dentro das atividades da Igreja, nos vários setores da pastoral.

Sempre e em tudo o nosso melhor deve ser usado para levar o Reino de Deus às pessoas. Façamos isso com a inteligência e com os dotes que temos, com nossa criatividade e voz, servindo-nos dos estudos que fizemos e da experiência já adquirida. Devemos usar tudo isso para o Senhor. 

Descubra como empregar seus talentos, dê o melhor de si e trabalhe com jovens, crianças, adolescentes e casais. É urgente usar o seu melhor e o que já adquiriu pela vida afora para investir, desde já, no Reino de Deus, a fim de que o Senhor seja conhecido, amado.

É preciso usar o dinheiro que temos para implantar o Reino de Deus na Terra. Todo dinheiro adquirido com o trabalho, mesmo aquele que nos veio por herança, devemos usá-lo para o Senhor, para que conheçamos Seu Evangelho.

Se você receber cinco talentos, precisará usá-los para o Reino de Deus. Se recebeu um, não pode ficar com medo e escondê-lo. Pelo contrário, se acha que recebeu pouco do Senhor, alegre-se. Você está arriscando pouco. Suponhamos: se recebi cinco talentos, o Senhor deu muito a mim. Então, estou correndo um risco muito maior. Se você recebeu um talento só, é muito mais fácil. Invista-o logo no Reino de Deus. 

Esse é justamente o significado da parábola dos talentos. O fim dos tempos é tempo para gastarmos com o Senhor tudo aquilo que recebemos de graça. 

"De graça recebestes, de graça dai" (Mt 10,8b

Monsenhor Jonas Abib

SEDE VIGILANTES NO AMOR

Quem vai nos separar do amor de Cristo? Ninguém!

Combatentes na oração, nossa caminhada de intercessores combatentes é a vida. A nossa vida é uma vida de batalhas, de combate e de vitória. Nestes dias de acampamento, ninguém disse que era fácil ser combatente, mas é possível com a graça de Deus.

O amor de Deus é nosso aliado, por isso, ninguém pode nos separar do amor de Cristo. Essa canção antiga: “Quem vai nos separar? Quem vai nos separar do amor de Cristo”? se atualiza hoje na vida dos combatentes hoje.

“Pois estou convencido de que nem morte nem vida, nem anjos nem demônios, nem o presente nem o futuro, nem quaisquer poderes, nem altura nem profundidade, nem qualquer outra coisa na criação será capaz de nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Romanos 8, 38-39).

Nós precisamos assumir o amor de Deus! Você não é apenas um vencedor, mas muito mais que vencedor. Que maravilha é assumirmos essa alegria de que “com Cristo somos mais que vencedores”, como está escrito na Palavra: Nenhuma criatura, nada vai nos separar do amor de Deus (cf. Rom 8, 38-39). Em nenhum momento Deus nos abandona, somos nós, com o nosso querer e com os nossos “achismos”, que nos separamos e nos afastamos do Senhor. É nessa hora que temos de lutar!

Nisso está a beleza do combatente, na hora da luta do combate não nos distanciamos de Deus. Algumas pessoas me perguntam: “Padre, por que o senhor anda com a cruz?”, e eu lhes respondo que é para não me esquecer de que Jesus morreu por amor a mim. A cruz é a forma concreta do amor de Deus por nós.

Eu não posso me permitir olhar para trás, querer me afastar do Senhor e abaixar a cabeça. Quantos de nós já pensamos em desistir!? Quantos de nós que assumimos que somos combatentes, na hora da guerra, queremos voltar para trás? Eu olho para você como irmão e digo: “Não dá mais para voltar!”, e vocês já sabem da verdade. A verdade nos liberta!

Você já conhece o amor, por isso precisa mudar de vida. As leituras de hoje nos convidam a aprender a experimentar, com gratuidade e com generosidade, o amor, certos de que nada pode nos separar do amor de Deus. 

Como tem sido a nossa vida e a nossa conduta? Eu tenho experimentado o amor de Deus ou tenho sido negligente?

Nós precisamos fazer desse combate uma atitude de vigilância.
 Muitas vezes, vamos a tantos lugares, buscamos tantas coisas, quando Deus nos diz: “Vinde a mim, vós que estais cansados!”. O Senhor nos dá o alimento sólido por intermédio dos sacramentos e de Sua Palavra. Só que, muitas vezes, queremos nos alimentar com as coisas passageiras que o mundo dá.

Ser de Deus não é fácil! Ao olhar para os seminaristas, os diáconos e os padres, eu vejo que não é fácil ser de Deus. Mas não podemos parar! O mundo também oferece coisas boas, mas estas são passageiras, e as coisas de Deus são eternas. O ser é eterno. O estar é passageiro. Nós estamos de passagem no mundo. Por isso, precisamos olhar para o céu, porque somos do céu. Não é fácil, mas é possível. O Senhor nos direciona por intermédio de Sua Palavra: “Apressai-vos! Vinde a mim e tereis vida!”.

O combatente precisa saber ouvir a voz de Deus, mesmo diante de uma guerra. Nós que somos combatentes na oração, precisamos pedir essa docilidade de ouvir a Deus, mesmo no meio dos disparos que nós ouvimos.

Quando entrei na Canção Nova, eu pedi ao monsenhor Jonas que rezasse por mim e pedisse ao Espírito Santo que me concedesse o dom da vigilância. E a imagem que o Senhor nos deu foi da visão de águia. Nesse tempo de sacerdócio, eu não sei o que é dormir mais de cinco horas. E mesmo dormindo eu tenho batalhas espirituais e experimento a vitória do Senhor. O combatente é aquele que, mesmo no meio da guerra, ouve a Deus. Eu também tenho pedido a Deus a graça da agilidade, porque o Senhor tem pressa.

O combatente não pode ficar acomodado esperando a graça cair do céu sem fazer nada. Precisamos ir à luta. Sair em missão. Ouçamos ao Senhor e sejamos dóceis e ousados n’Ele. Olhe Maria, que, nas Bodas de Caná, disse a Jesus que o vinho estava acabando. O combatente é aquele que é ousado, que vai à luta.

Eu tenho certeza de que Deus nos guarda, mesmo que as pedras sejam lançadas sobre nós. Não tenha medo das “pedradas” da vida, porque só árvore que dá frutos é que leva pedradas.

Para ir para o céu, precisa haver perseverança. Precisa existir uma fé viva. Deixe de melindres, de coisinhas! É preciso viver da Palavra do Senhor, da Eucaristia. Quando, no Evangelho, dizem a Jesus que as pessoas estavam com fome e que só havia cinco pães e dois peixes, Ele se encheu de compaixão e os multiplicou. Por isso eu lhe digo: Deus quer nos alimentar. Chega de querer comer “papinha”! É hora de comer “alimento sólido”, ou seja, alimentar-se com a Palavra de Deus.

Assuma a Palavra de Deus! O Senhor nos diz que é preciso formar um corpo de intercessores. E intercessor é aquele que reza em todos os momentos, que se coloca de joelhos em favor do outro. O que mais peço a Deus, neste acampamento de oração, é que você faça da sua vida uma vida de vigilância. Combatente não é aquele que vive apenas alguns momentos de oração. Mas que, em todos os momentos, está em oração. 

Agora é a hora da decisão. É hora de dizer para todo o mundo ouvir: “Nada poderá me separar do amor de Deus!” É preciso entender que estamos em uma batalha espiritual! Deixe de ter essa cara de defunto! Em Deus, você é vencedor!

Não é fácil estar no combate, mas, quando estamos com os ouvidos abertos a Deus, Ele nos dá a graça da perseverança e da vitória. Tudo isso exige disciplina. É a nossa mortificação diária. Queira escutar a Deus. Quando somos dóceis à ação de Deus, nós tocamos em maravilhas.

Precisamos ser dóceis também nas pequenas coisas, porque, com Jesus, somos mais que vencedores. Não troque o amor de Deus pelos amores deste mundo, nem pelo amor de sua família. É preciso viver no amor de Deus. Quem é combatente deve se preparar para o combate. É no amor de Deus que nós somos livres. 
Padre Bruno 
Missionário da Comunidade Canção Nova