quarta-feira, 23 de julho de 2014


Que o Espírito Santo faça essa obra de purificação na nossa mente! Vem Espírito Santo!

SEM LUTA NÃO PODE HAVER VITORIA


Este mundo é um campo de batalha, por isso precisamos nos encher do Espírito Santo para enfrentá-lo.
Todos os que querem levar uma vida fervorosa em Cristo Jesus serão perseguidos. Por essa razão, olhemos para Jesus, que suportou os tormentos da perseguição a ponto de dar a vida por amor a nós.
Quando estivermos ansiosos para resolver os problemas ou pensarmos que as nossas dores não têm solução, olhemos para a cruz e lá encontraremos o conforto.
“Entrega ao Senhor tua ansiedade e ele te dará apoio” (Sl 54,23)

COMO POSSO AJUDAR O OUTRO ?

Para ajudar alguém é preciso, em primeiro lugar, maturidade emocional e espiritual
Como posso ajudar o outro?Sempre há alguém precisando de nossa ajuda emocional, seja uma palavra amiga, uma orientação ou simplesmente alguém que escute os sofrimentos da alma. Contudo, nem sempre sabemos como agir diante de determinada situação, pois somos extremamente complexos e frágeis. Sempre existe o medo de que nossas palavras sejam mal interpretadas. Como ajudar eficazmente quem precisa de nossa ajuda?
Ajudar é um processo que exige, em primeiro lugar, maturidade emocional e espiritual. Uma pessoa imatura dificilmente poderá contribuir com alguém que enfrenta crises pessoais complexas e que exigem um cuidado especial no acolhimento do que será partilhado. Por isso mesmo, é preciso nos questionar se temos condições humanas e espirituais de ajudar alguém ou se, no momento, seria mais prudente e oportuno indicar outra pessoa mais madura para auxiliar em determinados contextos enfrentados por quem nos procurou.
Quem nos procura não quer ser tratado como um objeto, não é uma mercadoria. Não deseja ser analisado, mas necessita de compreensão e empatia. Uma atitude que vê o outro como um problema sem solução não contribui para uma ajuda eficaz. É necessário disponibilidade interior para compreender os sentimentos do outro sem nos perdermos dos nossos.
O que é revelado sempre deverá conter um caráter confidencial. Talvez, o que ouviremos nunca tenha sido partilhado com outra pessoa. Diante de nós, será depositado tudo aquilo que a pessoa vive e sente; nesse caso, o respeito à dor e ao sofrimento dele se torna fundamental. No processo de acolhimento, é necessário ser quem se é sem necessidade de fingimentos.
Diante de determinados relatos, corremos o risco de nos irritarmos com aquilo que nos é apresentado. Talvez, a história seja longa demais ou não concordemos com determinadas atitudes. Quando a pessoa percebe a irritação expressa na fala ou no semblante do interlocutor, cria um bloqueio emocional que rouba a confiança que estava sendo depositada até então.
Somente poderá compreender os sentimentos do outro quem antes estiver consciente dos seus e aceitá-los. Não há como compreender o outro se antes não houver compreensão de si mesmo. Atitudes de atenção, afeição, ternura, interesse e respeito nem sempre são fáceis de serem transmitidas, mas são essenciais para quem deseja ser um canal de ajuda.
Na relação de ajuda, corremos o risco de ficar deprimidos com a depressão do outro ou angustiado com a angústia que nos é apresentada. É preciso ter em si mesmo uma maturidade humana e espiritual para entrar no mundo do outro, procurando ver como ele vê a vida sem perder-se de si mesmo.
Nem sempre é fácil aceitar o outro como ele é. Diante de nós estão colocadas todas as fragilidades e os pecados guardados em um coração sofrido e machucado. Como reagir a tudo isso? Condenar e decretar uma sentença? Não! Será preciso agir com extrema delicadeza para que nosso comportamento não seja interpretado como uma ameaça, criando assim um bloqueio na relação de ajuda.
Enfim, é preciso, contudo, ver o outro como um ser humano em processo de transformação: uma pessoa amada por Deus e que, muitas vezes, precisa resgatar a sua dignidade diante de si mesmo e da sociedade. Quando quem nos procura é acolhido como uma criança imatura, alguém ignorante ou ainda como um problema sem solução, limitamos a relação de ajuda e não permitimos que a pessoa desenvolva suas possibilidades de crescimento interior, tanto humano quanto espiritual.
A compreensão é um processo de misericórdia e compaixão que se estabelece quando a confiança e o respeito são preservados como algo sagrado na relação interpessoal.Não há ajuda eficaz quando quem nos procura não encontra uma oportunidade de recomeçar a escrever sua história de vida.

O SENHOR NOS PERDOA POR AMOR

Diversas vezes, por nossos pecados e nossas más escolhas, sentimos que caímos num abismo e só nos resta clamar a Deus o Seu socorro. Nossos pecados nos afundam em culpas e vergonha; no fundo do poço, só nos resta clamar a Deus.

Lutamos para vencer obstáculos e abrir caminhos, porém, quando nos afundamos em nossos vícios e pecados, é semelhante a estarmos jogados numa areia movediça, que quanto mais nos mexemos, mais rápido afundamos. Debater-se é afundar. Quando chegamos a esse limite, deparamo-nos com duas opções: agarrar-se em Deus ou afundar. Não há como vencer sem Ele.

No fundo do poço, o mais importante é voltar a Deus o nosso coração e clamar Sua ajuda para que nos arranque da depressão, do pecado, das misérias. Aquele que se desliga de Deus por seus pecados sente culpa e vergonha. A culpa é o sentimento que vem sobre aquilo que fazemos, e a vergonha está diretamente ligada ao que somos.

A vergonha nos paralisa. A culpa trabalha a nosso favor, realizando um papel importante em nossa felicidade, pois nos ajuda a rever nossos erros e buscar mudanças. Há pessoas que se matam aos poucos no fumo, nas drogas e em outros males. Se Deus levasse em consideração apenas os nossos erros, não aguentaríamos. Ele nos criou de maneira maravilhosa. Cada um tem um dom e um talento específico. Ele nos fez únicos. O Pai colocou em nosso coração bondade, compaixão e misericórdia.

Quanto mais nos despirmos do mal, mais nos revestimos da nova criatura. A vergonha só serve para que duvidemos de quem nós somos. Precisamos parar de duvidar da capacidade que Deus nos deu. Somos capazes de ser feliz, pois a felicidade está ao nosso alcance. O Senhor não duvida de nós.

Se Deus nos perdoa, nós também precisamos nos perdoar. Larguemos os erros do passado e recomecemos. É hora de rever os erros passados e tratar as feridas em nosso coração. Ficar preso ao mal do passado não vai remediar o que aconteceu. É hora de levantarmos a cabeça e nos dar uma nova chance.

Tudo pode mudar e com Deus a mudança é possível. A nossa vida está em Suas mãos. Peçamos a graça de nos enxergarmos com os olhos de Pai e recomeçar. No Senhor encontramos o perdão. Junto de Deus o pecado é obrigado a retroceder. O mal gerado pelo pecado nos sufoca, mas junto de Deus ele retrocede.

Deus vai nos redimir de todas as nossas culpas. Se vivermos a partir de nossos males interiores, até onde aguentaremos? Recorra ao Pai que concede o perdão. O Senhor nos perdoa, porque não quer que nos aproximemos d’Ele por medo, mas quer que nos acheguemos a Ele por amor.

O Senhor nos perdoa por amor. Nossa alma espera em Deus. Junto d’Ele está a misericórdia e o amor infinito. Coloquemos aos pés de Jesus toda vergonha e, pela nossa culpa, possamos enxergar o que devemos mudar e esperar n’Ele pela redenção dos nossos pecados.

Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova.