domingo, 13 de julho de 2014



PRUDÊNCIA, SIMPLICIDADE E PERSEVERANÇA, REMEDIO NO COMBATE ESPIRITUAL

Três coisas que o Senhor hoje quer nos dar como remédios no combate espiritual que nós vivemos: a prudência, a simplicidade e a perseverança.
Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (Mateus 10, 16).
É mais do que compreensível que, por mais bons que sejamos, não é com bondade que as pessoas vão nos tratar ou nos receber. E que, por mais honestos que queiramos ser, não é com honestidade que vão nos tratar. Da mesma forma, por mais receptivos, amorosos e carinhosos que queiramos ser com os outros, não é com carinho, com ternura e com amor que nós seremos sempre recebidos por todos. Sobretudo se tivermos disposição e a mais reta intenção de viver o Evangelho em nossa vida, seremos incompreendidos até pelos nossos, dentro de nossa, dentro de nossa família.
Muitas vezes, o filho não vai ser compreendido pelo pai; o pai não vai ser compreendido pelo filho. Não  é que Jesus vá colocar uns contra os outros; pelo contrário, o Senhor quer unir a nossa família, quer unir a nossa casa, quer unir os nossos. Mas até no meio dos nossos haverá aqueles que não vão aceitar a vida do Evangelho a qual nós nos propusemos a viver.
Três coisas que o Senhor hoje quer nos dar como antídotos, como remédios no combate espiritual que nós vivemos: a prudência, a simplicidade e a perseverança. Sim, porque as ovelhas que vão no meio dos lobos precisam ser prudentes como o são as serpentes. A “prudência” é, antes de tudo, ser atento, ser prudente quer dizer não ser bobo, não ser ingênuo, mas, de fato, ter sabedoria, ter o momento certo e a forma certa de agir. Saber quando recuar e quando ir para frente. Não podemos ser ingênuos no Reino de Deus! A cada dia mais quando perdemos a nossa inocência, nós precisamos da pureza, mas não da ingenuidade. Nós não podemos ser bobos, mas precisamos ser atentos e saber como agir em cada momento.
Do outro lado nós também precisamos da “simplicidade”, nada de complicar, nada de colocar muitas dificuldades, nada de querer exigir muitas coisas ou ver as coisas de forma muito complexa. O Reino de Deus é simples, é leve. O Reino de Deus não cria complicações. E nós precisamos agir, neste mundo, com a simplicidade e com a pureza do Evangelho.
E vivendo tudo isso, não podemos nos esquecer da “perseverança”, rezarmos pela nossa perseverança e pela perseverança dos nossos. E aqui perseverar não é simplesmente aguentar firme e seguir no caminho um dia, dois dias, um ano, alguns anos; mas sim perseverar até o fim. Muitos já foram do Senhor e hoje não o são mais. Não precisamos julgar ninguém, mas sim olhar a nossa postura. Quem está de pé, cuidar para não cair; e quem caiu se levantar e continuar caminhando, porque, em Deus, nós precisamos da perseverança e da perseverança final.
Padre Roger Araújo

COMO MARIA PODE OUVIR NOSSAS ORAÇÕES

Algumas pessoas se perguntam como a Virgem Maria, e também os santos, podem ouvir as nossas orações e a de tantas pessoas, ao mesmo tempo, no mundo todo, e atender a todos simultaneamente. Será que ela é como Deus, onipotente ou onisciente?
Não. Nada disso! Nossa Senhora não tem esses atributos divinos, mas ela e os santos estão em comunhão com Deus; então, participam desses dons divinos, mesmo sem tê-los naturalmente. Participam deles pela graça. Como assim? É por meio de Jesus, com quem estão em comunhão plena, que eles ficam sabendo de nossos pedidos, pois para o Senhor nada é impossível.
Outra coisa importante é saber que, na eternidade, não há mais o tempo como na vida terrena. Na eternidade, ele não existe. É por isso que o teólogo Karl Ranner disse: “Deus é um instante que não passa”. Para Ele não há passado, presente nem futuro como para nós; para Ele tudo é só presente. O tempo faz existir o passado e o futuro, mas quando ele não existe, há só presente
Isso significa que, em Deus, Nossa Senhora e os santos não precisam de tempo para atender muitas pessoas que lhes pedem ajuda. Na Terra, se você quiser atender, por exemplo, dez pessoas, com dez minutos para cada uma, vai precisar de cem minutos, mas, na eternidade, isso não é necessário, porque não existe o tempo. Todos são atendidos no mesmo instante, algo que equivale a gastar, na Terra, os cem minutos.
Mesmo na Terra o tempo é relativo. Albert Einstein, Prêmio Nobel de Física, mostrou, com a “Teoria da Relatividade”, que o tempo de duração de um fenômeno e também o espaço que ele ocupa dependem da velocidade do objeto observado. Por exemplo: uma régua de 20 cm, parada, se for medida com uma velocidade próxima a da luz (0,99 da velocidade da luz) terá seu tamanho apenas de 18,9 cm, ou seja, ocupará menos espaço. Einstein mostrou também, no “paradoxo dos gêmeos”, que se dois irmão gêmeos partirem para uma viagem ao redor da Terra, um com velocidade normal, e outro com velocidade próxima a da luz (0.99 c), quando ambos voltarem, o gêmeo que viajou com velocidade próxima a da luz, chegará com menos idade que seu irmão; isto é, mais novo.
Ora, se o tempo é algo relativo, já nesta vida, na outra será completamente diferente da nossa realidade. Isso explica um pouco como os santos e a Virgem Maria podem atender os pedidos de todos, sem a dificuldade do tempo e do espaço, e sem precisar ter os atributos de Deus. Quem lá chegar verá.
Felipe Aquino

O QUE FAZER NOS MOMENTOS DE SOFRIMENTO

Se recebemos de Deus os bens, não deveríamos receber também os males?” (Jó 2,10b)
O que dizer nos momentos de sofrimento? Como agir quando isso ocorre?
Na hora do golpe, não podemos agir como tolos que perdem a fé e amaldiçoam Deus. Precisamos aceitar com docilidade também a dor, a perda, o desgosto, as amarguras e as decepções que a vida nos oferece; o essencial é não perdermos de vista o Senhor.
Ao passar pelos sofrimentos deste mundo, peçamos a graça de caminhar na presença do Pai. Peçamos Seu auxílio para realizar com integridade todas as provas, confiantes na Divina Misericórdia que nos sustenta.
“O Senhor é o meu pastor, nada me falta.
Se eu tiver que andar por vale escuro, não temerei
mal nenhum, pois comigo estás” (Sl 22,1-4).
Luzia Santiago

O BOM PASTOR DÁ A VIDA PELA SUAS OVELHAS

Jesus percorria todas as cidades e povoados ensinando em suas sinagogas, pregando a Boa Notícia do Reino, e curando todo tipo de doença e enfermidade. Vendo as multidões, Jesus teve compaixão, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor” (Mateus 9,35-36). 

Muitas vezes, a ovelha fica assustada e agressiva, porque está sofrendo como ovelha sem pastor. E aquela multidão estava abatida e enfraquecida como ovelha que não tinha um pastor para as guiar. 

“O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (João 10, 10-11). 

“O ladrão vem para matar, roubar e destruir”, mas logo Jesus acrescenta: “Eu vim para que as ovelhas tenham vida e a tenham em abundância. Eu sou o bom pastor" [...]. 

E quando Jesus fala sobre o pastor, não se refere a alguém bonzinho, mas um pastor mesmo, para valer, que sabe o que faz. Ele se definiu assim: “Eu sou o Bom Pastor, que dá a vida pelas ovelhas”.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova