sexta-feira, 30 de maio de 2014

SANTA JOANA D ARC

Ó Santa Joana D’Arc, vós que, cumprindo a vontade de Deus, de espada em punho, vos lançastes à luta, por Deus e pela Pátria, ajudai-me a perceber, no meu íntimo, as inspirações de Deus. Com o auxílio da vossa espada, fazei recuar os meus inimigos que atentam contra a minha fé e contra as pessoas mais pobres e desvalidas que habitam nossa Pátria.
Santa Joana D’Arc, ajudai-me a vencer as dificuldades no lar, no emprego, no estudo e na vida diária. Ó Santa Joana D’Arc atenda ao meu pedido (pedido). E que nada me obrigue a recuar, quando estou com a razão e a verdade, nem opressões, nem ameaças, nem processos, nem mesmo a fogueira.
Santa Joana D’Arc, iluminai-me, guiai-me, fortalecei-me, defendei-me. Amém

A DEVOÇÃO AMARIA

A Bíblia é a Palavra de Deus escrita para todos os tempos e para todas as pessoas; ninguém pode viver longe dela. Toda a Palavra foi escrita para preparar a vinda de Jesus; por isso Maria é a mulher da Bíblia. Vamos meditar: “Disse, então, Maria: 'Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua palavra'. E o anjo ausentou-se dela.” (Lc 1,38)

Maria encontrou graça diante de Deus; uma mulher escolhida diante de todas as mulheres do seu tempo. Na sua pequenez, ela foi a escolhida.

O maior milagre de todos os tempos é esse: uma Virgem, que não teve um relacionamento com nenhum homem, teve o Verbo encarnado nela. A descendência de Maria esmagaria a cabeça da serpente, por isso Deus a escolheu.

Maria é a mulher da Palavra, por isso ela disse: "Eis aqui a escrava do Senhor”. Nós podemos dizer 'sim' ou 'não' à vontade de Deus, mas Nossa Senhora disse: “Faça-se em mim a Tua vontade”. Estou trazendo essa primeira provocação na sua fé, porque só poderemos ter a aprovação, na Palavra de Deus, se, como Maria, pudermos dizer: "Faça-se!". Nós só estamos, aqui, porque uma mulher disse: “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra.”

Enquanto meditava essa passagem bíblica, percebi que existe uma chave para lê-la. Você precisa ter essa chave, que abre a porta da salvação, que é Maria. Quando você se torna um devoto dela, você tem a chave que abre a Bíblia, porque ela, no seu útero, gerou o Verbo, que é Deus. 

Será que você está abrindo a sua vida para a Palavra de Deus? Você tem a chave, que é Maria?

O devoto tem dimensões de devoção. A primeira é a dimensão de referência. Toda a humanidade precisa de referência. Quem não tinha pais, colocava sua referência nos tios, nos avós ou em alguém que seja modelo para ela. Maria é o modelo de humanidade. Nela, as virtudes de Deus fluíram naturalmente para que ela tivesse o Filho de Deus. Precisamos ter Maria como referência!

Maria foi uma mulher simples e madura. É preciso que nós assumamos essas características dela. Muitas vezes, dizemos: “Eu sou devoto de Maria”, mas será que nós temos lido a Palavra de Deus? Nossa Senhora pôde viver plenamente a sua humanidade, pois foi pura em tudo: no falar, no pensar, no julgar e no agir. Ela tomou para si a virtude da temperança.

Um devoto de Maria precisa igualar-se a ela nas virtudes, precisa ter têmpera nas suas emoções, nos seus pensamentos e no seu agir. 
Nossa Senhora é a mulher que viveu a sua vida honrando a Palavra. Ela era pura, porque o seu modo de agir era puro. Se você não encontrou pessoas honestas, olhe para Maria! Ela é referência de caridade. Não basta só você dizer que é devoto dela; é preciso querer ter as atitudes dela. Deus quer homens novos para um mundo novo. Tome posse das virtudes de Nossa Senhora, faça dela uma referência para você crescer.

Quando comungamos Jesus Eucarístico, acontece em nós o que aconteceu em Maria. Ela nos ensina a ser humildes e a amar. Quem são as pessoas, na sua vida, de quem você precisa resgatar o amor?

A primeira reflexão dos devotos de Nossa Senhora é: precisamos ter Maria como referência!
A segunda dimensão é termos, próximo de nós, algum sinal que nos lembre a Virgem Santa. É bom que, na sua casa, haja um quadro, uma imagem dela para lembrá-lo quem foi a Virgem Santa. 
Nós não adoramos imagens; nós adoramos Deus. Uma imagem nos faz lembrar de que Maria foi aquela que disse: “Faça-se em mim segundo a Tua Palavra”. Por isso, é importante termos uma devoção! Portar uma medalha nos ajuda a lembrar dela; não é um amuleto da sorte nem um amuleto que espanta coisas ruins. Uma medalha é feita para nos lembrarmos de quem Maria foi e nos espelharmos nela.

Se, na sua casa, houver brigas e discussões, olhe para a imagem de Nossa Senhora e lembre-se de que ela é a Mãe da ternura. Se você tiver uma medalha, lembre-se de que Maria é cheia de graça e queira ser como ela. Se você se identifica com Nossa Senhora Aparecida, tenha a imagem dela. Não é Nossa Senhora quem faz os milagres acontecerem, mas é Ela quem intercede por nós, roga para que as graças cheguem até nós. Devoção significa amor; e nós precisamos ter uma devoção por Maria. 

O santo terço e o santo rosário não nos levam somente a Nossa Senhora, mas à contemplação da nossa salvação, à redenção. Começamos a rezar o terço orando 'Creio em Deus Pai'. A cada Ave-Maria, declaramos Jesus como Senhor da nossa vida. É uma oração cristológica, porque ela é aquela que nos trouxe Jesus. 

Você e eu precisamos, no mês de Maria, principalmente, não deixar de meditar a nossa salvação por meio do santo rosário. Às vezes, as pessoas oram tanto e se esquecem de colocar Jesus no centro. Rezar o terço é reconhecer o senhorio de Jesus na oração do Creio. O rosário é uma oração poderosa, que nos leva a Jesus. 

Precisamos mergulhar na oração. Maria nos leva à cruz; ela é a porta da salvação. 

Quando os discípulos estavam no Cenáculo, Maria estava com eles. A Mãe do Cenáculo, a mulher que é e foi cheia do Espírito Santo. 
Diácono Paulo Lourenço 
Membro da Comunidade Canção Nova

NÃO DEIXE O DESÂNIMO TER A ULTIMA PALAVRA EM SUA VIDA !

É Deus quem está dizendo a mim e a você: Não tenha medo, não se cale, não entregue os pontos! Não deixe o desânimo ter a última palavra em sua vida!
“Não tenhas medo; continua a falar e não te cales, porque eu estou contigo. Ninguém te porá a mão para fazer mal” (Atos dos Apóstolos 18, 9-10).
A nossa meditação de hoje é sobre a Primeira Leitura dos Atos dos Apóstolos, em que lemos que o apóstolo Paulo está chegando à cidade de Corinto. Ali, em uma noite, Jesus visita o coração de Paulo justamente para o consolar. A angústia, a tensão, o medo, muitas vezes, visitaram o coração do apóstolo, pois não foi em todos os lugares em que o grande apóstolo foi bem recebido e acolhido.
E uma vez que o apóstolo dos gentios não era acolhido, não era bem recebido, a Palavra de Deus também não era acolhida e bem recebida, mas nem por isso o apóstolo desanimava! E de onde vinha a força de Paulo? De onde vinha a intrepidez do apóstolo Paulo? Vinha do consolo que ele recebia de Deus, vinha de uma força do alto que o fazia levantar e não lhe permitia ficar prostrado e desanimado.
As dificuldades em Corinto eram muitas, comunidade grande, com diversos problemas, ali Paulo deveria anunciar o Evangelho. Para que o medo não se apoderasse dele e as numerosas dificuldades não tirassem a coragem e a ousadia do apóstolo é que Deus vem em socorro de sua fraqueza: “Não tenhas medo; continua a falar e não te cales, porque eu estou contigo” (At 18, 9-10).
Quando olhamos para a nossa vida vemos que existem muitas situações que nos calam, nos atemorizam, nos tiram o vigor da alma e do espírito e nos deixam, muitas vezes, desanimados. As dificuldades estão dentro da nossa própria casa, estão em nosso trabalho, estão em nossa própria comunidade onde trabalhamos.
Quantas vezes, nós temos vontade de entregar os pontos e dizer: “Eu não dou mais conta disso! Isso não é para mim! Chega!”. O estresse nos visita, as enfermidades começam a tomar conta de nós e a pior delas é o desânimo, porque tira o nosso ânimo, a vitalidade da nossa alma, o vigor para fazermos aquilo que é a nossa missão.
Hoje, Deus quer revigorar a nossa alma, revigorar o nosso espírito, nos dar uma coragem nova, uma disposição nova, uma vontade nova, para que continuemos a realizar a Sua vontade na nossa vida! Seja você, pai, mãe, homem, mulher, jovem, trabalhador, onde a missão o chama, onde os compromissos são muitos, Deus não o quer  desanimado! Ele quer hoje dar um vigor novo à sua alma, ao seu espírito!
É Deus quem está dizendo a mim e a você: Não tenha medo, não se cale, não se amedronte, não entregue os pontos! Não deixe o desânimo ter a última palavra em sua vida!

Padre Roger Araújo

MÃE SANTÍSSIMA

Eu e minha casa serviremos ao Senhor!

ESTOU Á PORTA

Cheguei agora, estou à porta e peço entrada
Vim pra ficar na tua casa, estou aqui
Sentar-me à mesa, partilhar a nossa vida, na
intimidade revelar meu coração..."

DIANTE DO REI DOS REIS , TODO JOELHO SE DOBRARÁ


*Graças e Louvores se Deem a Todo o momento, ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!!!
*Maria, Sacrário Vivo de Deus, Mãe do Senhor Jesus e a primeira Adoradora... Ensina-nos sermos verdadeiros Adoradores.!!
E que possamos Senhor Jesus, Dobrar diante de TI não apenas os nossos joelhos, mais o Coração e a Vida, pra Te Adorar... Te Amar... com tudo o nosso ser...
*JESUS eu TE AMO eu TE ADORA!!
*Glórias ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no principio agora e sempre... Amen!

PRECISAMOS PERMANECER EM CRISTO PARA DAR FRUTOS

Cristo nos convida a permanecermos n’Ele para produzirmos os frutos que sejam do agrado do Pai, os frutos do Reino de Deus. 
“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim” (João 15, 4).
O Evangelho da videira, no qual Jesus mesmo se proclama como a videira verdadeira, lembra o papel da agricultura na história de Israel, porque Israel é a verdadeira videira de Deus, mas a videira que, muitas vezes, não produz bons frutos, de modo que Jesus é a única videira, a verdadeira videira, que produz os frutos do gosto do Pai.
O que leva a videira a produzir os frutos é a sua união íntima com o Agricultor, é a sua união com o Pai. Uma vez que Jesus está ligado ao Pai, está unido a Ele, uma vez que Jesus tem essa união íntima com Seu Pai, Ele produz os frutos que o Pai deseja; os frutos verdadeiros, os frutos que agradam ao Pai.
O Senhor Jesus nos diz que, se nós também queremos produzir os frutos que sejam do agrado do Pai, os frutos saborosos, os frutos do Reino de Deus, se nós realmente não queremos produzir frutos velhos, estragados, sem gosto ou sem sabor, nós precisamos permanecer n’Ele!
Ele repete este verbo: “permanecer”, para dar realmente o sentido da mística da espiritualidade cristã, que consiste em uma união íntima com a pessoa de Jesus. Estar ligado a Jesus, unido a Ele, para que possamos produzir os verdadeiros frutos de uma vida em Deus.
A união íntima com Jesus é o convite para que vivamos uma espiritualidade voltada à oração, à escuta da vontade do Pai, ao conhecimento da Palavra de Deus, à reflexão e à meditação. Quando nós adoramos Jesus, produzimos em nós os frutos que o Pai deseja, porque já não vivemos por nós, é Jesus quem vive em nós. E uma vez que Ele vive em nós, podemos viver a vida de Deus em nós.
Nós, muitas vezes, não pensamos como Deus, até conhecemos a vontade d’Ele, mas não temos força, disposição nem uma profunda convicção de como realizar a vontade d’Ele em nossa vida. Quando nós guardamos os Mandamentos de Deus, quando vivemos essa união íntima com o Senhor, nós produzimos os frutos que o Pai deseja.
Que possamos permanecer no Senhor, que nós não saiamos da presença do Senhor, porque Ele há de conduzir os nossos passos!
Padre Roger Araújo

POR QUE INTERCEDEMOS ?

A intercessão é uma oração de petição que nos conforma de perto com a oração de Jesus” 
Quando falamos de oração de intercessão, é possível nos lembrarmos de grandes homens e mulheres da Bíblia, dos santos e da nossa própria oração. Já reparou que sempre rezamos por alguém? Sempre nos pedem oração ou a pedimos para alguém?
Primeiramente, ao falar de intercessão, lembremo-nos de Abraão. A cidade de Sodoma estava para ser destruída, mas devido à intervenção e à intercessão desse homem que “negocia” com Deus – “Se houver cinquenta justos… quarenta… dez justos” –, o Senhor lhe responde: “Por causa dos dez não a destruirei”(cf. Gn18,16-33). Assim, graças à intercessão de Abraão, a cidade não foi destruída.
O grande Moisés foi outro homem que se colocou em defesa do povo. Deus o havia chamado para ir à frente, para libertar os filhos de Israel da escravidão do faraó. Primeiro, Moisés, em nome do Senhor, foi até o faraó e pediu a liberdade de seu povo (cf. Êx 5,1). Vários sinais foram realizados para que ele se convencesse de que aquela era a vontade de Deus: o cajado que se transformou em serpente, a água que virou sangue, além de pragas como rãs e gafanhotos (cf. Êx 7-12). Apenas com a morte do seu primogênito o faraó deixou o povo partir, mas, depois, o perseguiu (cf. Êx 14).
Num segundo momento, Moisés já não mais pedia ao faraó, mas passou a pedir a Deus pelo povo. Após a libertação, infelizmente, esse manifestou a sua ingratidão a Deus e a Moisés, pois passou a murmurar por causa do alimento (16,3), reclamar pela falta de água. Moisés clamou ao Senhor e, então, puderam beber da água (17,2-7). O profeta intercedia, pedia e colocava-se diante do Senhor em favor de seu povo.
Temos também mulheres que intercederam, que se colocaram em favor do povo, como Ester que orou pelos seus (cf. Est 4, 17n-17kk). Judite fez o mesmo (cf. Jd 9). Maria, na festa das bodas em Caná, disse: “Fazei tudo o que ele vos disser!” (cf. Jo 2,5).
“A intercessão é uma oração de petição que nos conforma de perto com a oração de Jesus” (cf. Catecismo da Igreja Católica n. 2634). “Ele é o único intercessor junto ao Pai em favor de todos os homens” (cf. Rm 8,34). Ele é o Cristo, o enviado de Deus para interceder por todos até as últimas consequências ao viver a Paixão. Jesus intercedeu tanto por nós, que deu a vida d’ele para que vivêssemos.
Ora, os intercessores foram homens e mulheres que se colocaram diante de Deus em favor dos necessitados, como fez Jesus. Assim, se pedirmos oração ou se orarmos pelo outro, já estaremos vivendo a intercessão. Temos ainda a riqueza, como nos ensina a Igreja, de pedir a intercessão daqueles que morreram santamente, que estão com Deus: os santos. Na profissão de fé, rezamos “creio na comunhão dos santos”, ou seja, esses que estão com o Senhor podem pedir por nós que estamos aqui, e é necessário deixar bem claro que é sempre Jesus quem realiza os feitos.
Por fim, a oração de intercessão é confiante e dirigida ao Senhor em favor do outro, do necessitado. Foi isso o que os homens da Bíblia fizeram e, por excelência, Jesus fez por nós pecadores. Fomos salvos ou somos salvos pela intercessão d’Ele junto ao Pai.
Por que intercedemos? Primeiro, para imitar Cristo, que intercede por nós junto do Pai. Ele quer a nossa salvação e, uma vez que fomos alcançados e amados por Ele, passamos a segui-Lo e imitá-Lo.
Mas como O imitamos? Intercedendo pelo nosso próximo, confiando que Ele pode tudo, que nada Lhe é impossível (cf. Lc 1,37). Oramos em favor do outro, porque também entendemos que não devemos pedir apenas para nosso próprio benefício. A oração de intercessão não é passiva – o necessitado lá e eu aqui –, mas ativa como Jesus, que ia ao encontro de Seus semelhantes, que nada quis para si, mas se entregou pelo outro, “amou-os até o fim” (cf. Jo 13,1). Ativamente, intercedamos pelo próximo indo ao encontro dele

Padre Marcio

POR QUE DEIXAR PARA DEPOIS?

O hábito de deixar tudo para depois tem perseguido a vida de muitas pessoas.
Domingão à tarde, depois de um almoço bem “diet”, com direito a feijoada, uma torta de nozes com bastante recheio de chocolate meio amargo e um cafezinho doce para fechar o momento “domingueira” cai bem. Melhor ainda, é dizer a mesma ladainha: “só hoje, pois amanhã mesmo vou à academia queimar tudo isso na esteira”. No entanto, essa promessa rola há um bom tempo e muitos domingos já foram palco desse discurso. E a tão sonhada academia nunca recebeu a sua visita.
Segunda-feira chega e com ela a promessa de entregar três textos para a produção do portal, onde você, agora, lê um deles; uma promessa feita pelo autor que fala com você neste momento. Hoje, já é quarta-feira, mas nada de texto! Dos três textos pedidos, somente um foi enviado para a caixa de e-mail da solicitante. Quem sabe seja este o segundo texto?
Marcar de jantar na casa daqueles amigos do tempo de faculdade… Tão sonhado encontro, sempre fica para depois. E o jantar já mudou de cardápio várias vezes; afinal, passaram-se tantas estações desde a primeira promessa!
Sim, o hábito de deixar tudo para depois tem perseguido a vida de muitas pessoas. Este hábito tem um nome: procrastinação. Nome estranho, não? Sim, bem estranho. Mas é algo que a maioria das pessoas vivem: deixar para depois. Mas há algum mal nisso? Sim e não.
Vamos começar pelo mais fácil. Não há nada de mal deixar, às vezes, para depois uma DR (discutir relação) se esta está para acontecer em meio a uma “briga de ânimos”, quando, com certeza, não se chegará a uma resolução acertada. Então, nada mau deixar para conversar sobre aquele assunto “meio acído” depois, quando ambas as pessoas estiverem dispostas a falar e a ouvir num bom diálogo. Às vezes, precisamos deixar para depois uma tomada de decisão que precisa ser maturada, bem refletida, bem estudada. Catar penas não é tarefa fácil; então, nessa situação, procrastinar seria muito bom! Mas esse hábito de “deixar para depois” também pode ser, sim, um grande mal.
Um exemplo: há dias, você tem sentido falta de ar, taquicardia e desmaios, mas, simplesmente, procrastina sua ida ao médico. Isso pode lhe acarretar sérios problemas! Então, nada de deixar para mais tarde. Fui extremista no exemplo, mas podemos perceber quando a procrastinação é um mau hábito para nós, ou seja, quando constatamos um certo prejuízo em nossa vida social. Quantos relacionamentos terminam, porque a pessoa amada sempre é colocada para depois do futebol, depois do filme, depois da festa etc. Alguns sintomas como estresse, ansiedade, angústia, depressão e graves sentimentos de vergonha e culpa, frente ao não “cumprimento de responsabilidades e compromissos”, podem indicar que algo não vai nada bem!
A maioria das pessoas tendem a procrastinar aquilo que não lhes causa muito prazer, como a declaração do imposto de renda, a conversa com a sogra, a dívida do cartão, a dieta, a arrumação do armário. Mas é bem difícil se procrastinar na hora de tomar um sorvete em um dia ensolarado, dar um passeio no parque sábado à tarde, jogar um futebol no fim de semana, assistir a um bom filme recém-lançado no cinema.
Fica, aqui, a dica para você lutar contra a procrastinação: encontre sentido naquilo que, aparentemente, não lhe causa prazer, mas que, uma vez realizado, o livrará de bons desprazeres!
Ao se determinar a fazer a declaração de imposto de renda no prazo, por exemplo, você evitará vários desconfortos. Mas caso chegue a ponto de não a declarar, você, com certeza, será chamado pela Receita Federal, a fim de dar explicações. Além disso, terá de pagar multa e fazer a declaração assim mesmo, mas, dessa vez, sem procrastinação! Caso esse hábito lhe cause muito sofrimento, é interessante procurar ajuda, pois pode ser o sintoma de algo mais sério.
Um famoso psicólogo americano Joseph Ferrari faz um comentário bem humorado sobre a tendência natural à procrastinação, citando que “a maioria de nós começa o dia procrastinando quando aperta aquele botão do despertador, que permite ficarmos na cama por mais cinco minutinhos”. Ou seja, o equilíbrio sempre será um sinal de saúde!
Ufa, não procrastinei este texto, e não é que me deu um prazer de missão cumprida escrevê-lo? Agora, é só enviá-lo para a produção do Portal Canção Nova! Senão, procrastinarei o envio…

Adriano Gonçalves

JESUS É O PÃO QUE NOS DÁ A VIDA ETERNA !



”Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede” (João 6, 35).

 Nós continuamos a catequese de Jesus sobre o sentido da vida a partir do Pão da vida, que é Ele mesmo! No capítulo seis do Evangelho de São João, vemos que aquela multidão ficou maravilhada, surpresa, mas, ao mesmo tempo, saciada com aquele milagre que Jesus fez multiplicando o pão para eles. Por isso o Senhor continua a nos explicar o sentido mais profundo do pão.
Como precisamos dos alimentos, de comer a cada dia para ficarmos saciados, bem e satisfeitos, para termos forças e não desanimarmos nem perecermos! A fome mata, desanima, aniquila as pessoas e provoca desequilíbrios. A fome é uma coisa terrível e maldosa, por isso é um mal a ser combatido.
Como nós precisamos saciar a nossa fome! Contudo não se trata simplesmente de comer um pão, comer um alimento e assim já se sentir satisfeito. Às vezes, comemos até demais, nos alimentamos demais e por vezes até mal demais, porque não é a quantidade de alimentos que resolve a nossa fome, mas a qualidade deles. É a quantidade de nutrientes, vitaminas e os nutrientes corretos para equilibrar o nosso organismo que favorecem uma alimentação correta. Do mesmo jeito caminha a nossa alma, caminha o nosso espírito, caminha o nosso ser. Como nós precisamos ser alimentados, meu Deus!
Quando não nos alimentamos espiritualmente do alimento correto, nós nos alimentamos de porcarias, de coisas que não fazem bem; nós nos alimentamos de coisas erradas, que são, na verdade, paliativos que não nos conduzem para a eternidade. Não é porque falam do bem, não é porque falam de espiritualidade, não é porque falam de Deus que este ou aquele lugar nos dão o alimento correto para nossa alma e para o nosso espírito.
Só Jesus pode saciar a nossa fome, só Jesus pode saciar a nossa sede. É Ele mesmo quem nos diz: ”Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede” (cf. João 6, 35 ). E quem crê na Sua Palavra, nos Seus ensinamentos,  nunca mais irá buscar respostas para as decisões da vida em outros lugares que não dão a verdadeira resposta para a vida, nem o verdadeiro sentido para a existência!
Toda a sede e fome que nós temos de eternidade está na pessoa de Jesus. Que sejamos saciados pela Sua presença amorosa no meio de nós!
Padre Roger Araújo

O ESPÍRITO SANTO NÓS DÁ TODOS OS DONS

O Espírito Santo nos dá todos os dons e na hora da necessidade Ele nos dá aquele dom para usar naquela situação. Não é questão de dignidade, é questão de necessidade, porque nosso povo está ultra necessitado, e Deus quer atender as suas necessidades, e na sua pedagogia ele usa uma pessoa em um determinado dom, mas você recebeu todos os dons para usar na necessidade. 

Pela graça de Deus eu recebi o Espírito Santo e quero receber cada vez mais. Nós precisamos querer o Espírito Santo, é vontade de Deus, e se é vontade de Deus, é vontade minha.

Mas com freqüência as pessoas ao invés de ter ousadia, parresia, atrevimento no Espírito, elas tem medo, dizendo que não são capazes, mas não são mesmo, quem faz é o Espírito Santo. Os apóstolos não estão mais nessa geração, estamos nós, então nós temos que usar os dons do Espírito Santo. Às vezes as pessoas perguntam: "Mas quem sou eu?" Eu respondo: Você é você. 

Quando Deus começou a me usar com os dons eu comecei a ficar surpreso. “Quem era eu? Eu era eu mesmo”. E Deus queria me usar. Eu testemunho com simplicidade, Deus quis me usar com os dons que Ele quis. Como eu sofri, como eu apanhei, desde os bispos até colegas meus de sacerdócio, e outras pessoas. Estava começando o uso dos dons, mas imagina se a gente tivesse parado de usar. O que adianta uma geladeira vazia? De nada adianta. O que adianta é uma pessoa ser cheia do Espírito Santo. O pior é a pessoa receber o Espírito Santo e não usar os dons.

Não interessa a quantidade de dons que o Espírito Santo nos usa, Ele usa de acordo com a necessidade. Quando você vê a necessidade você deve usar.

Por que você embrulhou os dons que o Senhor lhe deu? Estou lhe falando enquanto há tempo, antes que você se encontre com o Senhor, ou Ele vem, ou você vai. E justamente nós iremos permanecer na eternidade do jeito que morremos. Estou lhe dizendo isso para que você desenterre os dons que o Senhor lhe deu. Joga fora esse lenço apodrecido que você enterrou os dons, mas pegue os dons e use. Seja atrevido, e não fique com coisinhas. A partir do dom menor que é o de línguas, você recebe todos os dons. 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A ESPIRITUALIDADE DE SÃO BENTO NOS DIAS DE HOJE

VIDA MONÁSTICA: A ESCOLA DE SÃO BENTO
O Mosteiro da Transfiguração apresenta, a seguir, de maneira sintética, alguns temas essenciais da vida monástica, buscados, constantemente, em nossa comunidade. Cremos que os mesmos são de grande importância para ajudar no aprofundamento dos cristãos que buscam viver seu batismo com radicalidade, bem como no discernimento vocacional daqueles que ainda estão buscando viver essa mesma radicalidade.
1. As fontes da vida monástica beneditina
O monaquismo situa-se dentro da vida religiosa pelo fato de que é um meio de buscar a perfeição cristã. Ao mesmo tempo, distingue-se da vida religiosa por seu caráter especificamente contemplativo – como vivido em nossa casa.
O Papa Paulo VI, recordou, repetidas vezes, que o monge tem, na Igreja, uma função especial, distinta, que consiste em ser presença, sinal que exerce uma secreta fascinação, unicamente pelo fato de ser um contraste, cujo exemplo provoca espanto pela forma de estar presente junto de Deus e entre os homens, que é a oração. A vida monástica exerce “irradiação” e tem o papel de dar testemunho de uma presença invisível e de lembrar ao mundo, constantemente alienado de Deus, que essa presença que transcende todas as realidades terrestres é viva e atuante em nosso meio.
O monge é aquele que optou por viver com radicalidade o seu batismo, é um cristão comum, que vive, no mosteiro, a vida cristã comum, mas a vive na maior perfeição, a vive em plenitude. Deixa de lado tudo mais, esquece-se de todos os interesses para ser um cristão e viver à procura de Deus. É aquele que busca ser o que seu nome indica – um homem de Deus.
2. As ocupações da vida beneditina
Opus Dei
“Portanto nada se anteponha ao Ofício Divino” (RB 43,3.). Com estas palavras de São Bento, podemos entender a importância do Ofício Divino na vida do monge. Ao lado do trabalho e da Lectio Divina, a celebração comum do Ofício Divino é uma das principais atividades do monge, é uma parte de uma vida inteira consagrada a Deus. De fato, para o monge, o amor de Deus se traduz antes de tudo pela oração contínua da qual o Ofício Divino é o ato principal e o mais forte sustentáculo. O Ofício também influi grandemente em sua espiritualidade, pois o monge se alimenta da Palavra de Deus e permite que esta se torne parte de sua vida.
Juntamente com a Igreja, Corpo Místico de Cristo, oferece a Deus o louvor e a santificação da Igreja por meio desse culto. O Opus Dei torna-se parte da oração do próprio Cristo ao Pai, onde por meio dos salmos, cânticos e leituras tiradas das Sagradas Escrituras, a própria Palavra se torna presente. Melhor do que qualquer obra comunitária, mostra o testemunho específico dado por nossa vida à Igreja e ao mundo
Lectio Divina
Cada ato do monge deve ser uma resposta à Palavra de Deus contida nas Sagradas Escrituras, voz viva de Deus, que lhe fala cotidianamente. A esse encontro diário com a Palavra, damos o nome de Lectio Divina, que, literalmente, significa “leitura divina”. É uma leitura orante da Palavra, uma leitura espiritual, pois se dá no Espírito e pelo Espírito. A Lectio Divina é, antes de tudo, um diálogo com Deus, íntimo, pessoal e, ao mesmo tempo, eclesial.
Na Lectio, o monge ouve a Palavra de Deus e a Ele responde na oração, mas, para que isso ocorra é necessária uma atitude de escuta, humildade e abertura do coração. Ela divide-se em alguns passos principais: leitura, meditação, oração e contemplação.
 Trabalho
“São verdadeiramente monges quando vivem do trabalho das mãos, como nossos pais e os apóstolos” (RB 48,8.). O trabalho é importante ao monge, a fim de que ele possa sustentar-se, como diz-nos São Bento, e garantir a sua separação do mundo. É uma forma de penitência, tendo sido a primeira e principal forma de penitência imposta por Deus ao homem. É o fruto de suas mãos oferecido a Deus no sacrifício eucarístico. É um testemunho, na medida em que mostra ao mundo que o trabalho confere dignidade ao homem, ajudando-o também a desenvolver virtudes sociais e morais, indispensáveis para uma vida de oração.
O trabalho é um instrumento nas mãos do monge para ser utilizado em sua missão específica de restaurar tudo em Cristo. Ele, unido a Cristo, redime o mundo por seu trabalho, consagra-o a Deus e prepara a nova terra que haverá depois da Ressurreição final.
3. As colunas da espiritualidade da vida monástica
Uma das colunas da espiritualidade da vida monástica é a fé, que se traduz na busca de Deus. Um dos critérios principais para São Bento, para ver se um candidato pode ingressar na vida monástica, é este procurar a Deus: “Que haja solicitude em ver se procura verdadeiramente a Deus, se é solícito para com o Ofício Divino, a obediência e os opróbrios” (RB 58,7). Da vida de fé resultam as demais colunas da espiritualidade da vida monástica, que são a humildade e a obediência.
Os monges buscam viver a humildade para seguir Jesus Cristo “manso e humilde de coração” (Mt 11,29). A humildade é o caminho mais seguro para podermos realizar, diariamente, a nossa vida de conversão a Deus. É seguindo esse caminho de ‘abaixamento’ de Jesus que poderemos crescer em caridade e ser exaltados por Deus: “Pois todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado” (Lc 14,11).
Outra coluna importante da espiritualidade da vida monástica é a obediência. Os monges buscam vivê-la para seguir Cristo, que se fez “obediente até a morte – e morte de cruz!” (Fl 2,8). O monge busca obedecer ao Abade (RB 2) e aos irmãos (RB 72,6) para poder cumprir, em tudo, a vontade de Deus. A obediência é um instrumento valiosíssimo em nosso caminho de conversão a Deus. Pela obediência, aprendemos a abandonar as nossas vontades próprias e aderir à vontade do Senhor, que sempre quer o melhor para cada um de nós. A obediência é um ato de fé, de que Deus me guia por meio do meu superior. A obediência não exclui a liberdade daquele que obedece, mas a pressupõe. Somente alguém inteiramente livre pode abandonar-se nas mãos do Pai, procurando cumprir a vontade d’Ele. A fé, a humildade e a obediência são, pois, as colunas sobre as quais podemos construir o edifício da vida monástica.

SOMOS FILHOS DO CÉU

É dia da mudança! É dia de câmbio! Filho do Céu tem que viver como filho do Céu. Tem que viver como à moda do Céu, como filhos de Deus. Aquilo que para os filhos do mundo são valores, para os filhos do Céu não são. 

A nossa vida, não é feita de moleza. Temos uma meta, subir o Monte. Sou filho do Céu, devo buscar as coisas do alto, correndo todos os riscos, mas chegando lá em cima. 

Os filhos do Céu não podem viver deslizando, brincando, gozando, sem perceber que estão deslizando, escorregando... “sei que você entendeu”. Assim como as crianças gostam de escorregar nos ‘tobogans’, assim também é o caminho que nos quer levar à perdição. Aquele que quer levar você, não fez nada por você. Ele só tem sido desleal, seduzindo-o com coisas.

Somos cidadãos do Céu, lá é a nossa pátria, estamos em gestação para chegar lá. 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova