segunda-feira, 19 de maio de 2014


Maio é o mês dedicado à Virgem Maria e em conjunto com o livro irá receber calendário cortesia do padre Pio de 2015 com abundância de imagens coloridas do Santo, a madeira de Oliveira Rosário Bento e o livreto para rezar o Rosário juntamente com o padre Pio. 

O ESPÍRITO SANTO É QUEM CAPACITA

É o Espírito Santo quem capacita todos os batizados para participarem na obra de Cristo
Encerrou-se, há poucos dias, a 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. Trata-se de uma ocasião privilegiada de partilha de experiências e busca de caminhos adequados para o serviço do Evangelho em nosso país. Dez dias de trabalho intenso, muita oração, decisões tomadas e planos assumidos em conjunto, num magnífico exercício do que a Igreja chama de colegialidade. É que os bispos, unidos ao Papa, vivem como um corpo, um “colégio”, a missão que lhes é confiada. Ao lado de muitos outros temas importantes, três grandes assuntos foram tratados e transformados em preciosos subsídios para a atuação evangelizadora da Igreja: a questão agrária no início do século XXI, com um documento destinado a balizar a presença pastoral da Igreja Católica no campo; o importante texto sobre a Paróquia como Comunidade de Comunidades, amadurecido no diálogo pastoral desde o ano passado, cuja prática indica os passos missionários a serem percorridos pela Igreja no Brasil; enfim, um estudo sobre a presença dos leigos e leigas na Igreja, entregue agora ao povo de Deus de todo o nosso país.
O texto sobre “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Sociedade” (Cf. números 70 e 71) afirma que o Concílio Vaticano II fundamentou toda a Igreja nas missões de Cristo e do Espírito Santo. É o Espírito quem capacita todos os batizados para participarem na obra de Cristo: todos os cristãos são chamados (como sacerdotes) à obra sacerdotal, a oferecerem a vida como sacrifício espiritual; todos são chamados (como profetas) a escutar e proclamar a Palavra; todos são chamados (como administradores) a trabalhar pela vinda do Reino de Deus. (Cf. Lumen Gentium, n. 31). Todos os cristãos e, portanto, todos os homens e mulheres batizados, leigos na Igreja, não apenas pertencem a ela, mas “somos um só corpo em Cristo, e cada um de nós, membros uns dos outros” (Rm 12, 5).
Não se deve falar em superioridade de dignidade de pertença à Igreja, quando são comparados os membros da hierarquia e os cristãos leigos – segundo esta mentalidade, os primeiros seriam “mais” Igreja do que os leigos e, portanto, mais dignos. Essa mentalidade, errônea em seu princípio, esquece que a dignidade não advém dos serviços e ministérios no interior da Igreja, mas da própria iniciativa divina, sempre gratuita, da incorporação a Cristo pelo batismo. A dignidade dos membros e a graça da filiação são comuns a todos, porque o povo chamado por Deus se insere em uma realidade que é – “um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Ef 4, 5). São João Paulo II (Christifideles Laici, n. 11) ensinou que, ao sair das águas do batismo, “todo o cristão ouve, de novo, aquela voz que um dia se fez ouvir nas águas do Jordão: ‘Tu és o meu Filho muito amado’” (Lc 3, 22), e compreende ter sido associado ao Filho, tornando-se filho de adoção e irmão de Cristo.
É com essa grande liberdade que os cristãos das primeiras comunidades encontraram respostas para se organizarem, como a instituição daqueles sete homens “de boa fama, repletos do Espírito e de sabedoria” (Cf. At 6, 1-7), aos quais foi confiada a tarefa da caridade, reservando-se os apóstolos para a oração e o serviço da Palavra. Também relatam os Atos dos Apóstolos que “na Igreja de Antioquia havia profetas e mestres. Certo dia, enquanto celebravam a liturgia em honra do Senhor e jejuavam, o Espírito Santo disse: ‘Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de realizarem a obra para a qual eu os chamei’. Jejuaram então e oraram, impuseram as mãos sobre Barnabé e Saulo e os deixaram partir” (Cf. At 13, 1-3). Nascem os missionários, pouco a pouco se configuram os diversos ministérios, segundo os dons concedidos pelo Senhor. Mais para frente, a Igreja verá organizados os serviços dos bispos, sucessores dos apóstolos, dos presbíteros e diáconos. O correr da História da Igreja testemunhou o surgimento de carismas e ministérios, famílias de pessoas consagradas ao Senhor, envio missionário sempre renovado, regado pelo sangue dos mártires.
Como exercer as diversas tarefas que são confiadas aos cristãos de todas as idades e vocações? Haverá algum lugar privilegiado? Porventura alguém deve buscar os primeiros lugares? É clara a orientação do Senhor, que “não veio para ser servido, mas para servir” (Mt 20, 28). Quando Seus discípulos acolhem Seus discursos de despedida, na última Ceia, as tensões e o medo tomavam conta do coração deles (Cf. Jo 14, 1-12). Tomé quer saber o caminho, Felipe almeja a visão do Pai, todos se sentem inseguros, a saudade mostra seu rosto. E Jesus lhes mostra um caminho que tem nome, o Seu, para chegar à vida plena. E todas as perguntas são respondidas por quem é a Verdade!
A estrada mestra é a do serviço. “Como, num só corpo, temos muitos membros, cada qual com uma função diferente, assim nós, embora muitos, somos em Cristo um só corpo e, cada um de nós, membros uns dos outros. Temos dons diferentes, segundo a graça que nos foi dada. É o dom de profecia? Profetizemos em proporção com a fé recebida. É o dom do serviço? Prestemos esse serviço. É o dom de ensinar? Dediquemos-nos ao ensino. É o dom de exortar? Exortemos. Quem distribui donativos, faça-o com simplicidade; quem preside, presida com solicitude; quem se dedica a obras de misericórdia, faça-o com alegria. O amor seja sincero. Detestai o mal, apegai-vos ao bem. Que o amor fraterno vos una uns aos outros, com terna afeição, rivalizando-vos em atenções recíprocas” (Rm 12, 4-10).
A proposta vai contra a correnteza de toda a competição devoradora que nos envolve! Leigos e leigas, bispos, sacerdotes, diáconos, religiosas e religiosos, todos encontrarão seu espaço quando estiverem dispostos a dar a vida uns pelos outros. Afinal, “quem quiser salvar sua vida a perderá; mas quem perder sua vida por causa de mim e do Evangelho, a salvará” (Mc 8, 35). Este é o lugar de todos e de cada um. Parece impossível? O Senhor Jesus é o exemplo e, mais ainda, é a fonte da graça para quem escolher Seu caminho.

Dom Alberto Taveira Corrêa


POR QUE CONSAGRAR-SE A MARIA ?


Alegria nessa manhã de domingo estarmos juntos e nesse Congresso Mariano gostaria de refletir a respeito da consagraçaõ a Nossa Senhora. 

Esse tema é um tema que vem sendo repetido por vários santos e movimentos. Nesses últimos tempos tem se intensificado. No Brasil os movimentos além da consagração através do método exposto pelo Tratado da Verdadeira Devoção. Por exemplo São Maximiliano Maria Kolbe, que fala dentro da sua tradição de espiritualidade franciscana, e só depois ele conheceu o tratado. Temos o movimento sacerdotal mariana do Padre Stefano Gobbi que fala da consagração ao Imaculado Coração de Maria. Nós temos todo o movimento apostólico de Schoënstatt a partir do pensamento do Joseph Kentenich, fala de uma outra dimensão, mas todos falam na mesma linha, dentro da Igreja. Legião de Maria que fala da consagração a Nossa Senhora mais ordenado, mas metódico, as consagrações Marianas que falam desse entrega a Nossa Senhora. Todos com linguagens diferentes, mas como uma sinfonia, como uma orquestra. Todos estão tocando a mesma sinfonia, mas cada um, uma parte. O que trago é uma constatação. Hoje muitos pessoas estão fazendo a consagração. 

Mas qual é o fundamento teológico disso? Se não colocarmos a teologia no seu lugar, ficaremos em algo apenas devocionário.

No início da Igreja, se fala de uma entrega a Nossa Senhora como servos, escravos de Maria. A palavra escravo é uma palavra chocante para nós no século XXI. A palavra escravidão é uma das analogias. João Paulo II já era seguidor de São Luís Maria Grignion de Montfort, e que já usava a palavra confiar, no lugar de consagrar, mas que são a mesma coisa, são metáforas, analogías.

Onde está o fundamento teológico de tudo isso? Primeiro a fé. O dogma de fé é dar a Deus um culto que é o culto de latría, nós adoramos somente a Deus. Somente Deus é Deus. Ninguém mais é Deus. os santos e Maria é criatura. O que é então adorar? O meu nada diante de Deus que é tudo. Quando ficamos ajoelhados estamos dizendo que não somos nada, e Deus é tudo. Só podemos fazer diante de Deus e para Deus. 

Na semana santa ajoelhamos diante da Cruz, que é o amor de Deus manisfestado através de Jesus. Esse culto a Deus também pode ser refletido através de criaturas. Por exemplo diante do confessor, se nos colocamos de joelhos, não estamos adorando o Padre, mas de Deus que está ali. A adoração de Deus pode se dar de forma indireta através das criaturas. Quando alguém encontra uma sacerdote e beija a mão de um pecador, que é o padre, pela fé ele está beijando a mão de Cristo através do sacramento. Então é a fé no sacramento. Eu uso a batina, e ela serve a me lembrar ao mistério sacerdotal que sou chamado a crêr!Quando o padre está celebrando a missa, e os acólitos fazem reverência dinte do padre, não é ao padre mas á Cristo. Isso é a fé no através do sacramento. 

A adoração a Deus através do culto de latria é só a Deus. Só que a Igreja reconhece para o santo o culto de dulia. A palavra dulia significa servo. Doulos é o escravo. E nós ficamos as vezes perplexos diante da palavra escravos. Onde diante de uma sociedade as coisas evoluíram. Exemplo: Quando uma pessoa sofre um acidente ele consegue pegar o atestado. Isso não acontecia antes. Ou ela procurava alguém que fosse substituir, ou ela passava “fome”. Hoje, temos muitos recursos. Antigamente a palavra servo; escravo, significava que a pessoa colocava debaixo da proteção, debaixo do auxílio, do patrocínio. Essa realidade de nos colocar debaixo dessa proteção era uma forma de cuidar, e a palavra escravidão vem daí. Escravidão era algo voluntário. Mas para hoje a palavra escravidão para nós é forte. Nesse sentido o culto de dulia é dado aos santos. Os evangélicos perguntam: “Porque você não vai á Deus diretamente?” Porque Deus quer usar do amor da suas criaturas. Porque você em vez de ir direto para Deus, vai para o colo da sua mãe, receber carinho e cafuné? Porque você sabe que aquele amor também vem de Deus. Deus usa das suas criaturas, Ele quis assim. 

A graça é a glória de Deus aqui na terra. A glória é a graça de Deus no céu. Olhando para a graça e para glória, os santos merecem o nosso culto o nosso louvor. Nós temos que louvar a Deus pelo amor que os santos fazem brotar do nosso coração. O concílio de trento vai responder que o santo merece a graça que nós merecemos. O mérito derivado do mérito central de Cristo. Eu gosto de fazer a comparação com a manga. Quem fez a manga não foi Deus? Quem deu a manga? A mangueira. Por isso eu posso agradecer a mangueira. Assim é o santos, ele é instrumento como a mangueira. 

O culto a Deus é latria. O culto aos santos é dulia, eu me ponho debaixo da proteção dos santos. Teologicamente falando, Maria não é alguém que aje só na glória como os santos, mas Maria além da graça e da glória, aje na ordem da união hipostática é uma coisa que só Jesus tem. É a união das duas naturezas em uma pessoa. Maria por projeto divino, por eleição e graça da escolha, Maria foi escolhida para fazer parte da união hipostática, porque ela pode dizer que é Mãe de Deus. Por quê Ela é Mãe de Deus? Nunca perguntamos: você é mãe do quê? Mas de quêm? Maria gerou um ser humano, ela não gerou uma natureza divina. Ela gerou Jesus humano, mas que é Deus. A pessoa divina do Filho foi gerado desde toda eternidade pelo Pai. Se Deus quiseze trazer Jesus sem Maria, Ele tinha trago, mas Ele quis usar de Maria. Maria gerou a pessoa de Deus. Eis aí o grande mistério, Ela gera o Filho. 

Existe uma oração que vem lá do Egito. Essa oração é aquela: “Debaixo da Vossa proteção recorremos Santa Mãe de Deus, não desprezeis em nossas súplicas em todas as nossas necessidades, mas livrai-nos de todos os perigos! Ó Virgem, Gloriosa e Bendita.” Em grego se formos ver debaixo da proteção, o grego original seria: Dentro do Vosso útero nos refugiamos Santa Mãe de Deus. Os cristãos desde do ínicio não diziam: “Mãe intercede aí!” Ela é intercessora. Mas eles dizem: “Nós refugiámos debaixo da vossa proteção.” Maria tem um poder. E como Maria tem poder? Como uma mulher no resto da sua descedência Maria luta contra o dragão se Ela não tem poder? Ela só pode ter poder. E se formos ver uma está ligado a união hipostática. 
Você precisa estar unido a Deus a tal ponto que seja santo. Nós precisamos ser outros cristos. Ser Jesus. Precisamos ser tão configurado a Cristo que as pessoas vejam Cristo em nós. Tudo aquilo que a Igreja faz é gerar Cristo em nós. O sacramento da crisma, Deus Pai envia o ungido para gerar Cristo em nós. Eucarístia, Deus Pai envia o Espírito para que nós comunguemos o Cristo. Unção dos enfermos Deus Pai envia o Cristo em nós, para nos tornamos um santo e guerreiro. No Matrimônio Deus Pai envia o Espírito Santo, para gerar o esposo em nós. É o resumo da nossa vida cristã.

Quando Deus Pai envio o Espírito foi no ventre de quêm? De Maria. Então quando nos colocamos no ventre de Maria, sobre a proteção de Maria é como se dissermos: “Maria a senhora é a “padeira”, faz que aumente esse pães, que gere mais. 

No tratado São Luís, vai dizer que Deus é quem faz. Maria distribui as graças. 

Fui ordenado pelo Papa João Paulo II. Posso confessar o meu pecado. Eu achava essa história de devoção uma grande bobagem. Eu achava uma coisa perigosissíma porque eu achava que iria levar o povo a mariolatria. Achava que Nossa Senhora queria tomar o lugar de Jesus. Mas depois que São João Paulo II, morreu. Falo que ele colocou a mão na minha cabeça e muitos coisas que ele falava, comecei a acreditar mais. Eu era mais de linha de Ratzinger, enquanto seguia a vida espiritual dos bezentinos, JPII seguia os carmelianos, São João da Cruz e essa devoção á Nossa Senhora. E hoje eu falo que São Paulo II, olhou para mim. 

A consagração a Nossa Senhora é uma consagração feita a Jesus. É consagração a Jesus Cristo ao verbo Encarnado através de Maria. Quando nós vamos para Maria, vemos mais ainda Jesus. Maria se esconde para que Jesus apareça. 

Se você “joga fora” Nossa Senhora, você vai ficar sem Jesus. Quando as pessoas vão para Jesus e se esquecem de ir para Nossa Senhora, elas acabam deixando Jesus. Então nós queremos nos consagrar a Nossa Senhora. 

Houve no século IXX, dois imperadores. Quando Dom Pedro estava velhinho, devia passar o império para a Princesa Isabel, que era devotíssima de Nossa Senhora. Mas infelizmente alguns grupos contrários a Igreja, impediram que isso acontecesse. Mas ela fez uma coisa belíssima, pegou suas jóias e mandou para a Igreja de Nossa Senhora de Aparecida, fez uma coroa e deu a Nossa Senhora. Dona Isabel está começando para o processo de beatificação. 

Quando lá na França perguntaram para ela: “Dona Isabel a senhora libertou os escravos perdeu o trono. A senhora não está arrependida?” Ela disse: se mil tronos eu tivesse, eu perderia para dar a liberdade ao povo. Dona Isabel essa grande devota de Nossa Senhora. Veja meus irmãos quando somos devotos de Nossa Senhora somos mais de Deus ainda. 

A consagração a Nossa Senhora é uma forma de vivermos a graça bastimal. 
Padre Paulo Ricardo 
Sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá (MT)

NÃO ENTREGUE SUA ALMA A TRISTEZA

Nós, brasileiros, somos muitos afetivos, sentimentais, e consequentemente gostamos de "curtir" a tristeza. Podemos constatar isso na nossa música de raiz, que cultiva tristeza, saudade, traição...

Acabamos entregando nossa alma à tristeza muito facilmente e por qualquer motivo. O senhor sabe que tivemos e teremos tristezas. Assim como Jesus disse: "pobres, vós sempre os tereis", Ele poderia dizer: "tristezas, vós sempre as tereis". 

O próprio Jesus passou por muitas tristezas. Mas há uma total diferença entre ter tristeza e "se entregar à tristeza". Deixar-se tomar pela tristeza: pressionado, atormentado, escravizado mesmo pela tristeza.

É necessário renunciar a toda tristeza e acabar com a mania de ficar cultivando fatos negativos que aconteceram no passado. Infelizmente, quando acontece algo ruim, logo ficamos curtindo, recordando: isso cria um volume imenso no nosso interior e nos asfixia. 

Entregue ao Senhor todas as situações de tristeza e faça uma verdadeira renúnc 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

QUANDO OS HOMENS REZAM

O que acontece quando os homens rezam? Talvez você que está aqui desejaria que seu marido, ou seu filho fosse mais de oração, porque temos certeza dos benefícios que a oração trazem para a nossa vida. 

O terço dos homens é uma iniciativa própria de Nossa Senhora. No Brasil temos indícios desses acontecimento desde o início da escravatura. Dom Gil está a frente de todo a movimentação dos homens que rezam o terço no Brasil e o Eto que começou a rezar conosco aqui na Canção Nova. 

Uma característica dos terços dos homem: não tem palestras, não tem missa, acabou o terço eles vão embora. E o bonito que em todos os lugares ouço testemunho: “Larguei do alcoolismo”, “mudei de vida”, e não tem missa, mas só pelo fato de rezarem, muitos dizem: “Não tem como eu continuar indo no terço dos homens se estou adulterando.” Eles mesmos percebem aquilo que não é de Deus. Voltam para a Santa Missa, voltam para a confissão. 

As nossas famílias precisam de Deus. O Terço dos homens é um socorro de Nossa Senhora para os homens em nossos tempos. Muitas vezes pensamos: Como tantas mulheres na Igreja. Cadê os homens?” 

A sociedade tem passado cada vez mais por dificuldades. Tem passado por uma crise de paternidade. O homem não sabe mais o seu lugar, não sabe mais qual o seu papel. E quantas mulheres tem assumido o papel dos homens porque a os homens não o tem assumido.

Desde da época da caverna, o homem já era diferente, se desenvolveu diferente. A mulher enquanto ficava na caverna para não deixar o fogo apagar, o homem saia para caçar. A mulher foi adquirindo uma visão periférica; e um ser sensível, porque tinha que cuidar dos filhos. O homem saia para caçar, para buscar o sustento e teve que perceber outras noções, como a caça, por isso o homem é mais objetivo, porque o homem foi estabelecendo um senso de localização. O homem foi ficando mais racional, e a mulher mais sensitiva. 

Papa João Paulo II vai dizer  na teologia do corpo, que a mulher desempenha a maternidade e o homem a paternidade. A mãe, a celibatária, mesmo a freira, tem o dom de ser mãe, de cuidar espiritualmente, de perceber o que a pessoa está passando. A paternidade é diferente. Deus fez o homem para conduzir, para ser o ponto de referência da mulher.

A mulher quer se apegar, quer cuidar. O pai da estímulo. E a gente vê hoje essa falta de paternidade, tantos adultos mal acabados. O homem é aquele que diz : “Vai você consegue!” Nós homens, mesmo o solteiros, somos chamados a trazer para fora as qualidades. A mulher entende mais o interior, por exemplo, se o filho está apaixonado, ela percebe logo. Já o pai é mais externo.
Jesus aprende uma profissão com o seu pai, e sempre diziam: “O filho do carpinteiro”. Quando eu era ainda criança, minha mãe e eu rezávamos o terço perto do fogão de lenha, ali nos educava com amor. Já meu pai me ensinou a nadar, dirigir, trabalhar.

É você pai que vai ensinar o seu filho a ser filho. A mãe é aquela que nos ensina a espiritualidade. 

Deus disse para Eva: “O teus desejos te arrastarão para o seu marido!” A mulher precisa viver o seu interior, a sua sensibilidade. A Adão Deus disse: “Você irá comer com o suor do seu próprio rosto”. O pai é aquele que vai a luta, que proteje.

Interessante que um autor disse assim: Os pais antigos eram autoritários,e o pai de hoje são mandados pelos seus filhos. 

A gente vem de uma época para que muito coisa, fosse disvirtuada. Depois do pós guerra, muitos imigrantes vieram para cá, e muitos ficaram com primeiro a obrigação e depois lazer. Mas muitos se rebelaram. Foi dai que surgiu a a rebelião do sexo e o estímulo das pirúlas. Se dizia: “Faça o que quiser com o seu corpo. E os filhos dessa revolução, já pensavam na comodidade. E assim foi construída essa geração. Os filhos desses tinha liberdade, tinha bens e serviços. Mas é uma geraçaõ que não tem a presença dos pais. E aquilo que foi alimentando lá na década de 60, é o que permanece hoje. As pessoas tem tudo, mas os filhos estão sem pais, e as famílias estão cada vez mais destruídas.

A classe média hoje é considerada, uma classe feminista, e o homem foi ficando de lado. Ensinaram ao homem dessa sociedade hoje, trabalho e trabalho. Só se pensa nos bens materiáis que vão dar aos seus filhos. Os homens encontram-se frustrados. Onde está o homem moderno? Se afundando.

Homem de Deus, onde você tem se gastado? Onde tem usado os seus dons? Sua força? Onde você tem colocado suas frustrações?

Se você quer ser feliz: seja como São José! Seja um homem trabalhador, que dá o exemplo do trabalho. Como faz bem para o filho ver o pai lavando um carro, consertando algo, mas claro podemos fazer muitas outras coisas. Por isso que a juventude hoje não quer saber de trabalhar, porque os pais não estimularam seus filhos ao trabalho. 

Seja honesto. Homem de Deus, seja uma pessoa honesta. Seja um homem íntegro. Dentro da sua casa, com sua esposa. Se você prometeu cumpra.

Homem de Deus, é esse o papel de dentro da sociedade, um homem que cuida dos seus. A sua esposa merece o seu amor. Nos dias de hoje Nossa Senhora tem chamado de volta os homens. A Mãe é, muitas vezes ,esse elo de ligação de ponte em casa. A Virgem Maria também é este elo entre nós e Deus. 

Não há problema de ordem espiritual e racional que Maria não possa te ajudar. Junte a sua família para rezar, pelo menos um terço por dia. Seja lá o que você tem vivido, se você começar a rezar um terço todos os dias, muita coisa vai mudar! Se espelhe em São José, mas deixe Nossa Senhora cuidar de você! 
Sandro Arquejada 
Missionário da Comunidade Canção Nova

JESUS, BOM SAMARITANO

O homem do Evangelho havia deixado Jerusalém para trás e seguia para Jericó. Jerusalém era a cidade de Deus e Jericó a do comércio. O homem dava as costas para o Senhor e seguia em direção aos prazeres. Como o filho pródigo, ele foi buscar as delícias do mundo. Como diz o Evangelho, aquele homem foi assaltado e espancado.

"Jesus então contou: 'Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de ladrões, que o despojaram; depois de o terem maltratado com muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o meio morto. Por acaso, desceu pelo mesmo caminho um sacerdote, viu-o e passou adiante. Igualmente um levita, chegando àquele lugar, viu-o e passou também adiante. Mas um samaritano que viajava, chegando àquele lugar, viu-o e moveu-se de compaixão. Aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; colocou-o sobre a sua própria montaria e levou-o a uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo-lhe: Trata dele e, quanto gastares a mais, na volta to pagarei'” (Lc 10, 30-35).

Jesus é esse que nos socorre em nossas tribulações. Ele desce até a nossa miséria para nos levantar. Ele derrama o azeite primeiro, que é o próprio Espírito Santo, o qual vem curar as nossas feridas. Ele nos coloca em Seus ombros e nos leva para hospedaria, que é a Sua Igreja. Para os cuidados, Ele deixa dois denários: a Palavra de Deus e a Eucaristia. E ainda promete que o gasto a mais será pago quando Ele voltar em Sua vinda gloriosa. 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

QUANDO DIZES NÃO POSSO RESOLVER AS COISAS DEUS DIZ EU CUIDO DE SEUS PASSOS

O apóstolo Pedro, por ocasião de sua libertação da prisão, proclamou como lemos em Atos dos Apóstolos 12,11: “Agora vejo que o Senhor mandou verdadeiramente o seu anjo e me libertou de todos os males”. Inicialmente ele duvidou que a sua libertação fosse realidade, não acreditou que aquele que ali estava era um anjo enviado por Deus para libertar e transformar a sua vida.

Muitas vezes nós também duvidamos e não prestamos atenção nos anjos e sinais que o Senhor coloca diante de nós e que são capazes de nos libertar e transformar nossas vidas. Anjos e sinais colocam-se em nosso caminho nos apontando a direção a seguir e nos guiando para entender a vontade de Deus para nós. Aqueles que percebem a mensagem de Deus acreditam e a colocam em prática, sentem-se livres de toda maldade e de todo sentimento ruim.

O Senhor presenteou cada um de nós com uma Vocação. Quando a abraçamos com amor e a colocamos em favor da comunidade, ela tem a capacidade de transformar a nossa existência e torná-la uma verdadeira bênção para o próximo.

Amar é servir! Todas as vezes que ajudamos alguém, um sentimento de felicidade suprema toma conta de nós. Todas as vezes que nos reconciliamos, um peso sai de nosso peito. Todas as vezes que cumprimos o maior de todos os mandamentos: “Amarás o teu Deus de todos o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu pensamento, e a teu próximo como a ti mesmo”, estamos fazendo o Coração de Deus mais feliz.

Meu bondoso Deus,
dá nos um coração compassivo,
um semblante alegre e nos permita usar a
nossa vocação para a prática do bem.
Sê-nos propício, bondoso Senhor.
Amém!

Padre Alberto Gambarini

APROXIMEMO-N0S DO CORAÇÃO DE JESUS

Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso”(Mateus 11,28).
No início deste dia, o Senhor nos chama e nos diz: “Vinde a mim todos!”. O convite de Deus para cada um de nós é que estejamos atentos à Sua palavra, a verdade que nos conduz à salvação.
Quando fazemos a experiência com a Palavra, ela nos traz descanso, alegria, confiança e anima o nosso coração, porque é doce e amorosa. Quando recebemos Jesus nela, encontramos a verdade eterna, que fica gravada no nosso coração.
“No coração de Jesus existe tudo o que precisamos: fortaleza para os fracos, coragem para os tímidos, luz e conselho para os hesitantes; e para todos: humildade, paz, caridade e alegria de viver”. (Santa Paula Frassinetti)
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Sanatiago