terça-feira, 13 de maio de 2014

RECORRAMOS A VIRGEM MARIA

“A minha alma engradece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lucas 1, 47).
Hoje, louvemos a Deus pelo ‘sim’ da Virgem Maria, que trouxe o nosso Salvador. A maternidade fecunda de Nossa senhora é exemplo de fidelidade, docilidade e amor a Deus e a cada um de nós.
Neste dia, recorramos a ela em nossas orações, pois, como mãe, ela intercede a Deus por nós. Entreguemos as nossas intenções a ela com confiança na promessa do Senhor, pois, como nos diz a Palavra, “para Deus nada é impossível” (cf. Lucas 1,37).
O Papa Paulo VI, no Concílio Vaticano II, diz sobre a importância da devoção a Maria: “(…) a devoção a Maria não está voltada para a pessoa de Maria, mas consiste em contar com ela para ir mais fácil e concretamente a Cristo, unindo-se, por seu intermédio, ao eterno Pai, com o vínculo do amor, no Espírito Santo”.
Rezemos: Oh, Maria, concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a vós!
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago


COMO SERVIR A MARIA

Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus. (Atos dos Apóstolos 1, 14)
Escutamos muito a expressão “esperar no Senhor”, mas o que isso quer dizer? Quer dizer que é só entregar tudo a Deus e pronto? Não! A espera em Deus não é morna, preguiçosa, paradona, não significa simplesmente esperar que Deus faça tudo, pelo contrário: a espera em Deus é ativa, exige de nós um grande movimento de oração e conversão.
Muitos pensam que uma vida entregue a Deus isenta o sujeito da tomada de decisão, mas é exatamente o contrário: assumir a vontade de Deus exige de nós uma decisão. Até para esperar em Deus, precisamos decidir esperar. Desta decisão, virão ainda muitas outras, como, por exemplo, decidir que esta espera não irá interferir no meu serviço, na minha caminhada, mas será para mim motivo de conversão, de mais intimidade com Deus.
Para que nossa espera seja fecunda, precisamos entregar a Deus nossa situação, permanecermos em oração e, pacientemente, seguirmos em frente. A oração aguça nossos ouvidos para a voz a Deus e nos deixa atentos para percebermos Deus falando conosco também no nosso dia a dia. Vale lembrar que muitas vezes não vamos entender imediatamente o que Deus nos fala, o discernimento nem sempre é um processo rápido.
As Sagradas Escrituras nos mostram que Maria nem sempre compreendia tudo. Quando ela e José reencontraram Jesus no templo, Ele falou falou-lhes algumas palavras “mas eles não compreenderam o que o menino acabava de lhes dizer” (Lc 2, 50), em seguida lemos “sua mãe conservava no coração todas essas coisas”. É assim que Maria bem nos ensina a acolher mesmo sem entender, a escutar e meditarmos sobre aquilo que Deus nos fala, ou seja, nos ensina a esperar em Deus.
Então, tenhamos paciência, irmãos. Já dizia Santa Teresa de Jesus que esta virtude tudo alcança. Esperemos na confiança de Deus sempre quer o melhor para nós, algo que ultrapassa nossa ideia daquilo que seria o melhor. Tenhamos a certeza de que, esperando em Deus, tudo quanto nos acontecer, mesmo que não seja o que gostaríamos, será para que ganhemos o maior de todos os bens: a salvação eterna.
Andréa Veras
Comunidade Um Novo Caminho

NOSSA SENHORA DE FÁTIMA , GRAÇA E A MISERICÓRDIA

Segundo as memórias da Irmã Lúcia, podemos dividir a mensagem de Fátima em três ciclos: Angélico, Mariano e Cordimariano.
O Ciclo Angélico se deu em três momentos: quando o anjo se apresentou como o Anjo da Paz, depois como o Anjo de Portugal e, por fim, o Anjo da Eucaristia.
Depois das aparições do anjo, no dia 13 de maio de 1917, começa o ciclo Mariano, quando a Santíssima Virgem Maria se apresentou mais brilhante do que o sol a três crianças: Lúcia, 10 anos, modelo de obediência e seus primos Francisco, 9, modelo de adoração e Jacinta, 7, modelo de acolhimento.
Na Cova da Iria aconteceram seis aparições de Nossa Senhora do Rosário. A sexta, sendo somente para a Irmã Lúcia, assim como aquelas que ocorreram na Espanha, compondo o Ciclo Cordimariano.
Em agosto, devido às perseguições que os Pastorinhos estavam sofrendo por causa da mensagem de Fátima, a Virgem do Rosário não pôde mais aparecer para eles na Cova da Iria. No dia 19 de agosto ela aparece a eles então no Valinhos.
Algumas características em todos os ciclos: o mistério da Santíssima Trindade, a reparação, a oração, a oração do Santo Rosário, a conversão, a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria. Enfim, por intermédio dos Pastorinhos, a Virgem de Fátima nos convoca à vivência do Evangelho, centralizado no mistério da Eucaristia. A mensagem de Fátima está a serviço da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Virgem Maria nos convida para vivermos a graça e a misericórdia. A mensagem de Fátima é dirigida ao mundo, por isso, lá é o Altar do Mundo.
Expressão do Coração Imaculado de Maria que, no fim, irá triunfar é a jaculatória ensinada por Lúcia: “Ó Meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu; socorrei principalmente as que mais precisarem!”
Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

MARIA , MÃE DE JESUS E NOSSA MÃE

Quando nos consagramos a Nossa Senhora estamos realizando um ato jurídico, estamos dando a ela aquilo que a ela pertence. Nós somos dela. Todo filho pertence à Mãe! É preciso que o filho seja devolvido à Mãe.

Quantas vezes vemos questões jurídicas intrincadas, em que o juiz acaba devolvendo à mãe o filho que lhe pertence. É um direito mais do que natural. Ela o gerou no seu ventre.

É preciso que nós, que somos filhos, sejamos devolvidos a Maria, que é nossa Mãe.É uma questão de direito. Justiça é dar a cada um o que lhe pertence. O filho deve ser devolvido à mãe porque ele pertence a ela. É uma questão de justiça. Nós e todos os seus filhos precisamos ser devolvidos a Virgem Maria, porque é uma questão de justiça: pertencemos a ela. Somos os seus filhos. Ela é nossa Mãe. É urgente, é dever de justiça dar a ela o que é dela: todos os seus filhos.

A Palavra de Deus, em Colossenses 1,15, nos diz que Jesus foi escolhido pelo Pai para ser o Primogênito de todas as criaturas. E o que é um primogênito? Primogênito é o seu primeiro filho no meio dos outros filhos. Na minha casa, por exemplo, eu sou o primogênito, tenho mais cinco irmãos. Porque nós seis somos filhos do mesmo pai e da mesma mãe e eu nasci primeiro, por isso, sou entre eles o primogênito.

No Seu maravilhoso plano, o Pai quis ter uma multidão de filhos, entre os quais quis que Jesus fosse o Primogênito. Quando o Senhor projetou esse plano precisava que Jesus e os Seus demais filhos tivessem uma Mãe. Para que Jesus fosse o Primogênito de todas as criaturas era preciso que a Mãe d'Ele fosse também a Mãe de todos os outros irmãos.
Monsenhor Jonas Abib

DAI-NOS A BENÇÃO

Perfeita, sempre Virgem Santa Maria,
Mãe do Verdadeiro Deus, por quem se vive.
Tu que na verdade és nossa Mãe Compassiva,
te buscamos e te clamamos.
Escuta com piedade nosso pranto, nossas tristezas.
Cura nossas penas, nossas misérias e dores.
Tu que és nossa doce e amorosa Mãe,
acolhe-nos no aconchego do teu manto,
no carinho de teus braços.

A VINDA DO SENHOR ESTÁ CADA VEZ MAIS PERTO

O Senhor, hoje, está nos dizendo que a Sua vinda é certa como a da aurora. A coisa é certa e vai acontecer, por isso, apliquemo-nos em conhecê-Lo. Nós não estamos trazendo coisas de protestantes, como costumam dizer alguns católicos. É coisa bíblica, é coisa certa.

Já no Antigo Testamento, falava-se da vinda do Senhor, da volta d'Ele. O profeta a compara com a chuva da primavera, porque precisamos desejar essa vinda, assim como um judeu esperava pela chuva.

Nós católicos precisamos rogar a Deus que apresse a vinda do Senhor. Por isso, o início da profecia, de hoje, nos faz voltar para o Senhor. 

No mês passado, a vinda do Senhor estava mais longe. Hoje, estamos mais perto dela. 

Uma noiva acorda cedo para se preparar para o seu noivo, que só vai chegar à noite. Ela se prepara o dia inteiro para o encontro com o seu amado. Assim devemos ser nós católicos! 

Você, que é o escolhido, não pode ser deixado para trás, porque não vigiou. Se você está longe, está afastado do Senhor pelo pecado, procure a sua cura pelos sacramentos. 

Como nós pecamos, meus irmãos! A cada pecado, não apenas o Senhor fica mais ofendido, mas também nós ficamos mais feridos. Quanto mais estamos próximos da vinda de Deus, mais estamos adentrando no tempo da misericórdia.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

MARIA NOS DÁ UM NOVO CORAÇÃO


É isso que Maria, a Mãe de Jesus, quer lhe dizer hoje. Ela se aproxima de você, como uma mãe se aproxima de seu filho mais novo, e lhe diz: “Meu filho, olhe para sua Mãe. Junto ao pé da cruz, sobre meus joelhos, colocaram o corpo torturado de meu Filho, Jesus, e eu O abracei. Embora estivesse com o coração despedaçado, louvei ao Pai, entreguei meu Filho morto a Ele e O preparei para a Ressurreição. O mundo, por meio das revistas e novelas de televisão, pinta para você tudo com cores muito atraentes; há toda uma sexualidade inconsequente que gera depravação e divide os lares, destruindo a família".

Maria ainda acrescenta: "Você não foi feito para o mal nem para o pecado. Deus o criou para o amor. Você não foi concebido para a bebida, para as drogas, para o jogo ou o roubo, nem para se aproveitar dos outros a fim de ganhar mais. Você não foi feito para a mentira nem para a hipocrisia, para o ódio ou rancor; como também não foi feito para revoltar-se com si mesmo e com sua família. Não! Você foi criado para amar! Deus, que é amor, habita o seu coração; e você, no fundo, sabe disso. Ao cometer um erro, você sente-se mal, mas não tem coragem de mudar a situação, pois o mundo o tem aliciado demais. O mundo lhe apresentou o caramelo, e, por causa dele, você encontrará a infelicidade. 
Meu filho, minha filha, veja o que o pecado fez com você. No entanto, eu que sou Mãe, tomo-lhe no colo, como tomei o corpo de meu Filho estraçalhado na cruz. Talvez você não tenha errado tanto, mas é infeliz. Vejo a infelicidade em seu lar dividido, pois seu marido é infeliz, sua mulher é neurótica, seu pai é autoritário demais e seu filho muito revoltado. Vejo o coração de pai, de homem, despedaçado, como vejo também seu coração de mãe pequenininho, machucado, ferido.. E eu me compadeço dele.

Contemplo seu coração de jovem que não está feliz com a escola, com o namoro nem com a família. E como estão estraçalhando o seu corpo, sua alma e seu espírito! O mundo só lhe apresentou ódio, sexualidade e prazer mundanos, mas não lhe deu amor. Entrego todo meu amor de Mãe a você, tomando-lhe em meu colo e abraçando-o ternamente. Sinta isso agora. Eu me condoo por você e o acaricio para cicatrizar seu coração ferido. Você precisa muito da minha cura de Mãe. Não fique pensando muito em seus problemas, apenas aceite meu amor. 

Meu Filho quer que eu faça essa obra com Ele e por Ele. Em função disso, em primeiro lugar, é preciso que você acredite no amor de Deus. Ele ama você com o amor mais terno e mais puro. Deus sabe tudo a seu respeito, inclusive de seus pecados. Porém, apesar de tudo, Ele o ama, justamente porque você passou por grandes sofrimentos e tentações na vida. Deus o ama com o amor que uma mãe tem por seu filho doente, acidentado, jogado em uma cama de hospital. E, como Mãe, estou agora tocando e curando seu coração, para que você acredite e aceite o amor do Pai. Não estou apenas consertando o seu coração, mas lhe dando um novo. Receba-o, pois é com ele que eu quero que você caminhe.
Monsenhor Jonas Abib

A TRANSITORIEDADE DAS COISAS

withered-flower-1357990464OeAUma das reflexões mais profundas que podemos fazer é sobre a efemeridade de todas as coisas que envolvem nossa existência. Deus dispôs tudo de modo que nada fosse sem fim aqui nesta vida. Qual seria o desígnio de Deus nisso? Cada dia de nossa vida temos de renovar uma série de procedimentos:
dormir, tomar banho, alimentar-nos, etc. Tudo é precário, nada é duradouro, tudo deve ser repetido todos os dias. A própria manutenção da vida depende do bater interminável do cora­ção e do respirar contínuo dos pulmões. Todo o organismo repete sem cessar suas operações para a vida se manter. Tudo é transitório (…) nada eterno. Toda criança se tornará um dia adulta e, depois, idosa. Toda flor que se abre logo estará murcha. Todo dia que nasce logo se esvai (…) e assim tudo passa, tudo é transi­tório, Por que será? Qual a razão de nada ser duradouro? Com­pra-se uma camisa nova, e logo já está surrada; compra-se um carro novo, e logo ele estará bastante rodado e vencido por novos modelos (…), e assim por diante.
A razão inexorável dessa precariedade das coisas também está nos planos de Deus. Por mais durável que seja um objeto, depois de algum tempo estará velho ou obsoleto, a marca da vida é a renovação. Tudo nasce, cresce, vive, amadurece e morre.
A razão profunda dessa realidade tão transitória é a lição cotidiana que Deus nos quer dar de que esta vida é apenas uma passagem, um aperfeiçoamento, em busca de uma vida duradoura, eterna, perene.
Em cada flor que murcha e em cada homem que falece, sinto Deus nos dizer: “Não se prendam a esta vida transitória. Preparem-se para aquela que é eterna, quando tudo será duradouro, e nada precisará ser renovado dia a dia”.
E isto mostra-nos também que a vida está em nós, mas não é nossa. Quando vemos uma bela rosa murchar, é como se ela estivesse nos dizendo que a beleza está nela, mas  não lhe pertence.
Certa vez, um sacerdote cansado me dizia que desejava ir logo para Deus, viver uma vida mais estável; então não precisa­ria tomar banho todos os dias nem usar desodorante para não ficar com o corpo malcheiroso. Aquele sacerdote já estava can­sado da transitoriedade da vida e já ansiava pela vida perma­nente.
Com a precariedade da vida e de tudo o que nos cerca, Deus nos ensina, diária e constantemente, que tudo passa e que não adianta querermos construir o céu aqui nesta terra.
Ainda assim, mesmo com essa lição permanente que Deus nos dá, muitos de nós somos levados a viver como aquele homem rico da parábola narrada por Jesus. Ele abarrotou seus celeiros de víveres e disse à sua alma: “Descansa, come, bebe e regala-te” (Lc 12,19b); ao que Deus lhe disse: “Insensato! Nesta noite ainda exigirão de ti a tua alma” (Lc 12,20a).
A efemeridade das coisas é a maneira mais prática e cons­tante que Deus encontrou para nos dizer a cada momento que aquilo que não passa, que não se esvai, que não morre, é aquilo de bom que fazemos para nós mesmos e, principalmente, para os outros. Os talentos multiplicados no dia a dia, a perfei­ção da alma buscada na longa caminhada de uma vida de me­ditação, de oração, de piedade, essas são as coisas que não passam, que o vento do tempo não leva e que, finalmente, nos abrirão as portas da vida eterna e definitiva, quando “Deus será tudo em todos” (cf. 1Cor 15,28b).
A transitoriedade de tudo o que está sob os nossos olhos deve nos convencer de que só viveremos bem esta vida, se a vivermos para os outros e para Deus.
São João Bosco dizia que “Deus nos fez para os outros”.
Só o amor; a caridade, o oposto do egoísmo, pode nos levar a compreender a verdadeira di­mensão da vida e a necessidade da efemeridade terrena.
Se a vida na terra fosse incorruptível, muitos de nós jamais pensarí­amos em Deus e no céu. Acontece que Ele tem para nós algo mais excelente, aquela vida que levou São Paulo a exclamar:
“Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1Cor 2,9).
A corruptibilidade das coisas da vida deve nos convencer de que Deus quer para nós uma vida muito melhor do que esta – uma vida junto dEle. E, para tal, Ele não quer que nos acostu­memos com esta, mas que busquemos a outra, onde não have­rá mais sol porque o próprio Deus será a luz, e não haverá mais choro nem lágrimas.
Aqueles que não creem na eternidade jamais se confor­marão com a precariedade desta vida terrena, pois sempre so­nharão com a construção do céu nesta terra.
Para os que creem, a efemeridade tem sentido: a vida não será tirada, mas transformada; o “corpo corruptível se revestirá da incorrupti­bilidade” em Jesus Cristo (cf 1Cor 15,54).
Prof. Felipe Aquino