segunda-feira, 21 de abril de 2014



O QUE VOCE DEVE FAZER PARA SER SALVO ?


Jesus morreu, ressuscitou e apareceu aos apóstolos. Apareceu a algumas pessoas em particular, mas também para todos. A Palavra, que lemos em João 20, 24-31, é testemunho de que o Espírito Santo se achega até nós, como fez com o apóstolo Tomé. Você, assim como ele, não estava com os outros quando o Senhor apareceu a eles.

“Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser a mão no lado aberto, onde a lança foi cravada, eu não acreditarei”. Passados alguns dias, estando os discípulos reunidos, Jesus apareceu também a Tomé, que respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” Naquele momento, Jesus chamou à atenção dele, pois embora estivesse havia muito tempo com o Salvador, não acreditou que Ele ressuscitara dos mortos.

Somos como São Tomé, precisamos compreender para crer. Mas, o caminho que também existe é o contrário: compreender para crer. A diferença entre estes dois caminhos é notável. São importantes os estudos da Teologia sobre a história de Jesus Cristo, sobre a história da nossa salvação, tudo isso é para que o ato de crer em Deus não seja uma crença supersticiosa. 

Jesus tem, para nós, não um reavivamento, mas uma ressurreição. Quando não cremos, podemos correr o risco de nos esconder atrás apenas de estudos, que nunca chegarão à plena resposta do que foi a ressurreição. Quando uma pessoa realiza uma obra extraordinária, compreendemos que é uma obra do ser humano, mas as obras de Deus não conseguimos compreender. A fé apela sempre para Deus, mas a nossa mente apela para pesquisa, que nunca termina. Quando um ser humano quer entender para crer, ele quer dizer a Deus, com isso, como Ele deve agir. Desse modo, ao buscar a verdade, é ele quem quer ditar as regras; ele pode trabalhar em pesquisas intermináveis, mas nunca vai crer na verdade. É preciso que nos dobremos diante da grande verdade da Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Quando cremos que Jesus ressuscitou verdadeiramente nos curvamos à vontade d'Ele. É crer para compreender! Ao ter fé na ressurreição fazemos uma experiência que dispensa explicações. Por isso Deus abre as portas para que cada vez mais entendamos o mistério da ressurreição.

Existem pessoas que acham que a Bíblia é um livro apenas para interpretações, como que fosse como um corpo dissecado em um estudo. Não! A Bíblia é um modo de relacionamento com Deus, ela é viva! Que deve ser entendida pela fé, não pela especulação. A própria Palavra de Deus vai se revelando a nós à medida que nos aproximamos dela. Ela não é um livro histórico. Quem se aproxima dela, em busca da verdade, encontrará a verdade. Ao pesquisar sobre ela, precisamos entender que é da fé que nós partimos para compreendê-la e viver seus ensinamentos. Este é o ponto de partida. Um teologia, que nasce da fé, ilumina nossos dias. 

Jesus ressuscitou! Aleluia! Foi pela fé que chegamos a esta verdade por intermédio do poder de Cristo e do Seu Espírito Santo. Muitos da época de Jesus poderiam parar em estudos, para que depois cressem na ressurreição, no entanto, com a ajuda da fé eles creram verdadeiramente, e essa graça chegou a nós.

Quem põe a sua fé na ressurreição vive, e se está morto, também vive e será salvo! O que você deve fazer para ser salvo? Crer na ressurreição. Quando colocamos nossa fé nisso, nós, com Cristo, ressuscitamos. Em Jesus, passamos da morte para vida, e por ntermédio da Páscoa celebramos esta vida nova que vem de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova.

SERÁ QUE TENHO VOCAÇÃO PARA O MATRIMÔNIO

Colher do coração de Deus qual é a nossa identidade, quem somos, qual missão temos nesta vida,
É natural que, para alcançar o conhecimento de si mesmo, o ser humano passe por processos. Colher do coração de Deus qual é a nossa identidade, quem somos, qual missão temos nesta vida, onde Deus quer que estejamos e no que nossos dons podem ajudar a humanidade não é possível de uma hora para a outra. Precisamos de uma caminhada processual, de descobertas que se conectam, se complementam e se confirmam nos fatos ordinários da vida e no decorrer de um tempo, formando em nós a maturidade, a intimidade com o Senhor, e, daí então, consequentemente, dando-nos a consciência de si mesmo.

Uma certeza é que ninguém veio a este mundo por acaso; todos temos um específico para cumprir (cf. Eclo 39, 21 - CNBB).
Existe, para cada um de nós, um plano de salvação e uma missão para contribuirmos com a ação de atrair outras almas para Cristo. Sim, você, independente do que faz, de onde faz, é chamado à santidade própria e a colaborar com a salvação de outras pessoas.

Durante a vida, percebemos como isso será feito por meio de dois pontos:
- Nossa Espiritualidade: A vida de oração, as práticas de piedade devem nos mostrar o sentido maior de tudo, a revelação de Deus sobre coisas invisíveis aos olhos humanos. “Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8,28).

A espiritualidade nos faz enxergar que, até mesmo algo que parece infrutífero no plano natural pode ser uma semente lançada para algo melhor a você ou a outros no futuro. Exemplo: o sacrifício de Cristo, em análise puramente humana, foi somente de um homem que fez o bem e, ao fim, morreu. Para muitos, pareceu um fracasso! Mas, na verdade, foi desse aparente fracasso que veio a salvação para nós.

- Nossa Humanidade: Os dons, as habilidades, os interesses e as aptidões que temos começarão a demonstrar nossa vocação por meio de nossas vontades e pensamentos. Por exemplo: Quando olhamos a história de um jogador de futebol, veremos que ele se encantou com tudo o que envolve esse esporte desde pequeno e, com certeza, era sua brincadeira preferida. Um padre encantava-se com as coisas do altar de forma muito maior que seus amigos desde antes do seminário. Na vontade que tinha de manusear os objetos sagrados, imaginar-se fazendo a homilia e, talvez, ao participar da Missa, detinha-se com pensamentos do tipo: “Eu no lugar desse padre, faria isso e aquilo...”, via seus traços de vocação.

Quanto à vocação ao matrimônio acontece o mesmo. O chamado a este sacramento irá aflorar em nossas vontades e pensamentos.

Dons - Você percebe em si a inclinação para ter amor, afeição, atenção e cuidado com uma pessoa, em especial os esposos e os filhos que virão?
Habilidades – Você se interessa por tarefas que dizem de uma vida de casado como percebe aptidão e bem-estar em realizar serviços de casa? Gosta de reunião de família, tem interesse na missão da família na sociedade, gosta de estar, brincar e ensinar as crianças com as quais, hoje, você tem contato?

Interesse - Quando vê uma casa, um imóvel ou quando vê um eletrodoméstico, uma mobília, você se imagina projetando seu lar ou usando estes objetos? Quando vê uma roupa de criança na vitrine ou roupa do outro sexo na loja, você se imagina presenteando seus filhos e seu cônjuge? Quando aprende algo ou alcança uma realização, você se imagina oferecendo o fruto disso ou o seu melhor para sua futura família?

São em coisas assim, simples, que vamos percebendo a nossa vocação. Deus não é incoerente. Se Ele nos pede algo, é porque, antes, já depositou em nós toda a bagagem que precisaremos. Não pense que o Senhor nos permite ter um forte desejo por uma vocação e nos chamar a outra coisa.

Também, não deixe o medo definir suas escolhas, pois a sua vocação é mais forte que tudo o que você tenha presenciado de infelicidade. Um casamento só não traz felicidade e sentido de vida quando vivido fora do amor do Senhor. “No amor não há temor”. Até podemos passar por tempos de dúvida, mas tenha calma, viva o processo e tudo em você se revelará.
Sandro Ap. Arquejada

POR QUE NECESSITAMOS DE MARIA SE JÁ TEMOS JESUS ?

Por que necessitamos de María, se já temos a Jesus? Por que A chamamos mediadora ou medianeira, se São Paulo disse que Jesus é o único Mediador?

“Se eu tivesse que subir por uma ponte (Jesus) ao altíssimo céu, precisaria de um corrimão do começo ao fim: esse corrimão é Maria, cuja mediação não se acrescenta à de Jesus, senão que faz parte dela, como o corrimão faz parte da ponte. Não há concorrência. Maria não “é” o centro, mas “está” no centro.

O SEGREDO DA PACIENCIA

A paciência faz parte do nosso processo humano
“Vale mais ter paciência do que ser valente; é melhor saber se controlar do que conquistar cidades inteiras.” (Provérbios 16,32).

Um dos sentimentos mais perturbadores da atualidade tem nome: impaciência! A falta de paciência tem feito com que muitas pessoas se desesperem quando entram em contato com essa realidade na vida. Muitos conflitos, raivas e mágoas têm ganhado vida devido à impaciência. Mas o que desencadeia esse sentimento? Como podemos exercitar a parcimônia em nossa vida? Como controlar a falta dessa virtude? Quais os segredos para ser paciente?

Paciência é uma virtude. Poderíamos defini-la como a capacidade de autocontrole diante de inúmeras realidades que ultrapassam os nossos limites emocionais, sociais e espirituais. 


A falta de paciência nasce na vida em função de inúmeros fatores. Fato é que a paciência faz parte do nosso processo humano. Há dias em que acordamos sem essa virtude. As dificuldades começam a se agravar quando a impaciência começa a ocupar grande parcela de nossos pensamentos e, como consequência disso, desestrutura nossa relação com o próximo, com nós mesmos e também com Deus. 

Quando o nível de impaciência adquire espaços indevidos em nossa vida, entramos em um campo complexo que necessita de reflexão e, que, na maioria das vezes, exige mudança de atitudes em relação ao que nos rouba a paz interior. Muitos dizem que não têm paciência, mas quando são questionados sobre o que lhes tira a paciência não sabem responder; e quando esta resposta não é clara, temos um quadro bastante complexo, que precisa ser analisado tanto na área humana quanto na espiritual. Geralmente, quando não sabemos de onde ele surge, é porque estamos diante de uma realidade que não conhecemos ou, por medo, não queiramos entrar em contato com ela. O medo das próprias sombras nos impede de alcançar a luz que ilumina as nossas mais profundas realidades sombrias. 

Nem sempre é fácil aceitar o diferente. E esta é uma das realidades que mais roubam a paz de muitas pessoas. Na maioria das vezes, desejamos que o outro seja como nós, pense, sinta e veja o mundo a partir dos nossos olhos. As relações interpessoais estão marcadas pela falta de paciência com o diferente. Muitos casais, após um tempo de namoro ou de casamento, acabam descobrindo que o namorado ou marido, a esposa ou a namorada, é uma pessoa diferente daquilo que imaginavam. Quando isso acontece, surgem os conflitos internos que desencadeiam, muitas vezes, sérios desentendimentos conjugais e de relacionamento. 

Muitos processos de namoro idealizam o outro como o protótipo da perfeição. Imaginam que estão diante de um ser humano perfeito. Quando este mito da perfeição começa a ser desconstruído, surge a decepção, a tristeza e a desilusão. Nem sempre é fácil aceitar que, durante muito tempo, se conviveu com alguém que não era tão perfeito como antes se havia imaginado. Geralmente, quando isso acontece, muitos casais se defrontam com uma verdade com a qual até o momento não haviam tido contato. Superar a ilusão que foi criada e aceitar que o outro não é tão perfeito como se havia imaginado é um processo, muitas vezes, doloroso, que só é superado com muita compreensão e paciência.
Essa falta de paciência se reflete também em muitas famílias. Pais se desentendem com os filhos quando entram em contato com a realidade familiar e descobrem que estes não estão correspondendo ao que um dia lhes fora ensinado. Este fato tem causado muitos desajustes em inúmeras famílias. Durante a infância, os genitores os educaram com a melhor das intenções e procuravam levá-los à igreja; acreditavam sinceramente que estes iriam seguir os passos que,  um dia, lhes fora ensinado. Mas a adolescência chega e os filhos já não querem ir mais à Santa Missa, não obedecem tanto quanto antes obedeciam. Muitos se tornam rebeldes. Como enfrentar esta situação de desajuste nas relações familiares?
O princípio da paciência é fundamental. Nem sempre é fácil para os pais aceitarem que seus filhos, muitas vezes, não vão seguir tudo aquilo que eles ensinaram. Muitos genitores, quando se defrontam com esta realidade, entram em crise e tentam pela força obrigá-los a fazer o que lhes fora ensinado um dia. A experiência mostra que forçar o outro a fazer aquilo que desejamos provoca muitas confusões e desajustes no lar. Na maioria das vezes, a rebeldia dos filhos em não querer ir à igreja é uma maneira camuflada de enfrentarem e dizerem aos pais: “Agora quem manda na minha vida sou eu!”.  A oração é fundamental para quem enfrenta situações desse tipo.

No diálogo com Deus, encontramos sabedoria para enfrentar situações complicadas e de difícil solução. Contudo, é preciso que os pais procurem conhecer os filhos e o momento que eles estão vivendo. O diálogo em família é fundamental. Mas sempre vale lembrar que a abertura para os filhos começa desde a infância destes. O que não foi construído no tempo dificilmente será construído na pressa. Quem nunca conseguiu se aproximar dos filhos quando estes eram pequenos,  dificilmente vai conseguir fazê-lo na adolescência destes.
Se a relação de impaciência dos pais com os filhos pode ser conflitiva, o mesmo acontece em relação aos filhos com os pais. Nem sempre estes conseguem compreender as “cobranças” dos genitores. Interessante notar que muitos adolescentes querem que seus pais compreendam o mundo no qual estão vivendo atualmente. Essa tentativa nem sempre é frutífera, pois os pais viveram em épocas diferentes das quais os adolescentes e jovens vivem hoje. Tiveram uma educação diferente, de acordo com a época na qual viviam. Os filhos, portanto, precisam desenvolver um olhar compreensivo em relação aos pais. Tudo isso faz parte da bagagem humana e espiritual destes [pais]. Sempre será preciso que haja compreensão e paciência de ambas as partes para que o respeito e o diálogo possam ser exercidos. O olhar de compreensão é fundamental nas relações familiares. Quando este olhar é descuidado, a paciência cede lugar aos conflitos e desentendimentos.
Muitos funcionários vivem à beira de um ataque de nervos na empresa em que trabalham. Diante de uma variedade enorme de diferentes formas de pensar, por vezes a falta de paciência acaba lhes roubando a paz do ambiente profissional. Nas relações empresariais, a impaciência pode ser um dos sentimentos que predominam em quase todos aqueles que convivem diariamente e dividem o mesmo espaço durante todo um ano. O jeito de ser do outro pode causar sérias irritações em todos ou em alguém especificamente. Geralmente, todos desejam que todos sejam iguais. Quando esta postura é adotada pelos funcionários, as divergências começam a surgir. O patrão gostaria que o secretário fosse tão ágil no pensamento como ele o é. O secretário acredita que o contador deveria ser tão simpático quanto ele o é. O contador, por sua vez, pensa que a cozinheira deveria ser tão organizada como ele o é. Na maioria das vezes, sempre exigimos que o outro seja como somos. Quando essa realidade se apresenta, estamos diante de um sério conflito de impaciência nas relações interpessoais que atingem diversos funcionários.
A impaciência nas empresas surge, muitas vezes, de conflitos pessoais mal resolvidos. Muitos projetam suas sombras em outras pessoas. E quando isso acontece, o que eles veem de negativo no outro são suas próprias realidades negativas que não foram trabalhadas. Outros passam a vida distribuindo suas sombras interiores para seus colegas de trabalho. Outros ainda nunca tiram férias, pois se ficarem um tempo maior sem suas sombras projetadas, entrarão em desespero, pois terão de enfrentar seu lado sombrio. Sempre será mais fácil projetar no outro aquilo que não temos coragem de enfrentar em nós.
Outros, ao longo da vida, desejam que todos caminhem no seu ritmo espiritual. A vida é como um jardim com muitas flores. Algumas estão nascendo, outras começaram a crescer, algumas estão com botões, outras já estão florindo. A impaciência no campo espiritual faz com que pensemos que todos estão no mesmo processo que o nosso. E a realidade mostra que não é bem assim. Cada pessoa está em uma etapa no processo de amadurecimento espiritual. Alguns estão bem adiantados na caminhada, outros estão engatinhando, outros ainda estão descobrindo o que é a fé. Cada pessoa exige um ritmo próprio de caminhar. Saber respeitar o tempo de cada um é sabedoria que nasce de um profundo relacionamento com Deus e com o próximo. Corremos o risco de exigir que o outro pule etapas em seu processo de amadurecimento espiritual. Quando isso acontece muitos se sentem sufocados, pois não lhes foi permitido percorrer o processo necessário de amadurecimento na fé com paciência. Imagine o que seria da primavera se o outono não cumprisse seu tempo? A primavera é um processo de estações. O amadurecimento espiritual é um processo de paciência que nasce de um olhar de respeito diante do tempo de cada ser humano.
Inúmeras comunidades vivem em profundas crises pela impaciência entre seus membros. O diferente sempre é motivo de questionamentos e incompreensões. Diante daquele que pensa de maneira diferente, muitos acabam se colocando na defensiva. Talvez, a paciência necessária nas relações comunitárias poderia fazer com que todos aprendessem com quem pensa diferente da maioria. O outro nunca deve ser visto como opositor. Quando o jeito de ser do outro nos questiona e nos retira de nossas seguranças é chegado o momento de refletir e descobrir novos caminhos para criar relações de paz. Não será excluindo quem pensa diferente da maioria que chegaremos a algum lugar. A diferença do outro é motivo para crescer sempre em comunidade de fé. Os discípulos de Cristo não eram iguais entre si. Cada um tinha um estilo de ser. E foram essas diferenças que deram origem às primeiras comunidades cristãs. Jesus sabia que, com a paciência, seria possível compreender a cada um sem excluir ninguém do Seu plano de amor.
O excesso de impaciência na vida pode ser fruto da falta de paciência consigo mesmo. Muitas pessoas não conseguem ter paciência com elas mesmas. Muitas vivem reféns do passado. Algemaram em seu coração situações tristes: raiva, mágoas, falta de perdão. Hoje, não conseguem ter uma vida de paz. Não se reconciliaram com o que passou e dão vida, no presente, ao que nunca mais voltará. Quem faz esse processo, muitas vezes doentio, perde a oportunidade de reescrever seu presente com tonalidades de esperança. Ter consciência dos processos que aprisionam o presente ao passado pode ser fonte libertadora para dar início a uma nova vida. Reconciliar-se com as próprias sombras é apenas o início de uma caminhada que não tem data marcada para terminar.

Diante de todos aqueles que estavam aprisionados pelos sofrimentos passados, Jesus não condenou, apenas olhou com esperança diante das páginas da vida que cada um deveria escrever. O olhar de possibilidades de Cristo devolveu a cada um a paciência necessária para recomeçar uma nova história.
Em um tempo no qual poucos tinham paciência com o pecador, Jesus iluminou com um olhar de acolhida o coração de todos aqueles que faziam da impaciência uma lei para julgar quem era diferente. Enquanto muitos paravam nos erros, Cristo caminhava pela história de cada pessoa e adentrava no coração de cada uma. O olhar de Cristo Ressuscitado nos ensina o caminho para a prática da paciência no cotidiano da vida. Ver além das aparências, acolhendo a quem pensa diferente, é um caminho para descobrirmos os segredos da serenidade.
O cultivo da paciência é um exercício diário. Muitas vezes, esse processo em nós é lento, mas nem por isso devemos desanimar. Deus é extremamente paciente com as nossas limitações, com nossos erros, egoísmos e nossas mentiras. Será cultivando a paciência no jardim de nossa alma que colheremos flores de bondade e tolerância. A paciência somente será construída no meio de nós quando Jesus for nosso modelo de amor para com todos. 
Padre Flávio Sobreiro