domingo, 6 de abril de 2014

EU SOU A RESSURREIÇÃO E A VIDA

 Vivemos com a Igreja três domingos correspondentes a temas muito caros à vida cristã, em vista da celebração dos Sacramentos de Iniciação, prevista para a Vigília Pascal. As pessoas que serão batizadas na Páscoa estarão diante de Jesus Cristo, aquele que oferece a Água Viva, Jesus, Luz do Mundo, o mesmo que se revela Ressurreição e Vida, quando se dirige a Betânia, casa de seus queridos amigos Lázaro, Maria e Marta (Jo 11, 1-45). Betânia foi um lugar de experiências muito felizes e profundas de Jesus com seus discípulos. Tudo indica que era uma casa em que se sentiam à vontade, espaço de intimidade e liberdade. Podemos imaginar a visita feita por Jesus, quando a Marta pressurosa até reclama por sua irmã de dedicar tanto à escuta do Mestre, ou os diálogos em torno de uma mesa de almoço.
Jesus fizera voltar à vida a filha de Jairo e o filho único da viúva de Naim. Mas agora, trata-se de um amigo pessoal, com quem certamente terá partilhado confidências. É neste clima de intimidade, no qual se envolviam as duas irmãs de Lázaro, que acontece a revelação de Jesus como Ressurreição e Vida. Jesus mostra quem ele é e realiza o milagre do retorno à vida desta terra de seu amigo Lázaro. Certamente a compreensão dos Sacramentos e da presença salvífica de Jesus na vida dos cristãos pode acontecer também em ambientes de convivência fraterna e amiga a que somos convidados.
Sinais da vida que vence a morte estão espalhados por toda parte. Em Jesus, Senhor e Salvador, identificamos a cura das enfermidades, o controle das forças da natureza e a vitória na luta renhida contra o demônio. Os sete sinais relatados pelo Evangelho de São João, que assim chama os milagres, passam por diversas situações humanas, dando-nos uma visão do alcance da ação do Senhor. Água se transforma em vinho, nas Bodas de Caná (Jo 2,1-12); o filho de um funcionário real é curado também em Caná (Jo 4, 46-54); um homem doente havia trinta e oito anos é curado por Jesus (Jo 5, 1-18); Cinco pães e dois peixinhos são multiplicados para uma multidão (Jo 6, 1-15); Jesus caminha sobre o mar da Galileia (Jo 6, 16-21); Um cego de nascença recupera a vista (Jo 9, 1-41). O sétimo sinal anuncia a própria Ressurreição de Jesus. Lázaro, que volta à vida, representa o homem renascido pela fé em Jesus Cristo. Muita gente acompanha, além de Marta, Maria e os Discípulos, o que Jesus fez. Também a mudança profunda que acontece na vida do cristão é acompanhada pela Comunidade, que o apoia e sustenta. A morte já está vencida, pela vitória de Jesus Cristo. O tempo novo se inaugura quando Jesus se afirma Ressurreição e Vida.
Para chegar à profunda profissão de fé, feita por Marta, irmã de Lázaro, houve um caminho percorrido pelas pessoas envolvidas nos fatos. Daí recolhemos alguns ensinamentos preciosos. A amizade foi ponto de partida para um relacionamento profundo estabelecido entre a família, Jesus e seus discípulos. Nosso encontro com o Senhor pode também partir de coisas simples, de diálogos em que a vida, o serviço, os dramas familiares, as questões ligadas ao trabalho, ou o simples bate-papo pode ser início do aprofundamento do sentido da vida, para sermos então conduzidos ao Senhor. Não se jogue fora qualquer oportunidade para lançar sobre pessoas e fatos a luz do Evangelho, para chegar à confissão de Jesus como Ressurreição e Vida.
As notícias correm! Jesus ficou sabendo da situação de Lázaro, com o qual tinha um relacionamento sincero e profundo. O Senhor sabe a glória de Deus se manifestará. Vive cada momento com dignidade e seriedade, sem precipitações, sabendo a hora de tomar as decisões. Seus discípulos de ontem e de hoje aprendem com o Mestre o caminho do discernimento, fundamental para que os acontecimentos não se precipitem. Hão de repetir muitas vezes, com o Tomé da decisão, mais do que o homem da dúvida: “Vamos também nós, para morrermos com ele” (Jo 11,16). Será uma história muitas vezes tensa, cheia de crises, idas e vindas, quedas e soerguimento. É muito bom fazer esta estrada, sabendo que nunca estaremos sozinhos para chegar à Ressurreição e à Vida.
Chegados com Jesus e seus discípulos a Betânia, nós também estamos em casa de pobres, o que significa este nome. Recolhemos todo o luto e o drama que significa a morte, sejam quais forem as circunstâncias. Os costumes da época, com carpideiras a clamar, ou mesmo os velórios de todos os tipos de nosso tempo, enfeitados ou maquiados, ou quem sabe os fornos crematórios postos em moda, mas morte é morte! Um dia, seremos desafiados a chamá-la irmã, com São Francisco, ou nos tornarmos os mais dignos de dó (Cf I Cor 15, 12-26), por sermos homens e mulheres sem esperança. O cristão entra de cabeça e coração nas situações humanas, não usa subterfúgios para explicá-las, gosta da verdade e as enfrenta com honestidade. Choro e lágrimas não fazem mal a ninguém! O que faz mal é enrolar a nós mesmos e aos outros. Nesta estrada da verdade, chegaremos à Ressurreição e à vida plena.
O Evangelho de São João nos conduz pelas mãos, para aprender de Jesus. Ele consola as duas irmãs, ouve seus lamentos, chora com elas, provoca a profissão de fé, que precede o milagre! Jesus identifica em Marta a fé na ressurreição e a conduz a professar sua fé atualizada naquele que é Ressurreição e Vida. Queremos também nós recolher as sementes da fé que são o fruto da graça recebida no Batismo, tantas vezes guardada e não praticada. Mas ela está dentro de cada homem e de cada mulher que recebeu o Sacramento. Nasce um convite renovado a tantas pessoas que se esqueceram, por muitos e variados motivos, da graça recebida. Pode ser esta a hora da graça, nesta Quaresma e na Páscoa que se aproxima, para a reconciliação com Deus e com a Igreja. Nosso convite toque na liberdade de cada pessoa, antes de prometermos coisas extraordinárias, até porque o mais extraordinário já aconteceu na Páscoa daquele que é Ressurreição e Vida.
Jesus é Mestre, Catequista, Senhor e Irmão! Duas vezes chorou, comovendo-se interiormente. Deus, sim, mas Homem verdadeiro, com sensibilidade apurada. Vamos com Ele a todos os sepulcros! Mesmo diante das situações nas quais a morte do corpo e da alma dá sinais de putrefação – “Já cheira mal, é o quarto dia” (Jo 11, 39), soa a hora da esperança. Não há pedra de sepulcro, sentença de condenação que resistam àquele que é Ressurreição e Vida. Chegue a todos os ouvidos o convite: “O Mestre está aqui e te chama” (Jo 11, 28). Que o Senhor ressuscitado grite a todos os homens e mulheres que saiam de sua inércia e se deixem desamarrar pela ação da Igreja, para conhecerem aquele que é a Ressurreição e a Vida.
Os sinais da Páscoa de Cristo se multipliquem, para que nos abramos à sua graça. O oitavo sinal está à disposição! É a Eucaristia de cada Domingo, onde se encontra aquele que é Ressurreição e Vida.
 Dom Alberto Taveira Corrêa - Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

DEUS TE OFERECE UM MILAGRE HOJE

Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro.
Cada manhã traz uma benção nova; uma benção que só serve para esse 
dia e que não se pode guardar nem desaproveitar ou usa ou se perde.
Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder.
Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos.
Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança.
O mundo muda , as pessoas, as esperança de cada um, a natureza esta em constante mudança, o universo se expande a cada dia, mas o nosso interior, depende muito de nos e da forma como regamos ele com amor, se não tem amor e perdão, viveremos de miséria.
Aproveite os milagres de hoje, viva tudo... pois este dia será único, e nunca mais você terá as oportunidade de hoje diante de si....
Padre Wagner Baia

EM DEUS SOMOS VERDADEIRAMENTE FEIZES

Feliz o homem que põe no Senhor a sua esperança” (Salmo 39,5).
A verdadeira felicidade está em permanecermos no caminho do Senhor, mudarmos a rota da nossa vida. Quando não seguimos a vontade de Deus, vivemos uma ilusão, um vazio. Como diz a Palavra: “Agora, meus filhos, escutai-me: bem-aventurados os que guardam os meus caminhos” (Pr 8, 32).
Nossa Senhora é nosso exemplo de fidelidade. Neste dia, peçamos a Deus a graça de vivermos as virtudes de Maria sendo como ela, na sua humildade, na sua fé e esperança. Sejamos como a Virgem Santa também na castidade, na pobreza, na obediência e na paciência.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

O PECADO TRAZ A MORTE

O pecado trás a morteDeus se alegra quando lutamos contra o pecado
“Sendo seus colaboradores, exortamo-vos a não receberdes em vão a graça de Deus” (2Cor 6,1). A graça de Deus é o Seu auxílio a nossa alma. O que nossa alma seria incapaz de fazer sozinha, a graça faz. Ela potencializa a nossa natureza dando a capacidade de fazer o sobrenatural.
A graça de Deus vem em socorro de nossas fraquezas. Não podemos receber a graça de Deus no vazio, deixar-se perder. Na vida espiritual o Senhor dá a graça a todos, mas nem todos a aproveitam e cooperam com ela. Se você colocar a semente numa terra fofa, e cuidar dela, vai dar um pé maravilhoso, mas Deus não irá capinar aquela horta, Deus fará o que você não pode fazer, que é fazer germinar, mas se você guardar a semente e não colocá-la na terra, Ele não poderá fazê-la crescer. Deus não ajuda o preguiçoso, não ajuda aquele que não quer trabalhar, pois Ele sabe que não estamos nos valorizando.
Não podemos deixar a graça passar em vão, pois pode ser que não tenhamos outra chance. “Quem deixa para fazer depois o que precisa fazer hoje, é porque não quer fazer nunca”. Não deixe para depois, não deixe a graça de Deus em vão.
Nós não podemos carregar o pecado na alma, sabendo que estamos em pecado. A conversão é algo para a vida inteira, teremos que trabalhar nossa conversão até o dia de nossa morte, pois Deus nos quer santos, Ele não quer menos do que isso de nós, pois Ele nos fez para a santidade. O pecado destruiu nossa santidade original, mas Deus nos quer santos, temos que entender isso com muita naturalidade, Deus nos criou para sermos santos.
“Procurai a paz com todos e a santidade, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12,14). Sem a santidade ninguém pode ver a Deus, esse ver a Deus é viver na comunhão com o Senhor. Ninguém pode entrar na comunhão com Ele sem ser santo. A maioria de nós seremos santos depois de passarmos para o purgatório. Deus, na sua bondade, na sua misericórdia, dá uma chance para que sejamos purificados na eternidade. A alma no purgatório é como se estivesse numa cadeia, ela não consegue fazer nada para sua santificação, então quem faz é a Igreja na Santa Missa.
Nós temos essa vida inteira para buscar nossa santificação, nossa conversão, nossa salvação, e a Igreja nos oferece os meios para isso. A Igreja existe para que cheguemos à santidade. Tem pecado que não é fácil de deixarmos, na verdade vamos deixando o pecado na luta (cai, confessa e levanta), e o pecado vai enfraquecendo e Deus vai vencendo.
Duas coisas não podem acontecer na nossa vida espiritual: o desespero e o desânimo. Não podemos nos desesperar nem desanimar de lutar contra o pecado. O Catecismo da Igreja Católica chama o sacramento da confissão de sacramento de cura, cura de depressão, autopiedade, … A Palavra de Deus é intransigente com o pecado, a Palavra de Deus nos exorta, se for preciso vamos até o sangue na luta contra o pecado.
Outro auxilio é a Eucaristia, “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele”(Jo 6,56). Precisamos desse remédio todos os dias na luta contra o pecado, se não podemos ir à Missa todos os dias, pelo menos uma vez por semana precisamos ir.
Não vamos desanimar nunca, Deus se alegra quando lutamos contra o pecado.
Prof. Felipe Aquino

BENEFÍCIOS DAVIDA DE ORAÇÃO

Quando oramos, o brilho da vida divina, brota do interior
Uma das maiores descobertas que já fiz na vida foi saber que Deus me ama e me acolhe independentemente do que faço, pois Ele me ama como sou. Neste caso, se eu rezo ou não rezo, Ele continua amando-me com a mesma intensidade. No mundo existem milhões de pessoas que nunca oraram e, no entanto, não deixam de viver. Trabalham, estudam, viajam, fazem descobertas, constroem prédios, vão à praia, ao shopping e vivem naturalmente. Daí vem a pergunta, que já ouvi várias vezes: "Então, por que preciso rezar?".
A resposta pode ser dada de inúmeras formas, mas acredito que a vida diz mais que as palavras. Enquanto escrevo, recordo-me de tantos momentos nos quais, sem saber o que fazer, procurei uma direção da parte de Deus por meio da oração e fui ajudada. Certamente você também já viveu experiências assim e é nessas horas que percebemos o valor da oração em nossa vida.
Padre Kentenich, autor do livro "Santidade de todos os dias", diz que,  quando oramos, além de nos assemelharmos a Cristo, que é orante por excelência e nos aproximarmos do Pai, que nos ama em Cristo, nos tornamos também possuidores das riquezas divinas, já que a vida dos santos e cristãos piedosos confirma que os tesouros de Deus estão à disposição daqueles que rezam. Na verdade, existe algo que não podemos esquecer jamais: Não é Deus que precisa de nossas orações, mas somos nós que precisamos de Sua graça, e esta costuma manifestar-se quando a Ele recorremos por meio da oração.
A oração também tem o poder de despertar nossos sentidos para percebermos os presentes que Deus nos dá, mas que, por uma razão ou outra, não conseguimos reconhecê-los. É que quando oramos o Espírito Santo nos devolve a calma, assim temos condições de ver o outro lado da história, tirando os olhos de nós mesmos e do problema em si. Aliás essa é uma das maiores graças alcançadas pela oração. Já que, quando estamos com dificuldades, naturalmente acabamos colocando o problema no centro da vida e isso nos impede de encontrarmos solução para ele.
Já ouvi dizer que a oração é como um grito, um pedido de socorro, mesmo que seja no silêncio, pois Deus vê o coração e não deixa quem ora sem resposta. Existe até uma história que pode ilustrar essa afirmativa:
"Conta-se que um navio estando há vários dias no mar, havia-se esgotado sua reserva de água potável. O capitão não avistava margem alguma no horizonte e os viajantes sentiam cada vez mais sede... Até que avistaram um barco que navegava ao seu encontro e, aos gritos, pediram que os socorressem com água doce.
No entanto, obtiveram, também aos gritos, a resposta: 'Ora, tirai a água do mar e bebei, não veem que é água doce?' Experimentaram. E recolhendo a água do mar, notaram que, já havia tempo, navegavam em água doce, no imenso estuário de um rio".
Podemos concluir que, se os tripulantes do navio não pedissem ajuda, poderiam morrer de sede estando tão próximos da água doce. Em nosso caso, quando não oramos, corremos o mesmo risco. Ou seja, de estarmos bem próximos da solução, mas não conseguirmos percebê-la.
Por essa e outras razões, considero a oração como algo importante e até diria fundamental para uma vida plena. Ela nos coloca em sintonia com Deus e esta é a maior graça que podemos almejar como cristãos. Também é verdade que, quando oramos, o brilho da vida divina, que está em nós, brota do interior, como que transfigurando nosso rosto. Não sei se você já observou que as pessoas idosas que levaram uma vida pura e agradável a Deus têm uma aparência sobrenatural; um exemplo claro disso é o inesquecivel e saudoso João Paulo II. Pessoas santas, independente da idade que têm, às vezes nos parecem seres de um outro mundo. É que a oração nos transfigura e nos torna aos poucos semelhantes Àquele a quem buscamos.
Portanto, apesar de saber que Deus nos ama e nos acolhe independentemente se rezamos ou não, temos muitas razões para recorrer a Ele por meio da oração.

Se hoje você passa por alguma situação dificil, se está atribulado e não sabe a quem recorrer, estou o convidando para rezarmos juntos. É o próprio Senhor quem nos fala: "Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mateus 11, 28). Jesus chama para si todas as nossas dores, aflições e angústias e nos dá a certeza de que, se crermos na Sua Palavra e guardarmos os Seus mandamentos, seremos libertos do mal.
Coloquemo-nos agora na presença de Jesus Cristo e oremos juntos:
Senhor Jesus Cristo, eu tomo posse do Teu amor, acolho a salvação que nos trouxeste pela Tua morte na cruz e ressurreição gloriosa. Convido-te para entrar agora na minha vida, tocar o meu coração e possuir todo o meu ser. Vem curar minhas feridas, Senhor, lava com Teu Sangue o meu coração sofrido e restaura minha esperança, minha fé e minha alegria. Eu só tenho a Ti, Senhor, e hoje Te busco de todo meu coração.
Obrigada por Teu amor infinito, Senhor, obrigada por acolher a minha oração e a de tantos que rezam nesta hora. A Ti toda honra, glória e louvor para sempre!
Dijanira Silva