sábado, 5 de abril de 2014

MENSAGEM DE SÃO LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT

“-Amados irmãos Meus! Eu, LUÍS MARIA GRIGNION DE MONTFORT, vos saúdo e vos abençôo hoje com a Mãe de Deus.
Amai o CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA, com todas as veras dos vossos corações, de modo que vós possais ser os verdadeiros apóstolos deste CORAÇÃO IMACULADO, dos últimos tempos.
Sede os apóstolos dos últimos tempos da Mãe de Deus, fazendo tudo o que Ela vos tem mandado fazer Aqui, procurando sempre mais fazer da vossa vida, uma contínua e fervorosa oração, um vibrante hino de amor a Deus, Nosso Senhor e a Ela e sempre mais um facho luminoso para que os vossos irmãos, que jazem nas trevas do pecado, possam enxergar a luz, vir para luz e voltarem ao Senhor Nosso Deus.
Sede os apóstolos dos últimos tempos da Mãe de Deus, fazendo cada vez mais da vossa um contínuo eco da eterna verdade, anunciando sem medo as Mensagens da Mãe de Deus ao mundo inteiro, ensinando todos a rezarem o SANTO ROSÁRIO, dando a todos as HORAS SANTAS DE ORAÇÃO que Ela vos deu Aqui, fazendo sempre mais de toda a vossa vida um contínuo e profundo ‘sim’ a tudo o que Deus e Ela vos solicitam nas Aparições Deles Aqui. Para que então a vossa vida transformada num verdadeiro sol luminoso, possa iluminar todos aqueles que definham dia-a-dia, mais e mais nas trevas do pecado e assim, todos possam receber a luz, todos possam conhecer a luz do amor e da graça de Deus e todos possam finalmente, encontrar a Deus, dar-se a Deus e viver uma verdadeira vida em Deus.
Sede os verdadeiros apóstolos dos últimos tempos da Mãe de Deus, entregando aquilo de mais precioso que tendes nas mãos Dela, que é o vosso coração. Vivendo numa completa dependência Dela, procurando sempre mais fazer tudo com Ela, por Ela e Nela, no espírito de MARIA, ou seja, com os Seus sentimentos, com as Suas intenções e as Suas santíssimas finalidades, ou seja, dar glória a Deus e torná-Lo conhecido e amado por todos os homens levando-os assim à salvação do Senhor.
Desta forma, vós vivereis aquela verdadeira devoção que Eu tanto vos ensinei, que Eu tanto recomendei e que Eu deixei como o Meu mais precioso dom e testamento aos Meus filhos e ao mundo inteiro contido no TRATADO DA VERDADEIRA DEVOÇÃO DA SANTÍSSIMA VIRGEM.
Eu, LUÍS DE MONTFORT quero ajudar-vos a serdes os verdadeiros apóstolos dos últimos tempos, os verdadeiros apóstolos da Mãe de Deus vivendo sempre mais como rosas místicas: rosas brancas de oração, rosas vermelhas de sacrifício, rosas amarelo-dourada de penitência, para que assim, toda a vossa vida se transforme num imenso Rosário, num imenso Roseiral em honra da Mãe de Deus onde Ela pode se congratular, se comprazer convosco e em vós ver-Se imitada, ver-Se seguida, ver-Se obedecida e perfeitamente correspondida.
Estas APARIÇÕES DE JACAREÍ são o maior dom que Deus deu ao mundo nestes últimos tempos! É uma graça que ainda que vós tivésseis mil vidas e mil corações para dar ao Senhor como gratidão, agradecimento a ELE por este bem que Ele vos faz, ainda não seria o suficiente. Pois aqui todo o Céu, toda a corte celeste se abriu para derramar sobre vós, palavras de luz, vozes do céu, palavras de amor e vida eterna. E aqui toda a corte celeste desceu para vos ajudar, para vos amparar, para vos conduzir, para vos formar e guiar sempre mais no caminho da santidade, da salvação e da paz.
Por isso, correspondei com todo o vosso amor, com toda a vossa alma e com todo o vosso coração a este dom que tantas gerações quiseram ter e não tiveram, a tantos homens que quiseram ouvir e não ouviram aquilo que vós ouvis. Por isso, que do vosso coração rebente, brote uma fonte inesgotável, perpétua e generosa: de amor, de fidelidade e de profunda entrega de vós mesmos ao Senhor e à Mãe de Deus.
Eu estou convosco sempre quando rezais, sempre quando sofreis, sempre quando a vossa alma está em grande aflição. Eu estou ao vosso lado para recolher as vossas lágrimas, para enxugá-las, para dar novo ânimo, nova força ao vosso coração para seguir adiante.
Não temais! Eu estou convosco todos os dias, conheço tudo aquilo que Satanás faz contra vós, conheço tudo aquilo que sofreis também por parte dos homens que vos perseguem, que não vos compreendem, que não vos ajudam, que vos julgam e condenam. E Eu, estou sempre ao vosso lado para ajudar-vos a carregar a cruz até a vossa gloriosa ressurreição, até a vossa vitória.
Eu vos cobrirei sempre mais com o Meu manto de luz, para vos defender de todos os ataques de Satanás e do mundo e para vos dar sempre mais a vitória em nome do Senhor!
Viveis agora no tempo da grande tribulação e por isso é impossível que não sofrais nada. É impossível que a vossa fé não seja provada, mas Eu estarei convoco para vos ajudar a vencer todas estas provas e para vos fazer chegar triunfantes na grande vitória que o Senhor prepara para vós quando vereis novos Céus e novas Terras, vereis um novo Reino descendo das alturas sobre vós, vossos olhos contemplaram maravilhas, que os olhos humanos jamais verão, Terras antigas corroídas pelo pecado desaparecerão e novas Terras puras e belas surgirão diante dos vossos olhos. Todas as vossas lágrimas serão enxugadas, todo o vosso sofrimento passará como uma noite que cede lugar ao dia, como folhas levadas pelo vento, assim as vossas tribulações num instante serão varridas da vossa vista e do vosso coração sairá o mais vibrante hino de louvor e de alegria pelo Senhor, para o Senhor e para a Virgem Maria.
Eu, Luís vos abençôo agora neste momento, com todo o Meu amor e especialmente a ti Marcos, o mais esforçado dos Meus irmãos, dos Meus filhos, que tanto propaga a VERDADEIRA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM que Eu ensinei, e que tem cultivado com santo zelo em todas as almas este verdadeiro e sagrado Amor!”

VIA SACRA

Nós Vos adoramos Santíssimo Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos;
Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o Mundo.

PADRE DIZ QUE JP II ,INCENDIOU O MUNDO COM MISERICÓRDIA

Fundador da Comunidade Aliança de Misericórdia comenta o fervor de João Paulo II ao propagar a Divina Misericórdia
Padre diz que JPII incendiou o mundo com a misericórdia
João Paulo II conhecia e propagou a devoção à Divina Misericórdia / Foto: Arquivo
A devoção de João Paulo II à Divina Misericórdia antecede seu pontificado. Ainda em Cracóvia, em meio aos sofrimentos decorrentes das ideologias nazistas e comunistas da época, o beato polonês foi atraído pela misericórdia por intermédio de uma simples freira também polonesa, hoje santa, chamada Faustina Kowalska, que falecera pouco antes de sua chegada à cidade.
“Muitas das minhas recordações pessoais estão ligadas a este lugar. Vinha aqui, sobretudo, durante a ocupação nazista, quando trabalhava na fábrica vizinha: Solvay. Ainda hoje, lembro-me do caminho. Percorria-o todos os dias, quando ia trabalhar vários turnos, com calçado de madeira nos pés. Como era possível imaginar que, um dia, aquele homem de tamancos haveria de consagrar a basílica da Divina Misericórdia em Lagiewniki da Cracóvia?”, disse João Paulo II, em 17 de Agosto de 2002, durante a dedicação do Santuário da Divina Misericórdia n
A irmã Elizbetq Siepak, uma das irmãs de Santa Faustina, recorda esse momento que foi a última visita do Papa à Polônia. “Isso foi, em 17 de agosto, quando entregou o mundo aos cuidados da misericórdia. Por isso podemos dizer que, historicamente, ele é como o Papa da Misericórdia”, declarou a irmã.
Durante seu pontificado, o Papa polonês dedicou-se a infundir, no coração dos fiéis, a Divina Misericórdia. Estabeleceu o 2º Domingo de Páscoa como o Domingo da Misericórdia e elevou Irmã Faustina aos altares durante o ano de 2000, ano Jubilar. Em 2002, anexou indulgências aos atos de culto realizados em honra da Misericórdia por meio de um decreto.
“João Paulo II não parou de propagar a força da misericórdia como último baluarte de Deus diante das forças do mal. Para o beato, a misericórdia é uma carícia de Deus nas feridas da humanidade”, destacou o fundador da Comunidade Aliança de Misericórdia, padre Enrico Porcu.
Dives in Misericordia
Em 1980, João Paulo II publicou a Encíclica Dives in Misericordia. O texto é um apelo aos cristãos para que continuem a confiar na misericórdia e para que sejam insistentes em clamá-la ao céu. Nesta encíclica, o Pontífice faz uma leitura espiritual do mundo e de seus acontecimentos, tendo como pano de fundo os escritos de sua compatriota Irmã Faustina Kowalska.
Padre diz que JPII incendiou o mundo com a misericórdia
Padre Enrico em encontro com João Paulo II / Foto: Arquivo Pessoal
De acordo padre Enrico, a ditadura nazista comunista era explícita. Hoje, porém, vive-se um tempo de uma “ditadura disfarçada”. Frente a isso, é preciso contar com a experiência da misericórdia, que é o encontro com Jesus que está vivo e toca as feridas com uma força nova, com a alegria do Evangelho.  “Um tempo de grande miséria é um tempo de grande misericórdia”, assegura padre Enrico.
No diário de Santa Faustina, Jesus afirma à santa: “Amo a Polônia de maneira especial, e se ela for obediente à Minha vontade, Eu a elevarei em poder e santidade. Dela sairá a centelha que preparará o mundo para a Minha vinda derradeira”.
O fundador da comunidade Aliança de Misericórdia afirma que Deus tem um amor especial pela Polônia. A Igreja local tem um caráter conservador, entretanto, na atualidade, experimenta o revigor pelo fervor das novas comunidades que exercem os dons do Espírito Santo.
Padre Enrico afirma ainda que João Paulo II e Santa Faustina, juntos, formam essa centelha que inflamaram o mundo com a força da misericórdia divina. “João Paulo II é a centelha que incendiou o mundo com a força da misericórdia”, conclui o sacerdote.

SEMPRE É TEMPO DE VOLTARMOS

O Senhor está sempre nos chamando para estarmos ao lado d’Ele. Jesus, que é a própria misericórdia encarnada, nunca desiste de nós; Ele continua batendo na porta do nosso coraçăo até que tenhamos a coragem de abrir e deixá-Lo entrar para cear conosco. Sempre é tempo de voltarmos para o Senhor.
“Volta ao Senhor e deixa os teus pecados, suplica em sua presença e diminui as tuas ofensas” (Eclo 17,21-22).
Somente vivendo próximos ao Senhor seremos capazes de acolher e demonstrar misericórdia por aqueles com quem convivemos e que vęm ao nosso encontro. Peçamos ao Senhor a graça de sermos misericordiosos e compassivos como Ele o é.
Peçamos ao Espírito Santo que, neste dia que se chama hoje, renove toda a nossa vida e encha o nosso coraçăo com os Seus dons. “Ó vinde, Espírito Criador, as nossas almas visitai e enchei os nossos coraçőes com vossos dons celestiais”.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

OS VASOS SAGRADOS


Os vasos sagrados, que estão destinados a receber o Corpo e o Sangue do Senhor, devem-se ser fabricados, estritamente, conforme as normas da tradição e dos livros litúrgicos. As Conferências de Bispos tenham capacidade de decidir, com a aprovação da Sé apostólica, se é oportuno que os vasos sagrados também sejam elaborados com outros materiais sólidos. Sem dúvida, requer-se estritamente que este material, de acordo com a comum valorização de cada região, seja verdadeiramente nobre, de maneira que, com seu uso, tribute-se honra ao Senhor e se evite absolutamente o perigo de enfraquecer, aos olhos dos fiéis, a doutrina da presença real de Cristo nas espécies eucarísticas. Portanto, reprove-se qualquer uso, para a celebração da Missa, de vasos comuns ou de escasso valor, no que se refere à qualidade, ou carentes de todo valor artístico, ou simples recipientes, ou outros vasos de cristal, argila, porcelana e outros materiais que se quebram facilmente. Isto vale também para os metais e outros materiais, que se corroem (oxidam) facilmente.”
Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 117)
Imagem: Cálice e patena (Alemanha - século 13)
via - Adaltaredei

PADRE DEVE SERVIR A COMUNIDADE COM AMOR

Francisco explicou que o ministério vindo com a Ordem é um serviço à comunidade a ser realizado com amordo contrário não serve
Padre deve servir a comunidade com amor, destaca Papa
Papa Francisco refletiu sobre o sacramento da Ordem. Ele destacou três características do ministério de padres, bispos e diáconos: servir com amor, ser apaixonado pela Igreja e alimentar esse ministério com a oração, a Palavra de Deus e os sacramentos da Eucaristia e da Penitência.
Francisco explicou que a Ordem é o sacramento que habilita ao exercício do ministério, confiado por Jesus, de apascentar o seu rebanho, o que deve ser feito não com a força humana, mas com o poder do Espírito. “O sacerdote, o bispo, o diácono devem apascentar o rebanho do Senhor com amor. Se não o fazem com amor, não serve”.
Aqueles que são ordenados são considerados líderes da comunidade, disse o Papa. Porém, ele ressaltou que, para Jesus, isso significa colocar a própria autoridade a serviço, como Ele mesmo mostrou e ensinou aos Seus discípulos.
“Um bispo que não está a serviço da comunidade não faz bem. Um sacerdote, um padre, que não está a serviço de sua comunidade não faz bem. Está errado”.
Além de se colocar a serviço, os que recebem o sacramento da Ordem precisam ter um amor apaixonado pela Igreja, conforme explicou o Santo Padre. A partir da força da Ordem, o ministro deve dedicar-se inteiramente à própria comunidade e a amar com todo o coração, como Cristo ama a Igreja.
Um último aspecto destacado por Francisco sobre a Ordem foi a necessidade de alimentar o ministério exercido a partir desse sacramento. Isso deve ser feito por meio de orações, da escuta da Palavra de Deus, celebrando cotidianamente a Eucaristia e também com o Sacramento da Penitência.
Segundo o Pontífice, quando isso não acontece, o bispo ou o padre acaba perdendo de vista o sentido autêntico do próprio serviço e a alegria que vem da comunhão com Jesus.  “[...] a longo prazo, perdem a união com Jesus e se tornam uma mediocridade que não faz bem à Igreja”, disse o Papa, que acrescentou a necessidade de rezar pelo ministério de bispos e padres.
Concluindo suas reflexões, Francisco falou o que deve ser feito para se tornar sacerdote, destacando que esta é uma iniciativa que parte de Deus.
“A vontade de se tornar sacerdote, de servir os outros nas coisas que vêm de Deus. A vontade de estar por toda a vida a serviço para catequizar, batizar, perdoar, celebrar a Eucaristia, cuidar dos doentes…mas, toda a vida assim! Se alguém de vocês sentiu isso no coração, foi Jesus que colocou isso aí! Cuidem desse convite e rezem para que isso cresça e dê fruto em toda a Igreja”.

O PURGATÓRIO NA BIBLÍA


Muitos me perguntam onde está na Bíblia o Purgatório?
Ele é uma exigência da razão e mesmo da caridade de Deus por nós. A palavra “Purgatório” não existe na Bíblia, foi criada pela Igreja, mas a realidade, o “conceito doutrinário” deste estado de purificação existe amplamente na Sagrada Escritura como vamos ver. A Igreja não tem dúvida desta realidade por isso, desde o primeiro século reza pelo sufrágio das almas do Purgatório.
1 - São Gregório Magno (†604), Papa e doutor da Igreja, explicava o Purgatório a partir de uma palavra de Jesus: “No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver pronunciado uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31).
Desta afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro” (Dial. 41,3). O pecado contra o Espírito Santo, ou seja a pessoa que recusa de todas as maneiras os caminhos da salvação, não será perdoado nem neste mundo, nem no mundo futuro. Mostra o Senhor Jesus, então, neste trecho, implicitamente, que há pecados que serão perdoados no mundo futuro, após a morte.
2 - O ensinamento sobre o Purgatório tem raízes já na crença dos próprios judeus do Antigo Testamento; cerca de 200 anos antes de Cristo, quando ocorreu o episódio de Judas Macabeus. Narra-se aí que alguns soldados judeus foram encontrados mortos num campo de batalha, tendo debaixo de suas roupas alguns objetos consagrados aos ídolos, o que era proibido pela Lei de Moisés. Então Judas Macabeus mandou fazer uma coleta para que fosse oferecido em Jerusalém um sacrifício pelos pecados desses soldados. “Então encontraram debaixo da túnica de cada um dos mortos objetos consagrados aos ídolos de Jâmnia, coisas proibidas pela Lei dos judeus. Ficou assim evidente a todos que haviam tombado por aquele motivos… puseram-me em oração, implorando que o pecado cometido encontrasse completo perdão… Depois [Judas] ajuntou, numa coleta individual, cerca de duas mil dracmas de prata, que enviou a Jerusalém para que se oferecesse um sacrifício propiciatório. Com ação tão bela e nobre ele tinha em consideração a ressurreição, porque, se não cresse na ressurreição dos mortos, teria sido coisa supérflua e vã orar pelos defuntos. Além disso, considerava a magnífica recompensa que está reservada àqueles que adormecem com sentimentos de piedade. Santo e pio pensamento! Por isso, mandou oferecer o sacrifício expiatório, para que os mortos fossem absolvidos do pecado” (2Mc 12,39-45).
O autor sagrado, inspirado pelo Espírito Santo, louva a ação de Judas: “Se ele não esperasse que os mortos que haviam sucumbido iriam ressuscitar, seria supérfluo e tolo rezar pelos mortos. Mas, se considerasse que uma belíssima recompensa está reservada para os que adormeceram piedosamente, então era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis porque ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, afim de que fossem absolvidos do seu pecado”. (2 Mac 12,44s) .Neste caso, vemos pessoas que morreram na amizade de Deus, mas com uma incoerência, que não foi a negação da fé, já que estavam combatendo no exército do povo de Deus contra os inimigos da fé. Cometeram uma falta que não foi mortal.
Fica claro no texto de Macabeus que os judeus oravam pelos seus mortos e por eles ofereciam sacrifícios, e que os sacerdotes hebreus já naquele tempo aceitavam e ofereciam sacrifícios em expiação dos pecados dos falecidos e que esta prática estava apoiada sobre a crença na ressurreição dos mortos. E como o livro dos Macabeus pertence ao cânon dos livros inspirados, aqui também está uma base bíblica para a crença no Purgatório e para a oração em favor dos mortos.
3 - Com base nos ensinamentos de São Paulo, a Igreja entendeu também a realidade do Purgatório. Em 1Cor 3,10, ele fala de pessoas que construíram sobre o fundamento que é Jesus Cristo, utilizando uns, material precioso, resistente ao fogo (ouro, prata, pedras preciosas) e, outros, materiais que não resistem ao fogo (palha, madeira). São todos fiéis a Cristo, mas uns com muito zelo e fervor, e outros com tibieza e relutância. E S. Paulo apresenta o juízo de Deus sob a imagem do fogo a provar as obras de cada um. Se a obra resistir, o seu autor “receberá uma recompensa”; mas, se não resistir, o seu autor “sofrerá detrimento”, isto é, uma pena; que não será a condenação; pois o texto diz explicitamente que o trabalhador “se salvará, mas como que através do fogo”, isto é, com sofrimentos.
4 - Na passagem de Mc 3,29, também há uma imagem nítida do Purgatório:”Mas, se o tal administrador imaginar consigo: ‘Meu senhor tardará a vir’. E começar a espancar os servos e as servas, a comer, a beber e a embriagar-se, o senhor daquele servo virá no dia em que não o esperar (…) e o mandará ao destino dos infiéis. O servo que, apesar de conhecer a vontade de seu senhor, nada preparou e lhe desobedeceu será açoitado com numerosos golpes. Mas aquele que, ignorando a vontade de seu senhor, fizer coisas repreensível será açoitado com poucos golpes.” (Lc 12,45-48). É uma referência clara ao que a Igreja chama de Purgatório. Após a morte, portanto, há um “estado” onde os “pouco fiéis” haverão de ser purificados
5 - Outra passagem bíblica que dá margem a pensar no Purgatório é a de (Lc 12,58-59): “Ora, quando fores com o teu adversário ao magistrado, fazer o possível para entrar em acordo com ele pelo caminho, a fim de que ele não te arraste ao juiz, e o juiz te entregue ao executor, e o executor te ponha na prisão. Digo-te: não sairás dali, até pagares o último centavo.”
O Senhor Jesus ensina que devemos sempre entrar “em acordo” com o próximo, pois caso contrário, ao fim da vida seremos entregues ao juiz (Deus), nos colocará na “prisão” (Purgatório); dali não sairemos até termos pago à justiça divina toda nossa dívida, “até o último centavo”. Mas um dia haveremos de sair. A condenação neste caso não é eterna. A mesma parábola está´ em Mt 5, 22-26: “Assume logo uma atitude reconciliadora com o teu adversário, enquanto estás a caminho, para não acontecer que o adversário te entregue ao juiz e o juiz ao oficial de justiça e, assim, sejas lançado na prisão. Em verdade te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo” . A chave deste ensinamento se encontra na conclusão deste discurso de Jesus: “serás lançado na prisão”, e dali não se sai “enquanto não pagar o último centavo”.
6 - A Passagem de São Pedro 1Pe 3,18-19; 4,6, indica-nos também a realidade do Purgatório:”Pois também Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados (…) padeceu a morte em sua carne, mas foi vivificado quanto ao espírito. É neste mesmo espírito que ele foi pregar aos espíritos que eram detidos na prisão, aqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes (…).” Nesta “prisão” ou “limbo” dos antepassados, onde os espíritos dos antigos estavam presos, e onde Jesus Cristo foi pregar durante o Sábado Santo, a Igreja viu uma figura do Purgatório. O texto indica que Cristo foi pregar “àqueles que outrora, nos dias de Noé, tinham sido rebeldes”. Temos, portanto, um “estado” onde as almas dos antepassados aguardavam a salvação. Não é um lugar de tormento eterno, mas também não é um lugar de alegria eterna na presença de Deus, não é o céu. È um “lugar” onde os espíritos aguardavam a salvação e purificação comunicada pelo próprio Cristo.
Prof. Felipe Aquino