terça-feira, 25 de março de 2014

MARIA É GRANDE COLABORADORA NO MINSTÉRIO DA REDENÇÃO

A Virgem Maria é a grande colaboradora no mistério da redenção; é aquela que, com seu ”sim”, com sua entrega e com sua disponibilidade, permite a realização da operação mais maravilhosa que já houve na face da terra!
”Maria, então, disse: ‘Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!”’ (Lucas 1,38).
Nós temos a graça de celebrar hoje a Solenidade da Anunciação do Senhor, por isso nós interrompemos o tempo que vivemos da Quaresma para entrarmos em sintonia com outro tempo de graça, que é o tempo do Natal. Nós, hoje, celebramos, com nove meses de antecedência, o princípio da Encarnação do Verbo Divino: a maneira como Deus entrou na nossa história para se fazer um de nós. Usaremos primeiro a opção de Deus ou a ação de Deus: foi Ele quem quis, foi Ele que escolheu o meio e o caminho para nos salvar.
Bendito seja Deus porque Ele não nos deixou sozinhos, não nos deixou no cativeiro da morte e do pecado, mas quis nos salvar; por isso, o Verbo Divino se encarna hoje no ventre de Maria. O divino se encontra com o humano e o humano se abre, como dom, para receber essa graça divina. De um lado Deus, que toma a iniciativa e do outro, a humanidade na pessoa da Virgem Maria, que se abre para receber esse dom de Deus.
Louvado seja Deus pelo ventre de Maria, louvado seja Deus pela disponibilidade e pela docilidade da Virgem Maria, que diz o seu “sim” a Deus e que se abre de corpo e alma para que nela se opere o mistério da salvação da humanidade!
A Virgem Maria é a grande colaboradora no mistério da redenção; é aquela que, com seu ”sim”, com sua entrega e com sua disponibilidade, permite a realização da operação mais maravilhosa que já houve na face da terra: é uma nova criação que se inicia no seu ventre. O mesmo Deus, que criou todas as coisas no princípio, agora cria uma nova humanidade, cria um novo Homem, um novo Adão, na pessoa de Jesus. Jesus não existia antes de Maria, humanamente falando, Ele existia na sua condição divina, como Verbo Divino. Cristo o Senhor se torna homem, Jesus Nosso Salvador, por essa união maravilhosa e sagrada do Espírito Santo, que se une à nossa natureza humana na pessoa de Nossa Senhora.
A Santíssima Virgem Maria não é divina, mas divinamente se abre para acolher a ação de Deus em sua vida. Ela agora é a nova mulher, a primeira recriada por Deus na nova humanidade que Ele começa a partir dela. Bendito sejas, nosso Deus, pelo ventre que Te acolheu, pelos seios que amamentaram Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo!
Hoje, nós comemoramos o nascimento e o início de uma nova humanidade, nós celebramos com todo o amor, alegria, glórias aos céus, o “sim” de Maria, o “sim” redentor para todos nós!
Padre Roger Araújo

ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

Neste dia, a Igreja festeja solenemente o anúncio da Encarnação do Filho de Deus. O tema central desta grande festa é o Verbo Divino que assume nossa natureza humana, sujeitando-se ao tempo e espaço.
Hoje é o dia em que a eternidade entra no tempo ou, como afirmou o Papa São Leão Magno: “A humildade foi assumida pela majestade; a fraqueza, pela força; a mortalidade, pela eternidade.”
Com alegria contemplamos o mistério do Deus Todo-Poderoso, que na origem do mundo cria todas as coisas com sua Palavra, porém, desta vez escolhe depender da Palavra de um frágil ser humano, a Virgem Maria, para poder realizar a Encarnação do Filho Redentor:
“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem e disse-lhe: ‘Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.’ Não temas , Maria, conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Maria perguntou ao anjo: ‘Como se fará isso, pois não conheço homem?’ Respondeu-lhe o anjo:’ O Espírito Santo descerá sobre ti. Então disse Maria: ‘Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tu palavra’” (cf. Lc 1,26-38).
Sendo assim, hoje é o dia de proclamarmos: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14a). E fazermos memória do início oficial da Redenção de TODOS, devido à plenitude dos tempos. É o momento histórico, em que o SIM do Filho ao Pai precedeu o da Mãe: “Então eu disse: Eis que venho (porque é de mim que está escrito no rolo do livro), venho, ó Deus, para fazer a tua vontade” (Hb 10,7). Mas não suprimiu o necessário SIM humano da Virgem Santíssima.
Cumprindo desta maneira a profecia de Isaías: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará Deus Conosco” (Is 7,14). Por isso rezemos com toda a Igreja:
“Ó Deus, quisestes que vosso Verbo se fizesse homem no seio da Virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso Redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”.

TEMOS UM DEUS QUE É NOSSO PAI

A primeira coisa que iremos tirar dessa parábola:“Temos um Deus que é Nosso Pai. E todos domingos professamos Credo.” Alguém já viu Deus? Ninguém nunca viu! Talvez na faculdade você já ouviu o professor dizer: “Me prove que Deus existe?” Ninguém vai conseguir provar! Você pode dizer: 'Você só vai ver Deus quando morrer.'

Acreditamos pela fé, somos provados na Fé. Seria tão bom se Deus aparecesse, mas Deus não vai aparecer. Pela fé estamos aqui e acreditamos que Ele existe.

Foi o Pai que nos criou assim como criou a chuva. Quando Deus nos criou, foi para vivermos neste mundo? Realmente, não! Deus nos criou para o Paraíso. Adão e Eva viviam no Paraíso para serem felizes. Mas infelizmente, Adão e Eva, pisaram na “bola”. Deus disse:“Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais.” (Gênesis 3,3). Mas infelizmente, no céu tinha um anjo que se chama Lúcifer, era bom. Mas ele não quis submeter-se as criaturas, e foi expulso do céu, para o inferno. Céu para Deus e os anjos seus filhos, mas como Lúcifer não gostou dessa história de se submeter aos seres humanos, ele ofereceu o fruto para Adão: “Coma! É saboroso, se você comer vai ser como Deus!”

O mundo que era felicidade, tornou-se tristeza. Vemos hoje, mulheres que tem seus filhos, mas não querem e tomam remédio para matar. Outros que tem o corpo para adorar e glorificar, colocam fumaça na boca, injetam as coisas no corpo. 

Você sabia que Deus não força ninguém a nada? Se eu matar alguém, Deus é o culpado? Claro que não! Eu matei na liberdade. Em nossa liberdade toda vez que fazemos alguma coisa errada, Deus diz: “Não faça”! 

O mundo fala: Se Deus é bom, por quê existem coisas ruins? Deus nos deu liberdade! E Ele diz: “Não vá!” Somos livres, para fazermos o mal ou o bem! Mas ninguém faz o mal, e ninguém faz o bem, sem antes Deus falar: “Faça o bem!” Mas não, insistimos em fazer o mal.

No Evangelho o filho quis ser livre! O pai já tinha falado se quiserem ser felizes, fiquem comigo! Mas o filho quis a herança e foi embora. O pai diz: Não faça isso! Insistimos em dizer: “ Pai Deixa eu roubar? Deixa eu usar droga? Sabe o que Ele diz? Nada! Ele deixa, pela nossa liberdade. 

Na parábola o filho pegou todo o dinheiro do pai. E o pai disse alguma coisa? Não! Porque cada um é livre. O pai ficou triste, mas deixou o filho livre. 

O filho, no Evangelho, comeu a mesma porcaria que o porco. Depois de certo tempo, arrependido pensou: “Que besteira, nem o empregado do meu pai, come essas porcarias. Vou voltar para casa.” Quando voltou o pai o recebeu. A Igreja, não está impondo nada para você. Seja livre! Faça da sua vida do que você quiser! Mas o Pai disse que é para largar o pecado e muitas vezes queremos ficar com o pecado.

O pai está querendo que você volte! Ficar com o Pai é melhor. Já ficamos um tempo longe Dele, e depois que passar a vida como podemos não ficar com Ele? Não quero isso! Quero ficar aqui e lá no céu com Ele. Quando caio, vou atrás do padre para me confessar, e eu digo: “Eu voltei!” 

Igreja vem de Eclésia, reunião dos eleitos, que somos nós a assembleia. Quem são os eleitos? São aqueles que depois de ficar aqui vão para o céu. Essa Igreja é onde o Pai mora. Aqueles que estão com o Pai, não devem pecar. Tem gente que está com o Pai, e está pecando; Mas também há pessoas que estão com o Pai não estão fazendo coisa errada.

Você pode pensar: “Eu sou do Jovens Sarados. Oro em línguas, canto que é uma beleza!” Talvez você está “pulando a cerca”. Porque tem filhos que estão com o Pai, mas o enganam. Se é para estar com o Pai, é para ficar com Ele, não para fazer coisa errada. O pecado do jovem não é só a sexualidade, mas é a falta de caridade também. 

Na confissão muitos dizem: “Caí no pecado da masturbação”; “Caí na sexualidade”; “Assisti vídeos pornográficos.” Pergunto: Porquê você cai? “Não é por tentação, nem porque é jovem, menos ainda porque não reza. É porque você gosta! Se você comete o pecado, você ofende a Jesus. Prove que você ama a Cristo, e não faça!
Muitas pessoas dizem que Deus é amor, e não existe o inferno. Morra e verás! Eu sou livre para fazer ou não fazer. Mas aguente as consequências depois. Você quer deixar o diabo rir de você? Porque é humilhante o Pai dá seu filho para morrer por nós, e continuamos a ferir seu Filho.

Tem gente que diz que não consegue parar de pecar. Mas se dissessem que depois de pecar a pessoa morreria ela não faria. Isso mostra que você é capaz de não pecar!

Você é livre para ir para o Céu, ou para o inferno. Não temos escolhas! Fazemos ou não fazemos! O Pai está dizendo: “Volta meu filho”! A única forma de voltar para o Pai, é passando pelo confessionário. Não adianta ficarmos no emocional. Precisa dar a sua resposta! Quer ir para o céu, ou para o inferno? Vai continuar fazendo o sexo com a sua namorada? Vai continuar usando drogas? Dê a sua resposta a Deus!

Decida-se a partir de hoje fazer da sua vida o que quiser, e fique com Deus para sempre!”
Padre José Augusto 
Padre da Comunidade Canção Nova

DECIDA -SE POR UMA VIDA NOVA

Em nossa vida, há muitos caminhos que podemos seguir, mas sempre precisaremos fazer escolhas, decidir qual direção tomar.
Pare um momento e faça uma reflexão sobre como você está vivendo o seu dia e se pergunte: “Quais escolhas estou fazendo?”. Perceba se você saiu do trilho, se tomou a direção errada, caiu no pecado e se distanciou de Deus. Caso a resposta seja afirmativa, volte para o Senhor, de todo o seu coração, porque, no seu íntimo, brota o desejo de querer vê-Lo!
“Cantai ao Senhor um canto novo, cantem seu louvor os extremos da terra” (Isaías 42, 10a)
Decida-se, hoje, sobre a sua vida, retome-a em Deus e cante uma nova canção.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago


Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento e toda a minha vontade. Tudo o que tenho e possuo Vós me destes. A Vós o restituo. Tudo é vosso, disponde de tudo, segundo a vossa inteira vontade. Dai-me apenas o vosso Amor com a vossa Graça, que isso me basta.

DEUS QUER QUE VOCE TENHA UM ENCONTRO PESSOAL COM DEUS

Existe muito lugares que a palavra de Deus ainda não chegou, e hoje temos a oportunidade de escultar a palavra.

(Atos dos Apóstolos 9,1)

Meus irmãos eu venho anunciar e partilhar com vocês, essa linda experiência de Paulo. Ele vai testemunhar três vezes nos Atos dos Apóstolos, onde marcou sua história e sua caminhada. Um começo na sua vida a partir daquele encontro. Eu queria que você guardasse essa palavra: “Encontro”, porque nós estamos num encontro. E talvez assim como Paulo, você caiu, trombou, e teve um encontro com Deus. Na vida de Paulo tem um antes e um depois. Na sua vida pode-se dizer isso , que depois que você se encontrou com Deus tem um antes e um depois? Existe esse marco na sua vida? 

Se hoje dia 16 de março de 2014, você ainda não teve um encontro com Deus, é hoje! Porque é aqui no Ibirapuera que Jesus Cristo vai mudar sua vida, e você não vai ser mesmo, e você que já teve esse encontro, o Senhor vai renovar.

Paulo quando cái pergunta: “Quem és Tu”. E ele não ouve uma voz de um carrasco, mas de Jesus, que falou com mansidão, com amor. Paulo teve um encontro, e isso fala de nós, porque nós estamos num encontro.

Na Encíclica Deus Caritas Est do Bento XVI que diz: “Nós cremos no amor de Deus — deste modo pode o cristão exprimir a opção fundamental da sua vida. Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo”. E esse encontro é de um Deus que caminha conosco, que no tempo da tribulação está conosco. A segunda coisa que Paulo experimentou, é que ele entra na casa de Simão e reza por ele, e Simão fica cheio do Espírito. Deus quer fazer você ficar cheio do Espírito Santo. Deus quer que você tenha um encontro pessoal com Ele!

Se nós não acreditarmos que Deus é capaz de realizar essa graça, não tem o porque estarmos aqui. Esse é o segredo da Canção Nova: Encontro com Jesus e batismo no Espírito Santo. E nesse final de semana se estamos fazendo esse encontro abraça São Paulo, é porque a Canção Nova quer levar esse batismo e esse encontro com Jesus.

O Papa Francisco quer que a gente saia pelas ruas, e que presentemos Jesus Cristo para as pessoas. Mas por isso é preciso ter o encontro pessoal com Cristo. Assim como Paulo que não ficou parado, mas saiu anunciando. E isso é esse encontro “Abraça São Paulo”, o senhor está entregando um projeto para essa cidade. E nós contamos com toda a família Canção Nova de São Paulo, para evangelizarmos. A experiência que eu faço não pode parar em mim, eu preciso passar para o outro.

Quem é família Canção Nova o Senhor dá essa palavra:

“E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales;
Padre Roger Luís 
Padre da Comunidade Canção Nova

O GRANDE SILENCIO DE MARIA

O grande silêncio de Maria, feito sobretudo de doçura e humildade... A Virgem Maria tinha no seu Coração o fogo da Sarça ardente que é JESUS CRISTO!

O GRANDE SACRAMENTO A CONFISSÃO

Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado por muitos para a remissão dos pecados. (Mt 26,28)
Como é grande e precioso o Sacramento da Confissão, chamado de Reconciliação ou de Penitência! Ele custou a morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, da maneira mais cruel que alguém pode imaginar.
Pela absolvição do sacerdote, ministro do Senhor, recebemos o Seu próprio perdão, conquistado na obediência da cruz. “Ele se fez obediente até a morte, e morte de Cruz” (Fl 9), disse São Paulo. Muitos sofrimentos são aí aliviados e evitados!
Para compreendermos toda a hediondez do pecado, toda a sua feiura e maldade, temos que contemplar cuidadosamente Jesus crucificado. Este foi o preço que Ele pagou para tirar o pecado do mundo.Somente contemplando demoradamente as chagas do nosso divino Redentor, a sua coroa de espinhos, os seus açoites, os seus cravos, as suas feridas… é que poderemos ter em conta toda a tristeza que o pecado representa, e todo sofrimento que produz.
Diante da gravidade do pecado, o autor da Carta aos Hebreus chega a dizer aos cristãos: “Ainda não resististes até ao sangue na luta contra o pecado” (Hb 12,4).
E não nos iludamos; o pecado nos é oferecido pelo Tentador como um anzol bem “iscado”.
O demônio seduz o homem assim como o pescador engana o peixe. Tão logo ele engole a isca, sente o anzol prender-lhe pela boca; arranca-o para fora da água, até morrer debatendo-se asfixiado. Que morte!
É assim também a angústia daquele que se entrega ao pecado. O seu preço é a dor, o desespero, a angustia e a morte. Mas, graças a Deus, a solução hoje existe, e é muito simples: o sacramento da Confissão; basta ter fé, acreditar que o perdão do sacerdote é o perdão do próprio Jesus. “A quem vocês perdoarem os pecados, os pecados estarão perdoados” (Jo 20,23).
Como aquele filho pródigo, não fomos criados para viver longe do Pai, e nem para comer lavagens de porcos; não temos dentes e estômagos adequados a isso. É preciso ter coragem de “levantar” e dizer basta! Eu sou um filho amado de Deus!
O caminho de volta é fácil e bem conhecido: a porta da Igreja. Basta renunciar ao orgulho e dobrar os joelhos; basta renunciar à soberba e baixar a cabeça; basta encher-se de fé Naquele que é o único que pode nos dar a vida e a paz.
A salvação é gratuita. A Confissão é o único tribunal nesta terra, onde você entra como réu, confessa-se culpado, e 
São João Crisóstomo, doutor da Igreja perguntava: “Sois muito exatos em contar os sofrimentos. E o sois, porventura, em contar os pecados que o provocam?”
O pecado destrói o homem
Diz-se que quando Leonardo Da Vinci pintou a “Santa Ceia”, de Jesus com seus Apóstolos, deparou-se com uma grande dificuldade: precisava pintar o bem, na imagem de Jesus, e o mal, na figura de Judas. Interrompeu o trabalho no meio, até que conseguisse encontrar os modelos ideais.
Certo dia, enquanto assistia um coral, viu em um dos componentes a imagem perfeita de Cristo. Convidou-o para o seu ateliê, e reproduziu seus traços em estudos e esboços.
Passaram-se três anos. A “Última Ceia” estava quase pronta – mas Da Vinci ainda não havia encontrado o modelo ideal de Judas. Depois de muitos dias procurando, o pintor finalmente encontrou um jovem prematuramente envelhecido, bêbado, esfarrapado, atirado na sarjeta.
Imediatamente pediu aos seus assistentes para que o levassem até a igreja. Da Vinci, copiava as linhas da impiedade, do pecado, do egoísmo, tão bem delineadas na face do mendigo que mal conseguia parar em pé.
Quando terminou, o jovem abriu os olhos e notou a pintura à sua frente. E disse, numa mistura de espanto e tristeza: “Eu já vi este quadro antes!”
- Quando? – perguntou surpreso Da Vinci.
- Há três anos atrás, antes de eu perder tudo o que tinha. Numa época em que eu cantava num coro, tinha uma vida cheia de sonhos, e o artista me convidou para posar como modelo para a face de Jesus. Seu nome era Pietro Bondanelli.sai livre e perdoado…
Prof. Felipe Aquino

SEJAMOS VERDADEIROS CRISTÃOS NOS MOMENTOS DE DOR

O plano de Deus é um mistério para nós
Nos momentos de consolo a familiares que perderam entes queridos, sempre vemos pessoas que, nas melhores das intenções, sugerem que tentem encontrar as explicações para a desgraça por meio do espiritismo, comunicando-se com seus mortos. Para elas, uma forma de compensar a dor é saber em que situação se encontram os entes queridos: se estão bem, onde estão e com quem estão. Até entendemos, do ponto de vista psicológico, esse tipo de comportamento, mas sob os olhos do Cristianismo, isso não deveria acontecer, pois, no Livro do Deuteronômio, o Senhor nos diz:
“Não haja em teu meio quem faça passar pelo fogo o filho ou filha, nem quem consulte adivinhos, ou observe sonhos ou agouros, nem quem use a feitiçaria; nem quem recorra à magia, consulte os oráculos, interrogue espíritos ou evoque os mortos. Pois o Senhor abomina quem se entrega a tais práticas. É por tais abominações que o Senhor teu Deus deserdará diante de ti estas nações” (Dt 18,10-12)
O verdadeiro cristão não pode ser adapto ao espiritismo, já que, se for, será incoerente consigo mesmo, pois o espiritismo advoga a reencarnação, enquanto nós, cristãos, cremos em uma única vida, nesta terra, conforme está escrito na carta aos hebreus: “E como está determinado que os homens morrem uma só vez, e depois vem o julgamento” (Hb 9,27). Infelizmente, muitas pessoas são enganadas quando se encontram fragilizadas pela morte de um ente querido. Muitas chegam a acreditar que, realmente, fizeram contato com o falecido. Deixo claro que não tenho absolutamente nada contra os espíritas, pois eles são nossos irmãos também, apenas não concordo com o que a filosofia espírita preconiza. Acredito que o que ocorre, durante essas experiências extrassensoriais espíritas, é apenas uma manifestação do nosso próprio inconsciente ou da nossa própria vontade.
Há alguns anos, em uma de minhas viagens pela França, estive em Martezè, uma pequena aldeia da Provence, onde vive a Marielle, uma grande amiga francesa. Ela nos levou à casa de uma senhora, Madame Françoise, sua conhecida, cujo marido tinha falecido há alguns anos e que tinha uma história estranha, que ela acreditava que eu deveria ouvir.
Madame Françoise era viúva há muitos anos. Não tinha preocupações financeiras. Embora tivesse filhos, vivia sozinha, mas sempre recordando os momentos vividos com o marido. Para minha surpresa, ela não era uma pessoa triste, deprimida, mas forte, firme e muito enérgica em seus quase oitenta anos de vida.
Entre um petit four e uma taça do indescritível vinho da região de Bordeaux, começou a contar-me que, em um certo dia, se sentou na sua sala para ouvir um pouco de música, pois estava triste, sentindo muita falta de Bernard, seu falecido marido. Colocou no rádio um cassete e, após ouvir a primeira música, antes de começar a seguinte, notou ruídos estranhos que, aos poucos, reconheceu como sendo a voz do falecido marido. Ele lhe dizia que estava bem e que a amava muito.
Não se contentando somente em contar a história, ela se levantou, pegou a fita e a colocou no rádio. Enquanto a fita rodava, a senhora nos mostrava em que ponto havia a suposta mensagem.
Evidente, não ouvi nada, a não ser ruídos de uma fita com defeitos técnicos por baixa rotação. Tudo não passava de fruto da sua imaginação. Ela, no entanto, acreditava piamente que Monsier Bernard tinha se comunicado com ela.
Na volta para o castelo da Marielle, conversamos muito a respeito do caso. Evidentemente, tudo não passava de um mecanismo de compensação que ela mesma criara para dar à sua vida uma razão existencial. 
Quantas pessoas não criam suas próprias verdades, consciente ou inconscientemente, para explicar fatos de sua vida? Sei que é difícil entendermos os porquês, pois o plano de Deus é um mistério para nós. Cabe-nos apenas entender o para quê. 
Dr Roque Saviole