quarta-feira, 19 de março de 2014



JOSÉ E SEUS PLANOS!

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José julgou-se indigno e pecador diante de tão grande mistério
José e seus planos! Como todos nós, José possuía seus planos. Casar-se, constituir uma família, preparar para ela um lar e pensar nos filhos que viriam.

Como pai, compreendo com exatidão o que significa um filho. Como nos realiza! Lembro-me de que, quando meu filho era menor, eu gostava de fazer uma brincadeira (que, aliás, não recomendo a ninguém, pois é perigosa) com ele. Levantando-o por baixo, erguia-o somente com uma mão e lhe dizia: “Equilibre-se, filho!” Sempre fiz isso com grande satisfação! Olhava para ele e convidava-o a pular, jogando-se em meus braços. Uma vez, ao repetir a cena, Eliana comentava comigo que eu mais parecia um campeão, erguendo “meu troféu”, meu filho, minha vitória! 

Se nós homens somos assim, é natural imaginar que José quisesse gerar seus próprios filhos. No entanto, ele deparou-se com Deus, que mudou seus planos, sua vida, seu senso de realização. Tudo com uma clareza, às vezes, despercebida. 

No Evangelho segundo Mateus, está escrito assim:
“O anúncio a José. Eis qual foi a origem de Jesus Cristo. Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José. Ora, antes de terem coabitado, achou-se ela grávida por obra do Espírito Santo” (Mt 1,18).

Naquele tempo, os casamentos aconteciam assim. Maria já havia sido prometida a José e, como noivos, assumiram aquele compromisso como um casamento. Estavam praticamente casados. No entanto, Deus executa e propõe Seus planos. Observe, no versículo 18, que, antes de terem morado juntos, acha-se Maria grávida pela ação do Espírito Santo. José, que era justo, perfeito em grau altíssimo em suas virtudes, resolve repudiá-la secretamente.

Assim conta a partir do versículo 19:
“José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la publicamente, resolveu repudiá-la secretamente. Tal era o projeto que concebera, mas eis o Anjo do Senhor lhe apareceu em sonho e lhe disse: 'José, filho de Davi, não temas receber em tua casa Maria, tua esposa: o que foi gerado nela provém do Espírito Santo, e ela dará à luz um filho a quem porás o nome de Jesus, pois é ele que salvará o seu povo dos seus pecados'” (Mt 1, 19-21)

José tinha um plano! Por que pensou em deixar Maria? Duvidou de sua pureza? Nunca! Não compreendia o que estava acontecendo? De forma alguma, pois tinha conhecimento de que o Messias deveria vir de uma virgem. Mas, então, por que José pensou em a deixar? 

É exatamente nesse ponto em que se nota o maior brilho de toda a humildade desse santo homem. É verdade que muitos interpretam como se houvesse uma suspeita, um julgamento... 

Nada disso! José se enche de temor diante daquilo que era absolutamente claro e compreensível para ele. O que, na verdade, o move a deixar Maria é sua humildade, por não se achar digno de a acompanhar em tamanho mistério! 

Grandes teólogos josefinos explicam, apoiados por santos doutores como São Basílio, São Bernardo e nas revelações a Santa Brígida, que José, mesmo antes de o Anjo do Senhor lhe ter carnação e, por humildade, quis deixar Maria. 

São Bernardo, referindo-se a esse fato atesta: “Por que razão José quis abandonar Maria?” E responde: “Ouçamos não a minha própria opinião, mas a dos Santos Padres: Foi pela mesma razão por que São Pedro quis afastar de si o Mestre: 'Afasta-te de mim, Senhor, pois sou um homem pecador’. Pelo mesmo motivo que o Centurião dizia a Jesus: 'Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha casa!'” 

José julgou-se indigno e pecador diante de tão grande mistério; julgou-se pequeno demais para ser companheiro de Maria. Cheio de santo temor, sofreu sozinho a solidão de sua incapacidade de considerar-se, ainda, esposo da Mãe do Salvador. 

José duvida de si mesmo. Exclui-se! De certa forma, José pensa em retirar-se da vida de Maria para dar lugar a Deus. Há nisso uma humildade perfeita: o sacrifício de si mesmo! 

Com a revelação do Anjo, José decide-se pelos planos de Deus. Torna-se pai de Jesus, não porque lhe gera a vida, mas porque dá sua própria vida para que Jesus viva. 

Obediente, é mais santo que todos. Na verdade, é a obediência a base da santidade desse homem que nos ensina que, na verdade, nunca somos donos de nada; nada a nós pertence; administramos, gerenciamos os dons que são unicamente de Deus. Por isso, nossa vida é serviço. Somente isso. Nada mais. 

Provavelmente, como carpinteiro, executou grande parte dos móveis da casa, tudo bem a seu jeito. Tudo por causa de Maria! Tudo por Jesus! Esse é outro tesouro do quanto José nos quer ensinar: tornar-nos, cada vez mais, devotos de Maria; cada vez mais seguidores de Jesus, cada vez dedicados aos dois. 

Compreendemos, agora, o significado dos planos de José diante das descobertas daquilo que Deus esperava dele. Tudo tomou novo rumo. Tudo com muito sofrimento. 

“Ao despertar, José fez o que o Anjo do Senhor lhe prescrevera: acolheu, em sua casa, a sua esposa, mas não a conheceu até quando ela deu à luz um filho, ao qual deu o nome de Jesus” (Mt 1,24-25). 

Vale a pena lembrar que José acreditou num sonho! Provavelmente, ele precisasse ser provado com frequência para alcançar, a todo instante, os méritos de santidade necessários ao comprimento de sua missão. Também deve ficar bem claro que, segundo o versículo 25 acima citado, José “não a conheceu até quando ela deu à luz um filho...”, não quer dizer, de forma alguma, que José e Maria tiveram outros filhos depois que Jesus nasceu. Assim está escrito, de acordo com a tradução que mais se aproxima do original, pois era o que se sabia a respeito de José, Maria e Jesus até então. 

Com tudo o que vimos, torna-se urgente para todos nós a necessidade de submetermos a Deus nossos planos. Não é tão fácil assim! Não podemos nos apegar às grandes realizações, tampouco desprezar as pequenas oportunidades. Se sou fiel no pouco... 

Peçamos sabedoria. São José a tem e quer dá-la a nós.
Ricardo Sá
Missionário da Comunidade Canção Nova

TESTEMUNHO DE SANTA TERESA DE ÁVILA, SOBRE SÃO JOSÉ:


“Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e muito me encomendei a ele. Claramente vi que dessa necessidade, como de outras maiores referentes à honra e à perda da alma, esse pai e senhor meu salvou-me com maior lucro do que eu lhe sabia pedir. Não me recordo de lhe haver, até agora, suplicado graça que tenha deixado de obter. Coisa admirável são os grandes favores que Deus me tem feito por intermédio desse bem-aventurado santo, e os perigos de que me tem livrado, tanto do corpo como da alma. A outros santos parece o Senhor ter dado graça para socorrer numa determinada necessidade. Ao glorioso São José tenho experiência de que socorre em todas.

O Senhor quer dar a entender com isso como lhe foi submisso na terra, onde São José, como pai adotivo, o podia mandar, assim no céu atende a todos os seus pedidos. Por experiência, o mesmo viram outras pessoas a quem eu aconselhava encomendar-se a ele. A todos quisera persuadir que fossem devotos desse glorioso santo, pela experiência que tenho de quantos bens alcança de Deus…De alguns anos para cá, no dia de sua festa, sempre lhe peço algum favor especial. Nunca deixei de ser atendida”.

NOSSO AUXÍLIO ESTÁ NO SENHOR


Precisamos recorrer a Deus em todas as nossas necessidades. Ele é nosso auxílio, nosso amigo fiel. O Senhor nos ilumina em todos os momentos e em todas as situações.

Como diz a Palavra, “pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca” (Isaías 49,15).

Reforcemos a nossa confiança no Senhor.

Rezemos: Deus provê, Deus proverá, Sua misericórdia não faltará!

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago

A MAIOR ESCRAVIDÃO ESTÁ NO CORAÇÃO

Erramos, porque somos ansiosos
Eu tenho certeza de que o Senhor pode fazer uma obra nova na nossa vida. Nós somos templos do Espírito Santo, consequentemente, existe, dentro de nós, a força de Deus.

O ser humano é fundamentalmente bom, porque foi criado à imagem e semelhança do Senhor. Mas, além deste bem, que é o Paráclito, existe também uma má tendência dentro de nós, por isso vivemos uma batalha entre o bem e o mal.

Papa Paulo VI já falava dessa luta que vivemos. Segundo ele, nós estamos em um constante campo de batalha; até quando dormimos ela continua. A partir do momento em que começarmos a confiar em nós mesmos e não em Deus, nós começaremos a perder essa luta. Em um campo de batalha, não podemos dormir no ponto, porque levamos um tiro. Então, temos de acordar para essa realidade de que nós estamos em combate. "Tudo me é perdido, mas nem tudo me convém" (1 Coríntios 6,12). 

Precisamos ter uma atitude de reflexão e repensar a nossa vida, porque é na conversão e na calma que está a nossa salvação. Eu digo isso, porque estamos diante de uma geração profundamente ansiosa e agitada. Muitas vezes, nós fazemos escolhas erradas, das quais nos arrependemos depois. Deus nos pede que saiamos do ativismo da nossa vida e da agitação para escutá-Lo e repensar a nossa vida.

O laxismo é a mentalidade de fazer o que se quer e na hora que se quer. Hoje em dia, existem muitas pessoas perdidas, porque elas não têm raízes, princípios nem valores. Uma casa sem raiz qualquer vento derruba. Quem faz o que quer vai para onde não quer e colhe as coisas que não deseja.

Quantas pessoas fazem más escolhas e colocam a culpa em Deus! Quantas se sentem machucadas pelas feridas emocionais, porque aqueles que elas mais amam são os que geram mais feridas nelas! Você já parou para pensar quantas feridas nós trazemos no coração? Por isso ninguém quer parar para refletir e acaba fugindo por medo de enfrentar a própria vida. As maiores formas de escravidão estão no coração.

Devemos nos deixar ser amados pelos nossos familiares. O amor da família é capaz de retirar qualquer pessoa do inferno em que ela esteja vivendo. Nós só somos amados quando nos abrimos para viver esse amor. Fechar-se é sinônimo de ser infeliz, porque a felicidade não está no ter, mas no amor, no fato de amarmos e sermos amados.

Amor atrai amor. A partir do momento em que começarmos a amar, vamos encontrar um ambiente amoroso ao nosso redor. As pessoas só mudam de vida quando se sentem valorizadas e amadas.

Jesus Cristo quer nos libertar de todo o cativeiro emocional e afetivo que nos faz cair em tantos vícios
Padre Adriano Zandoná

A NOSSA MELHOR ORAÇÃO É A VONTADE DE DEUS

Sei em quem pus a minha confiança" (II Tm 1,12b). O Senhor nos separou para Si e para o Seu serviço. Nós já não nos pertencemos mais: Somos de Deus! Isso significa que, em tudo o que fazemos, trabalhando, conversando, andando, dormindo ou comendo, enfim, em tudo, devemos saber que somos de Deus, pertencemos a Ele. Em tudo precisamos fazer a vontade do Senhor.

No dia de hoje, Deus nos convida a manter viva em nós a Sua divina presença. Onde quer que nos encontremos, Sua presença nos acompanha. Não estamos sozinhos. Esta certeza nos ajuda a não termos medo: "O Senhor caminha e está conosco". 

Nossa melhor oração é a vontade de Deus, vamos fazer tudo, neste dia, para que em nossas ações Ele se alegre conosco. Isso é oração!

Monsenhor Jonas Abib