domingo, 9 de março de 2014

NA QUARESMA RENOVAR AS PROMESSAS DO BATISMO

Antes de rezar o Angelus com os fiéis, Francisco refletiu sobre as tentações que Jesus sofreu no deserto
Na Quaresma, renovar as promessas do Batismo, pede Papa
No Angelus deste domingo, 9, Papa Francisco concentrou-se sobre a passagem do Evangelho que relata as tentações que Jesus sofreu no deserto. Ele recordou que a Quaresma é um tempo propício para um caminho de conversão, confrontando-se sinceramente com este trecho do Evangelho.
Francisco explicou que a tentação procura desviar Jesus do projeto de Deus, tentando fazê-lo escolher um caminho fácil de sucesso e poder. Foram três os tipos de tentação, conforme explicou o Papa: o bem-estar econômico, o estilo espetacular e mirabolante e o atalho do poder e do domínio.
Jesus resistiu às tentações e reiterou a determinação de seguir o caminho estabelecido pelo Pai. Em suas respostas, conforme explicou o Santo Padre, Cristo lembra que “não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4, 4; cfr Dt 8, 3).
“Isto nos dá força, apóia-nos na luta contra a mentalidade mundana que reduz o homem ao nível das necessidades primárias, fazendo-o perder a fome daquilo que é verdadeiro, bom e belo, a fome de Deus e de seu amor”.
O Papa ressaltou ainda que, ao ser tentado, Jesus não dialogou com Satanás, mas refugiou-se na Palavra de Deus, atitude que deve ser um exemplo também para os dias de hoje. “No momento da tentação, das nossas tentações, nada de argumentos com Satanás, mas sempre defendidos pela Palavra de Deus! E isto nos salvará”
Lembrando que a Quaresma é tempo propício para a conversão, Francisco convidou os fiéis a renovarem as promessas do Batismo, renunciando a Satanás e a todas as suas obras e seduções.

“Peço uma lembrança em oração por mim e pelos colaboradores da Cúria Romana, que esta noite iniciaremos a semana dos Exercícios espirituais. Obrigado”

IDE SEM MEDO PARA SERVIR : JMJ NÃO ACABOU

É importante que um povo cristão reconheça que este é o melhor investimento que se pode fazer por uma sociedade. Milhões de pessoas evangelizadas refuta o bem que a Igreja traz ao país. Temos que compreender que nosso país é um país melhor quando é evangelizado. A Igreja presta um serviço ao país, um serviço social que faz bem. Quase não houve ocorrências relatadas pela polícia durante a JMJ. Até os garis relataram que quase não havia lixo, e o lixo era diferente. A Igreja educa a sociedade nos valores cristãos. 

O Papa Francisco assim como todos os Jesuítas coloca três pontos em suas colocações: Ide, sem medo para servir. Foram tirados da Leitura da Santa Missa. “Ide” retirado do Evangelho de São Mateus. “Vocês nesses dias estiveram com Cristo, para ouvir catequese feitas pelos Bispos do mundo inteiro porque são discípulos e porque são discípulos precisam ser missionários.” Se você quer ser discípulo seja depois missionário e vice versa. 

Sem medo. Ele retirou do Livro do profeta Jeremias. O papa diz que Jeremias teve medo por causa da idade. O Papa repete o que Deus fala a Jeremias “Não tenha medo, eu estou com você por causa da missão.” 

Para servir. A segunda leitura foi retirada da carta aos Corintios capitulo 9. A evangelização é um serviço. “Livre em relação a todos me tornei escravo” E o que é o escravo? Somos escravos de amor. Temos um Senhor, e não um Senhor que nos acorrenta, mas que nos ama e o amamos, por isso entregamos a vida a ele. Ele é o nosso Senhor. Converter os corações a Cristo para dar-lhe alegria. 

Mas o Papa faz menção a outro jovem que será canonizado nesse ano de 2014. Saiu das canárias e veio evangelizar no Brasil, o bem-aventurado José de Anchieta. Daqui 10 dias iremos comemorar 480 anos de José de Anchieta e ele é grande apóstolo do Brasil. 

José de Anchieta q nasceu nas Ilhas Canárias, é de nacionalidade espanhola e por parte da mãe de origem judaica, recém-convertida. Antes de sua mãe mandá-lo estudar pensou bem e, provavelmente, pela intolerância dos espanhóis para com os judeus, ela o mandou estudar em Coimbra, Portugal. Se distinguiu como brilhante estudante, era capaz até de compor poesias em Latim, o que é muito difícil. Falava português como se tivesse aprendido no ventre da mãe. O Brasil durante dois séculos não se falava português, e sim Tupi. Era a Língua geral do Brasil, ele até elaborou uma gramática em Tupi. 
José de Anchieta entrou para os Jesuítas e tempo depois ficou doente de “espinhela caída”. Ficou com medo que a falta de saúde o impedisse de professar, mas conseguiu. Ele mesmo pediu para vir para o Brasil impulsionado por Manoel da Nóbrega que estava no Brasil e convidava quem estava doente em Portugal a vir para o Brasil e aqui estaria curado. Anchieta se despediu da família dizendo: “Nos vemos no céu!” 

Chegou aos 19 anos como seminarista e catequizava os índios com teatros em Língua Tupi. Podemos pensar que evangelizar os índios é o fim da picada, mas se São Paulo tivesse pensado assim o mundo não teria se cristianizado. Em Corinto São Paulo diz: “Ai de mim se eu não evangelizar.” A Grécia era reconhecida como prostíbulo daquela época. Por pesquisa da UNESCO o Brasil é o país onde se perde a virgindade mais cedo no planeta. E é esse país que nós queremos evangelizar. 

Quando estava preparando a homilia rezando pedindo a Deus uma Palavra, quando liguei a rádio estava o Monsenhor Jonas Abib e a primeira Palavra que Monsenhor pronunciou na rádio foi: “Paulo não tenha medo de evangelizar, nesta cidade há um povo numeroso que me pertence” (Atos dos Apóstolos 18) É o mesmo que o Papa Francisco disse durante a Jornada Mundial da Juventude: “Não tenha medo”; não se preocupe vá com destemor, vá! 

Muitas vezes olhando para a história do nosso país vemos somente os erros cometidos pelos colonizadores, mas não vemos o bem que os evangelizadores fizeram por nós. Somos um país que acredita nas famílias. Precisamos cuidar porque existem muitos desevangelizadores por aí querendo acabar com os valores da família. 

A mulher é a coluna mestra da família, mas infelizmente os desevangelizadores estão fazendo com que nossas moças desacreditem das famílias, tornando-se assim más mães. Isso é um sinal de que o nosso país está voltando a barbarie. Porque eu digo barbarie? Quando José de Anchieta chegou aqui não eram evangelizados, portanto não tinham esses valores. A Igreja não tem uma mentalidade sexual castradora, temos uma moral sexual de família. Fazer sexo não é para lazer, mas para formar família. 

Quando os portuguese chegaram aqui tinham a forma de escambo para adquirir coisas. Os portugueses lhes ofereciam produtos e os índios em troca ofereciam os filhos, as filhas para que tivessem relação sexual. Não se tinha amor a vida. Era uma cultura a ponto de quando o filho nascia e não era desejado o enterravam vivo. 

Os evangelizadores como José de Anchieta vieram trazer os valores de família. Foi difícil, mas esses valores entraram. A rodovia José de Anchieta recebe esse nome porque foi ele mesmo que abriu uma picada no meio da mata para evangelizar. Não temos como colocar os índios a parte dizendo: “Você tem sua cultura fique nela”. Se não levarmos a eles o evangelho o demônio levará o que ele tem de pior. Os índios são pessoas humanas, não são peças de museu. Devemos respeitar as culturas, mas sabemos que ela é mutável. Toda cultura muda ou morre.
Hoje damos graças a Deus por esses homens heroicos que evangelizaram o Brasil. Anchieta lavou os pés de Cristo ao levar a Palavra de Deus para esse povo. Ou levamos o cristianismo ou o mundo vai levar o que tem de pior. Hoje existem os desevangelizadores, os anti-apóstolos que se levantam contra os valores de família. A moral Católica é a moral familiar. 

Quando falamos de José de Anchieta nos vem a imagem na mente de um quadro que ficou famoso em que há um padre com uma vara escrevendo na praia. O que era aquilo? Era um exemplo heroico de pureza e de santidade, para não pecar contra a castidade aquele homem se decidiu amar Maria. E por isso escrevia um poema em Latim à Vigem Maria na areia da praia e o decorava antes que as ondas o apagassem. Este é um homem que amou profundamente as mulheres, pois as respeitou e não as usou. 

Nós Cristão dizemos: “Mulher você é sagrada e o sexo é sagrado que tem que ser vivido dentro de um vínculo sagrado chamado matrimonio.” E é na união sexual entre homem e mulher que se constitui uma família, pois produz filhos. Só há um tipo de união que produz o milagre da vida, nós viemos assim a esse mundo. E por isso a Igreja quer evangelizar. 

O maior serviço que prestamos a Igreja,hoje, é arrancar nossos filhos da barbarie. É arrancá-los dos perigos anti-vida e anti- família. Sejamos como José de Anchieta. Ide, ide pelo mundo evangelizar! 

Padre Paulo Ricardo 
Sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá (MT)

DÊ SENTIDO AO SEU SOFRIMENTO

 
O Senhor nos chama a confiar n'Ele e a trilhar este caminho com Ele. Para isso, precisamos rever o nosso caminhar, pois a transformação do nosso coração deve nos proporcionar um novo nascimento na Páscoa que virá. 


Se nós não aceitarmos o convite que o Senhor nos faz, de nada vale este tempo privilegiado. Quaresma, tempo este que vivemos para nossa conversão. Somos chamados, por meio das práticas de piedade, a rasgar o nosso coração diante de Deus, como nos ensinou o profeta Joel na liturgia da Quarta-feira de Cinzas. Para o Papa João Paulo II, nós não devemos apenas rasgar ou abrir o nosso coração, mas sim o escancarar. 

Todos os anos somos convidados a viver este tempo até a Semana Santa, um tempo de mudança de vida. 

Amados, diante os acontecimentos, pode ser que você não acredite mais nessa mudança, mas saiba que mesmo não acreditando nelas, o Senhor acredita em nós e por isso devemos aderir a esta salvação que Ele nos propõe. 

Na liturgia de hoje, vemos que o Filho do Homem passará pela morte, mas que, ao terceiro dia, Ele ressuscitará. Muitos ainda não entendem isso, pois é um mistério. Deus quis nos amar dessa forma. Vemos, ainda hoje, que para seguirmos Jesus devemos renunciar a nós mesmos, tomar a nossa cruz de cada dia e caminhar em direção a Ele. 

Jesus nos pede para assumirmos a cruz, mas quando olhamos para o Crucificado, vemos um Deus que também passou pelo caminho da humilhação, da perseguição e da renúncia. Se ele não passasse por isso, não nos daria a salvação. Por essa razão, ao olharmos para Ele devemos acreditar que, após o sofrimento, vem a alegria. 

Eu lhe pergunto: que sentido você tem dado aos sofrimentos que vive? Diante de certas situações, parece que o chão some debaixo de nossos pés, como uma doença, como a violência ou até mesmo a morte. Por vezes, achamos que o sofrimento vem de Deus, mas nenhum mal vem d'Ele! O mal está presente no mundo através do pecado. A diferença não está no tamanho do nosso sofrimento, mas sim na resposta que temos dado a ele. 

Assim como nós passamos pelo sofrimento, lembre-se que Jesus também passou por tudo isso e também teve que fazer uma escolha. Que escolha? Seguir a vontade de Deus. Quantas pessoas, em todo o mundo, têm morrido por assumir a fé em Jesus Cristo? Muitas pessoas e nós nem sabemos. 

Muitos são caluniados ou difamados por causa do Nome de Jesus. Saiba que fazer esta opção por Jesus Cristo, nestes tempos, tem sido um risco de vida. No entanto, lembre-se de que é promessa d'Ele: quem perder a vida ganhará a vida eterna. 

Se quisermos experimentar esta vida nova, eu e você somos chamados a tomar uma decisão. Para vivemos uma Santa Quaresma, devemos decidir por Cristo. É na fidelidade de cada dia que ganhamos o Céu. A verdadeira alegria consiste em assumirmos Jesus Cristo como Senhor da nossa vida. 

Bem sabemos que todas essas escolhas acontecem por meio da liberdade, pois Deus não nos impõe nada. A liberdade é dom por excelência! Com ela fazemos da nossa vida aquilo que bem queremos, e é por meio dela que somos chamados a corresponder ao convite do Senhor. 

Aqui no Brasil, por meio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), somos chamados a viver a Quaresma com a Campanha da Fraternidade. Neste ano, ela traz como tema: “Fraternidade e Tráfico Humano”. Busquemos vivê-la bem, pois não podemos ser oprimidos por aqueles que não conhecem Deus. O cristão que vive com zelo a sua liberdade não permitirá que situações como essas aconteçam.


Padre Hamilton Nascimento 

JEJUM, ESMOLA, E ORAÇÃO

Quaresma não é tempo de fatos ou fenômenos extraordinários
O tempo é um presente de Deus, quando visto a partir da experiência humana, pois não significa apenas uma categoria física, mas uma oportunidade para o crescimento das pessoas. Para nós cristãos, é ocasião privilegiada para a graça de Deus atuar em nossa vida, iluminando nossas escolhas e orientando nosso dia a dia.
Quaresma, apenas iniciada, é uma forma de viver o tempo nas próximas semanas, oferecida pela Igreja aos fiéis. É ainda ocasião para uma Campanha de Opinião Pública, que chamamos "Campanha da Fraternidade", nossa contribuição para que a sociedade se torne mais fraterna, justa e igualitária. Neste ano de 2014, trataremos de um tema desafiante: o tráfico humano, uma realidade dolorosa, presente de diversas formas em todas as regiões de nosso país. 
Para nós, na Amazônia, brota um grito em prol da fraternidade e da superação do mal do tráfico de pessoas, que nos toca bem de perto. Estamos, pois, num tempo da vida cristã que faz os dias em si iguais em seu amanhecer. Sol ou chuva, por do sol ou noite, chuva, vento, frio ou calor se transformam e adquirem um colorido diferente. Vem de dentro a possibilidade de aproveitar este período.
Quaresma não é tempo de fatos ou fenômenos extraordinários, como muita gente ainda tem receio. Pode até acontecer de algumas pessoas "pegarem carona" na Quaresma da Igreja para espalhar o medo ou anunciar dificuldades e catástrofes. É bom saber que os dias e as estações continuam do mesmo jeito, que as pessoas ao nosso lado podem não estar nem aí para nossos atos de piedade ou práticas quaresmais. Elas se sentirão atraídas à vida da Igreja quando virem nosso testemunho coerente de vida cristã. Aí, muitas outras pessoas desejarão fazer mortificações e jejuns, dedicarão mais tempo à oração e se converterão ao amor de caridade. Como a Quaresma depende de escolha, nosso convite chega a todos os cristãos, assim como tantos homens e mulheres de boa vontade, para que abram o coração e a mente a Jesus Cristo, Senhor e Salvador da humanidade, Caminho, Verdade e Vida. Nele está a fonte de vida e de felicidade. Seu amor misericordioso quer alcançar a todos sem exceção. Ele não se cansa de perdoar e acolher as pessoas. A Igreja quer ser a Casa da Misericórdia para todas as pessoas, especialmente para quem se sente estropiado e cansado pelas labutas da vida.
 Jesus convida todos os homens e mulheres a segui-Lo, tornando-se Seus discípulos. Quem aceita o chamado d'Ele inicia um processo de conversão, que quer dizer mudança de mentalidade, com a consequente mudança de rota na vida. 
São Paulo descreveu, com maestria, esta vida nova:"Tendo vós todos rompido com a mentira, que cada um diga a verdade ao seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Podeis irar-vos, contanto que não pequeis. Não se ponha o sol sobre vossa ira, e não deis nenhuma chance ao diabo. O que roubava não roube mais; pelo contrário, que se afadigue num trabalho manual honesto, de maneira que sempre tenha alguma coisa para dar aos necessitados. De vossa boca não saia nenhuma palavra maliciosa, mas somente palavras boas, capazes de edificar e de fazer bem aos ouvintes. Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, com o qual fostes marcados, como por um sinal para o dia da redenção. Desapareça do meio de vós todo amargor e exaltação, toda ira e gritaria, ultrajes e toda espécie de maldade. Pelo contrário, sede bondosos e compassivos, uns para com os outros, perdoando-vos mutuamente, como Deus vos perdoou em Cristo. Sede, pois, imitadores de Deus como filhos queridos. Vivei no amor, como Cristo também nos amou e se entregou a Deus por nós como oferenda e sacrifício de suave odor. A imoralidade sexual e qualquer espécie de impureza ou cobiça nem sequer sejam mencionadas entre vós como convém aos santos. Nada de palavrões ou conversas tolas, nem de piadas de mau gosto: são coisas inconvenientes; entregai-vos, antes, à ação de graças"(Ef 4,25 - 5,4). 
Para chegar lá é necessário exercitar-se, e muito! Na Quaresma, os cristãos se dedicam, de forma especial, a três práticas formativas de sua vontade no seguimento de Jesus Cristo, que nos ajudam a assumir a vida nova assim descrita: relacionamento consigo, com o próximo e com Deus.
A primeira delas é chamada de mortificação, abstinência ou jejum. As três expressões servem para indicar o processo de educação da vontade. Moderar o uso do alimento, escolher práticas que orientem nossos impulsos instintivos. Muitos o fazem por motivos de saúde ou por razões estéticas, enquanto nós desejamos fazê-lo para a educação da vontade e para partilhar o fruto do jejum com as pessoas necessitadas.
A segunda tem o nome de esmola, palavra, quem sabe, desgastada, que é o exercício das obras de misericórdia,ações caridosas pelas quais vamos em ajuda do nosso próximo, nas suas necessidades corporais e espirituais. Instruir, aconselhar, consolar, confortar, são obras de misericórdia espirituais, como perdoar e suportar com paciência. As obras de misericórdia corporais consistem em dar de comer a quem tem fome, albergar quem não tem teto, vestir os nus, visitar os doentes e os presos, sepultar os mortos. A esmola dada aos pobres é um dos principais testemunhos da caridade fraterna e também uma prática de justiça que agrada a Deus (Catecismo da Igreja Católica 2447). "Quem tem duas túnicas reparta com quem não tem nenhuma, e quem tem mantimentos, faça o mesmo" (Lc 3, 11). "Dai antes de esmola do que possuis, e tudo para vós ficará limpo" (Lc 11, 41).
Enfim, intensificar a prática da oração, em todas as suas formas, é o terceiro exercício com o qual os cristãos se comprometem na Quaresma, abrindo-se para Deus e dedicando tempo e qualidade de relacionamento com o Senhor. Reze mais, reze melhor!

Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

COMO CURAR DEPRESSÃO ?

A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma
Depressão significa buraco. O Vaticano fez um congresso sobre esse assunto, porque eles estão preocupados com esse mal. Eu li o resumo do congresso e vi que são 300 milhões de pessoas no mundo que sofrem com esse mal. Precisamos tratar desse povo.
A medicina cuida do corpo e Deus cuida da alma. E a depressão é uma doença mais da alma que do corpo. E quem cuida da alma é o psicólogo e a religião.
Essa enfermidade tem cura e a cura tem três caminhos:
- Procure um médico psiquiatra, ele pode dar remédio;
- É preciso um psicólogo para saber como se comportar diante das situações difíceis;
- O tratamento tem de ser físico e espiritual.
Não tenha medo de procurar os três tratamentos. A depressão é muito difícil de ser diagnosticada. Uma pessoa deprimida pode apresentar: doença crônica, problema afetivo, falta de sentido para a vida, excesso de trabalho. Essas são causas.
Mas o que ela sente?
Muitos podem ser os sintomas da depressão, como: cansaço, pensamento de culpa, tristeza, autoestima baixa, falta de apetite, falta de vontade de rezar, fadiga, memória fraca, insônia, dificuldade para decidir, pensamento de morte, quedas de cabelo, entre outros.
O importante é saber que esse mal tem cura. Deus nos deu os psicólogos e temos também a família. Esta tem de cercar a pessoa e não deixá-la no buraco. Todos têm de se juntar e se unir.
Não adianta falar que a pessoa é fraca. Não importa por que ela está em depressão, você tem de tirá-la do buraco. Tem de ajuntar pai, mãe, irmãos, namorado, chamá-la para tomar um sol, sair, tomar um sorvete… Tem de tirar a pessoa do buraco com carinho e vagarosamente. É um ato de amor e caridade – e a família é importantíssima.
O deprimido tem de agir contra esse mal, ou seja, reagir, não pode se entregar à tristeza. Ele precisa cultivar a alegria e lutar para sair do buraco em que se encontra.
Como sair da depressão? Você tem de ver o valor que você tem. Só assim não ficará no fundo do poço. Só fica nesse local quem não dá valor a si mesmo. Você acredita que você é obra de Deus? Então, por que você deixa a obra d’Ele no buraco? Quem fica nesse lugar é lixo. E você é uma obra de Deus!
A primeira coisa que um deprimido tem de entender é que ele tem valor, que ele é alguém muito importante para Deus. Quando louvamos ao Senhor, damos voz e sentimentos a este mundo. Por que Jesus morreu na cruz? Por causa dos macacos, das galinhas? Não. Ele entregou a vida na cruz por causa de você, do valor que você tem. E Ele o ama individualmente. Nenhum de nós tem a mesma impressão digital, pois Deus não quis nos fazer em série, mas individualmente. A história do mundo é a história de cada um de nós. Ele sabe o meu nome, a minha angústia, a minha dor.
Quando Jesus Cristo morreu na cruz, Ele não carregava somente seus pecados, mas suas angústias e dores. Ele já venceu suas tendências, por isso você não precisa ficar deprimido por causa dos erros, pois Deus é “louco” de amor por você. Só o amor é mais forte que a dor e a morte. Olhe para a cruz e você verá o quanto Deus o ama.
Você quer a prova de que Deus o ama? Jesus disse que Ele pode ter 99 ovelhas, mas se tem uma perdida Ele deixa as 99 para buscar você. Se você é a ovelha deprimida, perdida, Ele larga as outras e vai buscar você.
Diga para sua depressão: “Eu não morrerei nesta depressão, porque sou filho de Deus – e filho de Deus não pode morrer no buraco!”
Não podemos abaixar a cabeça para a depressão. Se você perdeu um namorado e está com essa enfermidade, não olhe para o barulho do mar, olhe para Cristo. Para Deus não existe “beco sem saída”. O Todo-poderoso está pronto para mover o céu a fim de que seu milagre possa acontecer, mas Ele não move um palha para fazer aquilo que você pode fazer.
Prof. Felipe Aquino

O SENHOR TE ESPERA NA SANTA MISSA

Eu só posso alimentar-me da verdade'
S.Teresinha ,em Últimos Colóquios.
Proponho a todos:nesta Quaresma,fazer o possível para ir à Santa Missa todos os Domingos,e acrescentar mais algumas missas na semana.
Jesus faz tudo por nós,mas que custa fazer um pouco mais,doar-se um pouco mais por amor a Ele?

EM CRISTO SOMOS LIVRES

“É para liberdade que Cristo nos libertou.” (Gálatas 5,1a)
Em Cristo somos livres, e é para essa liberdade que devemos caminhar. Pare um momento, faça seu exame de consciência e pergunte-se: “Como está a minha vida com Deus e com o meu próximo?”.
Rezemos: “Senhor, salvai os Vossos servos, Vós que nos remistes com Seu Sangue precioso”.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

UMA VIDA PELA EM JESUS É FEITAS DE RENUNCIAS DIARIAS

Quando nós sabemos renunciar à nossa vontade e abraçamos a nossa cruz de cada dia, a nossa vida passa a ter um outro sentido!
”Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me” (Lc 9,23).
Seguir Jesus significa ir atrás dos Seus passos, fazer aquilo que Ele fez. Seguir Jesus não é simplesmente imitá-Lo, copiá-Lo, mas é ir na mesma direção, no caminho da vida, no sentido da vida. E por isso que o Senhor não só ensina o caminho, mas Ele mesmo faz e é o caminho, Ele mesmo desce ao nosso meio e se faz um de nós e caminha para o céu, nos chamando para irmos atrás d’Ele.
Para irmos atrás do Senhor, antes de passarmos pela porta do céu, precisaremos passar por “Jerusalém” como o Senhor mesmo fez. Ali o Senhor viveu a vida no meio de nós, primeiro renunciando a si mesmo: renunciou a Sua condição divina, renunciou aos títulos, às honrarias humanas para viver o projeto do Reino de Deus. E tomou a Sua cruz, a cruz da rejeição, a cruz do peso dos nossos pecados, a cruz da não aceitação e se entregou inteiramente ao Pai.
Quem quiser segui-Lo precisa tomar a mesma atitude: renunciar a si mesmo. Sim, ser capaz de renunciar ao próprio “eu”, muitas vezes, aos afetos, ao desejo de agradar e viver a vida conforme o projeto de Deus para nós.
Como é difícil renunciar a nós mesmos, porque somos tão orgulhosos, egoístas, queremos ver o mundo do nosso jeito, da nossa maneira! Quando sabemos ceder, quando, mesmo nos achando certos, somos capazes de abaixar a nossa cabeça, conseguimos viver renúncias em nossa vida. Renúncia à vontade de ter isso ou aquilo, renuncia a afetos que gostaríamos de viver com mais intensidade e não é possível os viver. Tudo isso devemos fazer como oblação, como entrega, como oferta a Deus.
Quando nós, então fazemos isso tudo, nós pegamos a nossa cruz e vamos atrás de Jesus, mas essa cruz é a mais pesada: a cruz dos nossos dramas pessoais, familiares, a cruz da doença, da enfermidade, dos pequenos sofrimentos, dos aborrecimentos que vivemos em nossa vida, em nosso corpo, em nossa mente. Vivemos tudo isso em um espírito de entrega e oblação a Deus quando nós sabemos renunciar à nossa vontade e abraçamos a nossa cruz de cada dia; dessa forma a nossa vida passa a ter um outro sentido! Não é que deixamos de viver, ao contrário, a nossa vida se torna mais plena, ela passa ter um sentido de eternidade, ela passa a caminhar na direção do céu.
Que nós possamos, em vez de imaginar que estamos perdendo a vida, tomar consciência de que seguir Jesus é perder a vida neste mundo para ganhá-la aqui e para sempre com um sentido mais pleno.

SATANÁS E OS SEUS DEMÔNIOS


. Embora nas duas primeiras aulas sejam apresentadas algumas noções dogmáticas sobre o tema, a sua finalidade é dar ferramentas, em nossa vida espiritual, à luta contra o demônio.

Muitas vezes, fala-se do demônio de forma abstrata – como se ele não existisse de fato – ou com uma curiosidade frívola – chegando-se quase a cultivar uma espécie de superstição. As pessoas ficam entusiasmadas em estudar possessões, exorcismos, mas esquecem-se do combate diário travado contra Satanás. Do mesmo modo que, no ar que respiramos, existem vírus, bactérias e outros microorganismos – que, em contato com o nosso corpo, podem prejudicar-nos – e o nosso corpo se defende por meio de seu sistema imunológico, sabemos que estão “as forças espirituais do mal nos ares”[1] e, ao mesmo tempo, há instrumentos dados a nós por Deus para nos defendermos dos ataques diabólicos.

Não se pode, em nome de um malfadado otimismo, omitir o diabo das pregações, sob o risco de ocultarmos dos fiéis as armas a usar nesta batalha real, na qual está em jogo nossa própria vida.

É possível identificar esta consciência no decorrer do pontificado do Papa Paulo VI, que, embora fosse melancólico, sempre se expressava com muito otimismo. O seu discurso na última sessão pública do Concílio Vaticano II, em 1965, chega a ser escandaloso. Aquilo que ele esperava – “a doutrina teocêntrica e teológica sobre a natureza humana e sobre o mundo atrai a si a atenção dos homens, como se desafiasse aqueles que a julgam anacrônica e estranha; e tais coisas se arroga que o mundo qualificará, de início, como absurdas, mas que depois, assim o esperamos, reconhecerá espontaneamente como humanas, como prudentes e salutares, a saber: Deus existe”[2] – estava definitivamente fora da realidade.

Mas Sua Santidade, com o tempo, começou a dar-se conta da verdade das coisas: que não bastava a Igreja amar o mundo moderno, pensando que isto seria recíproco. É do final de seu pontificado que data o seu famoso discurso sobre “a fumaça de Satanás” na Igreja[3] e é também nestes anos que ele fez uma importante audiência geral sobre a última invocação do Pai Nosso – “Liberaci dal male – Livrai-nos do mal”[4]. Nesta catequese, do ano de 1972, Paulo VI apresenta com muita clareza o ensinamento católico sobre o mal, como ele é semeado no mundo e como os cristãos devem defender-se.

Também nesta época, a Congregação para a Doutrina da Fé pediu a um teólogo que fizesse um estudo de demonologia à luz da fé cristã, o qual resultou em um ótimo documento, disponível no site da Santa Sé[5].

Em suma, a finalidade deste curso não é a exposição dogmática do tema, que pode, no entanto, ser enriquecida com a leitura destes textos. O objetivo principal é atentar as pessoas para nossa condição cristã neste mundo – uma condição de batalha, de luta espiritual. Se uma pessoa se encontra em um campo de batalha, mas se comporta como se estivesse em uma colônia de férias, é bem provável que se venha a ferir. Por isso a importância de estar alerta: “Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na fé”[6].

QUE DEUS NOS AJUDE A VENCERMOS A INVEJA QUE HÁ EM NOSSO CORAÇÃO

A inveja é um mal terrível, destrói famílias, destrói relacionamentos, destrói amizades, destrói comunidades e cria rivalidade!
”Por outra parte, a sabedoria que vem do alto é, antes de tudo, pura, depois pacífica, modesta, conciliadora, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem fingimento” (Tg 3, 17).
A Palavra de Deus hoje nos chama a combater dentro de nós a maldita inveja e o maldito ciúme, porque se, em nosso coração, nós alimentamos o amargor do ciúme e a rivalidade dentro de nós crescem os piores sentimentos e desordens de toda espécie. Ciúmes e inveja não são uma coisa simples, são difíceis, porque eles agem em nossa vida de várias formas: veja que, por inveja do diabo, o pecado entrou no mundo, e foi por inveja e ciúmes do seu irmão que Caim matou Abel.
Sabem aquelas fofocas, aquelas conversas que começam a surgir no meio de nós, aquelas intrigas e picuinhas, depois se transformam em brigas e em verdadeiras desordens em nossas casas, nossas famílias, nas nossas Igrejas. Tudo isso começa a nascer de um coração profundamente invejoso e ciumento.
Muitas vezes, nós não percebemos a inveja em nós, não percebemos como ela cresce em nós; mas ela é um veneno amargo que vai crescendo por dentro e nos deixando pessoas azedas; e nós vamos contaminando uns aos outros com a inveja venenosa e maldosa que há dentro do nosso coração. Ela é um mal terrível, destrói famílias, destrói relacionamentos, destrói amizades, destrói comunidades; ela cria rivalidade, cria parcialidades e não age com imparcialidade.
Meus irmãos e minhas irmãs, em um profundo ato de contrição, de humildade, nós precisamos descobrir e olhar para dentro de nós e perceber os estragos que a própria inveja causou em nosso coração. Quando nós invejamos alguém, nós não queremos bem essa pessoa e, uma vez que nós não a queremos bem, nós começamos a falar mal dela; falar dela para um e para outro. E não pense que a fofoca, a calúnia, a difamação são coisas simples; não, não são! São pecados terríveis!
A maledicência é um pecado que destrói relacionamentos e reputações, é uma verdadeira injustiça contra a pessoa do próximo. Por isso Deus, hoje, está nos convidando a sermos sinceros e retos, a não sermos mais semeadores de discórdia, de brigas e fofocas; mas, pelo contrário, a sermos os semeadores da paz, da conciliação e da reconciliação!
Só pode semear a paz, só pode semear o bem, o coração que conseguiu vencer dentro de si o mal do rancor e da inveja!
Padre Roger Araújo

O AMOR A CRISTO JESUS NOS UNI NUMA SÓ FÉ


"Queria convidar todos a renovarem a confiança firme no Senhor, a entregarem-se como crianças nos braços de Deus, seguros de que aqueles braços nos sustentam sempre e nos permitem caminhar todos os dias, mesmo no cansaço.
*Queria que cada um se sentisse Amado por aquele Deus que entregou o seu Filho por nós e nos mostrou o Seu Amor sem Limites.
* Queria que cada um sentisse a Alegria de ser Cristão!!!
Numa bela oração, que se recita diariamente pela manhã, diz-se: 'Eu Vos Adoro, meu Deus, e Vos Amo com todo o Coração. Agradeço-Vos por me terdes criado, feito cristão...'.
*Sim! Estamos contentes pelo Dom da Fé; é o Bem mais Precioso, que ninguém nos pode tirar!
* Agradeçamos ao Senhor por isso mesmo todos os dias, com a oração e com uma vida cristã coerente. Deus nos Ama, mas espera que também nós O amemos!" -(* Papa Bento XVI)