quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

SANTA ÁQUEDA- VIRGEM MARTIR DOS PRIMEIROS SECULOS

Mesmo diante das dores e das humilhações ela foi firme em escolher Jesus como seu único Esposo
Virgem e mártir, Santa Águeda nasceu no século III numa família muito conhecida, em Catânia, na Sicília. Muito cedo, ela discerniu um chamado a Deus consagrando a sua virgindade ao Senhor, seu amado e esposo. A grande santa italiana foi uma jovem de muita coragem vivendo o Santo Evangelho na radicalidade num tempo em que o imperador Décio levantou contra o Cristianismo uma forte perseguição. Aqueles que não renunciassem ao senhorio de Cristo e não O desprezassem eram punidos com muitos sofrimentos até a morte.
Santa Águeda era consagrada ao Senhor, amava a Deus, mas foi pedida em casamento por um outro jovem. Claro, por coerência e por vocação, ela disse ‘não’. Esse jovem, que dizia amá-la, a denunciou às autoridades. Ela foi presa e injustamente condenada. Que terríveis sofrimentos e humilhações!
Ela sempre se expressava com muita transparência e dizia que pertencia a uma família nobre, rica, conhecida, mas tinha honra de servir a Nosso Senhor, o seu Deus. De fato, para os santos, a maior honra e a maior glória é servir ao Senhor.
Entregaram-na a uma mulher tomada pelo pecado, uma velha prostituta para pervertê-la, mas esta não conseguiu, pois o reinado de Cristo se dava no coração de Águeda antes de tudo. Então, novamente, como num gesto de falsa misericórdia, perguntaram-lhe: “Então, o que você escolheu, Águeda, para a salvação?”. “A minha salvação é Cristo”, ela respondeu.
Os santos passaram por muitas dificuldades, mas, em tudo, demonstraram para nós que é possível glorificar a Deus na alegria, na tristeza, na saúde, na dor.
Em 254 foi martirizada e se encontra na eternidade, com seu esposo, Jesus Cristo, a interceder por nós.
Santa Águeda, rogai por nós.

PAPA REFETE SOBRE O SACRAMENTO DA EUCARISTIA

Francisco enfatizou a importância de ir à Missa aos domingos para receber o Corpo de Cristo que nos salva e une ao Pai
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Francisco cumprimenta fiéis na Praça São Pedro antes da audiência geral / Foto: reprodução CTV
A Eucaristia foi o foco do Papa Francisco, na audiência geral desta quarta-feira, 5, na Praça São Pedro. O Pontífice segue com o ciclo de catequeses sobre os sacramentos, destacando que a Eucaristia está no coração da iniciação cristã, junto ao batismo e à crisma.
O Papa descreveu o cenário da Missa: o altar, a toalha, a cruz que indica o sacrifício oferecido por Cristo naquele altar. Trata-se de um momento em que Pão e Palavra se tornam um só, como na Última Ceia, quando todas as palavras de Jesus se concentraram em seu gesto de partir o pão e oferecer o cálice. “O gesto de Jesus, na Última Ceia, é de extremo agradecimento ao Pai por Seu amor e Sua misericórdia”.
O Santo Padre ressaltou ainda que a Celebração da Eucaristia é mais que um simples banquete, constitui a memória do sacrifício de Cristo. E memória é mais que uma simples recordação. “Quer dizer que, cada vez que celebramos esse Sacramento, participamos da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo. A Eucaristia constitui o vértice da ação da salvação de Deus”.
Dessa forma, acrescentou o Papa, é possível experimentar, já na terra, a comunhão com o Pai. Ele destacou a grandeza do sacramento da Eucaristia, o que ratifica a importância de ir à Missa aos domingos.
“Nunca agradeceremos demais ao Senhor pelo dom que nos fez com a Eucaristia. É um dom muito grande, por isso é muito importante ir à Missa aos domingos, não somente para rezar, mas para receber a comunhão, este Pão que é o Corpo de Cristo e que nos salva, perdoa, nos une ao Pai. É bonito fazer isso!”
E todo esse caminho de fé começa na primeira comunhão. Por isso, Francisco defendeu a importância de uma boa preparação das crianças para receberem este sacramento, que é o primeiro passo da pertença a Cristo, junto ao batismo e à crisma.

O MALIGO SÓ RESSALTA O NEGATIVO

O Senhor nos olha com grande misericórdia e amor. Ele sabe que somos um povo sofrido, pisado por satanás como se fôssemos barro. Ele sabe que o inimigo de Deus tem nos submetido ao seu trabalho infame e sujo. 

Talvez, exatamente por sermos tão pisados por ele, pensamos que a vida seja assim mesmo, sem alegria de sentir o amor de Deus, sempre com a sensação de sermos rejeitados, esquecidos e marginalizados, julgados, acusados e condenados. Habituamo-nos de tal forma a essa vida de miséria espiritual que isso parece ser algo normal.

O maligno só ressalta o que é negativo e põe perante nossos olhos os erros, a sujeira, as infidelidades, os pecados, fazendo com que nos afundemos na lama de um passado irreal e inexistente. Ele faz questão de agir assim. 

Mas o Senhor se compadece de Seus filhos e não quer que soframos dessa forma. Jesus está em nosso meio se condoendo da nossa situação. Não se trata de ter dó, e sim de sentir a nossa dor.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A QUALIDADE DO NOSSO TEMPO COM DEUS

Realizamos muitas atividades, durante o nosso dia, e corremos o risco de viver um ativismo com tantos compromissos. Assim, não paramos para ter um momento com Deus. Muitas vezes, oferecemos as sobras ao Senhor.
Hoje, tomemos uma atitude diferente, dando a Jesus qualidade do nosso tempo com Ele. Como a viúva que ofereceu tudo o que tinha: duas pequenas moedas. (cf. Mc 12, 43-44)
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

O VENENO DA INVEJA


Há poucos homens capazes de prestar homenagem ao sucesso de um amigo, sem qualquer inveja." (Ésquilo)
Não posso garantir que a frase acima é do autor em questão, mas uma coisa sei: ela carrega consigo uma verdade. Muitos se alegram com as dores do outro. Contraditório? Não. Quando alguém não consegue uma vitória que havia buscado, há uma solidariedade, por vezes, camuflada. Nem todos se alegram, mas é verdade também que nem todos se compadecem. É mais fácil ser solidário na dor do que se alegrar com as conquistas dos amigos. 

Um sorriso que não nasce dos nossos próprios lábios sempre é mais difícil de ser digerido. Bom mesmo é sorrir com nossas conquistas e ver o olhar do outro querendo consumir, em prestações, a nossa felicidade. Triste realidade de quem vive na dependência do consumismo alheio. Mais triste ainda é ver a inveja destruir amizades.

Há diamantes querendo ser topázios, no entanto, não compreenderam que o rubi nunca será uma esmeralda. Cada um é um no projeto singular da existência humana. Se Deus nos fez diamantes, ele irá, ao longo da vida, nos lapidar para que sejamos um diamante mais bonito, mas nunca deixaremos de ser diamante para nos tornarmos topázio. É preciso aceitar as nossas belezas e deixar que o outro seja tão belo quanto ele foi criado. Este processo leva tempo e requer maturidade e confiança na graça de Deus, que nos fez únicos para sermos luz no mundo.

A inveja, talvez, tenha sua raiz na incapacidade que uma pessoa carrega em si de fazer a diferença a partir de suas próprias capacidades. Quando o jardim do outro parece mais bonito do que o nosso próprio jardim, deixamos o cuidado do nosso tempo ao descuido, passamos a vida a contemplar as flores que não nos pertencem e deixamos as nossas morrerem secas pela inveja que não nos permite cuidar de nossa própria vida.

Ser invejoso deixa, sim, os olhos grandes de incapacidades, que poderiam se transformar em lindos jardins. Não é o elogio que faz o outro feliz, mas a capacidade que temos de cuidar de nossa própria vida e deixar que o outro siga seus próprios caminhos. Quem se preocupa demais com a vida alheia já não tem mais tempo de cuidar de suas próprias demandas existenciais, transformou sua vida no mito de Narciso; mas, em vez de contemplar sua própria face, enxerga sempre, no lago de seus pensamentos, o rosto da felicidade alheia. Perdeu seus olhos em um mundo que nunca será seu. O tempo usado para vigiar a vida do outro seria muito mais bem aproveitado se cuidasse de suas próprias fragilidades humanas.
Padre Flávio Sobreiro

IDENTIDADE PESSOAL

Para Deus não há distinção entre as pessoas
Mesmo praticando duplicidade na forma de viver, cada pessoa tem uma identidade que a diferencia dos demais. No Cristianismo, o batismo é um referencial que, inclusive, marca a pessoa com um nome. Há um esforço de que esse nome coincida com o do Registro Civil. É uma questão até de respeito para com o indivíduo.

Pelo nome temos um compromisso social, com direitos e deveres de cidadania, de construção do bem e de harmonia na sociedade. Como cristão, a tarefa se amplia em relação à pertença a Igreja. Recebendo um nome, Jesus solidariza-se com toda a humanidade, tornando-se Homem e Deus. Isso foi profetizado e agora se torna realidade.

A realização do bem nunca deve passar pelo caminho do poder tirânico, da violência e do desrespeito. É importante ler ou reler os textos da Sagrada Escritura, encontrando neles as motivações para a construção do que seja melhor para ajudar na convivência. Nas diferenças, devemos contar sempre com as interferências divinas.

Para Deus não há distinção entre as pessoas. Ninguém é melhor ou pior do que o outro por ter estas ou aquelas qualidades naturais. A diferença está na forma como são assumidos ou realizados os compromissos e as obrigações. Talvez a marca maior esteja na simplicidade e na humildade ao desempenhar as tarefas na comunidade.

O grande alvo a ser perseguido é a fraternidade entre as pessoas e os povos. Onde há fraternidade, há também paz, respeito, justiça, honestidade e vida feliz. Uma sociedade assim confirma a presença do Reino de Deus, Reino que constrói história de vida e defende a identidade pessoal de todas as pessoas.

A prática de justiça e de vida cristã deve ser uma marca e fazer a diferença na convivência fraterna. Jesus disse: “Convém que cumpramos toda a justiça” (Mt 3, 15). Fazer a justiça significa estar em sintonia com a vontade de Deus, fazer a vontade do Pai e agir em conformidade com os princípios do batismo. Os frutos não podem ser outros que não seja a fraternidade.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)

VOCE CRÊ ?

É fácil responder a essa pergunta sem analisar o que realmente estamos dizendo. Muitos têm fé, mas neles mesmos. Outros têm fé nas coisas que possuem, outros acreditam duvidando.

Na verdade, fé é confiar em Deus e depositar nele toda sua vida. A Bíblia nos fala que devemos viver pela fé. Isto significa buscar a cada dia comunhão com Deus, vivendo conforme a Sua vontade, tendo em Deus sua satisfação pessoal.

Existe uma frase muito conhecida que diz: “só acredito vendo”. Tomé disse isto quando alguns dos discípulos falaram que Jesus havia ressuscitado. Jesus então apareceu e lhe disse, como lemos em João 20,29 : “Creste, porque me viste. Felizes aqueles que crêem sem ter visto”!

Ter fé é mesmo não tendo nunca visto Jesus, acreditar que ele veio a este mundo para nos salvar. É acreditar que Deus existe e nos ama. Ter fé é acreditar na sua promessa de que um dia viveremos com Ele.

É impossível agradar a Deus quando dizemos que confiamos Nele, mas na verdade confiamos em nós mesmos. Isso acontece quando nossas decisões são baseadas no que queremos, quando a auto confiança é maior que a nossa dependência de Deus pela fé.

Quem tem fé vive contente em todas as circunstâncias. Isso acontece porque a satisfação para a vida está em Deus e não nas coisas que possui.

Quero convidar você a se entregar inteiramente a Deus na certeza de que quanto mais cremos, mais enxergamos a presença Dele em nossa vida.

Senhor de bondade,
nós cremos em vós, mas aumentai a nossa fé.
Cuidai de nós e afastai-nos para longe das preocupações.
Nós cremos em ti e queremos conhecer-te
e amar-te cada vez mais.
Nós confiamos em ti e sabemos que só
Tu tens palavras de vida eterna. Amém!

Padre Alberto Gambarini

EU ACREDITO NÃO JULGAR NEM CONDENAR

Eu acredito que não julgar, nem condenar e nem colocar um fardo de opressão nas costas de alguém, ajudam muito mais a aliviar o sofrimento das pessoas, do que procurar soluções magicas e faceis. Alias, ninguém resolve a vida de ninguem de uma forma miraculosa e rapida. Existem momentos que são toques de cura e de alivio na vida de qualquer ser humano. Mas, o fato é todos nós precisamos uns dos outros a vida inteira. E verdade que cada um se esforça para caminhar com suas proprias pernas para agilizar a vida e fazer ela acontecer. Mas, ninguém neste mundo aprender a caminhar a sozinho e não existe nenhuma pessoa que em alguma etapa da vida, ainda que seja no ocaso dos dias, que não precise de alguém para continuar caminhando.
( by Roger Araujo)

MARIA, MODELO DA IGREJA SERVIDORA

Que uma Igreja servidora dos homens seja alma de um país melhor
Maria quer nos recordar que o amor é o mais profundo e significativo sentimento, e que ele se expressa no serviço. Assim, mostra-nos, com seus exemplos, que a Igreja é e quer ser a servidora dos homens.

É fácil, falar de amor e caridade, mas muito difícil vivê-los, porque amar significa servir e servir exige renunciar a si mesmo. Se não fosse assim, estaríamos no paraíso, já que todos os homens e todos os cristãos estão de acordo em cantar as belezas do amor. Entretanto, continua havendo guerras, injustiças sociais, perseguições políticas no mundo. Isso acontece, porque amar e servir custam. O pecado original nos inclina a buscar sempre o próprio interesse, a querer dominar e estar no centro.

Mas o que é servir? Jesus mesmo explica: servir é dar sua vida pelos outros, é entregar-se aos demais. Servir é dar-se de si mesmo, entregando ao outro a nossa preocupação, nosso tempo e nosso amor.

Serve a mulher que passa, até tarde, a camisa que seu marido necessita ou que passa a noite junto ao filho enfermo. Serve quem desliga a televisão, durante a novela, para receber o vizinho e escutar seus problemas. Serve quem renuncia algumas horas de descanso para passear com seus filhos, para participar de uma reunião de trabalho.

A Igreja Servidora, A Igreja do Concílio se proclamou servidora do mundo e dos homens. Por isso, escolheu Maria como modelo desta atitude.

Nós, muitas vezes, cremos que estamos servindo a Deus, porque fazemos uma oração ou cumprimos uma promessa. Olhemos para Maria. Ela nos entrega toda sua vida para cumprir a tarefa que o Senhor lhe encomenda pelo anjo. Maria sabe, por meio do anjo, que seu Filho será o Rei do universo, e de Isabel só o seu precursor. Mas é ela quem corre até onde vivia sua prima; ela não busca pretextos por estar grávida e, assim, não poder arriscar-se numa viagem tão longa.
Quando o anjo lhe anuncia que ela será a Mãe de Deus, Maria compreende que esta vocação exige que ela se converta na primeira servidora de Deus e dos homens.
Sacrifício e serviço. Para poder construir um mundo novo, desejado de todos, é necessário muito espírito de Cristo e de Maria. Deve ser um serviço que busca, realmente, nossa entrega aos demais, e não nosso poder pessoal nem o domínio absoluto de nossa empresa ou partido.
Não queremos substituir uma classe dominante por outra, que traz novas formas de opressão. Sem este espírito, nem a Igreja nem o país serão renovados, mesmo que diminuam as diferenças sociais. Uma justiça que não vai acompanhada do amor serviçal é inumana, é uma justiça sem alma.
Peçamos a Ela que nos ajude a construir uma Igreja conforme sua imagem, uma Igreja servidora dos homens, que seja, realmente, a alma de um país melhor.
Padre Nicolás Schwizer