domingo, 26 de janeiro de 2014


O REINO DE DEUS PRECISA DE COLABORADORES

Que hoje assumamos a nossa vocação, assumamos o nosso lugar no Reino de Deus! Nós somos chamados a construí-lo onde quer que estejamos.
”Jesus disse a eles: ‘Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”’ (Mt 4, 19).
Meus queridos irmãos e irmãs, o Reino de Deus acontece no meio de nós, porque Jesus, o Filho de Deus, veio morar no meio de nós, veio viver entre nós,  homens, conhecendo nossa realidade, nossos sofrimentos e tudo aquilo pelo qual nós passamos em nossa humanidade.
É Jesus quem hoje deixa a cidade que O criou, a cidade onde Ele cresceu, que foi Nazaré e, naquele momento, vai habitar em Cafarnaum, às margens do mar da Galileia. Um mar que se parece mais com um rio, ao redor do qual se desenvolve a vida do povo; gente que vai, que vem, e no meio deles passa o Senhor. Primeiro, anunciando o Reino de Deus, o anúncio do Reino de Deus comporta dizer uma mensagem de conversão: ”Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo!” Ou seja, que nós mudemos a nossa conduta; mudemos a nossa mentalidade e nosso comportamento, a maneira de agir e de pensar, porque uma Boa Nova está chegando no meio de nós, a Boa Nova do Reino de Deus. E quando essa Boa Nova é anunciada os doentes são curados e as enfermidades são sanadas pela presença abençoada de Jesus no meio de nós.
Mas para que o Reino de Deus aconteça Jesus precisa de colaboradores, de homens e de mulheres que se coloquem à disposição para anunciar este Reino. E Jesus, ao mesmo tempo que sai para pregar, orar, libertar, Ele também chama novos seguidores. Hoje o Senhor chama Pedro e seu irmão, André, naquilo que estão fazendo, lançando suas redes ao mar, Jesus os chama para  os tornar pescadores de homens. Da mesma forma, Jesus também chama Tiago e, também seu irmão João, os dois filhos de Zebedeu, para que se tornem também pescadores, mas agora de homens.
Jesus chamou cada um pelo nome, olhou nos olhos de cada um deles e os chamou para O seguir de perto. Hoje o Senhor está chamando muitos de nós! Um dia eu fui chamado, um dia você também foi chamada, um dia todos nós seremos chamados por este mesmo Deus pelo nosso próprio nome, para nos tornarmos colaboradores, para nos tornarmos agentes no Reino dos Céus, levando a Palavra onde quer que estejamos.
Que hoje assumamos a nossa vocação, assumamos o nosso lugar no Reino de Deus! Nós somos chamados a construir o Reino de Deus onde quer que estejamos. Que nós sejamos operários da messe do Senhor!
Padre Roger Araújo

VIVER SEMPRE CONTENTE, ORAR SEM CESSAR

 Deus quer levantar o nosso coração de todas as tristezas, pois Ele nos fez para que vivêssemos na alegria.

São Paulo diz aos Tessalonicenses que eles precisam viver sempre contentes. O apóstolo nos ensina que nós cristãos, mesmo na tristeza, somos mais que vencedores.

O céu está em nosso coração, e, hoje, somos chamados a fazer morada no céu. Esta alegria não é uma realidade póstuma, porque o cristão tem essa felicidade. O homem de Deus, o justo, não teme receber notícias más.

Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. (Mateus 6,20). Temos um tesouro, temos uma vitória que está dentro do nosso coração. Nós fomos salvos em Cristo, fomos criados para viver a felicidade de Deus. O homem sabe que, independente do que aconteceu na sua vida, ele foi criado por Deus. O Senhor nos criou para que vivêssemos a felicidade d'Ele!

A glória do Pai é a nossa felicidade, Ele é um ser absoluto, é um ser completo em si mesmo. Deus não precisa de nada para ser completo, não precisa de nós, pois Ele é consistente em si. Felicidade não é feita de meras emoções, mas é uma paz interior.

Os santos são aqueles que descobriram a sua riqueza. Antes de uma pessoa ser considerada santa, a Igreja verifica se ela foi feliz, pois não existe santo que não tenha encontrado a felicidade. Ser feliz é ter a alegria e a paz de Deus no coração!
Cada um de nós é chamado a ser feliz de uma maneira na criação de Deus. Que esta seja uma verdade: Deus quer nos levantar
Fomos adquiridos para o louvor da glória de Deus. Por meio do louvor agradecemos a Deus, porque louvar nos traz a bênção do Pai, abre as portas para a glória de Deus. Aquele que louva é como São Paulo, é mais que vencedor!

O que é o sacrifício do louvor? É o fruto que brota dos nossos lábios, de quem tem um coração obediente a Deus. Quando nós louvamos, nós atendemos a vontade do senhor; quando fazemos uma experiência de louvor, este nos traz o céu. Só pode louvar a Deus quem confia n'Ele. O Senhor nos coloca em situações difíceis para que possamos amadurecer.

Deus nos dá a Sua glória, porque, muitas vezes, nós as perdemos. O Senhor conhece os desígnios de nossa vida, Ele sabe do que precisamos e, por isso, tantas vezes Ele se cala. Quem não confia em Deus não pode testemunhá-Lo. O homem que louva é cheio de alegria, porque ama e está sempre disposto para Deus. Um cristão não é triste, carrancudo, mas é feliz. Não pode haver cristão sem felicidade.

O louvor nos insere na graça de Deus. A melhor maneira de vencermos a atitude de autopiedade é sairmos de nós mesmos e ajudar os outros. Tantas vezes, vamos atrás disto ou daquilo, mas é o louvor que exorciza o pecado. Louvar é uma atitude de obediência, de confiança. Sabem qual é o maior louvor que existe? A Missa. Ela é ação de graças! Quem vive na glória de Deus é sustentado nela. O coração que só fica lamuriando precisa da graça divina.

O Senhor nos chamou para nos levantar, para derramar bênçãos sobre nós. Ele quer nos levantar do meio da tristeza e nos elevar para a Sua glória.
André L. Botelho de Andrade 
Fundador da Comunidade Pantokrator

LEVAR A LUZ DE CRISTO A TODOS

Sair de si mesmo  Recordando o início da vida pública de Jesus,

 Francisco falou da necessidade de sair de si mesmo e ir às periferias que precisam da luz de Cristo
Levar a luz de Cristo a todos, exorta Papa no Angelus
É preciso ter coragem de sair de si mesmo e levar o Evangelho a quem precisa, disse o Papa / Foto: Reprodução CTV
Que nenhuma periferia da vida seja privada da luz de Cristo. Esta foi a exortação do Papa Francisco, no Angelus deste domingo, 26, ao recordar que a salvação de Cristo é para todos, e não para um grupo reservado.
Aos fiéis, na Praça São Pedro, Francisco falou doEvangelho do dia, que conta o início da vida pública de Jesus. O Papa destacou que Cristo não começou Sua missão em Jerusalém, o centro religioso, social e político da época, mas de uma área periférica desprezada, conhecida como “Galileia dos gentios”.
Trata-se, como explicou o Papa, de uma área de trânsito que reunia pessoas de diversas raças, culturas e religiões. Com isso, Galileia tornou-se lugar simbólico para a abertura do Evangelho a todos os povos. E com essa característica, Galileia assemelha-se ao mundo de hoje, marcado por diversas culturas e a necessidade de encontro.
“Jesus nos ensina que a Boa Notícia não é reservada a uma parte da humanidade, mas é para ser comunicada a todos, a quem a espera e também a quem, talvez, não a espere e não tenha nem sequer força de buscá-la e pedi-la”.
O Papa lembrou aos fiéis que ninguém está excluído da salvação de Cristo. Deus prefere, justamente, partir da periferia para alcançar a todos, com um método que é a “misericórdia do Pai”. “Todos somos convidados a aceitar esse chamado: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho”.
Esse chamado, finalizou o Papa, é feito, também hoje, na vida cotidiana. Dessa forma, quem sentir o chamado de Deus deve ter a coragem de segui-Lo, porque Ele não desilude jamais. “Deixemo-nos alcançar pelo Seu olhar, pela Sua voz, e O sigamos. Que nenhuma periferia seja privada da Sua luz”.

O SENHOR NOS CHAMA PELO NOME

Não se esqueça disto: você é de Jesus Cristo, você pertence a Ele!
Então Jesus designou Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar, com autoridade para expulsar os demônios” (Mc 3, 14-15).
O Evangelho de hoje nos mostra Jesus designando os Seus apóstolos e, os designando cada um deles pelo nome, a cada um deles o Senhor o chama pelo nome ou o Senhor lhes dá ao próprio nome outro nome mais significativo. A Simão a quem Ele mesmo deu o nome de Pedro; Thiago, João, Filipe, Bartolomeu, Mateus, André… Aí o chamado do Senhor vai chegar ao meu nome, ao seu nome, ao nome de cada um nós, porque o Senhor nos chama pelo nome, o Senhor nos designa a cada um de nós para a missão que nós temos neste mundo pelo nosso próprio nome!
O Senhor chamou você, meu filho; chamou você, minha querida irmã, para exercer a missão que você tem no mundo. Como é doce, aos nossos ouvidos, sermos chamados pelo nosso próprio nome! É verdade que existem nomes carinhosos que significam alguma coisa para nós; o que nós não podemos é chamar os filhos de Deus de um nome qualquer, de um apelido que seja ”depreciativo”, ou qualquer forma que nos deixe constrangidos.
O dia em que formos nos apresentar, diante do Senhor, nós seremos chamados pela última vez pelo nosso próprio nome. E, então, a nossa sorte eterna nos dará um lugar junto de Deus ou longe d’Ele.
O que nós precisamos é honrar o nome com o qual fomos batizados, o que nós precisamos é valorizar o nome que foi designado, para nós, pela graça do batismo. É assim que somos amados por Deus: de forma única, de forma singular, de forma pessoal! É dessa forma que Deus nos olha, é dessa forma que Deus nos chama, é dessa forma, também, que Deus cuida de nós.
Que nós saibamos valorizar, que sejamos os primeiros a respeitar o próprio nome que nós temos, ao nosso nome soma-se o nome de cristão, porque a graça de ser cristãos é que nos torna seguidores do Cristo Jesus. Assim como Jesus de Nazaré é Jesus o Cristo, o Roger é o Roger cristão, a Maria é a Maria cristã e, assim por diante; o nome de Cristo está associado ao nome de cada um de nós. Não se esqueça disto: você é de Jesus Cristo, você pertence a Ele!
Que o seu nome seja cada vez mais ligado ao nome de Jesus. Com isso, nossos atos, nossas responsabilidades, nossos compromissos e tudo aquilo que queremos fazer, o faremos em nome do Senhor Jesus. A Ele o louvor, a honra, a glória e a adoração!
Padre Roger Araújo

O MEDO MUITAS VEZES ESTÁ DISFARÇADO DOS MAIS VARIADOS SENTIMENTOS

O medo muitas vezes está disfarçado dos mais variados sentimentos, algumas vezes, de raiva, desprezo, indiferença, outras vezes de atenção, delicadeza e até mesmo bondade.

E como se livrar do medo excessivo? São necessárias algumas coisas como conhecer e aceitar as próprias limitações, as próprias fraquezas. Para que esta libertação acontece primeiramente é necessário estarmos em Deus, como nos diz São Paulo: lá onde há o espírito de Deus, há também a liberdade ... Só em Deus seremos plenamente livres. 

Veja, se Deus está em nós e Ele nos ama, esse amor gera em nós toda a certeza, toda a segurança, toda a capacidade de superar e dominar nossos medos e inseguranças. Quando aprendemos a reconhecer com gratidão o que somos, não existe lugar para o medo; quando estamos com Deus, não existe medo, existe confiança.

Em João 8,12 está escrito: “Eu sou a luz do mundo”, quem procurar estar sob esta luz que é o próprio Cristo, aprende a lidar e reconhecer os medos, sem disfarces.

De nada vai adiantar nos esconder sob disfarces sempre que tivermos um medo, mais cedo ou mais tarde teremos que lidar com esses temores. Não despreze a luminosidade que vem de Deus, aproprie-se desta luz divina e siga em frente.

Oremos:
Meu Jesus amigo, tu dissestes que sem ti nada podemos fazer. Estamos sentindo na pele essa verdade. Conforme prometeste, vem em nosso socorro, sê-nos favorável e dá-nos forças para a caminhada. Amém!

Padre Alberto Gambarini

BRIGUEI COM MEU AMIGO !

Saber respeitar as decisões de quem feriu ou foi ferido
Muitos processos de amizade sofrem rompimentos ao longo da vida. Muitos são os motivos que desencadeiam esses rompimentos; desde uma simples palavra mal interpretada até uma complexa traição de confiança.

Quando a amizade é abalada, acontece o rompimento e surge a mágoa, a revolta, o desejo de vingança e outras inúmeras atitudes que brotam dessa situação conflituosa. Muitos, após um período de distanciamento, conseguem recuperar a mesma amizade de antes; alguns a recuperam parcialmente; outros, no entanto, jamais conseguem recuperá-la.

Diante do rompimento da amizade, fica o desejo de que tudo seja como era antes. Em muitos casos, é preciso ter consciência de que não mais será como antes. Onde há rompimento existem feridas que precisam de longas estações para serem cicatrizadas.

Há casos em que ambos os amigos se perdoam e retomam a amizade com o mesmo afeto de antes. Em outros casos, quando um dos lados não concede o perdão, surge a grande questão: o que fazer quando o outro não me perdoa? Nesse caso, não há muito o que fazer. É preciso saber respeitar o tempo dele. 

Forçar uma aproximação pode ser tão prejudicial quanto o rompimento da amizade. Feridas abertas levam tempo para cicatrizar. Não adianta tentar buscar uma solução quando as poeiras da raiva e do ressentimento ainda estão altas. Nem todos conseguem fazer a digestão emocional das mágoas de maneira igual. Alguns precisam de muito tempo para perdoar, outros conseguem fazê-lo de maneira rápida. Cada caso é um caso, e cada ferida é uma ferida. Cada pessoa vivencia a sua vida em um determinado tempo.

Nem sempre é fácil respeitar a decisão de alguém que ainda não conseguiu perdoar. Muitas vezes, tenta-se forçar o perdão; como consequência, existe um aumento das feridas. Para que um vínculo de amizade seja restabelecido, é necessário que ambos os lados desejem restabelecer tal laço. Não existe amizade que volte a ser como antes apenas quando há o desejo de apenas um dos lados.

Da parte de quem concedeu o perdão deve haver o respeito por quem ainda não conseguiu digerir toda uma situação de rompimento. Deve haver também a consciência de que não existe amizade restabelecida à base de pressão psicológica ou espiritual. Amizade é fruto de um processo; e quando esse processo é rompido, faz-se necessário uma reconciliação com o tempo do outro. Saber respeitar as decisões de quem feriu ou foi ferido é também um gesto de amizade, mesmo que não seja compreendido logo de imediato.
Padre Flávio Sobreiro