terça-feira, 30 de setembro de 2014


SÃO JERÔNIMO E AS TRADUÇÕES DA BÍBLIA



Dâmaso confiou a São Jerônimo a incumbência de revisar uma antiga tradução dos quatro Evangelhos em latim.


Jerônimo foi uma personalidade célebre de seu tempo. Sua capacidade intelectual é demonstrada pela vasta quantidade de textos escritos e traduzidos por ele. Com absoluta certeza seu trabalho mais conhecido é a Vulgata, ou seja, uma versão da Bíblia em latim. Histórias antigas, quando recontadas com frequência, terminam por receber novos elementos que, por vezes, acrescentam, abreviam ou modificam a história original. Por ser este o mês da Bíblia resolvemos abordar a questão da Vulgata, juntamente com todo o trabalho realizado por São Jerônimo ao traduzi-la.
Ordenado sacerdote em 379 d.C., São Jerônimo acompanhou o Bispo Paulino a um concílio regional em Roma. Nesse tempo foi apresentado ao Papa Dâmaso como um exegeta e profundo conhecedor das línguas bíblicas. Por causa da clareza de suas ideias e grande conhecimento, o Pontífice o escolheu para ser seu secretário e, em 382 d.C., confiou-lhe a incumbência de revisar uma antiga tradução dos quatro Evangelhos em latim. Ele concluiu este trabalho antes da morte do Papa Dâmaso (11/12/384) e acrescentou também uma versão dos salmos, traduzida do texto grego, que ficou conhecida como Septuaginta.
Expulso de Roma em 385, São Jerônimo se deslocou para Belém na Terra Santa, onde teve contato com a versão hebraica do Antigo Testamento, especialmente com um livro que apresentava lado a lado, de forma comparativa, os diferentes textos do Antigo Testamento nas línguas disponíveis naquele tempo.
Este santo e doutor da Igreja se interessou pelo texto em hebraico e iniciou uma nova revisão, de cunho pessoal, em sua tradução dos salmos, por meio da qual comparava o texto hebraico e grego para depois escrevê-lo em latim. Esta versão dos salmos ficou conhecida como Galicanaporque foi usada amplamente na Igreja da França (Galia em latim). Com o sucesso dessa tradução ele começou a traduzir todo o Antigo Testamento, mas, a partir desse momento, não utilizava mais a versão grega e, sim, a hebraica. Este enorme trabalho prolongou-se por 15 anos, do ano 390 a 405, incluindo uma nova tradução dos salmos feita somente do texto hebraico. Esta tradução do Antigo Testamento foi chamada por São Jerônimo de iuxta hebraeos (que significa “próximo aos hebreus” em português), a qual, somada aos textos do Novo Testamento, traduzidos para o latim, chamou-se Vulgata, isto é, em língua vulgar ou comum.
Ela [Vulgata] era a única versão oficial da Bíblia usada na Igreja até o ano 1.530, quando, devido ao povo não mais falar latim, iniciou-se o processo de tradução para as línguas modernas.
Durante a tradução Jerônimo deparou com passagens difíceis de serem compreendidas, por isso, logo após a conclusão desse trabalho, dedicou-se a escrever prefácios e comentários para os livros da Sagrada Escritura, além de responder às polêmicas teológicas existentes em seu tempo devido ao uso de textos mal traduzidos ou interpretações equivocadas.
Esse grande santo da Igreja morreu no ano 419 e não chegou a ver a Vulgata ser publicada; este fato só aconteceu quando foram reunidos todos os textos e escritos que ele havia traduzido. Importante lembrar que a Vulgata não foi imposta à Igreja, esse processo foi acontecendo à medida que se reconhecia que o texto traduzido por Jerônimo era mais exato e claro do que outras traduções livres disponíveis na época.
Progressivamente a Vulgata foi recebendo pequenas correções, por isso hoje este nome pode designar diversas versões oficiais em latim. Aquela que chamamos hoje de Vulgata foi publicada em 1.592 pelo Papa Clemente VIII, por isso também é conhecida como Vulgata Clementina.

Padre Xavier

NÃO DESISTA

Não existe pessoa que não tenha sonhos. Alguns sonham viajar, conseguir um emprego melhor, ter uma vida mais digna, concluir os estudos, formar família, ter filhos. Não importa qual seja o seu sonho. Eles são importantes, porque nos ajudam a ter um ideal a ser alcançado. O importante é aprender a buscar a realização do sonho por meio de uma vida de fé.

Em Hebreus 13,8 lemos: “Jesus Cristo é sempre o mesmo: ontem, hoje e por toda a eternidade”. Às vezes o nosso sonho de felicidade não está completo ou parece distante e então nos desesperamos ou nos consideramos fracos ou incapazes.

O sonho é como um norte, um rumo, se porventura, um ou outro sonho você não consiga realizar não significa que você seja fraco ou deva ficar triste, se for para o nosso bem e a santa vontade de Deus, nós realizaremos. Lembre-se Ele é o mesmo, ontem, hoje e sempre, por isso cuidada particularmente de cada um de seus filhos, atendendo ou não aos nossos mais desejosos sonhos.

É preciso colocar cada um dos nossos pedidos no colo de Deus e pedir a realização deles se for da vontade do Pai, esperar também é uma virtude, lembre-se Deus não tarda Ele capricha.

Meu Senhor,
que a tua palavra nos aqueça
e ilumine o nosso caminho,
manda-nos o teu Espírito Santo
para que ele nos dê entendimento
para saborearmos as coisas do alto.
Amém!

Padre Alberto Gambarini

QUAL A MAIOR VIRTUDE DO SER HUMANO ?

O ser humano é dotado de virtudes e dons, mas entre todos qual é a maior?


Por hora subsistem a fé, a esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade” (I Coríntios 13, 13). Nesta leitura da Carta de São Paulo aos Coríntios encontramos um belo e conhecido texto, o hino à caridade. O apóstolo não somente nos apresenta conceitos sobre essa virtude, como também é direto e prático ao falar desta riqueza da vida cristã, à qual ele se refere como a maior de todas as virtudes.
Já o Catecismo da Igreja Católica, no número 1.822, descreve o amor desta forma: “A caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas, por si mesmo, e a nosso próximo como a nós mesmos, por amor de Deus”. Então podemos entender que o termo “caridade” resume o primeiro e o maior de todos os mandamentos: Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo.
Mas como praticar essa virtude?
- “A caridade é paciente”. A paciência é a “virtude que nos faz suportar com resignação a maldade, as injúrias, as importunações. Esperar com calma”. Como me comporto diante dos defeitos do outro? Julgo-o, condeno-o e comento com os demais? Ou me preocupo com ele, rezo por ele e busco ajudá-lo? Quando procuramos conhecer nossas fraquezas e limites temos um novo olhar para o outro. Observe seus pecados, veja o quanto você luta para não cometê-los; assim, quando vir o outro errar, pense que ele está na mesma luta que você.
- “A caridade é benfazeja”. Benfazejo é a característica de quem pratica o bem, ou seja, de quem “põe a mão na massa”. Pergunte-se agora se suas práticas com as pessoas são boas. Tenho algumas dicas para você: comece lavando a xícara que seu colega deixou suja, pegando a roupa do varal para sua mãe ou esposa, sendo educado e gentil com todos.
- “A caridade não é invejosa”. Inveja não é somente desejar o que o outro tem, mas também quando não colaboramos para que o outro tenha algo. Quando ouvimos um elogio sobre alguém e começamos a expor as limitações desta pessoa ou quando somos pessimistas ao ouvirmos os sonhos e planos alheios. Promova o outro, busque sempre algo de bom nas pessoas ao falar delas, mesmo que elas tenham muitos defeitos; afinal, todos temos qualidades.
- “A caridade não é presunçosa”. Muitas vezes, empolgados por uma conquista ou por futilidades que vivemos, achamos que somos poderosos, que não precisamos de ninguém. A presunção é um mal que corrói os relacionamentos. Reconhecer o esforço de nossos pais, permitir que amigos nos corrijam, e reconhecer que precisamos de ajuda é essencial. Ser caridoso também é permitir que o outro participe da nossa vida.
- “A caridade não é orgulhosa”. Orgulho é quando nos achamos superiores ao outro. Enquanto a presunção é julgar que não precisamos do outro; o orgulho é nos exaltar de tal forma que acreditamos que nossas qualidades sejam sempre superiores às das outras pessoas. Aceite a opinião do outro, reconheça suas qualidades, mas também seus defeitos. Exponha suas ideias, mas aceite se a ideia do outro for melhor ou diferente.
- “A caridade não é interesseira”. Por que me aproximo das pessoas? Por que as ajudo? Você já fez algo por alguém e na hora pensou em algo que essa pessoa poderia fazer por você depois? Eu já! O interesse é totalmente contrário à caridade por colocar em xeque a gratuidade do ato. O Evangelho de São Lucas 6, 32 nos alerta sobre esse mal: “Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis?”. Amar os que nos amam já traz o pagamento no amor recebido de volta, porém, a real caridade é quando amamos aqueles que falam mal de nós ou não nos querem por perto.
- “A caridade não se encoleriza”. Encolerizar-se é se encher de raiva e rancor; e um dos frutos da caridade é a mansidão. Ser manso, muitas vezes, é ser visto como uma pessoa boba e sem atitude; mas isso não é real. A mansidão é justamente saber o limite do que posso ou não em relação ao outro. É não responder às ofensas com a mesma moeda; é esperar o tempo do outro para conversar, não agredir ou alimentar o desejo de vingança. Não podemos viver uma vida reféns de um sentimento, peçamos que o Espírito Santo venha sobre nossos sentimentos. E queiramos agir de modo diferente, não nos orgulhemos de ter o “pavio curto”, mas desejemos a mansidão, que é um fruto da caridade.
Enfim, a caridade é a porta para um verdadeiro relacionamento com Deus e com o próximo. Diante de tantas características apresentadas, você pode pensar como vai conseguir viver todas elas. Calma! A caridade é paciente, comecemos por isso, tenhamos paciência com nós mesmos. Com a ajuda desse texto, e tudo o que foi vindo ao seu coração, faça um bom exame de consciência e busque se dedicar a um aspecto da caridade, depois passe para outro; e assim por diante. O importante é que não paremos em nossos limites, pois viver a caridade é abrir espaço em nossa vida para as alegrias do céu.
Leia a vida dos santos da Igreja, cada um viveu de forma pessoal a caridade cristã. Certamente podemos aprender com eles as várias faces dessa virtude sublime.
Que São Vicente de Paulo, o santo da caridade, possa nos inspirar a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

Paulo Pereira

segunda-feira, 29 de setembro de 2014


SÃO MIGUEL , SÃO GABRIEL,SÃO RAFAEL

Com alegria, comemoramos a festa de três Arcanjos neste dia: Miguel, Gabriel e Rafael. A Igreja Católica, guiada pelo Espírito Santo, herdou do Antigo Testamento a devoção a estes amigos, protetores e intercessores que do Céu vêm em nosso socorro pois, como São Paulo, vivemos num constante bom combate. A palavra “Arcanjo” significa“Anjo principal”. E a palavra “Anjo”, por sua vez, significa “mensageiro”.
São Miguel
O nome do Arcanjo Miguel possui um revelador significado em hebraico: “Quem como Deus”.Segundo a Bíblia, ele é um dos sete espíritos assistentes ao Trono do Altíssimo, portanto, um dos grandes príncipes do Céu e ministro de Deus. No Antigo Testamento o profeta Daniel chama São Miguel de príncipe protetor dos judeus, enquanto que, no Novo Testamento ele é o protetor dos filhos de Deus e de sua Igreja, já que até a segunda vinda do Senhor estaremos em luta espiritual contra os vencidos, que querem nos fazer perdedores também. “Houve então um combate no Céu: Miguel e seus anjos combateram contra o dragão. Também o dragão combateu, junto com seus anjos, mas não conseguiu vencer e não se encontrou mais lugar para eles no Céu”. (Apocalipse 12,7-8)
São Gabriel
O nome deste Arcanjo, citado duas vezes nas profecias de Daniel, significa “Força de Deus” ou “Deus é a minha proteção”. É muito conhecido devido a sua singular missão de mensageiro, uma vez que foi ele quem anunciou o nascimento de João Batista e, principalmente, anunciou o maior fato histórico: “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré… O anjo veio à presença de Maria e disse-lhe: ‘Alegra-te, ó tu que tens o favor de Deus’…” a partir daí, São Lucas narra no primeiro capítulo do seu Evangelho como se deu a Encarnação.
São Rafael
Um dos sete espíritos que assistem ao Trono de Deus. Rafael aparece no Antigo Testamento no livro de Tobit. Este arcanjo de nome “Deus curou” ou “Medicina de Deus”, restituiu à vista do piedoso Tobit e nos demonstra que a sua presença, bem como a de Miguel e Gabriel, é discreta, porém, amiga e importante. “Tobias foi à procura de alguém que o pudesse acompanhar e conhecesse bem o caminho. Ao sair, encontrou o anjo Rafael, em pé diante dele, mas não suspeitou que fosse um anjo de Deus” (Tob 5,4).
São Miguel, São Gabriel e São Rafael, rogai por nós!

JESUS EU CONFIO EM VÓS

Jesus eu te peço vem em nosso auxilio,socorrei-nos,sem demora.Sede a nossa proteção nas horas de tribulações,vem sobre nós,atinge-nos com batismo no Espirito Santo,traz a unção que vem do céu,a paz que vem do céu,sem ti nós,não somos nada.Senhor obrigado por estar realizando maravilhas em minha vida.Meu Deus eu creio adoro espero,amo-vos,peço-vos perdão pelos que não creem,não adoram,não esperam e não vos amam.Confiarei que agirá na hora e no tempo certo.Manda libertação,cura e unção sobre todos nós.Vem Espirito Santo.!!
Jesus eu confio em vós.Jesus eu confio em vós.Jesus eu confio em vós.!!!!

UM ESPINHO NA CARNE

espinhosÉ em nossa fraqueza que Deus vem em nosso auxilio com a sua graça. Basta-te a minha graça!
São Paulo teve uma experiência impressionante com Jesus. Ele relata na segunda Carta aos coríntios. Primeiro começa dizendo que “foi arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir”. Depois, relata o seguinte: “para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade. Três vezes roguei ao Senhor que o apartasse de mim. Mas ele me disse: Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força. Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo”. (2 Cor 12,4-10).
Ninguém sabe ao certo o que era “esse espinho na carne” de São Paulo, mas certamente era algo que muito o incomodava. Alguns dizem que era uma doença nas vistas, outros dizem que ele tinha contraído malária; enfim, era algo que o fazia sofrer.
O mais interessante é que Paulo pediu a Jesus que retirasse dele esse espinho, mas o Senhor disse: Não! E ele entendeu porquê: para que “a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho”, uma vez que ele tinha sido “arrebatado ao paraíso e lá ouviu palavras inefáveis, que não é permitido a um homem repetir”. Paulo podia ficar vaidoso, então o Senhor o impedia com o espinho na carne. Conosco também acontece o mesmo, especialmente quem se destaca.
Certamente cada um de nós tem esse espinho na carne, que pode ser de fundo físico ou espiritual. Certa vez eu experimentei um espinho desses, na alma, é pior do que no corpo. Sentia-me com uma brasa na alma ou uma flecha no coração. Roguei também ao Senhor, insistentemente, que me livrasse daquele espinho, mas Ele não me livrou. Então comecei a procurar a causa do Senhor me manter naquela situação. Deixei minha alma em silêncio, para tentar ouvir a Sua voz.
No silêncio da dor da alma, parece que uma voz falava no meu intimo: “Quanto maior for o sofrimento oferecido a Deus, com amor, mais nós o agradamos, mais temos méritos diante Dele e mais se apressa a nossa santificação”. Então entendi que o Senhor providenciava a minha salvação. Deixava-me naquele purgatório terreno, o tempo que for necessário, para me purificar.
Lembrei-me do Eclesiástico: “prepara a tua alma para a provação, humilha teu coração, espera com paciência, sofre as demoras de Deus, não te perturbes no tempo da infelicidade. Na dor permanece firme, na humilhação tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata e os homens agradáveis a Deus pelo cadinho da humilhação” (Eclo 2,1-6).
E a voz continuava a me dizer: “A prata e o ouro só ficam purificados no fogo quando começam a refletir neles o Rosto do ourives”.
Entendi que nossa purificação só termina quando o Rosto de Deus brilha em nossa alma; antes as escórias têm de serem queimadas.
Mas, muitas delas não as vemos; e por isso achamos que não as temos, mas Deus as vê, e quer remove-las de nós. Paciência!
São Paulo disse aos romanos que “Deus nos predestinou para sermos conforme a imagem do Seu Filho” (Rom 8,29). É a meta de Deus para cada filho, ver o Rosto de Jesus em nós. Então, nossa purificação só terminará – como o ouro e a prata – quando Jesus estiver formado em nós. Isto começa aqui e pode ser concluído na eternidade, no Purgatório.
Não desanimemos e nem desesperemos, é uma grande e bela obra de Deus. Todos os santos passaram por isso para chegar ao céu. No silêncio da meditação Deus me ensinava que é na paciência com este espinho na carne que temos a oportunidade de rezar mais.
Como disse João Paulo II, “quanto mais se sofre, mais é necessário rezar”. Além disso, é uma grande oportunidade de oferecer a dor pelos outros: a saúde e a salvação dos entes queridos, o sufrágio das almas do Purgatório, as lutas da Igreja, a santificação do clero, etc. É nisso que Deus nos liberta de nós mesmos, de nossos egoísmos, vanglória, apegos desordenados, busca de prazeres, maledicências, iras, invejas…
Entendendo a importância disso, São Paulo disse aos coríntios: “de mim mesmo não me gloriarei, a não ser das minhas fraquezas. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte” (2Cor 12,5).
É em nossa fraqueza que Deus vem em nosso auxilio com a sua graça. Basta-te a minha graça! Não entendemos bem porque Ele permite esse espinho em nossa carne; mas Ele nos conhece e nos ama, sabe qual é o remédio que nossa alma precisa.
É o Médico que deve prescrever o remédio, e não o doente.

domingo, 28 de setembro de 2014


A ORAÇÃO

Que neste dia possamos experimentar o poder da oração e ver as coisas acontecerem na vontade do Senhor

PRIMAVERA É TEMPO DE CELEBRAR A VIDA !

A primavera chegou. É tempo de celebrar a vida que venceu a morte!
De repente os dias ficam mais claros, o sol brilha mais forte e as flores despontam trazendo uma explosão de cores e aromas que contagiam a terra. Então percebemos que já é primavera! Um bom momento para descobrirmos que a vida também é um constante renovar, entre perdas e ganhos que vão do semear ao florescer.
Aliás, a natureza é sábia, e conhecendo bem a importância de suas estações, procura vivenciá-las sem antecipar nem retardar nenhuma etapa. Como é belo compreender isso! Acredito que, por intermédio da contemplação da natureza, podemos também nos encontrar com o Criador e ser formados por Ele nos detalhes dos acontecimentos cotidianos.
Se observarmos as estações do ano, por exemplo, é fácil compará-las com a vida humana e com as transformações que esta nos proporciona, na qual perdas e ganhos; frio e calor; vida e morte; escuridão e brilho se entrelaçam dando sentido ao ciclo necessário da existência, que não nos permite parar em nenhuma etapa.
Quando o verão chega, é fácil perceber que o forte brilho do sol dá vida aos nossos sonhos, fazendo-nos ir mais longe do que imaginávamos. Até que, em certo momento, as cores se cansam e as folhas amareladas dão sinais de que as podas são necessárias… É o outono que nos visita chamando-nos ao desapego. Nesta hora, pode ser que nos sintamos pobres e desprotegidos, então o inverno acena e convida-nos ao recolhimento, à reflexão, ao silêncio e à espera. Assim, o tempo passa e, quando tudo parece imóvel, a semente, que descansava na terra fria, vem para fora com um misto de fragilidade e força e, aos poucos, contagia a terra.
Quando isso acontece, é hora de celebrar, pois a primavera chegou e “a vida venceu a morte!” (cf. I Cor 15,55), e segue seu rumo numa constante passagem. Já que é assim, e sabendo que o momento presente é a única coisa que realmente temos, devemos aproveitá-lo bem, amando e levando alegria e cor à vida das pessoas. A boa notícia é que agir assim custa pouco. Então que tal aproveitar o clima e partir para gestos concretos?
Quem sabe oferecer uma flor à pessoa que trabalha ou convive com você ou até mesmo enviar um sinal de vida àqueles que estão distantes desejando-lhes uma feliz primavera e falando o quanto eles são caros a você. Tenho certeza de que gestos simples como estes podem transformar o dia de muita gente e de que você encontrará felicidade ao fazer outros felizes.Por isso, não perca tempo à espera de que alguém se lembre de você, dê o primeiro passo. Desperte sua bondade e deixe-se envolver pelo amor divino, que já imprimiu em seu ser qualidades maravilhosas, talentos únicos e, principalmente, a grande capacidade de amar e promover o bem.
Contudo, se seu coração ainda está agarrado ao inverno e o frio da solidão o faz sofrer, não desanime. Busque no alto a força de que precisa para ir além! A natureza ensina que, no processo de transformação pelo qual todos passamos, nunca estamos sozinhos. Aquele que nos fez e nos enviou ao mundo está conosco, nos contempla passo a passo e nos dá a graça necessária para vencermos. É por isso que podemos florescer depois do inverno e deixarmos o outono levar o que já não nos pertence sem pararmos na dor.
Na natureza a vida renasce enquanto ela se doa, conosco não é diferente. Coragem! A primavera está batendo à sua porta, deixe-a entrar e viva-a concretamente doando o que você tem de melhor. Perdoe, acolha, sorria, abrace, vá ao encontro e ame! É tempo de exalar o perfume e a beleza que o Criador lhe deu.
É primavera, tempo de ser feliz!

Dijanira Silva

MEU JESUS

Meu Jesus, amo-Vos de todo o meu coração.
Arrependendo- me de, no passado, ter ofendido
tantas vezes a vossa bondade infinita. Proponho, com a vossa graça, não mais Vos ofender no futuro. E nesta hora, embora miserável como sou, eu me consagro todo a Vós e Vos dou e entrego a minha vontade, os meus afetos, os meus desejos e tudo o que me pertence. Daqui em diante fazei de mim, e de tudo o que é meu, o que Vos aprouver. Somente Vos peço e quero o vosso santo amor, a perseverança final e o perfeito cumprimento da vossa vontade.

sábado, 27 de setembro de 2014

SÃO VICENTE DE PAULA GRANDE SACERDOTE

Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mat 22,37.39).
Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.
Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.
A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a “Congregação da Missão” (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as “Filhas da Caridade” (irmãs vicentinas).
Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.
São Vicente de Paulo, rogai por nós!


COMO DEVEMOS LER BÍBLIA

biblia1Devemos compreender que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita para os homens e pelos homens; logo, ela apresenta duas faces: a divina e a humana. Logo, para poder interpretá-la bem é necessário o reconhecimento da sua face humana, para depois, compreender a sua mensagem divina.
Não se pode interpretar a Sagrada Escritura só em nome da “mística”, pois muitas vezes podemos ser levados por ideias religiosas pré-concebidas, ou mesmo podemos cair no subjetivismo. Por outro lado, não se pode querer usar apenas os critérios científicos (linguística, arqueologia, história, …); é necessário, após o exame científico do texto, buscar o sentido teológico.
A Bíblia não é um livro caído do céu, ela não foi ditada mecanicamente por Deus e escrita pelo autor bíblico (=hagiógrafo), mas é um Livro que passou pela mente de judeus e gregos, numa faixa de tempo que vai do séc. XIV aC. ao século I dC. É por causa disto que é necessário usar uma tradução feita a partir de originais e com seguros critérios científicos.
Os escritos bíblicos foram inspirados a certos homens; isto é, o Espírito Santo iluminou a mente do hagiógrafo a fim de que ele, com sua cultura religiosa e profana, pudesse transmitir uma mensagem fiel à vontade de Deus. A Bíblia é portanto um livro humano-divino, todo de Deus e todo do homem, transmite o pensamento de Deus, mas de forma humana. É como o Verbo encarnado, Deus e homem verdadeiro.  É importante dizer que a inspiração bíblica é estritamente religiosa; isto é, não devemos querer buscar verdades científicas na Bíblia, mas verdades religiosas, que ultrapassam a razão humana: o plano da salvação do mundo, a sua criação, o sentido do homem, do trabalho, da vida, da morte, etc.
Não há oposição entre a Bíblia e as ciências naturais; ao contrário, os exegetas (estudiosos da Bíblia) usam das línguas antigas, da história, da arqueologia e outras ciências para poderem compreender melhor o que os autores sagrados quiseram nos transmitir.
Mas é preciso ficar claro que a revelação de Deus através da Bíblia não tem uma garantia científica de tudo o que nela está escrito. É inútil pedir à Bíblia uma explicação dos seis dias da criação, ou da maneira como podiam falar os animais, como no caso da jumenta de Balaão. Esses fatos não são  revelações, mas tradições que o autor sagrado usou para se expressar.
A própria história contida na Bíblia não deve ser tomada como científica. O que importa é a “verdade religiosa” que Deus quis revelar, e que às vezes é apresentada embutida em uma parábola, ou outra figura de linguagem.
O mais importante é entender que a verdadeira leitura bíblica deve sempre ter em vista a finalidade principal de toda a Sagrada Escritura que é a de anunciar Jesus Cristo e dar  testemunho de sua pessoa. Para aqueles que viviam no Antigo Testamento, se tratava apenas de um Salvador desconhecido, que viria. Mas para nós, se trata do Salvador que “habitou no meio de nós”, e que ressuscitado está no meio de nós até o fim dos tempos, quando voltará visível e glorioso para encerrar a história.
Por ser Palavra de Deus, a Bíblia nunca fica velha, nem caduca; ela fala-nos hoje como para além dos séculos.
Cristo é o centro da Sagrada Escritura. O Antigo Testamento o anuncia em figuras e na esperança; o Novo Testamento o apresenta como modelo vivo.
O Catecismo nos ensina que “Deus, na condescendência de sua bondade, para revelar-se aos homens, fala-lhes em palavras humanas” (§101).
“Através de todas as palavras da Sagrada Escritura, Deus pronuncia uma só Palavra, seu Verbo único, no qual se expressa por inteiro” (§102).
“Com efeito, as palavras de Deus, expressas por linguagem humana, tal como outrora o Verbo do Pai Eterno, havendo assumido a carne da fraqueza humana, se fez semelhante aos homens” (Dei Verbum,13).
Santo Agostinho ensinava que:
“É uma mesma Palavra de Deus que se ouve em todas as Escrituras, é um mesmo Verbo que ressoa na boca de todos os escritores sagrados, ele que, sendo no início Deus, junto de Deus, não tem necessidade de sílabas, por não estar submetido ao tempo”(Salmos 103,4,1).
Somente as palavras originais com as quais a Bíblia foi escrita (hebraico, aramaico e grego) foram inspiradas; as traduções não gozam do mesmo carisma da inspiração; é por isso que a Igreja sempre teve muito cuidado com as traduções, pois podem conter algum sentido que não foi da vontade do autor e de Deus. As traduções devem ser fiéis aos originais; e isto não é fácil.
Prof. Felipe Aquino

COMO ACEITAR-SE

Quem não aprende a viver consigo mesmo dificilmente conseguirá conviver com o próximo.
A vida é uma difícil aventura de viver consigo mesmo. Muito daquilo que vemos no outro é apenas reflexo do que nossa alma insiste em não aceitar. A este sentimento denominamos “projeção”. O outro, por vezes, se torna um espelho diante de uma realidade que não aceitamos em nós mesmos. A mais longa viagem que podemos fazer é para dentro do nosso próprio coração. Em territórios desconhecidos, os sentimentos, ainda não reconciliados com nosso coração, sempre são inimigos a serem combatidos em uma guerra sem fim. Entre o coração e a solidariedade há uma ponte de amor a ser atravessada
Quem não aprende a viver consigo mesmo dificilmente conseguirá conviver com o próximo. Encontrar-se é uma arte. Somente quando aprendemos a caminhar com leveza, por entre os espinhos de nossa alma, é que conseguimos observar que as flores também se encontram lá, por vezes escondidas entre as ervas daninhas de nossa pressa existencial. O fruto da vida só é doce quando temos a coragem de vivenciar os processos de amadurecimento dos sentimentos que amargam a nossa história.
Muitos se acostumaram a fazer da vida um eterno plantão de reclamações. Acordam pela manhã reclamando do trabalho e das pessoas com quem terão de conviver durante o dia. Passam o dia reclamando de pequenas coisas que já se tornaram, em sua vida, montanhas de aborrecimentos. Aquilo que não aceitamos cria raízes em nossa alma.
Pessoas que se encontram nesta etapa de intolerância geralmente não consideram ninguém digno de confiança, não possuem amigos nem suportam ninguém. Não têm confiança em ninguém, porque não confiam em si mesmas; não têm amigos, porque são inimigas de si mesmas; não suportam nenhuma pessoa, porque não suportam mais a condição existencial na qual se encontram.
Muito mais triste do que reclamar, é alguém ter que conviver com todos esses sentimentos que fazem da alma um espaço de trevas, no qual as luzes do amor, da bondade e da paz não conseguem entrar. Acostumou-se a viver na escuridão de seus próprios sentimentos. Enxergar a luz do sol do amor e da paz é tão doloroso quanto assumir os erros diante das realidades tão claras na vida.
A mudança interior começa quando assumimos a nossa responsabilidade diante das escolhas que fazemos na vida. Não adianta culpar o outro pelo mundo que criamos em nosso coração. Somos os artesãos de nossas dores e alegrias. Por vezes, será preciso nos aventurarmos na descoberta de nós mesmos e adquirirmos a consciência das trevas que habitam nosso coração, e lutarmos para vencer uma batalha, na qual a luz será sempre um caminho a ser reencontrado.
Quem deseja enganar a si mesmo, com as ilusões que cria diante dos próprios erros, faz da vida uma mentira e se perde nos territórios paganizados de sua alma.
Jesus conhecia o coração do ser humano, por isso mesmo o Seu olhar era sempre de misericórdia. Os erros de um tempo passado só poderiam ser deixados para trás se a pessoa aceitasse trilhar novos caminhos ao encontro de si mesma.
A cada dia somos chamados a fazer da vida a mais bela escola, na qual cada erro se torna oportunidade de crescimento humano e espiritual. O futuro é o presente que construímos em nós mesmos.
Quem não aprende a viver consigo mesmo dificilmente conseguirá conviver com o próximo. Encontrar-se é uma arte. Somente quando aprendemos a caminhar com leveza, por entre os espinhos de nossa alma, é que conseguimos observar que as flores também se encontram lá, por vezes escondidas entre as ervas daninhas de nossa pressa existencial. O fruto da vida só é doce quando temos a coragem de vivenciar os processos de amadurecimento dos sentimentos que amargam a nossa história.
Muitos se acostumaram a fazer da vida um eterno plantão de reclamações. Acordam pela manhã reclamando do trabalho e das pessoas com quem terão de conviver durante o dia. Passam o dia reclamando de pequenas coisas que já se tornaram, em sua vida, montanhas de aborrecimentos. Aquilo que não aceitamos cria raízes em nossa alma.
Pessoas que se encontram nesta etapa de intolerância geralmente não consideram ninguém digno de confiança, não possuem amigos nem suportam ninguém. Não têm confiança em ninguém, porque não confiam em si mesmas; não têm amigos, porque são inimigas de si mesmas; não suportam nenhuma pessoa, porque não suportam mais a condição existencial na qual se encontram.
Muito mais triste do que reclamar, é alguém ter que conviver com todos esses sentimentos que fazem da alma um espaço de trevas, no qual as luzes do amor, da bondade e da paz não conseguem entrar. Acostumou-se a viver na escuridão de seus próprios sentimentos. Enxergar a luz do sol do amor e da paz é tão doloroso quanto assumir os erros diante das realidades tão claras na vida.
A mudança interior começa quando assumimos a nossa responsabilidade diante das escolhas que fazemos na vida. Não adianta culpar o outro pelo mundo que criamos em nosso coração. Somos os artesãos de nossas dores e alegrias. Por vezes, será preciso nos aventurarmos na descoberta de nós mesmos e adquirirmos a consciência das trevas que habitam nosso coração, e lutarmos para vencer uma batalha, na qual a luz será sempre um caminho a ser reencontrado.
Quem deseja enganar a si mesmo, com as ilusões que cria diante dos próprios erros, faz da vida uma mentira e se perde nos territórios paganizados de sua alma.
Jesus conhecia o coração do ser humano, por isso mesmo o Seu olhar era sempre de misericórdia. Os erros de um tempo passado só poderiam ser deixados para trás se a pessoa aceitasse trilhar novos caminhos ao encontro de si mesma.
A cada dia somos chamados a fazer da vida a mais bela escola, na qual cada erro se torna oportunidade de crescimento humano e espiritual. O futuro é o presente que construímos em nós mesmos.

Padre Flávio Sobreiro

CONDUZIDOS PELA PALAVRA DE DEUS

Guiai-me, Senhor, no caminho de vossos preceitos!” (Sl 118,27).
No início deste dia, paremos um momento para ouvir a Palavra de Deus a fim de que sejamos direcionados por ela em todo o nosso caminho e em todas as nossas decisões. Quando a meditamos, ela não passa por nós sem nos deixar um sinal e uma luz a seguir. Ela ilumina todo o nosso ser e cura nossa alma.
Rezemos: “Senhor, conduz a nossa vida para que os nossos planos estejam sempre de acordo com a Tua vontade. Dispõe de nós como melhor Te aprouver. Confiamos na Tua bondade e na Tua misericórdia”.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

MISERICÓRDIA DE DEUS É A NOSSA RIQUEZA

Alma pecadora, não tenhas medo do teu Salvador. Eu, por primeiro, tomo a iniciativa de Me aproximar de ti, pois sei que por ti mesma não és capaz de elevar-te até Mim” (Diário Santo Faustina, número 1.485).
A nossa defesa está no Senhor, que é cheio de misericórdia. A cada novo dia devemos nos reconhecer necessitados d’Ele. Quando reconhecemos a nossa fraqueza a Sua graça vem ao nosso encontro e passamos a ser verdadeiramente livres.
Somos chamados a viver a santidade! Como dependentes de Deus, caminhemos ao Seu encontro e confessemos os nossos pecados. Façamos hoje a experiência da misericórdia de Deus.
“Mas Deus, que é rico em misericórdia, impulsionado pelo grande amor com que nos amou” (Efésios 2,4).
Luzia Santiago

sexta-feira, 26 de setembro de 2014


SÃO COSME E SÃO DAMIÃO PADROEIROS DOS FARMACETICOS ,MÉDICOS,FACULDADE DE MEDICINA

Hoje, lembramos dois dos santos mais citados na Igreja: Cosme e Damião. Eram irmãos gêmeos, médicos de profissão e santos na vocação da vida. Viveram no Oriente e, desde jovens, eram habilidosos médicos. Com a conversão passaram a ser também missionários, ou seja, aproveitando a ciência com a confiança no poder da oração levavam a muitos a saúde do corpo e da alma.
Viveram na Ásia Menor, até que diante da perseguição de Diocleciano, no ano 300 da era cristã, foram presos pois eram considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista esta acusação, a resposta deles era sempre:
“Nós curamos as doenças, em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder!”
Diante da insistência, quanto à adoração aos deuses, responderam: “Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do céu e da terra!”
Jamais abandonaram a fé e foram decapitados em 303. São considerados os padroeiros dos farmacêuticos, médicos e das faculdades de medicina.
São Cosme e São Damião, rogai por nós!

EXISTE REENCARNAÇÃO ?

O que existe depois desta vida e que consequência me trará a maneira como eu vivo?
“Aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hebreus 9,27).
Uma parte da humanidade crê na reencarnação, ou seja, pensa que a alma, depois da morte, encontra outro corpo no qual possa habitar. Essa crença, muito antiga, constitui o fundamento de várias religiões, dentre as quais o budismo, o hinduísmo, o espiritismo, entre outras. Muitas pessoas, nos países ocidentais, também acham essa doutrina convincente e acreditam que ela seja compatível com o Cristianismo. A vantagem disso, segundo elas, é que os incrédulos teriam uma ou mais oportunidades de se redimirem dos erros. Pura falácia
Essa doutrina é fundamentalmente oposta ao ensino das Sagradas Escrituras. Ela não faz mais que expressar a confusão do ser humano diante da morte e da desesperada necessidade de consolo nesse momento. O que existe depois desta vida e que consequência me trará a maneira como eu vivo?
Em Sua Palavra, Deus nos dá a única verdadeira resposta para tal pergunta: todos os homens pecaram e estão condenados ao castigo eterno (cf. Romanos cap. 6), no entanto, o Senhor nos oferece Sua maravilhosa graça salvífica por intermédio de Jesus Cristo, que expiou os pecados de toda a humanidade na cruz. No entanto, somente aqueles que, pela fé, O recebem em seu coração são purificados de seus pecados, recebem a vida eterna e são adotados por Deus como Seus filhos.
A doutrina bíblica diz que “aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo, depois disso, o juízo”. Tomar a cruz significa ter gosto pelo sofrimento? (cf. Hebreus 9,27). O perdão de Deus é definitivo: não há ciclos a serem completados, não há evolução a ser alcançada. Portanto, nada há em comum entre a reencarnação e a esperança cristã da ressurreição1.
“Disse-lhes Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá; e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu nisso?” (João 11,25-26).
Escreve o teólogo José Cabral, autor do livro “Religiões, Seitas e Heresias”, sobre o assunto: “O espiritismo nega todas as doutrinas básicas da fé cristã. Os livros, jornais, revistas e publicações espíritas nada têm de cristãos. Espiritismo cristão não existe; é mero rótulo2.
A ressurreição
Na cidade de Corinto, alguns diziam que não havia ressurreição de mortos (cf. I Coríntios 15,12). Então o apóstolo Paulo afirmou: “se não há ressurreição de mortos, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé [...]. Somos os mais miseráveis de todos os homens” (I Cor 15, 13-14.19).
A ressurreição é a própria fundamentação doutrinária do Evangelho. Foi necessário o poder de Deus para ressuscitar a Cristo dentre os mortos. Esse mesmo poder é exercido para com os que creem n’Ele (cf. Efésios 1,19-20).
Não se trata somente da existência eterna da alma do crente, mas também da ressurreição dos corpos: “Esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso” (Filipenses 3, 20-21).
Nosso Senhor Jesus Cristo falou em João 5, 28-29: “Vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida”. Gloriosa realidade para o crente! “Os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação”. Horrenda perspectiva para os que se recusam a receber a salvação que Deus lhes oferece. Acreditar e viver o ensinamento de Cristo é viver já essa ressurreição. Pela fé vivemos a certeza das glórias celestiais. A graça e o amor de Deus nos elevam à feliz eternidade.
“Cristo ressuscitou dentre os mortos e foi feito as primícias dos que dormem” (I Cor 15,20).
“Só uma coisa importa: que nos encontremos em Jesus Cristo para entrar na vida verdadeira pela ressurreição”, afirmou Santo Inácio de Antioquia

Padre Inácio José do Vale