terça-feira, 24 de dezembro de 2013

O GRANDE PRESENTE DE NATAL É JESUS

Você também deve saber que o grande presente do Natal é Jesus. Ele veio para todos nós de coração aberto.
Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo” (Lucas, 1, 68 ss).
Zacarias, aquele que duvidou e que foi incrédulo, aquele homem de fé, mas que teve dificuldades para entender a ação de Deus, é agora um homem do louvor, é agora o homem da ação de graças! Agora é um homem que reconhece os prodígios do Senhor no meio do Seu povo (cf. Lc 1, 57-80).
Rompe agora, da boca de Zacarias, um dos hinos mais belos de louvor, de exaltação e de reconhecimento pela ação de Deus no meio de nós (cf. Lc 1, 68). Toda a Igreja, na Liturgia das Horas, todas as manhãs, louva a Deus, com a boca e pela boca desse homem de Deus, que nos trouxe este hino maravilhoso, o ”Benedictus”, reconhecendo o quanto é bendito, o quanto é maravilhoso o Senhor nosso Deus, porque Ele veio nos visitar e nos redimir. Se Deus não nos deixou sozinhos, não nos deixou abandonados, Ele fez aparecer no meio de nós uma força salvadora e restauradora, Ele fez surgir, no meio de nós, Aquele que é o nosso Salvador.
Nós só podemos louvar a Deus, nós só podemos agradecer a Deus, amanhã é dia de Natal! É véspera do Natal do Senhor. Sei que a sua casa vai estar reunida, sei que em algum lugar você vai se reunir com os seus. Eu sei que muitos de nós estaremos na igreja, mas quando estiver diante da mesa, não se esqueça: O mais importante não é o que temos para comer, mas Aquele a quem nós vamos celebrar, aquele presente único que Deus nos trouxe, este sim é o presente de verdade!
Infelizmente tem muita gente ainda que fica triste, porque não ganha presente de Natal; porque não é lembrado pelo Papai Noel ou assim por diante. Você já sabe que Papai Noel é figura da imaginação humana. Você também deve saber muito bem também que o grande presente do Natal é Jesus. Ele veio para todos nós de coração aberto. De braços abertos recebemos Aquele grande presente que Deus nos deu, que é o Seu Filho Jesus.
Que tenhamos este coração, como o coração de Zacarias, agora tomado pela força do louvor, do agradecimento, do reconhecimento da ação de Deus! Nós só podemos perceber o quanto Jesus age e está presente em nossa vida quando nós O exaltamos, quando nós O louvamos, quando nós O glorificamos por tudo aquilo que Ele representa para nós.
Padre Roger Araújo

PRÓPOSITOS DO NATAL


O Natal é tempo propício para eleger e retomar propósito
O Natal é tempo propício para eleger e retomar propósitos, uma preparação qualificada com reflexos no percurso dos dias do novo ano que se aproxima. Assumir propósitos é um exercício educativo e indispensável. São metas desenhadas no horizonte da existência, que precisa ser qualificada. Definir e planejar objetivos são tarefas que podem garantir as correções de rumos, o alcançar de entendimentos indispensáveis e o ajustamento de condutas nos contextos familiar, institucional e social. As metas não podem ser pensadas apenas nas engrenagens empresariais e institucionais, pois a vida não se constrói sem disciplina individual. 

Indispensável é o propósito de cada um compreender-se como pessoa humana, coração da paz. Deve se tornar inegociável e compromisso determinante a atitude diária de respeitar o próximo. Um respeito testemunhado em cada gesto e palavras, no cuidado com aquilo que é público e está a serviço de todos. Há uma gramática própria no coração humano que precisa ser recuperada dos desgastes que o consumismo, a indiferença e a mesquinhez do egoísmo e da ganância produzem, desfigurando a humanidade, impulsionando corações ao ódio, à violência, à vingança, que matam a fraternidade como missão e propriedade do ser humano. Essa gramática do coração humano se recompõe pela reconquista do sentido de transcendência, exercitado pela espiritualidade. 

A vida vivida, construída e entendida apenas do lado de fora, conduzida por exterioridades, desgasta culturas e pessoas, produzindo cenários desoladores, da miséria à violência. A espiritualidade exercitada como competência no reconhecimento do lugar central de Deus na própria vida se desdobra em compromisso com a ecologia da paz, isto é, a igualdade da natureza de todas as pessoas. 
Esta compreensão produz sensibilidade na consideração da realidade social, aquela próxima de cada um de nós, deixando-se incomodar pelas insidiosas desigualdades no acesso a bens essenciais, como água, comida, saúde e moradia. Dessa consideração, surge a prática de pequenos e grandes gestos, o compromisso de cada cidadão no cuidado para com os pobres. 

Não importa se o que cada um faz seja como uma gota d’água no oceano, pois o oceano é feito de gotas d’água. São indispensáveis todos os gestos de solidariedade de cada um. Esta tarefa educativa permanente dos corações deve ser assumida pela família. Se cada família for conduzida como comunidade de paz, se tornará uma permanente escola de solidariedade, capaz de modular, de modo humanístico e justo, a sociedade contemporânea. A família é o lugar primário das relações humanas e, consequentemente, da sociedade. Nela não se pode perder o sentido dos ritos, a aprendizagem dos limites e do respeito incondicional à vida. Se o sentido da paz não for aprendido na família, ficará comprometida a gramática do coração humano. Monstros nascerão, as arbitrariedades presidirão as dinâmicas da sociedade e traçada estará uma avalanche de relativizações. 

Avançar na contramão das violências que desfiguram a sociedade supõe assumir o propósito de não se deixar vencer pelo mal. É preciso superá-lo com o bem. O mal tem o rosto de quem o escolhe. É praticado por quem se esquiva das exigências do amor. A competência para o bem moral nasce do amor, manifesta-se e é orientado por ele. E esse amor está plenamente manifestado em Cristo Jesus, o Salvador da humanidade. Celebrar o seu Natal é antes e acima de tudo compreender a lógica do amor, não permitindo, por nenhuma razão ou título sua camuflagem com ilusórias escolhas e passageiras comemorações.. 

O grande propósito prático e incidente é vencer o mal com o bem, sempre e em todas as circunstâncias, dedicando particular atenção ao bem comum com suas vertentes sociais e políticas. O propósito de ouro é buscar o bem do outro como se fora o seu. Ainda mais precioso, com efeitos revolucionários, é a meta indicada por Jesus de não se fazer aos outros o que não se deseja a si mesmo. Que o caminho para a paz seja percorrido com a convicção de que a paz não pode ser alcançada sem justiça, e não há justiça sem perdão. Perdoar e fazer o bem devem ser sempre os propósitos de Natal. 

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

É NATAL ! TEMPO DE ALEGRIA

Um menino nos nasceu, um Filho nos foi dado” (Is 9,5).
É Natal! É tempo de alegria e de nos abrirmos ao novo, é tempo de acolher Jesus no nosso coração, na nossa casa e no seio de toda a nossa família. Ele nasceu para nós, “para nos salvar dos nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam” (Lc 1,71).
Louvemos a Deus incessantemente, como fez Zacarias ao experimentar a manifestação do poder do Senhor:
“Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e redimiu o seu povo. Fez aparecer para nós uma força de salvação na casa de seu servo Davi, como tinha prometido desde outrora, pela boca de seus santos profetas” (Lc 1,68-70).
Cantemos hoje: “Glória a Deus no mais alto dos céus, junto com os anjos que anunciaram aos pastores o nascimento de Jesus, com a nossa alma cheia de alegria”.
Feliz Natal!
Jesus, eu confio em vós!
Luzia Santiago

DEIXE QUE NOSSO CORAÇÃO SEJA O PRESÉPIO MAIS BONITO

Estou convidando você a deixar que este Natal aconteça, primeiro, dentro de você. Não tenha receio de oferecer seu coração para a acolhida do Menino que vai nascer, pois isso fará toda a diferença em sua experiência neste tempo natalino. 

Natal também é um tempo propício para a conversão. Quem faz a experiência de se sentir amado por Deus, pelo mistério da Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo, acaba sendo impelido a responder com uma vida mais coerente e aberta ao amor a Deus e ao próximo. 
Os maiores presentes que podemos celebrar, neste tempo, são as pessoas que estão ao nosso lado. É importante darmos uma olhada e observarmos que presente Deus nos deu em sua família.

Quero terminar pedindo ao Senhor uma graça: que minhas simples palavras cheguem até você com a força de um abraço. Eu aprendi, na convivência entre os irmãos, que um abraço e um sorriso dados com amor são o melhor presente e uma fonte inesgotável de cura e crescimento. Por isso, quero que você se sinta abraçado(a) por mim.

Feliz Natal!


Monsenhor Jonas Abib

ELE VEIO


E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade. (Jo 1, 8)
Nas quatro semanas do Advento a Igreja nos leva a meditar e preparar o coração para celebrar as duas Vindas de Jesus Cristo. As cores e símbolos da liturgia nos ajudam nisso. A Coroa do Advento com as quatro velas que vão sendo acendidas uma a cada semana nos preparam e ensinam.
A vela vermelha significa a Fé que o Menino traz ao mundo; a certeza de que Deus está conosco, armou a sua tenda entre nós; “revestido de nossa fragilidade, Ele veio uma primeira vez para realizar o seu eterno plano de amor e abrir-nos o caminho da salvação”, diz um dos Prefácios do Advento.
A vela branca a simboliza Paz; este Menino é o “Príncipe da Paz”, disse o profeta Isaias (11,1s). Quando o Seu Reino for implantado, “a justiça será como o cinto de seus rins, e a lealdade circundará seus flancos. Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá; a vaca e o urso se fraternizarão, suas crias repousarão juntas, e o leão comerá palha com o boi.  A criança de peito brincará junto à toca da víbora, e o menino desmamado meterá a mão na caverna da áspide. Não se fará mal nem dano em todo o meu santo monte, porque a terra estará cheia de ciência do Senhor, assim como as águas recobrem o fundo do mar.” (Is 11, 5-8).
A vela roxa (quase rosa) simboliza a alegria do Menino que chega para salvar. É a alegria mitigada pela cuidadosa vigilância do tempo da espera.
A vela verde traz a simbologia da Esperança que o Deus Menino traz a todos os homens de todos os tempos e todos os lugares. “Sem Deus não há esperança”, disse há pouco o Papa Bento XVI na encíclia “Spe Salvi (Salvos pela Esperança); e “sem esperança não há vida”, concluiu o Pontífice. É esta esperança  de uma vida feliz aqui e no Céu que o grande Menino veio anunciar com sua meiga e frágil presença na manjedoura de Belém.
A primeira vinda de Cristo mostra todo o amor de Deus por nós. Ninguém mais tem o direito de duvidar desse Amor. Ele deixou a glória do Céu, dignou-se assumir a nossa frágil humanidade, para nos levar de volta para o Céu; Ele aceitou viver a nossa vida, derramar as nossas lágrimas, comer nosso pão de cada dia… e, por amor puro a cada um de nós dar um mergulho nas sombras da morte para destruí-la.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele, e sem ele nada foi feito. Nele havia a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1, 1s).
Felipe Aquino

ESTATUTO DE NATAL

Alguém, que eu não sei quem é, teve a ideia de compor um Estatuto de Natal. É uma boa reflexão.

Art. I: Que a estrela que guiou os Reis Magos para o caminho de Belém, guie-nos também nos caminhos difíceis da vida. 

Art. II: Que o Natal não seja somente um dia, mas 365 dias.

Art. III: Que o Natal seja um nascer de esperança, de fé e de fraternidade.
Parágrafo único: Fica decretado que o Natal não é comercial e sim, espiritual.

Art. IV: Que os homens, ao falarem em crise, lembrem-se de uma manjedoura e uma estrela, que como bússola, apontem para o Norte da Salvação.

Art. V: Que no Natal, os homens façam como as crianças: deem-se as mãos e tentem promover a paz.

Art. VI: Que haja menos desânimos, desconfianças, desamores, tristezas. E mais confiança no Menino Jesus.
Parágrafo único: Fica decretado que o nascimento de Deus Menino é para todos: pobres e ricos, negros e brancos.

Art. VII: Que os homens não sigam a corrida consumista de "ter", mas voltem-se para o "ser", louvando o Seu Criador.

Art. VIII: Que os canhões silenciem, que as bombas fiquem eternamente guardadas nos arsenais, que se ouça os anjos cantarem Glória a Deus no mais alto dos céus.
Parágrafo único: Fica decretado que o Menino de Belém deve ser reconhecido por todos os homens como Filho de Deus, irmão de todos!

Art. IX: Que o Natal não seja somente um momento de festas, presentes.

Art. X: Que o Natal dê a todos um coração puro, livre, alegre, cheio de fé e de amor.

Art. XI: Que o Natal seja um corte no egoísmo. Que os homens de boa vontade comecem a compartilhar, cada um no seu nível, em seu lugar, os bens e conquistas da civilização e cultura da humildade.

Art. XII: Que a manjedoura seja a convergência de todas as coordenadas das ideias, das invenções, das ações e esperanças dos homens para a concretização da paz universal.

Parágrafo único: Fica decretado que todos devem poder dizer, ao se darem as mãos: - FELIZ NATAL!

Felipe Aquino