quarta-feira, 11 de dezembro de 2013


O EXERCICIO DA CARIDADE

O amor a Deus na concepção cristã
"O amor do próximo, radicado no amor de Deus, é um dever antes de mais para cada um dos fiéis, mas é-o também para a comunidade eclesial inteira (...) A Igreja também enquanto comunidade deve praticar o amor" (Deus carista est)

O amor a Deus, na concepção cristã, jamais vem desvinculado do amor ao próximo. E o amor ao próximo não se traduz apenas num sentimento de querer bem as pessoas ou torcer pela felicidade de quem quer seja. O amor cristão tem nome e é manifestado em gestos e atitudes que promovam o bem e a felicidade do próximo. Não se pode imaginar um seguidor de Jesus que não se revista dos gestos de amor e de caridade, marcas da vida do Mestre no meio de nós. Ele amou os pobres e os pecadores, acolheu quem era marginalizado pela sociedade da época. Cristo fez-se amigo dos excluídos e cuidou da fome dos famintos. Ele teve compaixão dos sofredores e mostrou um amor singular aos doentes e enfermos. A caridade do Mestre Jesus era presente em cada uma de suas atitudes e ações de promoção da vida e da dignidade de pessoa humana.

A Igreja, ao longo dos tempos, é a continuadora da ação de Cristo na humanidade. Ela não faz caridade como gesto de benevolência, mas com atitude de conversão e acolhida pelos preferidos do Senhor. A missão dela é a mesma do bom samaritano do Evangelho. Cuidar das feridas, das dores e dos sofrimentos de todos os homens. Especialmente aqueles que foram saqueados e roubados de sua dignidade pela perversidade e pelo egoísmo dos homens. O exercício da caridade na Igreja é feito nos hospitais, nos asilos, nas creches, nos centros de atendimentos, nas pastorais sociais, nas iniciativas de caridade e de solidariedade local e internacional. 

A ação caritativa da Igreja não pode ser feita apenas de modo institucional. É um dever de cada cristão promover a caridade no meio em que ele vive. Não se vive a fé só com orações, preces e boa vontade; precisamos “arregaçar as mangas" e fazer nossa parte. Onde existir um pobre, um doente, um marginalizado ou alguém sofrendo, ali deve estar presente o cristão. Dando-se e doando-se. Mais importante do que doar algo ou desprender-se de alguma coisa em favor dos necessitados, é “doar-se  a si mesmo”. É preciso ouvir, dar do nosso tempo e da nossa atenção para o outro. Depois, movidos pelo Espírito do Senhor, Ele mesmo nos inspirar palavras, gestos, atitudes e práticas para fazermos o melhor para a necessidade do outro. 

Muitas vezes, passamos tempos demorados em nossas igrejas e mas celebrações, mas quase não dedicamos tempo algum para o exercício da caridade. Nossa fé não pode ser apenas de louvor e contemplação. O mesmo Cristo que adoramos nos sacrários de nossas igrejas, precisa ser amado, venerado e contemplado no sofrimento e nas dores dos irmãos que sofrem ao nosso lado. A carne de Cristo na Eucaristia é a mesma carne sofrida e mal cheirosa nos irmãos e irmãs de nossas ruas e de nossa sociedade. O Cristo Jesus que nasceu em Belém está mais vivo nos sofredores da humanidade do que nas imagens dos presépios de nossas lojas, casas e igrejas. Que nossa caridade nos mova ao encontro de Cristo onde Ele precisa ser amado e cuidado. 
Padre Roger Araújo

AO COMUNGAR O CORPO DO SENHOR DESCONTAMINAMOS NOSSA ALMA

O remédio para acabar com as doenças espirituais que nós, infelizmente, adquirimos é a Eucaristia. É o próprio Corpo e Sangue, Alma e Divindade do Nosso Senhor Jesus Cristo, remédio eficaz para o corpo e para a alma. Ao comungar o Corpo do Senhor descontaminamos nosso corpo e alma: nossos pensamentos, sentimentos, idéias e fantasias serão purificados. A descontaminação acontece pela Eucaristia.

Além de recebermos Jesus Eucarístico, é preciso adorá-Lo no Santíssimo Sacramento. Seja adorador! Se, por vários motivos, você não puder permanecer por muito tempo em adoração, passe pelo menos cinco minutos por dia diante de Jesus no sacrário. Adorar ao Senhor é reconhecê-Lo como Deus, como o Criador e o Salvador, o Senhor e o Mestre de tudo o que existe, o Amor infinito e misericordioso. "Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele prestarás culto" (Lc 4,8), diz Jesus, citando o livro do Deuteronômio (6,13).

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova
A visão religiosa limitada e ingênua muitas vezes julgou a depressão como algo diabólico ou ainda a falta de Deus na vida das pessoas. Eu não sou perito no assunto. Apenas, um filho de Deus compadecido de ver tantas pessoas sofrendo deste mal que tira alegria ou a falta de sentido na vida das pessoas. Eu não julgo ninguém e nem acuso a fraqueza de nenhum ser humano. Quero ser uma mão de consolo, presença e motivação na vida de quem quer seja acreditando sempre na força da superação.

O fato é que depressão entra na vida de pastores, padres, freiras, médicos, psicólogos, pais e mães de familia, jovens e até de nossas amáveis crianças. E cada um tem seus motivos e historia pessoal, sem precisar necessariamente apontar que seja esta ou aquela causa coletiva. Eu prefiro olhar nos olhos de cada pessoa e apenas e acolher cada um na sua pobreza e no seu sofrimento.

Eu acredito que não julgar, nem condenar e nem colocar um fardo de opressão nas costas das alguém, ajudam muito mais a aliviar o sofrimento das pessoas, do que procurar soluções magicas e faceis. Alias, ninguém resolve a vida de ninguem de uma forma miraculosa e rapida. Existem momentos que são toques de cura e de alivio na vida de qualquer ser humano. Mas, o fato é todos nós precisamos uns dos outros a vida inteira. E verdade que cada um se esforça para caminhar com suas proprias pernas para agilizar a vida e fazer ela acontecer. Mas, ninguém neste mundo pode aprender a caminhar a sozinho e não existe nenhuma pessoa que em alguma etapa da vida, ainda que seja no ocaso dos dias, que não precise de alguém para continuar de pé.

Eu não conheço mesmo todas e as diversas causas que leva o ser humano as varias depressões da vida. Eu queria apenas, me propor a esforçar me para não ser causa de julgo e opressão na vida de ninguém e sobretudo a não julgar ninguém com minha visão limitada e pequena da vida. Eu queria contribuir com minha prece, com minha solidariedade, com minha presença amiga e fraterna a quem sofre de qualquer maneira em busca de sentido para sua vida.

Quando eu precisei aprender a andar, mamãe me pegava no colo, depois me segurou pelas mãos. Eu ia engatilhando, dando os primeiros passos e depois caindo e levantando eu aprendi a andar. Eu ando hoje com minhas próprias pernas para todo lado. Mas, no caminho da vida eu estou aprendendo a andar todos os dias. As vezes por orgulho de não saber pedi ajuda eu caio e me machuco. Muitas vezes, também não sei a quem pedi ajuda, porque as pessoas andam muito ocupadas com sua própria vida. Mas, uma convicção eu tenho, o ser humano sempre vai precisar um do outro. Então, eu quero ser uma mão estendida para ajudar,aliviar, confortar , consolar, direcionar e apontar a direção. Eu não queria que minhas mãos fossem usadas para bater, ferir, machucar, acusar, apontar o dedo, ou ainda fechada e indiferente para o dor e sofrimento de ninguém. Eu quero também estender minhas para pedi ajudar, consolo, direção, paciência e presença fraterna e amiga para que eu possa continuar a caminhar pelas estradas da vida.

Mesmo que eu não entenda e nem compreenda a sua dor, eu queria ser uma presença amiga naquilo que te faz sofrer.Eu não tenho respostas e nem soluções para muitas realidades, mas eu queria ser presença onde mais existe ausência de respostas e soluções. A presença pode não ser a resposta que voce precise, mas o consolo que voce necessite. 


Padre Roger Araújo

FAÇAMOS UM ATO DE ENTREGA

Tudo, na nossa vida, precisa ser entregue nas mãos de Deus, como nos ensina a Palavra do Senhor: “Confia-lhe todas as vossas preocupações, porque Ele tem cuidado de vós” (I Pd 5,7).
Mesmo sem querer, parece que alguma coisa sempre nos preocupa, e, muitas vezes, nem percebemos ao certo o que é. Você já experimentou, alguma vez, a sensação de desconforto, mas não soube dar nome a esse sentimento? Eu já vivi isso e sei que é desconfortável, mas aprendi com a experiência que, mesmo sem saber do que se trata, preciso entregar ao Senhor e pedir que Ele venha em meu auxílio.
Tem sido uma bela experiência, porque, imediatamente, a ação de Deus se faz sentir na minha vida.
Comecemos esta nova semana esvaziando-nos de tudo o que pesa no nosso coração e deixemos o Senhor cuidar de todas as coisas, porque Ele é bom e fiel!
Obrigada, Senhor!
Luzia Santiago

TODA CEGUEIRA, NÃO CURADA, NOS LEVA ATROPELOS DA VIDA

Como há confusão dentro do nosso coração! Nós nos machucamos demais na vida, porque não a enxergamos como ela merece.
“Dois cegos seguiram Jesus, gritando: ‘Tem piedade de nós, filho de Davi!’” (Mt 9,27).
Os cegos, diz o Evangelho, representam todos nós que vivemos diversos tipos de cegueira na vida. Cegueira espiritual, cegueira emocional, cegueira intelectual; cegueira da própria vivência da fé, cegueira emocional. Desse modo, com nossas emoções confusas, confundimos sentimentos e acabamos não sabendo qual o sentimento correto devemos seguir. 
Como há confusão dentro do nosso coração! Uma verdadeira cegueira intelectual no mundo de hoje, pensamentos confusos e filosofias controversas, assim, muitos são movidos por seus pensamentos. Uma verdadeira cegueira espiritual! Desse modo não conseguem ver as coisas de forma mais ampla e são guiados pelo pensamento: “Eu acho o que eu acho, o que eu vejo é o que Deus quer e me vejo assim”. 
O problema é que toda a cegueira não guiada, não conduzida, não curada, nos leva aos atropelos da vida. Por sermos cegos em todas as esferas da vida que possamos imaginar, estamos constantemente a nos atropelar e atropelando os outros também por causa da cegueira que nos envolve. 
Às vezes, depois de um tempo, percebemos que a cegueira nos mantém muito machucados. E nos machucamos demais na vida, porque não a enxergamos como ela merece.
Enquanto a maturidade não vem ao nosso encontro, enquanto não permitirmos que a maturidade nos visite e faça crescer em nós a nossa visão de mundo, de fé, de Igreja, nós seremos cegos e, muitas vezes, cegos guiando cegos.
Ao passo que, quando a humildade vem ao nosso coração, tomamos consciência da nossa fragilidade. Com isso, podemos perceber que nada sabemos e que precisamos aprender. Quando tomamos consciência disso, também vamos ao encontro do Senhor e pedimos: “Tenha piedade de mim, Jesus! Abra meus olhos, minha mente, meu coração. Permita-me enxergar aquilo que eu ainda não consigo enxergar”. 
Essa atitude de humildade é, ao mesmo tempo, de tamanha fé, pois só Jesus pode curar a nossa cegueira. Esses dois cegos do Evangelho de hoje abriram seus olhos e puderam ver o que nunca viram antes,  por isso glorificaram a Deus. 
Que Deus, hoje, abra nossos olhos, nossa mente e o nosso coração e cure a nossa cegueira.
Padre Roger Araújo

COMBATAMOS OS ESPÍRITO MALIGNOS QUE NOS ATORMENTAM COM A FÉ

Reaja nesta graça que Deus nos deu: o batismo. Na vivência da Sua graça, para todos os dias, combatamos contra estes espíritos malignos!
“E, chamando os seus doze discípulos deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade” (Mt 10,1). 
O poder que Jesus conferiu aos Seus apóstolos e discípulos é o poder que Ele deseja que também tenhamos na nossa vida. Primeiro: o poder expulsar os espíritos malignos, pois há muitos espíritos do mal atormentando a nossa vida. 
Não é assombração, não é fantasma, não! São esses espíritos que estragam a nossa vida, colocando-nos uns contra os outros. Quanto espírito de mentira, de fofoca, de calúnia, de divisão e de maledicência! Quanto espírito terrível! Esses espíritos vêm invadir os nossos pensamentos, os nossos sentimentos e nós, muitas vezes, nos deixamos levar por eles. 
Não, meu irmão! Reaja movido pelo poder de Jesus, reaja nesta graça que Deus nos deu: o batismo. Na vivência da Sua graça, para todos os dias, combatamos contra estes espíritos malignos, porque o que eles trazem para nossa vida é, justamente, o mal para nossa família, o mal para os relacionamentos, com o espírito de inimizade e de destruição.
Quanto espírito agindo no meio de nós para semear fofoca e discórdia! Nós conhecemos a graça do Senhor. Não podemos ser movidos por esses espíritos. O que nós devemos, na verdade, é na graça de Deus renunciar e expulsar esses espíritos! Digo mais: se o Senhor nos deu poder para expulsar estes espíritos malignos, Ele nos deu também poder para curar as doenças e as enfermidades. Porque muitas das doenças e enfermidades que temos provêm desses espíritos malignos. E nos deixam mal, tiram a nossa autoestima, nos colocam “para baixo” realmente – no sentido mais depressivo da palavra. Perdemos o gosto pela vida, porque as nossas energias se desgastam nesses entraves, nessas disputas, nessas discórdias, em todas essas coisas negativas. 
Ao passo que, quando começamos a nos rebelar e a nos opor a esses espíritos malignos, nossa própria saúde é preservada. Nada contra os remédios, porque eles são medicina e são muito necessários para a vida, mas nós tomaríamos menos remédios e seríamos independentes de muitas coisas que tomamos se nos propuséssemos a verdadeiramente a combater os espíritos malignos, que tiram a paz da nossa mente, do nosso coração e também do nosso físico. 
Padre Roger Araújo

EIS QUE ESTOU Á PORTA E BATO

EIS QUE ESTOU À PORTA E BATO.
Basta abrir a porta do coração.
Basta colocar-se em sintonia com ele. 
Basta um pouco de boa vontade. 
'' Oração da Bíblia ''
Eis que estou à porta e bato.
Se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta...
Entrarei em sua casa e cearemos Amém!