quarta-feira, 2 de outubro de 2013


A IMPORTÂNCIA DO ANJO DA GUARDA EM NOSSA VIDA

O Catecismo da Igreja diz que “a existência dos seres espirituais, não-corporais, que Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos, é uma verdade de fé”. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição (n. 328). Nenhum católico pode, então, negar a existência dos anjos. Eles são criaturas pessoais e imortais, puramente espirituais, dotados de inteligência e de vontade e superam em perfeição todas as criaturas visíveis (cf. Cat. n. 330). São Gregório Magno disse que quase todas as páginas da Revelação escrita falam dos anjos.

A Igreja ensina que desde o início até a morte, a vida humana é cercada por sua proteção (cf. Sl 90,10-13) e por sua intercessão. “O Anjo do Senhor acampa ao redor dos que o temem e os salva” (Sl 33,8).

São Basílio Magno (†369), doutor da Igreja, disse: "Cada fiel é ladeado por um anjo como protetor e pastor para conduzi-lo à vida." (Ad. Eunomium 3,1). Isto é, temos um Anjo da Guarda pessoal. Jesus disse: “Não desprezeis nenhum desses pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus veem continuamente a face de meu Pai que está nos céus” (Mt 18,10).A liturgia de dois de outubro celebra os Anjos da Guarda desde o século XVI, festa universalizada por Paulo V, depois que em 1508 Leão X aprovou o novo Ofício composto pelo franciscano João Colombi. Ora, se a Igreja celebra a festa dos Anjos da Guarda é porque de fato eles existem e cuidam de nós, nos protegem, iluminam, governam nossa vida, ajudam-nos como ajudou a Tobias. Mas para isso é preciso crer neles, respeitá-los, não afugentá-los pelo pecado. Um dia um rapaz me disse: “Eu não vejo pornografia na internet porque tenho vergonha de meu Anjo da Guarda!”. A melhor homenagem a nosso anjo é viver uma vida sem pecados, buscando, com sua ajuda, fazer a vontade de Deus.

A Tradição da Igreja acredita que nosso Anjo da Guarda tem a tarefa de oferecer a Deus as nossas orações, apoiar-nos e proteger-nos dos ataques do diabo, que tenta nos fazer pecar e perder a vida eterna. Então, nada mais importante que ter uma vida de intimidade com nosso Anjo da Guarda, invocá-lo constantemente e colocar-se debaixo de sua proteção. Desde criança aprendi com minha mãe esta oração: “Santo Anjo da minha guarda a quem eu fui confiado por celestial piedade; iluminai-me, guardai-me, regei-me, governai-me. Amém.” Nunca deixei de rezar essa oração.

Então, o melhor a fazer é não fazer nada sem pedir a luz, a proteção, o governo do bom anjo que o Senhor colocou como guarda e custódio de nossa vida, do batismo até a morte.

É por isso que muitos papas, como o Papa João XXIII, revelaram a sua profunda devoção pelo Anjo da Guarda, sugerindo, como também disse Bento XVI, de expressar a sua própria gratidão pelo serviço que ele presta a cada um de nós e de invocá-lo todos os dias, com o “Angelus Dei”.

São Pio de Pietrelcina teve um relacionamento profundo com o Anjo da Guarda. São inúmeras as passagens de sua vida com o seu anjo e com os dos outros. Certa vez ele disse a uma pessoa: “Nós rezaremos pela sua mãe, para que o seu Anjo da Guarda lhe faça companhia”.

Invoque o seu Anjo da Guarda, pois ele o iluminará e guiará no caminho de Deus.
Felipe Aquino

SANTOS ANJOS DA GUARDA

Neste dia em que fazemos memória do nosso protetor, a Igreja termina assim o hino e oração da manhã: “Salvai por vosso filho a nós, no amor; ungidos sejamos pelos anjos; por Deus trino, protegidos!”
A palavra anjo significa, “enviado, mensageiro divino”, muitas vezes encontramos as manifestações dos anjos como missionários de Deus, e por isso, com clareza lemos no salmo 91: “Pois Ele encarregará seus anjos de guardar-te em todos os teus caminhos”.
Quando nos deparamos com a Anunciação e outros Mistérios da vida de Jesus, conseguimos perceber que este salmo profetiza a presença dos anjos na vida do Senhor. Ora, Cristo é o primogênito de todas as criaturas, nosso irmão e modelo. Se portanto sua humanidade, apesar de unida com a Divindade, era continuamente protegida por anjos, logo quanto mais devemos ser nós, seus membros tão frágeis. Tanto o Pai quer isto que revelou a Jesus: “Guardai-vos de desprezar algum desses pequeninos, pois eu vos digo, nos céus os seus anjos se mantêm sem cessar na presença do meu Pai que está nos céus.” (Mt 18,10)
Nos Atos dos Apóstolos e nos escritos de São Bernardo, Santo Tomás de Aquino e outros Doutores da Igreja, encontramos testemunhos que nos motivam a confiarmos nos Santos Anjos protetores de cada um, pois atesta a Sagrada Escritura: “Não são todos (os anjos) eles espíritos cumpridores de funções e enviados a serviço, em proveito daqueles que devem receber a salvação como herança?” (Hb 1,14)
Na Inglaterra desde o ano 800 acontecia uma festa dedicada aos Anjos da Guarda e a partir do ano 1111 surgiu uma linda oração (apresentada a seguir). Da Inglaterra esta festa se estendeu de maneira universal depois do ano 1608 por iniciativa do Sumo Pontífice da época. Aprendamos e rezemos esta quase milenar prece: “Anjo do Senhor – que por ordem da piedosa providência Divina, sois meu guardião – guardai-me neste dia (tarde ou noite); iluminai meu entendimento; dirigi meus afetos; governai meus sentimentos para que eu jamais ofenda ao Deus e Senhor. Amém.”
Santos Anjos da Guarda, rogai por nós!

NÃO SE ENTREGUE A TRISTEZA

O Senhor sabe que tivemos e teremos tristezas. Assim como Jesus disse: "pobres, vós sempre os tereis", Ele poderia dizer: "tristezas, vós sempre as tereis".
O próprio Jesus passou por muitas tristezas. Mas há uma total diferença entre ter tristeza e "se entregar à tristeza". Deixar-se ser tomado pela tristeza: pressionado, atormentado, escravizado mesmo pela tristeza.
Você não precisa, além disso ficar ruminando sofrimento. É como o povo diz: "curtindo fossa". Basta o sofrimento nosso de cada dia!
O que não pode acontecer é ficarmos recordando a situação, remoendo-nos em nossos sentimentos, cultivando e curtindo ressentimentos. Isto se torna um verdadeiro tormento. 

Entregue ao Senhor todas as situações de tristeza e faça uma verdadeira renúncia:
Senhor, renuncio ao mau hábito de ficar ruminando a tristeza. Renuncio a todos esses pensamentos diante de Ti e da Tua palavra. Retira de mim, Senhor toda mágoa, todo ressentimento e todo gosto de ficar curtindo tristezas e decepções. Cura e transforma a minha mente, Senhor. Dá uma guinada na minha vida. Se aconteceu algo ruim, já é passado: não preciso mais ficar cultivando. Não quero, Senhor, e renuncio. Obrigado, Jesus, porque me libertas e afastas de mim toda escravidão.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

DEVEMOS AMAR, CUIDAR E QUERER BEM NOSSAS CRIANÇAS

Como nós devemos amar, cuidar e querer bem nossas crianças! Elas são nossa maior riqueza, nosso maior tesouro, é o maior presente que nós temos em nossas casas.
“Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim. E quem me receber, estará recebendo aquele que me enviou” (Lc 9,48).
Hoje, celebramos o dia de São Jerônimo. No encerramento do mês da Bíblia, lembramo-nos daquele que é o patrono das Sagradas Escrituras, pois foi ele quem fez a tradução vulgata delas, a tradução do original para o latim, e foi dessa tradução que saiu as demais traduções da Palavra de Deus.
Mais importante que a tradução é a paixão de São Jerônimo pela Palavra do Senhor; dedicava dias e noites meditando a fundo em cima da Palavra de salvação do Nosso Deus.
Queremos, hoje, voltar-nos com um olhar maior, abrir os nossos ouvidos, o nosso coração para que a Palavra de Deus penetre em nosso ser, para que ela seja o grande alimento para a nossa vida. Aprendamos com São Jerônimo a amarmos a Palavra de Deus como o nosso alimento de cada dia.
Aquilo que diz hoje o Evangelho – “Quem receber esta criança em meu nome, estará recebendo a mim” – faz-nos lembrar que, na tradição judaica, a criança não tinha importância, ela não era nem contada, era vista com desprezo e, por isso, quando os discípulos estão discutindo quem é o maior, é óbvio que, neste grupo, as crianças não eram nem levadas em consideração. É por essa razão que Jesus, ao invés de responder quem é o maior, ele mesmo diz: “Se alguém está recebendo uma criança em Meu nome, é a mim mesmo que está recebendo”.
Como nós devemos amar, cuidar e querer bem nossas crianças! Elas são nossa maior riqueza, nosso maior tesouro, é o maior presente que nós temos em nossas casas. Nós devemos lutar pelos direitos que pertencem a elas e não podemos permitir que elas sejam corrompidas por este mundo, que percam a dignidade, o respeito, a estima.
Não se trata somente das nossas crianças que estão em nossas casas, mas daquelas que estão na rua, maltratadas, esquecidas, abandonadas. Em cada uma dessas crianças está a impressão do amor do Pai. Todas as vezes que nós dermos atenção a uma criança abandonada, a um menino de rua, a uma criança que está sendo desprezada, desvalorizada, que está sofrendo – acredite – estaremos acolhendo o próprio Jesus.
Precisamos abrir o nosso coração para cuidarmos dos nossos pequeninos!

DESAPEGO

Não é fácil enfrentar um tempo marcado por propostas estimulantes de consumismo e com requinte de esbanjamento. A questão é tão grave que chega até a provocar desequilíbrio social, complicando a vida de muitas pessoas em condições financeiras desconfortáveis. Há uma insaciável febre de compras, induzida pela força e pertinência da mídia.

Seria saudável se todas as pessoas tivessem o necessário para o próprio consumo, mas com capacidade também para certas renúncias, concretizando uma vida de desapego e capacidade de partilha fraterna. Apego exagerado a determinadas riquezas pode denotar sintoma de injustiça, de incapacidade para viver em comunidade e de enxergar o vazio na vida de muitos outros. 
Não encarar o desapego de forma concreta pode levar o rico a ficar cada vez mais rico e o pobre cada vez mais pobre. Com isso, aumenta o fosso existente entre uma classe social e outra, ocasionando uma sociedade que experimenta “na pele” o mundo da violência, do inconformismo e da insegurança. Com isto, sofrem os ricos e os pobres e toda a sociedade com eles.

Existem administradores desonestos e inescrupulosos, agindo de forma escandalosa e injusta com todos. É uma esperteza que clama aos céus, provocando a ameaça e o confronto da justiça. Sabemos que, quem pratica o mal, mais cedo ou mais tarde, poderá sofrer as consequências. A injustiça, em muitos casos, é percebida por quem de direito que, às vezes, toma providências.

É importante agir com inteligência diante dos bens que o mundo coloca à nossa disposição. São repugnantes as fraudes que se cometem na administração pública e nos atos privados, deixando transparecer apego a realidades que pertencem a outros. Diz o Mestre Jesus que os filhos das trevas são muito espertos.

O desapego faz as pessoas serem ricas diante de Deus, porque a vida do mundo passa e tudo fica por aí. A grande riqueza é a vida em todas as suas dimensões, na integridade e gratuidade diante da natureza e do Criador. A riqueza pode criar vazio, porque ela é passageira.
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)




VOCE TEM VONTADE DE SE VINGAR ?

A vontade de se vingar daquele que nos fez mal e outros sentimentos como esse não são de Deus, pois eles corroem nossa alma, nosso espírito e nosso físico.
Disse Jesus: “Amai os vossos inimigos e fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei os que vos amaldiçoam, e rezai por aqueles que vos caluniam” (cf. Lc 6,27-28).
O Mestre Jesus está nos ensinando a ter um coração bom e misericordioso, mas talvez você diga: “Eu não consigo ser tão bom, não consigo ter sangue de barata, não consigo ser tão manso dessa forma!”. Nós nos colocamos na escola de Jesus, desejamos ter um coração como o d’Ele, e uma vez que Ele assumiu ser um de nós, Ele quer nos ensinar o que temos de fazer para ter uma vida plena.
Se não aprendermos a amar o nosso inimigo, a fazer o bem a quem nos odeia e orar por quem nos persegue, outros sentimentos vão tomar conta do nosso coração como a raiva, o ressentimento, o ódio e o pior de todos eles: a vingança.
A vontade de se vingar daquele que nos fez mal e outros sentimentos como esse não são de Deus, pois eles corroem nossa alma, nosso espírito e nosso físico. Quantas pessoas padecem no corpo, na alma, padecem no seu psíquico, porque estão martelando, alimentando, sendo corroídas por este sentimento maldoso de se vingar, de alimentar, nem que seja na mente, a vingança espiritual: “Tomara que ele caia, tomara que se dê mal, tomara que ele pague por aquilo que fez”; e isso, às vezes, cresce em nós, vai virando rugas em nossa vida e se transformando em um câncer dentro de nós.
Como Deus nos quer bem, como Ele nos ama! O Senhor não quer ver-nos prostrados, doentes, enfermos. Ele nos dá o antídoto, nos dá o remédio. Assim como alguém que é picado por uma cobra precisa do veneno dela para ser curado para não morrer; nós também precisamos desse antídoto.
Não é a vingança, não é a ira, nem é pagando com a mesma moeda que obteremos a justiça que nós buscamos.
Que nós aprendamos em Jesus que o perdão nos cura, restaura-nos e nos dá a condição de sermos mais plenos naquilo que queremos viver. Vida plena para todos nós.
Que nós possamos aprender com o Mestre a amar, orar e querer bem a quem nos quer o mal.
Padre Roger Araújo