quarta-feira, 25 de setembro de 2013


O REINO DE DEUS É DOS HUMILDES

Felizes os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos Céus" (Sl 48). Meus irmãos, esta é a primeira bem-aventurança. Os pobres de espírito são o oposto dos soberbos e arrogantes, porque são humildes e penetram na realidade do Reino de Deus. 

Nós percebemos, irmãos, o quanto precisamos de mudança, de transformação. O próprio João, que foi "o discípulo amado", tinha no coração uma "riqueza" de espírito, chegando a fazer um grupinho com os outros apóstolos, como se eles fossem "os queridinhos" de Jesus. Mas, ele foi mudando a ponto de se tornar o discípulo do amor: tornou-se amor nas suas palavras, nos seus gestos, naquilo que era e fazia. Se ele precisou de toda essa mudança, imagine como nós também necessitamos dela! Como o nosso coração precisa ser mudado e possuído pela primeira bem-aventurança!

Por isso, o Senhor tem tido paciência conosco, pois sabe que não mudamos de uma hora para outra. O bem está em nós, mas precisa ser lapidado, e isso vai tirar “pedaços”, vai doer. Para mudarmos, o Senhor permite que nos aconteçam situações de humilhação. No fundo, meus irmãos, precisamos do nosso próprio esforço e também que Cristo permita a nossa humilhação para que tenhamos um coração novo, humilde como o d’Ele

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

PAPA FALA DA UNIDADE DA IGREJA Ö MUNDO PRECISA DE UNIÃO



Francisco explicou que a unidade na Igreja encontra-se na fé, na esperança, na caridade, nos Sacramentos que como “grandes pilastras” sustentam o único grande edifício da Igreja.

“Aonde quer que vamos, mesmo na menor paróquia, na esquina mais perdida desta terra, há a única Igreja; nós estamos em casa, somos uma família, estamos entre irmãos e irmãs. E este é um grande dom de Deus! A Igreja é uma só para todos”.

Ele ressaltou que assim como acontece na família, na Igreja também pode acontecer de estar espalhada pelo mundo. Mas são as ligações profundas que permanecem as mesmas independente da distância. Como exemplo, ele citou a JMJ Rio2013, que revelou um profundo clima de unidade.

“Perguntemo-nos todos: eu, como católico, sinto esta unidade? Eu como católico vivo esta unidade da Igreja? Ou não me interessa, porque estou fechado no meu pequeno grupo ou em mim mesmo. (...) É triste encontrar uma Igreja privatizada pelo egoísmo e pela falta de fé”, disse.

O Papa lembrou que às vezes há conflitos e divisões que ferem a Igreja, de forma que ela nem sempre tem a desejada face. As fofocas foram citadas como algo que faz muito mal à Igreja. Ele disse, então, que Deus doa a unidade, mas os próprios homens devem se esforçar para vivê-la.

“É preciso procurar, construir a comunhão, educar-nos à comunhão, a superar incompreensões e divisões, começando pela família, pela realidade eclesial, no diálogo ecumênico. O nosso mundo precisa de unidade (...) e a Igreja é Casa de comunhão”.

O Santo Padre concluiu destacando que é o Espírito Santo o motor da unidade da Igreja. “Por isto é importante a oração, que é a alma do nosso compromisso de homens e mulheres de comunhão, de unidade. A oração ao Espírito Santo, para que venha e faça a unidade na Igreja”. 


PADRE PIO EM MINHA VIDA

Um coração livre de tudo por amor a Deus
Assim como muitos católicos, sempre tive o desejo de ser devota de algum santo, porém não tinha intimidade com nenhum a ponto de dizer: “Sou devota desse ou daquele santo”. Até que, um dia, tive a graça de assistir ao filme de Padre Pio e fiquei encantadíssima com sua história: um homem que tinha traços de santidade desde criança e enfrentou terríveis batalhas contra o demônio por amor a Deus e a sua vocação. A partir daí, comecei a pesquisar mais sobre a história desse lindo santo através nos livros e devocionários.

Passei a cultivar uma experiência de amizade e intimidade com Padre Pio. Rezava muito com um devocionário, o qual continha diversas orações desse santo, de modo especial aquela oração que Celina Borges traduziu de uma forma tão bela na canção: “Fica, Senhor, comigo”. O mais bonito é que eu o sentia muito próximo de mim.

Estava em discernimento vocacional no ano de 2008. Tinha o desejo de ingressar na Comunidade Canção Nova e sofri terríveis combates espirituais nesse tempo. Foi Padre Pio quem me ajudou a viver essa fase com sua presença e intercessão.

Nesse mesmo ano de 2008, tive a graça de conhecer a cidade que Padre Pio viveu a maior parte de sua vida religiosa: São Giovanni Rotondo. Por ocasião do Reconhecimento Pontifício da Canção Nova, fiz essa viagem com vários missionários da comunidade. Lembro-me que o meu coração estava cheio de dúvidas em relação a minha vocação, pois eu estava com uma vida profissional muito bem encaminhada, estava bem engajada na paróquia, minha família estava crescendo com o nascimento da minha sobrinha Luiza. Como deixar tudo isso para trás? Ao mesmo tempo que eu tinha o desejo de ser toda de Deus, meu coração ficava apertado ao saber que eu teria que abrir mão de pessoas e coisas tão preciosas para mim.
Nessa minha visita a São Giovanni Rotondo, tive a graça de conhecer a igreja onde Padre Pio viveu seu apostolado. Seus pertences se encontravam nela: túnicas, estolas, livros, escritos... Mas o que mais me encantou foi ver o quarto onde ele dormia. Era de uma simplicidade extraordinária! Lembro-me da cama, do seu chinelinho ao lado dela, uma escrivaninha, uma cadeira. Fiquei ali parada durante um bom tempo contemplando aquele lugar. De dentro de mim vinha a pergunta: “Como pode alguém viver de forma tão simples e ser tão feliz?”.

Aquele lugar retratava um coração livre, desapegado de tudo por amor a Deus. Continuei a caminhar e vi o confessionário onde Padre Pio passava horas do seu dia a atender confissões, resgatando assim muitas almas para Deus. Mais adiante, o mais impactante momento: assisti a um vídeo que mostrava um pouco da história dele, com cenas reais de sua vida. Eram destacados momentos marcantes de sua história.

Esse vídeo nos preparava para irmos até o local onde estava o corpo do santo. Sim, havia sido feita a exumação do corpo de Padre Pio e, com isso, todos os peregrinos que por ali passavam podiam contemplar esse homem de Deus praticamente intacto. O clima do ambiente era sobrenatural. Contemplar o rosto de um santo, a serenidade que transfigurava naquela face, a paz que tomava conta daquele lugar me fez entrar numa profunda reflexão. Foi ali que pedi o socorro a ele, pedi que ele tomasse conta da minha vocação.

Mais tarde, na Santa Missa, ele respondeu ao meu pedido. Senti tão forte a presença deste santo ao meu lado que não pude conter as lágrimas. Foi na Santa Missa que ele me disse claramente que estava me assumindo como filha espiritual e que iria cuidar da minha vocação. Ele me deu a inspiração de que, todas as vezes que eu fosse receber Jesus Eucarístico, me colocasse de joelhos e rezasse sempre a sua oração: “Fica, Senhor, comigo. Preciso da Tua presença para não Te ofender. Sabes quão facilmente sou fraca e Te abandono, preciso de Ti para não cair...”

Desde então, passei a viver essa rica experiência de amizade e profunda admiração a esse tão lindo santo. Ingressei na Comunidade Canção Nova no dia 10 de janeiro de 2010. Como toda vocação é provada, é claro que comigo não seria diferente. Porém, com o auxílio de Padre Pio, aprendi a olhar para a cruz com amor e docilidade, pois ela é fonte de sabedoria. Se Padre Pio foi fiel até o fim, é porque ele aprendeu a amar a cruz.

Com alegria renovo o meu 'sim' a cada dia, no desejo sincero de ser fiel até o meu último suspiro, assim como Padre Pio.

São Padre Pio, rogai por nós!

Juliana Moraes
Missionária da Comunidade Canção Nova



EUCARISTIA O PÃO DOS FORTES

As primeiras comunidades eram sustentadas pela Eucaristia, por isso eram cristãos cheios de força e de coragem. Com fé e devoção participavam da Celebração Eucarística sabendo que ali iriam receber o Senhor. 

Nesses últimos tempos, o Senhor quer redespertar a nossa fé, porque precisamos, mais do que nunca, da Eucaristia. Vivemos num mundo pagão, como naquela época, rodeados de uma moral totalmente pagã, longe de Deus. Para nos manter como cristãos cheios de fé que vivem o Evangelho e que marcham contra a correnteza, precisamos do Santíssimo Sacramento. 

Ser cristão hoje é ser mártir, mesmo que não derramemos o sangue nem morramos por Jesus. Neste mundo totalmente contrário à Palavra de Deus, estamos revivendo a fé dos mártires: a fortaleza dos primeiros cristãos. É por isso que o Senhor quer nos fortalecer com o “pão dos fortes”, com o pão dos mártires, o pão dos primeiros cristãos: a Eucaristia. 

Reafirme agora a sua fé: Senhor, perdão por todos os meus pecados, e pelos pecados de toda a humanidade. Dá-nos a graça da conversão e mudança de vida. Dá-nos o Teu Santo Espírito, para que a nossa vida seja transformada. Coloca em nós o arrependimento dos nossos pecados. Dá-nos a contrição perfeita. Sou pecador, mas digo: “meu Deus, eu creio, adoro, espero e amo-vos. Peço-vos perdão para todos os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam”. Obrigado porque estás presente na Eucaristia, e dali levantas a Tua súplica ao Pai, por nós. Obrigado, porque colocas em nosso coração amor ardente pela Tua presença real no Santíssimo Sacramento. Amém.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

TERÇO DA MISERICÓRDIA

GRANDES:
Eterno Pai, eu Vos ofereço o Corpo e o Sangue, a Alma e a Divindade do Vosso Diletíssimo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, em expiação dos nossos pecados e dos do mundo inteiro.

PEQUENAS:
Pela Sua dolorosa Paixão, tende misericórdia de nós e do mundo inteiro.

FINAL:
Deus Santo, Deus Forte, Deus Imortal, tende piedade de nós e do mundo inteiro.

JAMAIS SE ARREPENDERÁS


Jamais te arrependerás de ter refreado a língua, quando teve
Vontade de dizer o que não convinha ou o que não era verdade.
De ter formado o melhor conceito sobre o proceder de outro.
De não ter julgado com severidade os atos alheios, ignorando.
A real motivação de cada ser.

Jamais te arrependerás de ter perdoado aqueles que te magoaram e de ter contribuído com sua evolução espiritual.
De ter cumprido pontualmente suas promessas bem pensadas.
De ser fiel aos compromissos dignos e nobres a que te vinculaste.

Jamais te arrependerás de ter suportado com paciência as faltas alheias.
De ter ignorado as mentiras e as maledicências que te chegaram aos ouvidos.
De ter dirigido palavras bondosas aos desventurados e tristes.
De ter simpatizado com os menos afortunados e de ter realizado algo de efetivo e bom em prol de alguém.

Jamais te arrependerás de ter pedido perdão pelas faltas cometidas.
De ter reparado o mal que causastes.
De ter pensado antes de falar.
De ter honrado a teus pais, agindo com gratidão por todo o bem que deles recebestes.
De ter sido cortês e honesto em tudo e com todos.

Jamais te arrependerás de ter ensinado algo de bom e de verdadeiro a uma criança.
De ter sido capaz de cativar um coração e de ter feito uma amizade verdadeira.
De ter oferecido pão a um faminto e consolo a um aflito;
De desviar do caminho errado e seguir pelo caminho correto, por mais árduo que essa possa ser.

Jamais se arrependeras....
Poder escolher os caminhos dignos que vais seguir no curso de sua Vida.
Poder optar quais posturas honradas que assumirás diante das mais variadas circunstâncias da vida.
Você é o senhor de seus passos e o dono de seu futuro.
Não compete a mais ninguém as escolhas que afetarão a tua história.
Por mais que os terceiros possam atingi-lo, somente os seus próprios atos, suas reações é que definirão os rumos do teu destino.


Padre Vagner Baia Rocha

A PAZ ESTEJA CONVOSCO

Meus irmãos, a passagem bíblica de hoje começa em um ambiente bem complicado. O evangelista João usa expressões que mostram uma situação bem pesada. Ao anoitecer daquele dia, na hora das trevas, os discípulos estavam reunidos com as portas fechadas. Estavam trancados, isolados, com medo dos judeus.

Talvez, hoje, você esteja se sentindo da mesma forma: triste, enfermo na alma, vivendo situações complicadas, cansado e desanimado para rezar, com medo, em um dia de trevas. 

Mas eis que Deus, em Sua bondade, toma a iniciativa e apresenta-se aos discípulos. Jesus entra e coloca-se no meio deles dizendo: "A paz esteja com vocês". Quando Ele fala isso, não é como nós quando desejamos a paz para cumprimentar alguém. Aqui, o Senhor está derramando sobre os discípulos o Seu shalom, a Sua paz. O Catecismo da Igreja Católica vem nos falar sobre essa paz no número 2304-2305: “O respeito e o desenvolvimento da vida humana exigem a paz, que não é somente a ausência de guerra e não se limita a garantir o equilíbrio das forças adversas. A paz não pode ser obtida na terra sem a salvaguarda dos bens das pessoas, sem a livre comunicação entre os seres humanos, o respeito pela dignidade das pessoas e dos povos, a prática assídua da fraternidade. É a ‘tranquilidade da ordem’, ‘obra da justiça’ e ‘efeito da caridade’. A paz terrestre é imagem e fruto da paz de Cristo, o ‘Príncipe da paz’ messiânica.”

O Senhor se apresenta aos discípulos amedrontados para lhes desejar a paz messiânica, que é plenitude de vida, na qual o seu oposto é o vazio. Ele vem para tirar de todos o vazio.

Se hoje você acordou com um vazio no coração, o jeito de preenchê-lo é com a paz de Deus. O seu coração não pode ficar nesse vazio, porque, senão, o inimigo vem e o enche com tudo que não presta.

Muitas pessoas estão preenchendo o vazio da sua alma com aquilo que não presta. Mas Deus está lhe dizendo: “A minha paz esteja convosco, a minha plenitude preenche o vazio de vocês.”

Depois que o Senhor falou isso aos discípulos, aquele ambiente mudou. Eles se alegraram por ver Jesus e ali já não existia mais medo, mas missão. “Então, os discípulos ficaram contentes por ver o Senhor. Jesus disse de novo para eles: ‘A paz esteja com vocês. Assim como o Pai me enviou, eu também envio vocês’. Tendo falado isso, Jesus soprou sobre eles, dizendo: ‘Recebam o Espírito Santo’.”

Só Deus pode preencher o vazio de nosso coração. Mas, se não clamamos por essa paz, o encardido vem para nos oferecer o que não presta. E quanto mais preenchemos o nosso vazio com o que não presta, mais ficamos vazios.

Você que hoje se sente vazio e ainda não fez a experiência com o Senhor ressuscitado, deve ser dependente d’Ele para sentir essa paz. Diga: “Eu preciso da Sua paz e da Sua presença. Tudo o que eu tenho é graças ao Senhor”. 

Esses discípulos não tinham nada além de portas trancadas e medo, e o Senhor os visitou e levou a eles a paz para preencher o coração de cada um. Agora, eles eram homens com vontade de evangelizar.

Vamos pedir o Espírito Santo na nossa vida e essa paz que não é ausência de guerra e de conflito. Podemos até viver muitas coisas ruins, mas com a paz de Deus, pois agora sabemos que a nossa dependência d’Ele é o que nos traz o Seu socorro. 

Para terminar, quero ler o que Santa Faustina fala no número 1134: “O Senhor derramou na minha alma uma paz tão profunda, que nada a poderá perturbar. Apesar de tudo o que está ocorrendo em minha volta, não perco a tranquilidade nem sequer por um momento. Ainda que o mundo todo desmoronasse, nem isso conseguiria perturbar a profundidade do meu íntimo recolhimento onde Deus repousa. Todos os acontecimentos e as mais diversas coisas que sucedem, jazem a Seus pés.”

É o que eu desejo a vocês que estão vivendo momentos de dor, tribulação e vazio. Só Deus pode preencher o vazio do seu coração, porque para Ele não existem portas fechadas.

Que diante da dor, da tribulação e do sofrimento você repita o que disse Santa Faustina, para assim ter uma alma com a plenitude da paz de Deus que preenche a sua alma. Repita comigo: “Todos os acontecimentos e as mais diversas coisas se encontram sobre Seus pés.” Amém.

Alexandre Oliveira
Membro da Comunidade Canção Nova

JESUS , LIBERTE NOSSOS JOVENS DAS DROGAS

Que as palavras de Jesus cheguem ao coração dos nossos jovens, libertando-os do mal das drogas, um dos maiores males deste século.
Jesus ordenou aos que carregavam o caixão que parassem. Então, o Senhor disse: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” (cf. Lc 7,14).
Meus irmãos e minhas irmãs, a Palavra de Deus nos mostra, hoje, a situação dessa pobre mãe viúva e agora mãe de um filho único; e este mesmo está no caixão, morto. Que sofrimento, que dor no coração dessa mãe! E o Senhor Jesus é movido por compaixão: primeiro, Ele ordena à mulher: “Não chores!”.
A ordem que Jesus dá hoje a essa mulher, viúva de Naim, é a ordem que o Senhor quer dar ao coração de tantas mães que choram, que sofrem, que se angustiam, que passam pela dor e pela aflição por causa de seus filhos.
Seus filhos já morreram, já foram para a casa do Pai, ou estão morrendo. Estão morrendo porque estão longe de Deus, porque estão no caminho da perdição, porque estão no caminho das drogas e se entregaram para aquilo que é um dos maiores males deste século.
Eu digo que se tem um mal que o inimigo lançou hoje na humanidade para perder e perverter os filhos e as filhas de Deus, esse mal se chama drogas. Toda e qualquer espécie de drogas.
O alcoolismo é um mal terrível. Infelizmente, tira a sobriedade do coração dos homens e das mulheres. Mas se não bastasse o alcoolismo que deixa tantas pessoas dependentes dele, existe um mal mais terrível ainda que se chama drogas.
Na verdade, os nossos jovens são vítimas deste mal que faz com que eles percam o rumo, a direção. Os jovens são escravizados. Sobretudo, a vontade e o coração. Uma vez que se torna dependente, é difícil se recuperar. Como nossos jovens perdem a direção e o caminho da vida! Mas o mesmo Jesus que diz à mãe: “Não chores”, está dizendo a esta mesma: “Confie, mulher, a graça de Deus pode fazer algo pelo seu filho”. O mesmo Jesus que se volta para o jovem e diz: “Eu te ordeno, levanta-te, sai dessa situação”.
Oremos, meus filhos, por nossos jovens. Não percamos a esperança! Sejamos portadores dessa ordem divina ao coração de qualquer jovem que está se perdendo por esse males terríveis que se chamam drogas e álcool.
A ordem de Jesus é: “Saia! Levanta-te!” Que as palavras de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo cheguem ao coração dos nossos jovens, libertando-os deste mal.
Padre Roger Araújo

NÃO AQUENTO MAIS CARREGAR A MINHA CRUZ QUE FAÇO ?

Abraçar a própria cruz é um ato de fé
Se carregar a cruz fosse algo simples e agradável, Jesus não teria sofrido tanto para carregar a Sua nem teria contado com a ajuda de Simão de Cirene, conforme narra o Evangelho.

Carregar uma cruz… É preciso entender que não se trata de algo que nos trará benefício do ponto de vista humano. Não! Vez por outra, e isso não é raro, olharemos para ela com olhar de relutância, de um peso maior do que podemos suportar. Alguns dirão que não precisamos nos humilhar, que "Deus não quer nosso sofrimento, Ele nos quer sorrindo". Afirmações "clássicas", frases feitas, etc., podem confundir o que é, de fato, verdade: Deus não poupou Seu próprio Filho de percorrer o caminho da cruz.

A cruz que, em Jesus, deixa de ser uma maldição para se tornar caminho de expiação dos nossos pecados, foi feita para ser carregada, e cada um de nós precisa assumir a sua. O Senhor não se omitiu diante da cruz e não omitiu que sofreríamos. Muito pelo contrário, Ele nos disse: "Quem quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz a cada dia, depois vem e segue-me" (cf. Lc 9,23). O que Deus quer é nos dar toda a capacidade para carregarmos nossa cruz, a exemplo de Seu próprio Filho. 
E como responder a essa pergunta: "O que eu faço se não aguento mais carregar a minha cruz?". Em primeiro lugar, precisamos assumir a "nossa" cruz. Ela é só nossa e de mais ninguém, não podemos renegá-la, não podemos querer que outros a carreguem. Não, ela é nossa.

Deus, na Sua infinita e amorosa providência, se encarregará de "aliviar", aqui e ali, esse caminho de cruz. O cireneu vai aparecer no momento em que mais precisarmos, mas precisamos fazer o caminho e, no caminho, experimentar essas manifestações do Senhor que não nos poupa por amor, porque sabe que a nossa humanidade decaída só tem um caminho de purificação: o caminho percorrido pelo Seu Filho Jesus, Aquele que nos amou e se entregou por nós.

Tomar a cruz a cada dia significa que entramos na dinâmica do Reino dos Céus livremente, esperando n'Ele a capacidade para carregá-la, contemplando o socorro de Deus quando, humanamente, não temos mais forças físicas, espirituais nem mentais para ir em frente.

Isso implica, é claro, num ato de fé. Eu creio em Deus, por isso me disponho a carregar minha cruz no dia de hoje. O amanhã não existe, só tenho o hoje, e por isso me disponho a carregá-la.

E não só isso: eu também me disponho a ser feliz apesar da cruz. O ato humano da fé traz para nós esse dom que é graça. Essa dinâmica de me dispor e ser socorrido por ela vai produzir o fruto da virtude da fé na cruz como meio eficaz de redenção e salvação.

Se você não aguenta mais, abrace a cruz. Renegá-la? Ignorá-la? Jamais! Abraçar é um ato de fé. E Deus nos dará o amor para irmos até o fim!


Márcio Todeschini
Comunidade Canção Nova

COMO DIALOGAR COM MEU FILHO ADOLESCENTE

Saiba ser paciente e elogiar
Há um provérbio que diz: “Ame-me quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso”. Na adolescência, o mundo começa a se abrir para a criança. Os pais precisam compreender e ajudar os filhos nesta idade com especial carinho e atenção. Eles já foram adolescentes e devem recordar essa fase da vida. Na adolescência, tanto para o menino como para a menina, há mudanças fisiológicas consideráveis provocadas pelos hormônios do desenvolvimento da idade. De uma hora para outra, eles dão uma espichada no corpo e também no psiquismo. É a fase também em que descobrem o mundo, os amigos, as saídas de casa, as aventuras etc. É a fase da contestação.

O adolescente é como um pintinho que faz força para sair da casca do ovo; ele esperneia, quer se afirmar como “alguém”. “Não sou mais criança”. Algumas vezes, ele mostra alguma agressividade, rebeldia e quase sempre “é do contra”; tudo isto é da idade, e os pais têm que ter sabedoria e paciência para educá-los sem perder a calma. Isto não quer dizer abrir mão dos conceitos do certo e do errado, mas não perder a via do diálogo sem o qual nada será possível. E o mais importante é a amizade e o exemplo. 
Esforce-se para se atualizar na realidade deles; as músicas, o computador, os jogos, as gírias, a moda etc. Não fique para trás; acompanhe-os para ter condições de orientar sem sufocar. Há algo de bom neste comportamento, às vezes excêntrico, que tanto irrita os adultos. É a fase em que o jovem busca a “liberdade” e a “independência”. Daí a importância de eles já terem sido ensinados pelos pais sobre o real sentido da liberdade e da independência, do amor, da fé, do namoro, das bebidas, da droga, da homossexualidade, da disciplina, do respeito aos outros etc., para que não caminhem por vias tortas. O leão é domado mais com uma pedra de açúcar na boca do que com o chicote.

Precisamos ser sábios o suficiente para saber aproveitar toda essa energia acumulada na adolescência. Sem ventos e correntes o barco não pode navegar, mas o marujo precisa saber aproveitá-los para que a viagem seja boa. Saiba dirigir a potência dos seus filhos para atividades que eles gostem e que lhes façam bem. Saibam dosar com inteligência e prudência as reprimendas, castigos e recompensas, tudo muito bem regado com diálogo e boa explicação de tudo. Saiba ser paciente e nunca deixe de dar outra oportunidade para que o jovem possa se redimir do seu erro. E saiba elogiar.

O bom castigo e a boa correção não podem faltar quando a falha é grave; eles, no fundo, querem ser educados e sabem que isso acontece, porque são amados por seus pais. Crianças sem correção chegam à conclusão de que não são amadas pelos pais, que não se interessam por elas. Mas a correção não pode ser violenta e muito menos humilhante. Às vezes, o adolescente irrita os pais e “os tira do sério”, mas é preciso estar predisposto a não perder a calma. O furacão passa. Não dê importância demais às palavras deles, pois, muitas vezes, estão extravasando os seus sentimentos mais secretos. 

Lembro-me de um amigo que chegou às lágrimas quando leu, no diário de sua filha, o seguinte: “Aquele fdp do meu pai não me deixou ir ao show”. Ela já tinha obtido a permissão da mãe, mas o pai não a autorizou. Meu amigo quase morreu de desgosto; eu o fiz ver que a expressão da filha, embora grave, não podia ser motivo de uma crise; tudo devia ser resolvido com uma boa conversa. Pai e mãe precisam conversar antes de autorizar ou não algum pedido deles. Nunca um deles deve autorizar algo complicado sem antes ter falado com o outro. Isso evita que um seja jogado contra o outro.

Conquiste seu filho adolescente, não com o que você dá a ele, mas com o que você é para ele; tenha tempo para ele. Então, poderá educá-lo como deseja e poderá falar para ele dos perigos da vida que os espera e o caminho certo a seguir
Felipe Aquino

VOCÊ CONHECE ALGUÉM QUE VIVE SOLITÁRIO OU NO FUNDO DO POÇO ?

Você conhece alguém que vive solitário ou no fundo do poço do desespero e da depressão? A pessoa que está nessa situação não sente animo algum diante da vida e imagina não ter valor e nem ser importante para ninguém.

Este é um engano terrível, existe alguém que se importa com você, este alguém é Deus. 

Em Isaías 49, 15-16, Ele diz: “Pode uma mulher esquecer-se daquele que amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E mesmo que ela o esquecesse, eu não te esqueceria nunca. Eis que estás gravada na palma de minhas mãos, tenho sempre sob os olhos tuas muralhas.”

Deus nos diz que somos importantes, que temos valor. Ele diz que estamos gravados, cada uma de nós, na palma da sua santa mão. O que isto significa? Que estamos sempre juntos Dele. Não fique olhando para o passado, para os erros, fracassos ou sonhos não realizados. Viva o hoje com toda a coragem.

Risque definitivamente da sua vida a frase “Ninguém se importa comigo”, Deus estará sempre com você aconteça o que acontecer.
Se você cair Ele lhe estenderá a mão, se estiver se sentindo cansado, ele aliviará o seu fardo, se precisa ser perdoado, Ele está sempre disposto a te resgatar. Aprenda a enxergar a vida com os olhos da fé e você será capaz de vencer todas as barreiras.

Meu bom Deus, muito obrigado pela tua graça,
não pagamos nada por ela, é tudo dom gratuito de tua bondade.
Perdoa a nossa ingratidão e faz-nos sempre carentes de tua ajuda.
Muda a nossa maneira de ser,
reforma o nosso procedimento,
faz-nos instrumentos de tua paz e dá-nos o dom do equilíbrio.
Amém!