terça-feira, 17 de setembro de 2013


PARA AMAR É PRECISO ESTAR COM CORAÇÃO EM JESUS

Só é possível amar nossos inimigos se estivermos totalmente em Jesus. Não é possível querer bem àquele que nos odeia se não compreendermos, pelo menos, um pouco do amor que Deus tem por nós.

Como vamos conseguir cultivar a brandura, a humildade, a bondade e a ternura se não olhamos para Aquele que possui todas essas virtudes? Não temos como viver as bem-aventuranças se não temos como nossa referência o Santo dos santos.

Assim como eu, você já deve ter passado por inúmeras situações de dificuldade, certo? Pense então, na situação mais difícil que você viveu na sua vida. Qual foi sua reação diante disso? Você conseguiu ter um coração brando e manso ou sua primeira reação foi se revoltar e buscar vingança? É justamente sobre isso que Jesus está falando no Evangelho de hoje. Ele nos quer santos em todas as situações, não apenas nas facilidades da vida.

Você pode pensar que, hoje, o seu sofrimento é o maior de todos, que não é impossível perdoar a pessoa que fez algo para dividir sua família ou foi a causa do seu desemprego, entre outras coisas. Mas, acredite, perdoar o seu próprio assassino não é fácil, mas foi justamente isso que Jesus fez.

Podemos ir mais longe ainda! Foi justamente isso que Maria fez, perdoando os próprios assassinos do seu Filho. Não existe dor maior do que a de uma mãe que perde seu filho. 

Se eu quero dar uma verdadeira resposta ao mal que me fizeram, eu preciso dar uma resposta boa. Isso só é possível para aquele que está totalmente em Jesus, pois apenas com a graça que Ele nos dá somos capazes de passar pelos nossos sentimentos. 
A falta de perdão nos afasta de Deus e, consequentemente, nos afasta do céu. Aquele que não é capaz de perdoar o irmão jamais poderá ter um coração humilde e manso a ponto de estar na presença de Jesus.

O Evangelho de hoje também nos fala do comportamento que devemos ter diante das necessidades do próximo. Não podemos emprestar algo esperando receber o dobro em troca, ou juros em cima de juros.

Devemos nos desprender das coisas, emprestando o que quer que seja sem esperar receber nada em troca, nem mesmo ficar contando os dias para que sejamos reembolsados.

O Senhor não nos cobra nada pelo que nos faz. Imagine se você tivesse que pagar Deus por tudo que Ele fez pra você até hoje. Comecemos pelo dom da sua vida, ela tem preço? Acredito que não, pense então como você conseguiria pagar por isso.

Tudo o que Deus quer é que você ame seu próximo não por interesse, mas por reconhecer nele a própria face de Cristo. Tenha certeza que não há forma melhor de corresponder ao Pai do que amar seus filhos.

Diante do Evangelho de hoje, talvez, você tem dito: “Mas eu não consigo mais perdoar meu marido”, porém, não sou eu, padre Edimilson, quem lhe pede isso, mas é o próprio Jesus que derrama a graça do Espírito Santo no seu coração para que você seja capaz de passar por cima de qualquer sentimento ruim.

Padre Edimilson Lopes 
Padre da Comunidade Canção Nova

CUIDADO COM ORGUHO ESPIRITUAL

Imagine um lenço branco, seco, limpinho. Se o mergulharmos no azeite, ele ficará tão encharcado que, ao apertá-lo, sairá óleo por todos os lados. 
Assim acontece com quem está cheio do Espírito Santo: nós O transmitimos a todos ao redor.

Quando somos batizados no Espírito Santo de Deus, o que passamos para os outros é o próprio Espírito Santo: quando tocamos alguém, é o Espírito quem o toca; quando oramos por alguém, é o Espírito quem ora; quando pedimos, o Espírito pede, age e faz. É dessa forma que acontece a ação dos dons do Espírito Santo Paráclito.

Muitos têm receio do orgulho espiritual. É preciso buscar sempre a humildade. Mas a humildade está nesta verdade: não sou eu quem realizo prodígios, mas sim o Espírito do Senhor, que está em mim! E se Ele quer que eu O leve a tantos que precisam, eu devo levá-Lo.


Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

COMO VIVER A CASTIDADE ?

A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária
Tenho recebido muitos e-mails de jovens que me perguntam como viver a castidade no namoro; como vencer o vício da masturbação, etc.. Certamente para o jovem cristão hoje, no meio deste mundo erotizado, viver a castidade é uma conquista heroica; pois tudo o convida a viver a vida sexual antes do casamento.  Os filmes pornôs são abundantes nas locadoras, nos canais de TV por assinatura; as músicas estão repletas de letras excitantes; os rebolados indecorosos de moças seminuas na tv , etc., lançam pólvora no sangue dos jovens.
Então, para se viver na castidade hoje, como Deus manda no sexto Mandamento (Não pecar contra a castidade), o jovem precisa ter muito amor a Deus. Só trocamos um amor por outro maior, diz o ditado. Só o amor a Jesus crucificado por nós poderá ser para o jovem de hoje um forte motivo para ser casto e aceitar o que o Papa Bento XVI tem chamado de “martírio da ridicularização”, diante dos que zombam de nossa fé.
A gravidade do pecado da impureza, luxúria, é que com ele, se mancha o Corpo de Cristo. “Ora, vós sois o corpo de Cristo e cada um de sua parte, é um dos seus membros” (1Cor 12,27).  “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (1Cor 6,15).  “Fugi da fornicação. Qualquer outro pecado que o homem comete é fora do corpo, mas o impuro peca contra o seu próprio corpo”. (1 Cor 6,18). São Paulo ensina que devemos dar glória a Deus com o nosso corpo: “O corpo, porém não é para a impureza, mas para o Senhor e o Senhor para o Corpo”. (1 Cor 6,20)
Se você jovem, quer viver a castidade, então, antes de tudo precisa saber o seu valor; para isso escrevi um livro O BRILHO DA CASTIDADE, mostrando toda a sua importância e beleza. Quanto mais for difícil vivê-la, mais bela e mais importante ela será. Vejo o jovem casto hoje como aquele lírio branco que nasce no meio da podridão do lodo. Serão esses jovens que sustentarão a civilização que hoje desliza para o abismo. Para haver a castidade nos nossos atos, é preciso que antes ela exista em nossos pensamentos e palavras. Jamais será casto aquele que permitir que os seus pensamentos, olhos, ouvidos, vagueiem pelo mundo do erotismo. É por não observar esta regra que a maioria pensa ser impossível viver a castidade. Não se iluda. Não brinque com fogo.
“A castidade é a virtude que nos eleva da natureza humana à natureza angélica”, disse o Santo Padre Pio de Pietrelcina. Victor Hugo disse que “A mais forte de todas as forças é o coração puro”.
O Papa Bento XVI no Campo de Marte, São Paulo, em 11/05/2005, disse aos jovens: “É preciso dizer não àqueles meios de comunicação social que ridicularizam a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento”.
Jesus proclamou no Sermão da Montanha: “Bem aventurados os de coração puro porque verão a Deus”. “Para o homem de coração puro, tudo se transforma em mensagem divina”, disse São João da Cruz, doutor da Igreja espanhol. Santo Efrém, também doutor da Igreja ensinava que a castidade nos faz semelhantes aos anjos. Enfim, a castidade é uma virtude dos fortes que se dominam. Paul Claudel disse que “a juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio”.
O Mahatma Ghandi, libertador da Índia, que não era católico, disse que: “A castidade não é uma cultura de estufa… A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária. A vida sem castidade parece-me vazia e animalesca. Um homem entregue aos prazeres perde o seu vigor e vive cheio de medo. A mente daquele que segue as paixões baixas é incapaz de qualquer grande esforço. Deus não pode ser compreendido por quem não é puro de coração”. (Toschi Tomás, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed. Mundo três, SP, 1977, pg. 105s).
Uma vida lutando pela castidade dá ao jovem o autodomínio sobre as paixões e as más inclinações do coração e o prepara, com têmpera de aço, para ser um verdadeiro homem, e não um frangalho humano que se verga ao sabor dos ventos das paixões, da influência da mídia e dos cantos das sereias deste mundo. Eu entendi que a castidade é o esteio que sustenta o equilíbrio de um homem. Os homens e mulheres casados traem seus cônjuges porque não souberam exercitar a força de vontade na luta da castidade. Um casamento forte só pode existir quando ambos aprenderam a se dominar no namoro e no noivado. Mais importante que dominar uma cidade é dominar-se a si mesmo, diz o livro dos Provérbios.
Por tudo isso, jovem cristão, não desanime e nem desista de lutar; cada um de nós tem a sua cruz nesta vida; mas com a graça de Deus é possível carregá-la até onde Deus quer. Tenha uma vida de “vigilância e oração”, como Jesus mandou; esse é o grande remédio para não pecar. Não se entregue a maus pensamentos eróticos e nem aos filmes, revistas e coisas do tipo; fuja disso heroicamente. Suplique sempre a graça de Deus. Consagre-se todos os dias a Nossa Senhora e peça sua ajuda. Participe da Missa e da comunhão sempre que puder, e se confesse sempre que pecar, para ter forças de não cair novamente.
Jamais dê ouvidos a quem lhe disser que “a masturbação não é pecado”, e que o sexo no namoro também não é; pois o Catecismo da Igreja afirma sua desordem. Ainda que você caia, se continuar a lutar, se continuar a dizer não ao pecado no seu coração, levante-se, se Confesse com um sacerdote e continue sua luta e sua caminhada. Não importa quantas vezes você cai; importa que se levante. Jesus sabe que você está numa guerra e que numa guerra às vezes o soldado pode cair e ser até baleado, mas nem por isso deve desistir de lutar.
Muitos são os psicólogos não cristãos, e também outros “orientadores”, e a mídia de modo geral, que induzem o jovem à masturbação, ao relacionamento sexual no namoro e fora dele, etc.
O namoro não existe para que vocês conheçam os seus corpos, mas as suas almas. Alguns querem se permitir um grau de intimidade “seguro”, isto é, até que o “sinal vermelho seja aceso”; aí está um grave engano.  Quase sempre o sinal vermelho é ultrapassado, e muitas vezes acontece o que não deve. Quantas namoradas grávidas…
Um namoro puro só será possível com a graça de Deus, com a oração, com a vigilância e, sobretudo quando os dois querem se preservar um para o outro. Será preciso então, evitar todas as ocasiões que possam facilitar um relacionamento mais íntimo. O provérbio diz que “a ocasião faz o ladrão”, e que, “quem brinca com o perigo nele perecerá”. É você quem decide o que quer.
O jovem casto é hoje a esperança de Deus e da Igreja para renovar esse mundo apodrecido pelo pecado do sexo que profana a mais sagrada criatura que é templo do Espírito Santo.  São Paulo diz que: “de Deus não se zomba. O que o homem semeia, isto mesmo colherá” (Gl 6,7);  a castidade que o jovem semear na juventude será transformada em frutos doces na sua futura vida familiar.
Prof. Felipe Aquino

ENFIM , UMA SOLUÇÃO !

A fé é a nossa grande resposta
Os nossos sentidos, auxiliados por dispositivos especiais, sem recursos palpáveis, têm a capacidade de ir além do verificável a olho nu. Assim, conseguem captar ondas de rádio, perceber ultrassons, descobrir a ação de micro-organismos, “ver” os átomos e decifrar o DNA. Isso é inalcançável para os animais. 

Tornou-se princípio muito comum dos cientistas só aceitar como realidade aquilo que pode ser comprovado pelos sentidos. Isso alija, de entrada, toda a rica realidade da metafísica, descoberta pelos grandes filósofos da história. Seu instrumento de trabalho, além dos sentidos, foi a inteligência, faculdade que nos projeta para verdades para além dos sentidos, como a descoberta da vida após a morte, a necessidade de haver um Criador ordenando o cosmos, e saber conviver com o fato de que tudo no universo tem razão de ser.

Mas além disso, existe uma riqueza infinita de realidades sobrenaturais totalmente herméticas, que só se podem alcançar por uma chave de leitura surpreendente que chamamos de fé. Se ela não fica na esfera do verificável, não é prova de que as verdades por ela aceitas não existem. 
A fé é nossa grande resposta para entrarmos num âmbito de belezas inimagináveis. “A fé é um modo de já possuir o que se espera” (Hb 11,1).

Qual é o palco infinito que a fé nos abre? Saber que Deus é um ser perfeitíssimo e que seus objetivos para conosco são de partilhar sua felicidade. Descobrimos que não somos frutos do acaso, mas que estamos em seus pensamentos.

A fé que acolhemos como dom divino nos desvenda que Jesus, nosso Salvador, é o ponto máximo de todo o universo, e que a Sua vida representa a melhor solução para a nossa plena realização. Aceitamos com alegria total que o Espírito nos concede os dons máximos da Igreja, da salvação eterna, da Palavra divina, da Eucaristia.

Neste Ano da Fé, prestes a terminar, queremos dar com coragem, esse salto para o invisível, para usufruir seus enormes benefícios.

Segundo nos relatam os noticiários, os sul-coreanos inventaram uma garrafa que transforma a água do mar em água doce. Há muita gente, em alto mar, morrendo de uma sede atroz. A única maneira de não morrermos de uma sede devoradora é nos abrirmos para a fé. “O que vence o mundo é a nossa fé” (1Jo, 5,4). 

Dom Aloísio Roque Oppermann, scj
Arcebispo Emérito de Uberaba (MG)