quarta-feira, 28 de agosto de 2013


SUA ALMA ANDA INQUIETA ?

A alma que anda inquieta precisa encontrar um repouso, um sentido para tudo aquilo que faz. Que o nosso coração inquieto repouse no coração do Pai.
Celebramos, na liturgia de hoje, Santo Agostinho. Lembrávamos, no dia de ontem, a mãe dele, Santa Mônica, e também vimos que tudo o que ele é, foi e será para a Igreja é graças às lágrimas e às orações convincentes de Mônica.
Santo Agostinho andou perdido nos caminhos da vida e deu muito trabalho para sua mãe. Ele viveu distante, longe como um filho errante, perdido nas estradas da vida.
Quando lemos a grande obra escrita por ele, a qual retrata sua vida e lembra as lágrimas de sua mãe, chamada ‘As confissões’, o santo mesmo se manisfesta: “O meu coração estava inquieto, enquanto não repousava em Deus”. Mas que inquietação era essa? De uma alma que buscava, nos prazeres, nas satisfações da vida, nas alegrias do mundo, o sentido para a sua vida, mas nunca o encontrava.
“Eram prazeres momentâneos”, recorda Santo Agostinho em sua obra ‘As confissões’. “Eram prazeres de horas, coisas que me faziam curtir a vida, no entanto, ela só encurtava e eu não encontrava nenhum sentido e nenhuma direção.”
A alma que anda inquieta, perturbada, encontra-se sem sentido muitas vezes; faz muitas coisas, corre para lá e para cá, mas precisa encontrar um repouso, precisa encontrar um sentido para tudo aquilo que faz. E foi no coração de Deus, no coração de Jesus que Agostinho encontrou seu referencial.
Foi o coração do Senhor que converteu o coração do jovem Agostinho. Aquilo que antes para ele era prazeroso, tornou-se algo fatigante; aquilo que antes lhe causava repugnância e não o fazia sentir nenhum prazer pelas coisas de Deus, tornou-se o sentido e o prazer para sua vida.
Por isso Agostinho consagrou a sua vida inteiramente a Deus, tornou-se bispo de Hipona. Ele trouxe ensinamentos iminentes para a Igreja da sua época e para a Igreja de todos os tempos.
A Igreja bebe da sabedoria que vem do coração convertido deste santo, um coração que experimentou as doçuras de Deus e, por isso, sua alma tornou-se um referencial para todos nós.
Nós que estamos no caminho da conversão, da mudança de vida, precisamos, a cada dia, nos encontrarmos com o Senhor. Que o nosso coração inquieto, perturbado, repouse no coração do Pai.
Padre Roger Araújo

SANTO AGOSTINHO

Celebramos neste dia a memória do grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de Deus.
Aconteceu que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.
Com a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória, os profundos e famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.
O seu processo de conversão recebeu um “empurrão” quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite: “Toma e lê”, e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por Jesus:“…revesti-vos do Senhor Jesus Cristo…não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências”.
Santo Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio. Depois de “perder” sua mãe, voltou para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade. Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo, sábio, apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade.
Santo Agostinho, rogai por nós!

O PODER DA ORAÇÃO

“Um dia, Jesus estava orando num certo lugar. Quando terminou, um de seus discípulos pediu-lhe: ‘Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou a seus discípulos’. Ele respondeu: ‘Quando orardes, dizei: Pai, santificado seja o teu nome...’” (Lc 11,1-2).

Quando se fala em “poder” da oração, imediatamente pensamos naquela que realiza todos os nossos desejos, cura todas as nossas enfermidades e nos liberta de todo e qualquer mal. Imaginamos a oração como uma fórmula infalível para nunca mais passarmos por quaisquer tribulações e adversidades. Então, por que ficamos sem palavras diante daquela pessoa orante e piedosa que sofre tanto em sua vida? Será que Deus a desamparou?

Não, meus irmãos! Deus jamais abandona um filho Seu. E a razão disso é que Ele é Pai. Um amoroso Pai! O nosso Pai. Foi isso que Jesus revelou àquele discípulo ante o seu sincero pedido: “Senhor, ensina-nos a orar”. A grande lição do Mestre referente à oração foi nos mostrar que ela consiste num diálogo paterno. Jesus nos indica que oração é intimidade, é relacionamento com o Senhor.

Num tempo em que se busca combater a solidão da alma com relacionamentos virtuais, provisórios e, muitas vezes, fúteis; num tempo em que cada vez mais se evita ter aquela conversa “olhos nos olhos” dentro do sagrado território familiar; que os cônjuges, os pais e os filhos não encontram mais espaço para partilhar os tesouros e as angústias da própria alma, Cristo vem nos lembrar: “O nosso Pai nos quer junto de Si. Venham dialogar com Ele!”. A oração é, portanto, esse maravilhoso relacionamento de um filho que sabe não ser órfão nessa vida. Afinal, ele tem um Pai que o ama!

Assim, sempre que oramos, tocamos nesse poder que nos impulsiona cada vez mais à frente. Não caminhemos amedrontados! Muito pelo contrário, lancemo-nos com confiança rumo à meta (o Céu!), segurando na mão d’Aquele que nos chama de filhos amados.

Fazendo em cada oração essa linda experiência de relacionar-se com o Pai, descobre-se o eficaz antídoto para a solidão, para a tristeza e para aquela terrível dor que insiste em assolar nossa alma. Eis aí a importância do combate na oração, porque o mal quer, a todo custo, nos levar a acreditar que somos órfãos de Deus.

Penso que o grande poder da oração está em nos assegurar, aconteça o que acontecer na vida, essa verdade irrefutável: quem ora jamais está sozinho. E quem caminha nessa certeza vive mais feliz!

Faça a experiência de tocar no verdadeiro poder que existe nesse diálogo com Deus: amor, perdão, cura, fortaleza, filiação. É nessa íntima relação com o Pai, por meio da oração, que vamos sendo restaurados e lapidados como um precioso diamante, pois somos todos valiosos para Deus!

Termino esse artigo com um maravilhoso ensinamento que li no primeiro livro cristão que ganhei de presente, logo no início da minha caminhada com o Senhor, há mais de 25 anos. O livro chama-se "Cristo Minha Vida”, da autoria de Clarence J. Enzler. Nele, há um capítulo no qual Jesus nos fala a respeito da oração. Compartilho com você esse pequeno trecho, na esperança de que ele o faça cada vez mais fiel em sua oração diária no concreto da vida, para que seu ânimo, assim, jamais desfaleça: “Jamais deixes passar o dia sem rezar, vocal ou mentalmente. Fala comigo, com a certeza de que estou em tua alma, vendo-te, ouvindo-te, conhecendo-te, compreendendo-te. Fala comigo como teu maior amigo” (II Parte, Capítulo VII).

Alexandre Oliveira
Membro da Comunidade Canção Nova

SANTA MISSA





A Missa foi instituída por Cristo como perpetuação e renovação do sacrifício do Calvário. Nela, Cristo sacerdote e Vítima, se oferece a Deus Pai para pagar os pecados dos homens.

Na Missa, Cristo, a quem o sacerdote empresta sua voz, pois atua “in persona Christi”, se dirige a Deus Pai. Por isso, o Padre se volta para a cruz, para o sacrário, e não para o povo.

A Santa Missa é a renovação incruenta do Sacrifício do Calvário. É o mesmo e único sacrifício infinito de Cristo na Cruz, que foi solenemente instituído na Última Ceia. Nesta cerimônia ímpar, Cristo é ao mesmo tempo vítima e sacerdote, se oferecendo a Deus para pagamento dos pecados, e aplicando a cada fiel seus méritos infinitos.

OS PROBLEMAS SÃO VERDADEIROS TRAMPOLINS NA NOSSA VIDA

Nós somos sacrários vivos do Espírito Santo, aonde vamos, Ele vai, por isso, precisamos “levá-Lo” conosco, – clamando pela presença d’Ele – para que Ele vá santificando tudo à nossa volta e operando curas, milagres e prodígios.

A vida do Espírito Santo vive em nós, ela está borbulhando em nosso interior. Ela nos anima, transforma e fortalece cada vez mais. Mesmo se morrermos, Ele estará conosco, pois somos templos e verdadeiros santuários d’Ele. 

O apóstolo Paulo sabia que precisava “alçar vôo e bater asas”. Nós podemos fazer o mesmo que ele fazia. O Espírito Santo nos quer dar a mesma graça, basta orarmos e clamarmos por Sua ajuda. Você pode enfrentar muitas “alturas”, medos e muitos problemas. Imagine a águia-mãe forçando a águia-filha a voar; ela vai a empurrando até que a filha abra as asas, batendo-as. Muitas vezes, eu digo que sou como um menino que anda na corda bamba; e quem anda nela não pode parar, pois se fizer isso cairá. Seja qual for a situação em que você se encontra, você também tem “asas” e tem o Espírito Santo dentro de você. Ele é um Espírito vivificante. 

Diga comigo: “Glória a Deus que a minha vida é um constante problema, pois assim preciso ‘bater asas’. Benditos problemas que me empurram e me fazem ‘voar’. Obrigado, Senhor, pelos meus inúmeros problemas, pois posso ‘alçar vôo’ e ir cada vez mais alto”.

Benditos os problemas que são verdadeiros “trampolins”, levantando-nos e nos ajudando a “alçar vôo”, porque são eles que nos tornam flexíveis, para que “saltemos” para a vida, para a ressurreição, para o “alto”

Repita comigo: Espírito Santo, Você está dentro de mim, vem e vivifica a minha vontade, para que esta me motive por dentro. Preciso recuperar minhas forças e determinação para bater ‘asas’ e assim ‘alçar’ vôo’ rumo ao céu. 
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

PEÇAMOS AJUDA AO NOSSO SOLDADO PROTETOR

Todos os dias, precisamos tomar um bom propósito para vivermos, mas “sem a graça que acode, nada o homem pode, nenhum bem há nele”.
Como proceder então? Peçamos ao nosso anjo da guarda que nos inspire santos propósitos e nos ajude a vivê-los. Ele está sempre à nossa disposição e precisamos contar com ele sempre, porque faz parte da missão dele nos reger, nos guardar, nos governar e nos iluminar.
Santo anjo da guarda, ilumine a nossa inteligência para que saibamos o que agrada a Deus e para que vivamos nos Seus caminhos.
Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me confiou a Piedade Divina, sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine.
Amém!
Luzia Santiago

PAI UM VÍNCULO DE AMOR

Ser pai é vocação e dom
A importância da figura paterna na vida de uma pessoa acontece de diferentes formas em cada fase da vida. Pensando nos aspectos psicológicos, podemos enumerar diversas situações de importância. Freud, em seus estudos, escreveu: “Não posso pensar em nenhuma necessidade da infância tão forte como a necessidade da proteção de um pai". Isso nos leva a pensar em quão necessário ele se faz na vida de uma pessoa.

A forma de relacionar-se dos pais com os filhos difere-se, claro, do papel materno. A gestação é da mãe, mas a presença física, carinhosa, afetiva, representa os primeiros processos amorosos na relação pai-filho e, certamente, quando bem vivida, dá à mãe maior estabilidade emocional, sentimento de ser acolhida e apoiada nesta bonita fase de sua vida. A figura paterna presente, segundo estudos, sugere melhor desenvolvimento cognitivo e social na aprendizagem e na integração com as outras pessoas. Claro que este não é um fator decisivo, mas é importante. Em geral, o pai é a primeira pessoa que ajudará o bebê a desvincular-se do colo da mãe e estar com outras pessoas.

Muitas pessoas relatam a “falta do pai, a ausência”, a dor de não ter tido o amor do pai ou mesmo o fato deste não estar com a família. É certo que muitas famílias contam com o pai como provedor de recursos aos filhos e nem sempre fica claro para eles o quanto o pai também ama desta maneira. 
Em quais aspectos a figura paterna pode auxiliar um filho? Em uma vida emocional equilibrada, no crescimento de sua autoconfiança quando reconhecida em suas capacidades e reforçada a tomar atitudes, a viver bem os aspectos de limites, de ganhar e perder, e com isso saber lidar com frustrações, no respeito às autoridades, bem como na percepção de seu papel na sociedade. “Quanto maior é a participação e o envolvimento do pai no crescimento e na educação da criança, melhor é a qualidade da relação que se estabelece entre ambos” (Pupo, I).

Claro que os papéis de pai e mãe nem sempre são representados pelos pais biológicos por diversos motivos, mas é a partir de figuras que ocupem este lugar e sejam responsáveis por este filho que a criança ou adolescente poderá, de forma saudável, explorar o mundo, encontrar apoio e perceber-se confiante quanto a si mesmo ou mesmo com relação às pessoas que estão ao seu redor, favorecendo sua relação com o mundo.

Desejar um filho é diferente de assumir o papel de pai. Estes possuem expectativas, fantasias, preocupações que se materializam a partir do nascimento. Quantos pais que estão lendo este artigo agora não se viram ou se veem assim?

Amor é o nome do vínculo que muda a história de um homem ao assumir seu papel como pai; em meio às incertezas, aos medos, às expectativas, e também às alegrias, à união familiar e aos relacionamentos positivos, os pais favorecerão, independente da condição da família, o melhor para seus filhos que, claro, não chegam com “manual de instrução”. No entanto, a força desse amor de doação permitirá que as alegrias possam ser muito mais valorizadas que as dificuldades.

Ser pai é vocação e dom, um presente que cada um de vocês, pais, receberam. É uma missão árdua, cheia de preocupações, certamente, mas, acima de tudo, cheia de conquistas, alegrias, vivência, cuidado, amor e vida.
Elaine Ribeiro

NOSSA PRIMEIRA VOCAÇÃO É DE SER SANTOS

O grande apelo do Senhor a nós é para que sejamos santos. Para isso existem as vocações específicas, que nos guiam nesse mundo para aquilo que é a vontade do Pai.

Quando um casal se une no matrimônio, é para que ambos se santifiquem. Também o sacerdote tem como obrigação ser cada dia mais santo quando aceita o sacerdócio de Jesus. O mesmo acontece com os celibatários que devem manifestar a beleza desse estado de vida para o mundo e ser sinal de santificação não só para si, mas para todos.

Assim como Jesus diz, na passagem de hoje, a sua vida precisa ser santificada sobre a rocha, que é o próprio Cristo.

Quando você se afasta da rocha e constrói sua experiência religiosa longe dela, não está firmando boas bases. Ao primeiro vento do relativismo, será levado para onde ele estiver soprando.

A Igreja já passou pelas piores enchentes e tempestades, mas continua firme até hoje. Isso aconteceu, porque, apesar das falhas, nunca esquecemos que Cristo é a cabeça da Igreja.

Não é tempo de murmurarmos contra a Igreja e fazer comparações apenas por conveniência. Ao contrário, é tempo de rezar para que sejamos cada vez mais santos e dignos de fazer parte desse Corpo Místico.

Não faça como o povo escolhido fez tantas vezes enquanto estava no deserto, que murmurava quando a água era pouca, quando a comida não era farta ou quando as distâncias eram cada vez maiores. Infelizmente, muitas vezes, temos saudade do homem velho e começamos a murmurar sobre como a vida era mais fácil quando fazíamos parte do mundo e não havia compromisso de seguir Cristo. Mas essa é a última tentativa do demônio para nos tirar do caminho da Terra Prometida.
Não sejamos gente de pouca memória. A nossa Igreja possui uma longa tradição. Se você pegar qualquer bispo católico do mundo e for ver quem o ordenou, depois o bispo que ordenou esse bispo, e assim por diante, vamos chegar no apóstolo Pedro.

Isso só mostra que não estamos firmados em qualquer lugar, mas sim n'Aquele que instituiu a Igreja para o mundo.

Você, acreditando ou não, a Igreja é Santa! Por pior que sejam as fraquezas dos homens que fazem parte da Igreja militante, a Igreja sempre será santa, pois foi instituída por Aquele que é três vezes Santo.

Cristo deixou a Igreja para que, por meio dela, fôssemos cada vez mais santos. Por meio dela recebemos todas as graças que necessitamos. Quem está na Igreja não está só, e por isso o nosso Papa emérito Bento XVI diz: “Quem crê nunca está sozinho nem na vida nem na morte”.
Padre Edimilson Lopes 
Padre da Comunidade Canção Nova