sexta-feira, 12 de abril de 2013


"Somente comportando-nos como filhos de Deus, sem desanimar com as nossas quedas, com os nossos pecados, sentindo-nos amados por Ele, a nossa vida será nova, animada pela serenidade e pela alegria. Deus é a nossa força! Deus é a nossa esperança!" Papa Francisco

Leia na íntegra
http://papa.cancaonova.com/catequese-do-papa-francisco-100413/
Somente comportando-nos como filhos de Deus, sem desanimar com as nossas quedas, com os nossos pecados, sentindo-nos amados por Ele, a nossa vida será nova, animada pela serenidade e pela alegria. Deus é a nossa força! Deus é a nossa esperança!" Papa Francisco"

MISSÃO DA MULHER


O obrigado ao Senhor, pelo seu desígnio sobre a vocação e a missão da mulher no mundo, torna-se também um concreto e direto obrigado às mulheres, a cada mulher, por aquilo que ela representa na vida da humanidade” (João Paulo II).
A mulher vem se destacando, nos últimos séculos, como uma das maiores responsáveis pelas transformações ocorridas na sociedade. Hoje, encontramos mulheres na política, na cultura, na educação, no esporte, na economia e, é claro, na vida da Igreja. Mas afinal, quem é essa figura que conquistou tanto espaço em nosso tempo? O que é ser, de fato, uma mulher?
Esta pergunta não é tão simples de responder, dado o maravilhoso mistério da dignidade, vocação e missão da mulher. “Ela é criada à imagem e semelhança de Deus para ser, no mundo, um sinal de amor e santidade”, disse o beato João Paulo II.

O feminismo trouxe transformações radicais no comportamento das mulheres nos últimos anos. Bandeiras pró-aborto, de liberdade sexual e reprodutiva estão no rol dos 'direitos' reivindicados pelo movimento
Um dos principais responsáveis pelas transformações do comportamento feminino na sociedade é o movimento feminista. A primeira onda de feminismo surgiu na França, no Reino Unido e nos Estados Unidos, entre os séculos 19 e 20,  com o movimento ‘sufragista’, que defendia o direito de voto às mulheres. Já nos anos 60, surgiu o feminismo radical com o movimento da “libertação das mulheres” e da “queima dos sutiãs”. Duas pensadoras influenciaram o movimento de cunho sexista: Betty Friedan, com o livro ‘A mística feminina’, e Simone Beauvoir, com a obra ‘O segundo sexo’Ambas as obras defendem que os cuidados com maridos e filhos, fruto de uma sociedade patriarcal, são uma ameaça para a identidade da mulher.
Este feminismo assume, ao longo dos anos, um caráter ideológico, filosófico e político; e as mulheres passam a colocar, no rol dos seus direitos, o sexo livre, a independência do corpo, o direito ao aborto e à contracepção.

"Eu penso que o movimento feminista foi contaminado ao longo dos anos, o que chamo de um feminismo machista", diz Dra. Lenise.
Já em sua terceira fase, o feminismo reassume a luta pelos direitos civis da mulher com melhores condições de trabalho, a luta contra a discriminação e a violência doméstica e sexual , um maior espaço na política e na cultura; no entanto, questões ideológicas radicais contra a vida e a família ainda permeiam a bandeira do movimento.
“Eu penso que o movimento feminista tem alguns aspectos muito importantes como o desenvolvimento da mulher e o fato de a colocarmos com os mesmos direitos e dignidade. Mas há também uma distorção neste processo, algo que eu chamo de “feminismo machista”, ou seja, mulheres que, de certa forma, querem ser iguais aos homens. No entanto, se você quer ser igual ao homem, é porque acredita que ele é melhor do que você”, diz Dra Lenise Garcia, professora da Universidade de Brasília.
“O feminismo foi causando na mulher uma autossuficiência, como se ela não precisasse do homem nem para ter filhos. O fruto desta mentalidade foi o fechamento para o amor”, disse Emmir Nogueira, formadora da Comunidade Shalom.
“Essa mentalidade trouxe sérias consequências para a identidade da mulher, já que sua vocação é, justamente, doar-se para gerar vida. João Paulo II disse, na encíclica Mulieris in Dignitatis, que a vocação da mulher é ser mãe, seja de forma biológica ou espiritual, porque a mulher foi feita para doar-se e gerar vida”, conclui Emmir.

A vocação da mulher é ser mãe, um amor que transborda em vida
“Muitas foram as conquistas da mulher nos últimos anos, mas penso que a maior vitória é a sua identidade e também a sua maternidade”, relata a teóloga focolarina Rosa Ayer.
Muitas se perguntam: “Será que, na busca pelo espaço no mercado de trabalho, a mulher se esqueceu do lar? Por outro lado, a atuação dela deve ser somente no cuidado com a família? Será que sua essência e vocação estão apenas encerradas na maternidade e nos cuidados domésticos?
O Papa Bento XVI, ainda como cardeal Ratzinger à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, respondeu estas perguntas em uma carta pastoral dirigida aos bispos de todo o mundo, na qual ele fala sobre “a colaboração do homem e da mulher na Igreja e no mundo”. Nesta carta, o Santo Padre diz que “embora a maternidade seja um elemento chave da identidade feminina, isso não nos autoriza, absolutamente, a considerar a mulher apenas sob o perfil da procriação biológica”. Ele ainda exorta: “Pode haver, nesse sentido, graves exageros que exaltam uma fecundidade biológica em termos vitalistas e que, frequentemente, são acompanhados de um perigoso desprezo da mulher”.
Com relação ao campo de trabalho e ao espaço da mulher na família, o Pontífice ainda acrescenta: “As mulheres que, por usa vez, desejarem realizar também outros trabalhos poderão fazê-lo em horários adequados, sem serem confrontadas com a alternativa de mortificar a sua vida familiar ou, então, arcar com uma situação habitual de estresse que não favorece nem o equilíbrio pessoal nem a harmonia familiar”.
Segundo o então cardeal Ratzinger, a identidade da mulher está na sua “capacidade para o outro”, em doar-se para gerar vida na família e na sociedade, pois esta é, segundo ele, “uma realidade que estrutura, em profundidade, a personalidade feminina”

OS ANJOS ESTÃO A NOSSO FAVOR

Se trazemos coisas más para dentro de nossa casa, elas transformam nosso lar em um pedacinho do inferno. Isso não é exagero! Assim como, quando oramos, nossa casa se enche de anjos, e eles entram em ação, também quando permitimos que entrem essas coisas [más] em nossos lares, damos espaço para o diabo e seus anjos decaídos ali habitarem. Então, em vez da sua casa ser um lugar de paz, torna-se um campo de guerra. 

A palavra “diabo” vem do grego diabolos, que quer dizer “divisor”, “divisão”; é uma fonte de divisão. Com isso as brigas começam, pois as pessoas desse lar não se amam mais. Por exemplo: é comum ver numa turma de garotos, quando dois estão brigando, os outros ficarem atiçando, provocando os que brigam, porque o que eles querem é ver briga. E depois ficam caçoando dos que estavam brigando e se machucaram. Infelizmente, o que o diabo faz é isso.

Agora você sabe de onde vem tanta confusão. Muitos de nós enchíamos nossas casas com produtos dele e não imaginávamos o prejuízo para nós e para o nosso lar. Quando víamos as consequências em nossos filhos chegávamos a pensar que eles haviam aprendido na rua. Eles tiveram oportunidades lá fora, é verdade, mas o vírus foi contraído dentro de casa, por meio de vídeos, músicas, palavras e comportamentos.

Por isso, é preciso purificar nossos ambientes e a nossa casa. Pedir que Jesus reine e sermos orantes para que o Senhor e Seus anjos estejam em combate.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

O ESPÍRITO SANTO NOS ESTIMULA A CAMINHAR

Com quem vou comparar essa geração?' Jesus estava falando para aquela geração, mas hoje Ele está falando da nossa. A nossa geração é assim. "Tocamos flauta e vocês não dançaram, tocamos luto e vocês não choraram..." Essa geração não sabe o quer, não sabe o que faz.
Principalmente os nossos filhos, mas também os nossos pais, familiares, vizinhos não sabem o que querem, não sabem a quem seguirem. 
Eles não têm culpa, pois não foram evangelizados, não conhecem Jesus. E por isso são como essas crianças que não sabem o que querem; nem uma coisa nem outra está boa.
Eu tenho certeza que a sua história é igual ou parecida com a minha. Mesmo que você não fosse uma pessoa má, mas era como as crianças do Evangelho. Faz parte de uma geração que não sabe o que quer, como ovelha sem pastor. 

Há outros que tiveram o seu encontro pessoal com Jesus, foram batizados no Espírito Santo e hoje estão caídos, enfraquecidos, derrotados com os problemas. 
Vou comparar os cristãos de hoje em dia com um subir de elevador. Existem prédios altíssimos, que para chegar no último andar é preciso pegar o elevador. Mas, mesmo chegando no último andar, de elevador, é necessário sair de dentro dele, caminhar para chegar ao lugar desejado.
O batismo no Espírito Santo é assim. Ele me tirou do buraco e me levou lá para cima e faz o mesmo com você.

E o batismo no Espírito Santo é como o elevador. Mas quando chegamos lá em cima, nos sentimos o máximo, porque com o batismo também vem os dons, mas com isso você viu que para continuar o caminho você deveria caminhar muito, "ralar demais". Por causa disso muitos começaram a se acomodar e agora estão todos "dodóis", onde qualquer probleminha os põe no chão.

Nós queríamos que o Senhor nos tirasse dos problemas, mas temos que entender que problemas sempre existirão e o que precisamos fazer é enfrentá-los com a virtude do Espírito Santo. E quantos de nós temos nos atolado nos pequenos problemas... Eu não estou menosprezando os seus problemas, mas estamos nos tornando "moles".

A apresentação de dança que vocês assistiram há pouco, só conseguiu ser uma boa apresentação porque treinaram muito. Está escrito "Desde os dias de João Batista até agora o Reino do Céu sofre violência, e são os violentos que o conquistam" (Mt 11,16). Não é violência contra os outros, é violência consigo mesmo, que enfrenta de cara as dificuldades, porque problemas sempre teremos.

Os problemas sempre vão se mostrar para você insuperáveis, dizendo que você não é capaz, porque ele é um problema. Mas lembre-se que você ficou cheio do Espírito Santo quando você foi levado para o alto no "elevador" e foi batizado pelo Espírito Santo. Portanto, por causa do Espírito Santo você é um consagrado.

Os teólogos dizem que o casal é consagrado pelo Sacramento do Matrimônio. Portanto, não somente um é consagrado, mas os dois. Mesmo que você tenha casado com um "turrão" ou com uma histérica, você é um consagrado. Se você foi crismado ou batizado você é um consagrado. 

Se Deus é por nós quem será contra nós? O problema vai desafiar você e vai te enganar dizendo que você não conseguirá superá-lo, mas isso não é verdade, pois você é cheio do Espírito Santo. E eu te digo: você pode olhar de frente para os seus problemas, porque você é um consagrado. E talvez você, por saber disso, pense que Deus vai tirar o problema de você, mas Ele não vai tirar. Ele vai te capacitar para que você supere a cada dia. 

Você é um consagrado, para preparar a segunda vinda do Senhor Jesus. Você está entendendo porque você precisa ter têmpera, o porque você não pode ser mole? Não estou criticando você. Estou apenas fazendo o papel do problema, para que você use a força de Deus que está em você. Acorda, filho, levanta! Você tem virtude, tem têmpera. Problema você sempre terá, mas você é um vigia que espera a segunda vinda do Senhor.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

MOSTRAI-NOS A VOSSA ADMIRÁVEL MISÉRICORDIA

“Guarda-me, ó Deus, porque em ti confio. A minha alma ao Senhor: Tu és o meu Senhor, a minha bondade não chega à tua presença. Mas aos santos que estão na terra, e aos ilustres em quem está todo o meu prazer. As dores se multiplicarão àqueles que fazem oferendas a outro deus; eu não oferecerei as suas libações de sangue, nem tomarei os seus nos meus lábios. O Senhor é a porção da minha herança e do cálice; tu sustentas a minha sorte. As linhas caem-me em lugares deliciosos: sim, coube-me uma formosa herança. Louvarei ao Senhor que me aconselhou; até os meus rins me ensinam de noite” (Sl 16,1-7).

Refletindo e rezando, neste versículo, vemos que o salmista está clamando a Misericórdia do Senhor. Apesar de tantos milagres e sinais, no Antigo Testamento, o povo ainda queria mais.

Podemos dizer que o salmista, no íntimo do seu coração, quis contemplar a Misericórdia do Pai, a qual é o próprio Jesus. Neste Salmo, vemos que eles têm o desejo de ver o Filho de Deus, pois Ele é o Senhor revelado a nós. Somos felizes, porque podemos contemplá-Lo e tocá-Lo, pois Ele está no meio de nós.

“Ora, havia alguns gregos, entre os que tinham subido a adorar no dia da festa. Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que era de Betsaida da Galiléia, e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus” (São João 12,20-21).

O Pai já nos revelou a Misericórdia, que é Jesus, por isso temos de acreditar e parar de pedir para Ele no-la mostar, porque Ele nos pede para que confiemos no Seu Filho Jesus.

O Senhor quer nossa confiança, Ele quer nos ver dando passos na fé.

Uma pessoa que acredita em Deus, mesmo no sofrimento, permanece fiel, mas para isso é preciso confiar que Ele é nossa Misericórdia.

Para que Deus possa agir em nossa alma precisamos acreditar n'Ele. No entanto, não basta apenas dizer, é preciso confiar, com a vida, nos pequenos gestos, pois Ele se revela em tudo.

É urgente que todos proclamemos, a todos os cantos, que Jesus é a Misericórdia de Deus que se revelou a nós.

Quando começamos a acreditar e a viver como Jesus deseja, tudo na nossa vida melhora; afinal, não há outra solução a não ser voltar para a misericórdia de Deus, pois, muitas vezes, damos poder a pessoas e outras realidades na nossa vida sem necessidade. Temos de ter consciência e confiar que somente Deus tem o poder de restaurar a nossa vida.

O Senhor também quer que peçamos a Ele a graça de fazermos a experiência da Misericórdia na nossa vida, e para isso precisamos dar passos na fé.

Quem crê verá a glória de Deus; contudo, precisamos saber esperar, pois Ele sabe o que é melhor para cada um de nós. Peçamos ao Senhor a sabedoria de esperar a Sua Misericórdia na nossa vida.

Que Jesus Cristo acalme nosso coração para que tudo possa acontecer no tempo que Ele tem para nós. Aos poucos e com muita paciência, possamos aproveitar a graça e a transformação que Ele tem para a vida de cada um.

Padre Antônio Aguiar 
Sacerdote divulgador da devoção à Divina Misericórdia

AMOR DO PAI


A cada novo dia somos chamados a experimentar o amor do Pai, compartilhando com os irmãos a certeza de que a cada passo dado existe um Pai que zela por nós. Com Sua mão poderosa Ele nos guia, nos ampara e a nossa caminhada é suave, na direção certa.

Como lemos em João 3,16: “De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.

Quando Deus enviou seu Filho único, para que com Sua morte de cruz redimisse os nossos pecados, Ele provou que o Seu amor e a Sua bondade são tão imensos que céus e terras se moveriam por nós. Por isso hoje, vivemos com esta certeza que nos conforta e preenche de amor e paz o nosso coração.

E com o coração repleto do verdadeiro amor, somos como uma taça que transborda inundando tudo que está a nossa volta, ajudando a transformar vidas, resgatando almas e levando a Palavra de Jesus aos corações aflitos.

Viver e sentir esse amor nos dá a segurança que precisamos para enfrentar doenças, dificuldades financeiras, problemas familiares e todos os obstáculos que enfrentamos no nosso dia a dia. Quem está repleto de amor de Deus e se deixa invadir por Ele, tem em si uma força sobrenatural e inabalável. Embriague-se você também deste AMOR e transforme a sua vida!

Senhor,
Faz-nos conscientes do Vosso amor,
Queremos estar Contigo e para sempre amar-Te.
Vem em nosso socorro,
ilumina o nosso pensamento,
dá-nos equilíbrio e sabedoria.
Amém!


SOU UMA PESSOA AFETIVAMENTE MADURA ?

Jesus Cristo deixou um programa para a nossa afetividade
Todos nós precisamos de cura. Para sermos curados em nossa sexualidade e em nossa afetividade precisamos nos abrir ao amor de Deus. 

Comecei a trilhar esse caminho por meio de um grande amigo que nunca conheci pessoalmente, João Mohana, sacerdote, médico e psicólogo, um santo de Deus. Ao ficar viúva com vinte e três anos, deram-me de presente um de seus livros: “Sofrer e amar”, o qual me ajudou a dar os primeiros passos no conhecimento do meu grau de maturidade afetiva. Foi com ele que percebi a necessidade de crescer na minha maturidade afetiva a ponto de equipará-la à minha maturidade cronologia.

João Mohana explica: “Hoje, sabe-se que todo indivíduo, homem e mulher, possui uma idade afetiva e uma idade cronológica, e que ambas podem coincidir ou não. Quando a idade afetiva é inferior à idade cronológica, estamos diante de um caso de imaturidade afetiva. Quando iguala ou supera, estamos diante de um caso de maturidade”.

Algumas pessoas que parecem adultas por fora têm o coração imaturo. Não é sadia a imaturidade psicológica no adulto. É um fenômeno anormal. Normal é que o psiquismo vá se desenvolvendo, passo a passo, com o corpo, amadurecendo à proporção que o corpo amadurece.
Jesus Cristo deixou um programa para a nossa afetividade. O programa está expresso no novo mandamento: “Dou-vos um novo mandamento. Que vos ameis como eu vos tenho amado” (Jo 15,12). “Amai-vos” no estilo d'Ele, ou seja, no estilo maduro para o coração humano. Esse programa supõe que nossa afetividade alcance a maturidade.

Para nós cristãos a maturidade humana não é tudo, nela está incluída a santidade. Além da maturidade humana, somos chamados por Jesus Cristo a ser uma “nova criatura”, a fazer com que o Filho de Deus venha à tona em nós. É um processo que leva tempo, pois consiste em pegar a pessoa machucada, sofrida, marcada, amarrada, bloqueada e trazê-la para fora como Jesus fez com Lázaro: “Lázaro, vem para fora!” É preciso que a criatura nova em nós venha para fora. É preciso deixar a cura e a libertação acontecer.

Todos nós sabemos que a maneira como nos comportamos e nos expressamos na nossa afetividade está intimamente ligada à nossa infância. Especialmente orelacionamento com nosso pai, nossa mãe, nossos irmãos que foram modelo para nós. Gandhi dizia que a “a gente imita o que admira”, afirmando que o ser humano aprende por imitação.

Meu pai era muito afetuoso, não só nos seus gestos – em fazer um “cafuné”, dar um abraço, colocar no colo -, mas também com ternura, dizendo: “Eu te amo!”. Passei a minha vida inteira presenciando o afeto entre meus pais e o carinho que tinham com cada filho. Suas expressões de afeto entre um e outro e conosco, seus seis filhos, fizeram de nós uma família amorosa, unida e feliz.

Numa família pode haver segurança econômica, financeira, boa moradia, mas se não há a segurança afetiva entre os pais, expressões de afetos, o resultado será, na maioria das vezes, um adulto reprimido nos seus sentimentos de afetos, emoções de carinho, de ternura. Se ficar doente, terá tudo, menos afeto. João Mohana chama isso de “subnutrição da afetividade na infância”. Mas também ele diz: “O excesso de afeto pode levar à imaturidade, por vir a exigir um estilo de convívio com os outros semelhante ao que se habituou a ter na infância. Serão os insaciáveis nos grupos e nas famílias. Tanto excesso como carência de afeto na infância podem gerar as seguintes expressões de imaturidade na idade adulta: desconfiança, insegurança, agressividade, dependência, hermetismo, complexos, inibições, fugas, desajustamento e até perda de sentido da vida”.

É por isso que para o cristão é tão importante o sobrenatural integrado ao natural, à sua maturidade afetiva. É o que expressa São Paulo:

“Assim, ele capacitou os santos para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo até chegarmos, todos juntos, à unidade na fé no conhecimento do Filho de Deus, ao estado de adultos, à estatura do Cristo em sua plenitude. Então, não seremos mais como crianças, entregues ao sabor das ondas. Ao contrário, vivendo segundo a verdade, no amor, cresceremos sob todos os aspectos em relação a Cristo, que é a cabeça” (Ef 4,12-14a.15).

Este é o trabalho da graça de Deus em nós, e todos nós devemos colaborar. Pelo Espírito Santo que nos santifica, vamos rumo à nossa maturidade humana e cristã.

Luzia Santiago - cofundadora da Com. Canção Nova

A MULTIPLICAÇÕES DO PÃO DE HOJE

 Como aconteceu na multiplicação dos pães, na qual foram dados cinco pães e dois peixes por aquele menino para que Jesus os multiplicasse, assim acontece conosco. Igualmente nas Bodas de Caná, onde Jesus pede para irem buscar água para transformá-la em vinho. Foi necessário o esforço daqueles homens para transportar os 600 litros de água, mas quem transformou a água em vinho foi o Senhor. É isso que Cristo nos mostra hoje. Ele mede o nosso esforço e nossa busca, mas, tudo é obra d’Ele.

Por isso, só podemos louvar a Deus e agradecer a todos vocês que contribuem para que essa multiplicação continue acontecendo. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

"Sim, embora seja impossível conhecê-lo perfeitamente, peço que vocês venham a conhecê-lo, para que assim Deus encha completamente o ser de vocês com a sua natureza. E agora, que a glória seja dada a Deus, o qual, por meio do seu poder que age em nós, pode fazer muito mais do que nós pedimos ou até pensamos! Glória a Deus por meio da Igreja e por meio de Cristo Jesus, por todos os tempos e para todo o sempre! Amém!" (Efésios 3, 19-21).
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova