terça-feira, 2 de abril de 2013



A QUEM DEVEREMOS RECORRER SE A ANGUSTIA CHEGAR ?


Foto: A quem deveremos recorrer se a angustia chegar? 
A palavra angustia é traduzida em miúdos pelo dicionário como aflição demasiada do corpo, da mente, ou do espírito, tristeza, remorso ou desespero excessivo. Quem já não passou por algo assim?
É certo que todos nós temos momentos difíceis em nossas vidas e não é raro que  fiquemos angustiados por alguma razão específica, ou muitas vezes até sem sabermos o porquê de estarmos assim. 
É uma sensação esquisita, como se o coração fosse explodir. Nos sentimos sozinhos, abandonados, perdidos e nem sabemos direito o que pensar de qualquer situação que está a nossa frente, em alguns casos é difícil de enxergar até mesmo, perspectivas de futuro. Certamente, é uma situação que nos deixa confusos. Não existe solução imediata, é preciso buscar a segurança do único e verdadeiramente capaz de nos ajudar, Deus. 
Precisamos proclamar a vitória de Jesus sobre toda e qualquer situação de angustia, como fez o Salmista Davi, em Salmos 85, 7: “Neste dia de angustia é para vós que eu clamo, porque vós me atendereis.”
Somente Nele temos a vitória. Vejam, até mesmo Jesus passou por isso, principalmente lá no Jardim do Getsêmani, um pouco antes de ser preso, julgado e crucificado. Não só podemos, como devemos buscar ajuda em Jesus, pois Ele sabe o que estamos passando, Ele sabe exatamente o que sentimos e conhece as nossas limitações. 
Além do mais, Ele nos convida a deixar nas mãos Dele tudo aquilo que nos cansa, desgasta e faz sofrer. Ele sempre está disposto a nos libertar de tudo isso, se abrirmos verdadeiramente o nosso coração, Ele fará grandes maravilhas.
Não é preciso ficar tentando enfrentar as angustias sozinho, clame pela vitória que temos por meio de Jesus Cristo e veja como nosso Deus de infinita bondade age e nos liberta. 
Creia, Ele jamais nos abandona, tenha a firme convicção de que Ele tem um carinho e cuidado muito especial para você.

Meu bom Jesus, 
nós vos pedimos, 
que atendei as nossas suplicas. 
Especialmente que neste momento 
afaste toda e qualquer angustia que estiver presente em nossa vida, 
vem em nosso socorro, apressa-te em nos defender e sê-nos favorável. 
Abençoa-nos Senhor, e infunde em nós a tua graça.
Amém!

Comece bem a semana, leia o Evangelho do dia: www.encontrocomcristo.org.br

A palavra angustia é traduzida em miúdos pelo dicionário como aflição demasiada do corpo, da mente, ou do espírito, tristeza, remorso ou desespero excessivo. Quem já não passou por algo assim?
É certo que todos nós temos momentos difíceis em nossas vidas e não é raro que fiquemos angustiados por alguma razão específica, ou muitas vezes até sem sabermos o porquê de estarmos assim.
É uma sensação esquisita, como se o coração fosse explodir. Nos sentimos sozinhos, abandonados, perdidos e nem sabemos direito o que pensar de qualquer situação que está a nossa frente, em alguns casos é difícil de enxergar até mesmo, perspectivas de futuro. Certamente, é uma situação que nos deixa confusos. Não existe solução imediata, é preciso buscar a segurança do único e verdadeiramente capaz de nos ajudar, Deus.
Precisamos proclamar a vitória de Jesus sobre toda e qualquer situação de angustia, como fez o Salmista Davi, em Salmos 85, 7: “Neste dia de angustia é para vós que eu clamo, porque vós me atendereis.”
Somente Nele temos a vitória. Vejam, até mesmo Jesus passou por isso, principalmente lá no Jardim do Getsêmani, um pouco antes de ser preso, julgado e crucificado. Não só podemos, como devemos buscar ajuda em Jesus, pois Ele sabe o que estamos passando, Ele sabe exatamente o que sentimos e conhece as nossas limitações.
Além do mais, Ele nos convida a deixar nas mãos Dele tudo aquilo que nos cansa, desgasta e faz sofrer. Ele sempre está disposto a nos libertar de tudo isso, se abrirmos verdadeiramente o nosso coração, Ele fará grandes maravilhas.
Não é preciso ficar tentando enfrentar as angustias sozinho, clame pela vitória que temos por meio de Jesus Cristo e veja como nosso Deus de infinita bondade age e nos liberta.
Creia, Ele jamais nos abandona, tenha a firme convicção de que Ele tem um carinho e cuidado muito especial para você.

Meu bom Jesus,
nós vos pedimos,
que atendei as nossas suplicas.
Especialmente que neste momento
afaste toda e qualquer angustia que estiver presente em nossa vida,
vem em nosso socorro, apressa-te em nos defender e sê-nos favorável.
Abençoa-nos Senhor, e infunde em nós a tua graça.
Amém
Padre Alberto Gambarini

A TRADIÇÃO DA VIA SACRA

Desfrutemos dos benefícios da Paixão de Cristo
A tradição da veneração e da meditação da Via-Sacra, Via Dolorosa de Jesus Cristo, desenvolveu-se e consagrou-se com a piedade cristã.

Dom Estêvão Bettencourt, OSBM, da revista 'Pergunte e Responderemos', de número 26, de fevereiro de 1960, fala-nos sobre a tradição do valoroso exercício de piedade que é a Via-Sacra. 

Segundo o bispo, a Via-Sacra é um exercício de piedade, no qual os fiéis percorrem mentalmente o caminho de Jesus Cristo, do Pretório de Pilatos até o monte Calvário. Este exercício muito antigo, que remonta os primeiros séculos da Igreja Católica, tomou forma com o tempo, até a Via-Sacra, como conhecemos em nossos dias. 

Desde os primórdios, os fiéis veneravam os lugares santos, onde viveu, morreu e foi glorificado Jesus Cristo. Peregrinos de países mais longínquos iam à Palestina para orar nesses lugares. Em consequência dessas peregrinações, surgiram narrativas, das quais as mais importantes da antiguidade são a de Etéria e a do peregrino de Bordéus, que datam do século IV. Muitos desses peregrinos reproduziam, em pinturas ou esculturas, os lugares sagrados que visitaram. 

A tendência de reproduzir os lugares santos aumentou por causa das Cruzadas (século XI-XIII), a qual proporcionou a muitos fiéis a oportunidade de conhecer os lugares santos e de se beneficiar da espiritualidade desses locais. Por isso, aumentaram as capelas e monumentos que lembram os santuários da Terra Santa. Essas capelas e monumentos passaram a ser visitados por pessoas que não podiam viajar para a Cidade Santa. 

Até o século XII, os guias e roteiros que orientavam a visita dos peregrinos à Palestina não tratavam de modo especial os lugares santos que diziam respeito à Paixão de Cristo. Em 1187, aparece o primeiro itinerário que seguia o caminho percorrido por Jesus. Porém, somente no final do século XIII, os fiéis passaram a separar a Via Dolorosa do Senhor em etapas ou estações. Cada uma destas era dedicada a um fato do caminho da cruz de Cristo e acompanhada por uma oração especial. Por causa da limitação dos maometanos, os cristãos passaram a ter um programa para a visita desses lugares santos, relacionados à Paixão de Cristo. 
No fim do século XIV, já havia um roteiro comum, que percorria, em sentido inverso, a Via Crucis. Este começava na Igreja do Santo Sepulcro, no Monte Calvário, e terminava no Monte das Oliveiras. As estações desse caminho eram bem diferentes da Via-Sacra atual. Alguns autores, do final do século XV, como Félix Fabri, afirmavam que este itinerário - do Calvário ao Monte das Oliveiras -, era o mesmo que a Virgem Maria costumava percorrer, recordando a Paixão de seu amado Filho Jesus Cristo. 

Os peregrinos que visitavam a Terra Santa, no fim da Idade Média, testemunhavam um extraordinário fervor, pois arriscavam suas vidas na viagem e se submetiam às humilhações e dificuldades impostas pelos muçulmanos ocupantes da Palestina. Tal fervor fez com que muitos cristãos, que não podiam ir à Terra Santa, desejassem trocar a peregrinação pelo exercício de piedade realizado nas igrejas e mosteiros. Esse desejo fez com que fosse desenvolvido o exercício do caminho da Cruz de Jesus Cristo. 

O fervor levou os fiéis a percorrerem o caminho doloroso do Senhor Jesus na ordem dos episódios da história da Paixão de Cristo. A narrativa da peregrinação do sacerdote inglês Richard Torkington, em 1517, mostra que, no início do século XVI, já se seguia a Via Dolorosa do Senhor na ordem dos acontecimentos. Isso possibilitava aos fiéis reviver mais intensa e fervorosamente as etapas dolorosas da Paixão. No Ocidente, as pinturas ou esculturas, das estações da Via-Sacra eram variadas. Algumas delas tinham apenas 7 ou 8 estações. Outras, contavam com 19, 25 ou até 37 estações na Via Dolorosa de Cristo. Em 1563, o livro “ A peregrinação espiritual”, de Jan Pascha, descreve uma viagem espiritual que deveria durar um ano, num roteiro que partia de Lovaina para a Terra Santa. 

Cada dia dessa peregrinação era acompanhada de um tema de meditação e de exercícios de piedade. Em 1584, Adrichomius retomou o itinerário espiritual de Jan Pascha e lhe deu a forma que tem a Via-Sacra como a conhecemos hoje, ou seja, o caminho da cruz de Cristo acontece a partir do pretório de Pilatos, onde Jesus foi condenado à morte, num total de 14 estações, até o Calvário, onde morre o Crucificado. 

Os franciscanos tiveram um papel importante na propagação do exercício da Via-Sacra. Desde o século XIV, estes são os guardas oficiais dos lugares santos da Terra Santa e, talvez por isso, dedicaram-se à propagação da veneração da Via-Sacra em suas igrejas e conventos. Desde o final da Idade Média, os franciscanos erguiam estações da Via-Sacra, segundo o roteiro de Jan Pascha e Adrichomius. Isto fez com que esta forma prevalecesse sobre as outras formas de devoção da Via Dolorosa de Cristo. Foram também os franciscanos que obtiveram dos Papas a concessão de indulgências ao exercício da Via-Sacra. Dentre os filhos de São Francisco, destaca-se São Leonardo de Porto Maurício, que ergueu 572 “Vias-Sacras” de 1731 a 1751. 

Assim, o exercício da Via-Sacra se desenvolveu ao longo dos séculos até atingir sua forma atual, a partir da obra de Pascha e Adrichomius no século XVI. A aprovação da Santa Sé e a concessão de indulgências mostram que a veneração e a meditação da Via Dolorosa de Cristo fazem muito bem para a piedade cristã, especialmente no tempo da Quaresma. Por isso, desfrutemos dos benefícios da Paixão de Cristo como são propostos pela Via-Sacra, piedade que santifica os fiéis cristãos a tantos séculos.
Natalino Ueda

QUAL A RECEITA PARA SAIR DA DEPRESSÃO

Deus procura verdadeiros adoradores, embora Ele não precise deles. No entanto, o Senhor sabe que nós precisamos adorá-Lo. Quando entramos em sintonia com Ele, tudo muda na nossa vida, por isso o Senhor quer que adoremos, porque nós precisamos d'Ele.

Esse esforço de estar em contato com Deus faz com que entremos em sintonia com Ele. Medimos muito as coisas pelo nosso bem-estar no momento, não aguentamos muito a dor, se há algum desconforto já não estamos bem. Não podemos medir as coisas pelo bem-estar e conforto do momento, temos de olhar o objetivo, ter uma visão completa do que Deus quer fazer de nós. Isso já se encontra no Gênesis quando Deus fala: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança" (Gênesis 1,26b), esse é o objetivo. 
Quando um artista pega um bloco de mármore para confeccionar uma imagem, precisa de esforço e luta para cortar, tirar os excessos e lixar até que o bloco de mármore vire uma imagem. É isso que Deus faz conosco, pega a nossa matéria bruta e nos molda. Formar o corpo não é tudo, quando ele está pronto é hora de o Senhor começar a moldar a Sua imagem em nós para que fiquemos à Sua semelhança.

Por que a pessoa vibra ao adorar a Deus? Porque, na verdade, ao adorá-Lo, há uma busca, uma procura. À medida que fazemos isso, vamos, cada vez mais, tornando-nos semelhantes ao Senhor, na medida da nossa vibração. Por isso precisamos adorar para nos tornar imagem e semelhança de Deus, a fim de vivermos a eternidade. O que são cem anos, nesta vida, comparados à vida eterna? Nossa vida desemboca na eternidade, e isso não quer dizer apenas uma vida que não vai acabar, mas a plenitude, a perfeição completa.
Pode ser que, hoje, estejamos em "zona de desconforto", mas essa não é a verdade da nossa vida. Deus, muitas vezes, permite que vivamos esses momentos para continuar a nos moldar de acordo com Sua imagem e semelhança. Só o artista sabe por que cortou e bateu na pedra bruta que precisava se transformar em uma imagem. Da mesma forma, só Ele sabe por que permite que as coisas sejam cortadas da nossa vida. Nós mesmos não queremos perder nada, mas para sermos imagem e semelhança do Altíssimo, Ele precisa podar o que for necessário. Deus Pai nos forma na oficina da vida, não nos leva a um lugar separado, restrito. Nos problemas do dia a dia, é que o Senhor nos forma e nos molda.

Na verdade, somos cheios de egoísmo, maldade, orgulho e muitas outras coisas. Quebrar essas coisas em nós não é fácil. O Senhor sabe que existe muita ruindade em nós, e a única forma de retirá-la é quebrando-nos na oficina da vida. Somos um "blocão de mármore" e precisamos ser moldados. Ou Deus corta você e o quebra nesta vida ou você vai chegar no céu despreparado. Precisamos chegar no céu à imagem e semelhança de Deus, de forma que nos encaixaremos n'Ele. O céu é viver em Deus. Aí está nossa felicidade! Estar em Deus não é nenhum bem material, mas é ser projetado no Senhor.

Você só vai se projetar em Deus quando chegar à eternidade, isso se estiver moldado, se nesta vida todas as suas ruindades forem cortadas. Se a vida não nos humilhar, vamos entrar no céu soberbos, e não vamos nos encaixar no Senhor, porque Ele é simples. Deus é tudo, mas sendo grande como é, Ele é simples. Só os humildes vão se encaixar no Pai. Se a vida não nos batar, não aprenderemos.

No fundo, a depressão é como a vertigem, o desmaio. A depressão é exatamente isso, a pessoa sofre tanto no seu psicológico, conscientemente ou não, vive uma pressão tamanha sobre ela que acaba entrando em depressão. Isso é terrível, porque, nessa enfermidade, a pessoa continua vendo tudo, a vida continua, mas ela não consegue reagir. A receita para sair da depressão é, mesmo nela, adorar a Deus. A receita maravilhosa para sair da depressão é adorar o Senhor. Adoramos a Ele em espírito e verdade, muitas vezes, no problema, no desespero, na hora que não aguentamos mais.

O fato é render-se diante de Deus na sua verdade, mesmo na falta de vontade em estar com o Senhor. Depressão é dor da alma, por isso, neste momento, renda-se ao Pai. Adoração é rendição, não é preciso palavras. Entregue-se no lugar certo, pule no colo de Deus e não para o nada. Rendendo-se a Ele, fique n'Ele, não no nada. Durante a depressão, existe a vontade de ficar no nada, mas fique no Senhor. Achamos que, na adoração, precisamos falar com o Altíssimo, mas o real valor é adorá-Lo em espírito e verdade, mesmo sem nenhum sentimento. 

Deixe Deus abraçar você e abrace-O no seu nada. Aproveite que você está como um "pozinho" de depressão e abrace o Senhor. Dessa forma, o nada abraça o Tudo e é certo que o Tudo transforma o nada para que ele saia do nada e tudo se faça novo. 


Trecho da pregação "Adorar mesmo em depressão" de monsenhor Jonas Abib