quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


O CRISTÃO PODE PARTICIPAR DO CARNAVAL ?

A alegria é uma necessidade básica do ser humano. Povos, raças e culturas das mais remotas origens encontraram formas para exteriorizar esse desejo. Cada país, de acordo com sua cultura e costume, possui suas datas festivas. Porém, o grande problema dessas festividades, assim como o Carnaval, é que, após os dias de festa, muitos voltam à vida real amargando desilusões e arrependimentos, pois já não podem mais usar a máscara. É hora, então, de fazer um balanço. 


Fé e consciência limpa são inseparáveis na vida do cristão, inclusive durante essas festividades. "Tudo o que não procede da fé é pecado", ensina São Paulo (cf. Rm 14,23). A fé é a luz que ilumina a consciência e a confirma nas convicções morais. Por isso a pergunta não deve ser: "é pecado pular Carnaval?".
Quem se guia pela consciência do que é bom, digno e justo, possui um "faro moral". Sabe posicionar-se, escolher e decidir onde, como e com quem se divertir ou não.

Não passa, pois, de preconceito — às vezes de má fé —, achar que a religião é contrária à alegria, levando os fiéis à tristeza. O Evangelho é uma mensagem alegre e feliz! Dele nos vêm as festas religiosas, as celebrações e solenidades festivas, as comemorações de datas e fatos históricos.

A alegria cristã é autêntica, simples e espontânea. Mobiliza os serviços de caridade e fortalece o ser humano em suas angústias e sofrimentos. Inspira todas as artes e os costumes sadios e nobres.

Nada disso se encontra nas diversões barulhentas, superficiais, cheias de dissipações e desregramentos morais. A alegria carnavalesca é, em geral, uma cortina de fumaça que esconde o vazio do espírito, o desencanto consigo mesmo, as frustrações da vida!

Apesar da folia contagiante nas ruas, quadras e salões, o fim do Carnaval é triste. Não porque é o fim, mas pelas inúmeras perdas que sofremos por nossas próprias escolhas. Por isso, escolher viver bem um Carnaval com Cristo é a melhor opção para se divertir e não ter preocupações posteriores.

TUDO PERTENCE AO PAI


Todos nós construímos e vivemos nossa vida numa expectativa daquilo que é a nossa realização plena como homem e, principalmente, como filhos de Deus. Nossa vida é uma eterna conquista em busca da felicidade. Por que esse desejo está tão presente em nossa vida? Porque o Senhor colocou em nós a própria vida.

Nas coisas que não encontramos felicidade, não encontramos vida. Vida e felicidade caminham juntas. Essa vida em plenitude é a nossa realização como inteiro, em todas as dimensões que dizem respeito ao ser humano. Mas, nessa busca incessante de felicidade, nós a procuramos onde ela não está.

Nenhum de nós peca porque gosta de pecar, mas pecamos porque temos a ilusão de que aquele pecado vai nos trazer felicidade plena.

Se nós olharmos os Evangelhos veremos que todas as ações de Jesus, neste mundo, só tiveram uma razão: glorificar o Pai. Seu maior desejo é mostrar que tudo pertence ao Pai e torná-Lo conhecido por nós.

Quando tomamos consciência que tudo que somos e possuímos pertence a Deus, nossa vida passa a ter um novo sentido, porque compreendemos que nossos desejos e sonhos passam pela vontade d'Aquele que nos criou.

O Senhor não nos tira do sofrimento, mas nos dá a graça de suportá-los e, principalmente, superá-los. Quando o Pai nos dá a graça para enfrentar as tribulações, ela permanece conosco e faz com que sejamos cada vez mais fortes.

O próprio Jesus Cristo orou intercedendo junto ao Pai por nós, na sua última oração, conhecida como a oração sacerdotal. Neste momento, ele clamou a Deus: “Pai, olhai por eles”.

O que vale para nós hoje é a vida que vivemos para Deus. As coisas deste mundo não importam para Jesus, pois a única pergunta que Ele nos fará quando chegar nossa hora será: “Como você viveu sua vida?”.

Por este motivo, nossa presença nesse mundo precisa manifestar a presença do próprio Cristo.
Um critério muito fácil para saber se, realmente, estamos vivendo uma vida voltada para Deus é nos perguntarmos se, em todos os lugares que estamos frequentando, Jesus também poderia ir ou se os amigos que mantemos também poderiam ser amigos de Deus.
Reflita sobre tudo que você viveu até hoje, principalmente as dificuldades, e pense em quantas delas Deus permaneceu em silêncio. O cristão que passa por isso e permanece firme em sua fé apresenta ao mundo o sinal de uma fé madura.

Deus se cala por um instante para mostrar Seu amor depois. Assim foi com Seu próprio Filho na cruz, quando Ele silenciou, para que três dias depois pudesse ressuscitá-Lo. É exatamente isso que o Senhor quer fazer com você, pois as tribulações servem para nos manter firmes na fé e nos encaminhar para a vitória final.

Entregue sua vida ao Senhor, principalmente aquilo de que você precisa se livrar, pois é exatamente isso que Ele quer receber. Se hoje for o último dia da sua vida, Deus quer que você esteja pronto para a vida eterna, sem nada para lamentar ou se arrepender.
Padre Alessandro 
Diocese de Lorena


CREIO NO ESPÍRITO SANTO

A Missão do Espírito Santo

A Terceira Pessoa da Santíssima Trindade coopera com o Pai e o Filho desde o início do desígnio de nossa salvação até sua consumação, mas, nos “últimos tempos” – inaugurados com a Encarnação redentora do Filho –, o Espírito se revelou e nos foi dado, foi reconhecido e acolhido como Pessoa (cfr. Catecismo, 686). 

Por obra do Espírito, o Filho de Deus se fez Carne nas entranhas puríssimas da Virgem Maria. O Espírito O ungiu desde o início; por isso, Jesus Cristo é o Messias desde o início de Sua humanidade, isto é, desde Sua própria Encarnação (cf. Lc 1,35). Jesus Cristo revela o Espírito com Seus ensinamentos, cumprindo a promessa feita aos patriarcas (cf. Lc 4, 18s), e o comunica à Igreja nascente, exalando o Seu alento sobre os apóstolos, depois de Sua Ressurreição (cf. Compêndio, 143).

No dia de Pentecostes, o Espírito foi enviado para permanecer, desde então, na Igreja, Corpo místico de Cristo, vivificando-a e guiando-a com Seus dons e com a Sua presença. Por isso se diz também que a Igreja é Templo do Espírito Santo, e que Este é como a alma da Igreja.

No dia de Pentecostes, o Espírito desceu sobre os apóstolos e os primeiros discípulos, mostrando, com sinais externos, a vivificação da Igreja fundada por Cristo. “A missão de Cristo e do Espírito se converte na missão da Igreja, enviada para anunciar e difundir o mistério da comunhão trinitária” (Compêndio,144). O Paráclito faz o mundo entrar nos “últimos tempos”, no tempo da Igreja. 

A animação da Igreja pelo Espírito Santo garante que se aprofunde, conserve-se, sempre vivo e sem perda, tudo o que Cristo disse e ensinou nos dias em que viveu na Terra, até Sua ascensão; além disso, pela celebração-administração dos sacramentos, o Espírito santifica a Igreja e os fiéis, fazendo com que ela continue sempre a levar as almas a Deus. 

A missão do Filho e a do Espírito Santo são inseparáveis, porque, na Trindade indivisível, o Filho e o Espírito são distintos, mas inseparáveis. Com efeito, desde o princípio até o fim dos tempos, quando Deus envia Seu Filho, envia também Seu Espírito, que nos une a Cristo na fé, a fim de que possamos, como filhos adotivos, chamar a Deus de ‘Pai’ (Rm 8, 15). O Espírito é invisível, mas nós o conhecemos por meio de Sua ação, quando nos revela o Verbo e quando atua na Igreja” (Compêndio, 137). 
Miguel de Salis Amaral