terça-feira, 29 de janeiro de 2013

OS TESTEMUNHOS OS ARRASTAM


Sem dúvida, todos nós precisamos de pessoas inspiradoras, que instiguem nosso modo de viver por meio do seu testemunho. Ansiamos por modelos autênticos de homens e mulheres, cujo olhar esteja voltado somente para Deus, e por um exemplo íntegro,  apontem-nos o caminho a seguir, semelhantes a luzeiros que iluminam a estrada durante a noite. Pessoas que, muito além das palavras, mostrem com atitudes o amor ao próximo, que vivem incendiadas pelo fogo de amor vindo do Espírito Santo. O exemplo dessas pessoas é de singular importância, pois não poucos pautam suas vidas neste “outro Cristo”, que passa as mesmas angústias e aflições do Senhor, mas é notória a confiança depositada n’Ele para vencerem todo o obstáculo pela fé.
Desta maneira, urge a necessidade de modelos de fé tangíveis a nossos olhos, sobretudo para a juventude, tão carente de testemunhos cristãos. Por isso é imprescindível para um crente a vida coerente com os valores evangélicos, capazes de transformar a maneira de viver num atrativo testemunho de fé em Jesus Cristo, em meio à atual sociedade, a qual, cada vez mais, apresenta uma cultura de contra valores baseada na decadência moral e ética.
Percebendo a grande necessidade da época por modelos de fé arraigados na crença em Cristo, São Paulo, numa convicção intrépida, põe a si mesmo como modelo a se imitar e diz aos coríntios: “Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo.”
Todavia, não há testemunho verdadeiro sem luta cotidiana pela santidade, e podemos afirmar que ela é o passaporte para o testemunho cristão. Almejar uma grande conquista sem desafios e dificuldades, sem perdas e sacrifícios, é margear um precipício de olhos vendados. Quem deseja o prêmio oferecido por Jesus -  a salvação -, deve saber a direção e por qual caminho seguir, sem o qual a frustração é certa.
“Urge a necessidade de modelos de fé tangíveis a nossos olhos, sobretudo para a juventude, tão carente de testemunhos cristãos”
Santo Agostinho nos lembra algo relevante sobre o testemunho, “as palavras convencem, porém os testemunhos arrastam”. Seria maravilhoso ver jovens e adolescentes serem “arrastados”, evidentemente pelo testemunho de outros moços e moças, à vivência da Celebração Eucarística e dos demais sacramentos na convivência fraterna em comunidade. Percebemos, assim, que o exemplo de vida fala muito mais alto do que as palavras. No mundo contemporâneo, talvez, o testemunho de vida cristã seja a forma com maior eficácia na evangelização.
Sendo assim, com perspicácia rara de um pastor, o Papa Bento XVI alarga nossos horizontes acerca da força do testemunho cristão e nos assegura: “Como um pequeno fogo pode incendiar uma floresta, assim o testemunho fiel de alguns pode espalhar a força purificadora e transformadora do amor de Deus numa comunidade ou nação”. O vigário de Cristo não fala de uma grande chama, mas de ‘um pequeno fogo’ que, de maneira nenhuma, é diferente em relação ao testemunho dos cristãos, ou seja, não precisa mais que poucos anunciarem o Evangelho de Cristo com a própria vida para que se possa incendiar o mundo com a chama viva do amor de Deus.
Enquanto não entendermos que a lógica do mundo segue contrária à de Deus, desejaremos ver quantidade em vez de qualidade; portanto, entendamos: Deus anda por caminho diverso do homem, pois assim a Sagrada Escritura nos exorta: “Se alguém dentre vós se julga sábio à maneira deste mundo, faça-se louco para tornar-se sábio, porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (I Coríntios 3, 18-19). Deus faz proveito do que é fraco neste mundo para confundir os fortes. Desta maneira, quer o Senhor apenas um coração simples e disponível, sem muitas indagações, que Lhe dê livre acesso. Então, logo se iniciará uma obra admirável aos olhos dos homens e alcançará, sem maiores alardes, uma comunidade ou nação.


O PAI ESTÁ NOS AMANDO

10 passos para construir o Céu na Terra

Se tem uma coisa da qual estou convencido é do amor de Deus por cada um de nós. Os homens precisam entender a bondade do Senhor, porque nós mendigamos amor. Quando abrimos os olhos, pela manhã, estamos buscando esse sentimento.

O desígnio do homem é amar e ser amado e tudo o que buscamos tem este objetivo, e a fonte deste amor é o Bom Deus. Ele nos criou para nos amar.

Nenhuma pessoa humana vem à vida sem que Deus o tenha desejado, tenha-o amado. Quero que, neste dia, você tenha a certeza deste desejo do Pai para sua vida. Ele tem um desejo “devorador” por cada um de nós (Deuteronômio 4,24). O nosso nome está gravado nas mãos do Senhor. Se soubéssemos disso, não estaríamos nas mãos dos homens. Ele nos ama, porque é Pai.

Não fomos amados apenas no momento da nossa concepção, pois Deus continua nos amando, criando-nos a cada instante. A cada segundo Ele nos cria, pois se não nos criasse, neste instante, seríamos aniquilados, pois é Ele quem nos dá a vida e é Ele quem nos mantem nela.

Uma das grandes ciladas das famílias, no matrimônio, é quando os cônjuges buscam o amor de Deus em si mesmos. Quando fazem isso, o casal se escraviza, pois busca no outro o amor que só o Senhor pode lhes dar.

O amor de Deus precisa nos plenificar e isso acontece na vida de oração. 

Todos os homens são profundamente amados por Deus e precisam fazer a experiência desse amor. Os filhos podem se afastar do pai, roubá-lo, mas o pai continua amando-o. “De tal maneira Deus amou o mundo que nos deu o Seu Filho”, diz-nos as Escrituras.

Jesus estava convencido do amor do Pai por Ele, mas, um dia, Felipe olhou para Cristo e disse-Lhe: “Senhor, mostra nos o Pai. Isso me basta”. E Jesus lhe respondeu: “Felipe, há tempo tempo estou convosco e ainda não percebeste?”.

Às vezes, penso nas coisas que Jesus falava e imagino-O como aquele Filhinho que tem o Pai como um super-herói. Assim é Jesus, pois se sabia amado por Deus. Cristo confiava totalmente em Seu Pai, por isso, no momento da cruz, entrega, nas mãos d'Ele, Seu espírito.

“Se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” (Mateus 7,11) Diante dessa Palavra, pais e mães se sentem provocados, porque querem dar o melhor para seus filhos. Eles vivem uma angústia diária para saber se os filhos estão bem.

Temos um Pai que é tão bom, ama-nos tanto que nos deu Seu Filho para que, por meio d'Ele possamos ser também Seus filhos. Quando Ele diz que podemos rezar “Pai Nosso”, eu me pergunto: “Quem sou eu para chamar o Senhor de Pai?”. Jesus nos deu o Seu Pai, e o Pai do Filho agora também é nosso Pai.

A bondade divina é tão singela que, muitas vezes, não a percebemos. Você já pensou que riqueza é a oração do Pai-Nosso? Jesus nos entrega o Seu Pai, mas não percebemos, e procuramos o amor no mundo.

Muitas vezes, o pecado faz parecer que não somos dignos do amor de Deus, mas isso é mentira de satanás, porque o Senhor nos criou com capacidade para amá-Lo e nos deu o Espírito Santo para nos ajudar. Temos a plenitude da vida, por isso, não sejamos mais mendigos de tantas coisas, não sejamos como o filho pródigo.

Deus ama você, Ele o abraça. Volte seu coração para Ele hoje, porque Ele se derrama de ternura por você e o espera em felicidade, em fidelidade, em coerência de vida e santidade.
André L. Botelho de Andrade 
Fundador da Comunidade Pantokrator



A CULTURA DE PENTECOSTES PRECISA SER INSTAURADA

O Papa Leão XIII consagrou o século 20 ao Espírito Santo, mas, infelizmente, nós, Igreja, não estávamos prontos. A partir de Pentecostes a Igreja expressa vitalidade divina, que se expressa com os dons dos carismas. Nós precisamos dessa vitalidade divina. É a realização da profecia de Ezequiel que vê primeiramente ossos ressequidos, mas o Senhor lhe diz que profira um oráculo sobre eles, faça entrar o sopro da vida e profetize ao espírito, e assim por diante (confira Ezequiel 37, 1-14). A Palavra diz que se levanta um grande exército desses ossos. Este é o desejo de Deus: transformar-nos em um grande exército. É isso que o Senhor quer e nós também precisamos querer. 

É tempo de levarmos a sério o novo Pentecostes, Deus é irrevogável nos dons d’Ele e este é o grande dom para a Igreja. Agora cabe a nós tomarmos posse dessa graça, é agora, é o tempo de Kairós que está sobre nós. 

Precisamos instaurar a cultura do Pentecostes, precisamos dessa aldeia global. Por intermédio desses dons de Deus a Igreja propaga o ministério salvífico do Senhor. A salvação vai se propagar até que Jesus volte pela segunda vez. O Espírito da Igreja forma missionários decididos e valentes como os grandes apóstolos Pedro e Paulo.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

DEIXE OS DESAPEGOS DE LADO


Nossa vida deve ser conduzida pela Palavra de Deus, pois só assim seremos felizes em nosso dia a dia.
O Evangelho de Mateus 19,21 diz: “Se queres ser perfeito, vai, vende seus bens e dê o dinheiro aos pobres e terais um tesouro no céu, depois vem e segue-me.” Jesus, disse isso a um jovem que queria segui-Lo, mas o Senhor quis colocá-lo à prova no olhar, porque Jesus queria entra no coração dele.
Jesus queria o desapego daquele jovem, por isso pediu que ele abrisse mão até de possuir-se a si mesmo, pois só é feliz quem consegue desapegar-se.
As nossas preocupações, as quais não são fáceis de serem evitadas, estão, por vezes, centradas em bens temporais, como este jovem rico.
Quem não tiver seu coração aberto para colher o convite de Cristo será eternamente frustrado, pois nossas tristezas vêm do nosso apego.
Não tenhamos, portanto, medo de perder as coisas ou as pessoas.
O Senhor nos chama: “Vem e segue-me!”
Jesus, eu confio em Vós
Luzia Santiago