quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

TER CONFIANÇA


Um dos problemas mais graves é a falta de confiança nós mesmos. E uma das razões é que nos concentramos nas nossas limitações ou problemas da vida. Não podemos fazer tudo o que queremos, mas podemos fazer o que Deus tem preparado para nós.O grande segredo para superar a falta de confiança esta em confiar que com Deus, podemos lutar contra todos os obstáculos. A questão toda esta em não confundir a vontade de Deus com a nossa vontade. Para isso é necessário sintonia com a Palavra, nela esta revelada o propósito de Deus para a nossa vida. São Paulo de perguntar quem poderia nos separar do amor de Cristo, conclui dizendo: "em todas estas coisas somos mais do que vencedores pela virtude daquele nos amou."(Rm 8,37).

Senhor cura-me de minha falta de confiança diante da vida.
Coloca em meu coração a certeza de que contigo posso enfrentar meus problemas. Amém

Padre Alberto Gambarini


A MÍSTICA DO SILENCIO

O silêncio é necessário para oração

O silêncio é necessário para que se possa penetrar na grandeza incomensurável do Ser Supremo. Supõe maleabilidade e acessibilidade às influências das moções divinas. Isto é condição básica para atingir a maturidade espiritual que deve ser uma meta de todo aquele que tem fé. Um primeiro passo para se poder envolver inteiramente na luz celestial é evitar a dispersão, inimiga peremptória da concentração. O bulício é empecilho a um diálogo com Deus, pois “non in comotione Dominus", o Senhor não está na agitação. Quando se age longe do tumulto, esta atitude muito agrada a Deus. Os demais passos tornam-se mais fáceis. Entre o "mundo" e "Deus" o posicionamento se torna claro, radical e definitivo. Verifica-se o sim verdadeiro de quem quer estar unido ao Pai Celeste.

Eis por que é preciso aprender a fazer silêncio para que seja viável o aprimoramento interior e, em consequência, a transformação de todo o ser. É possível a taciturnidade mesmo que não esteja dentro de um mosteiro. Encontrar um espaço para estar a sós com Deus é questão de opção. Criar um ambiente para a abertura ao contato com o Espírito Santo significa a disposição implícita de escutá-lo, já tendo, inicialmente, o cristão se proposto à observância sincera e perseverante dos mandamentos sagrados do Decálogo e se colocado numa atitude de profunda humildade. 

Dá-se, deste modo, a possibilidade da imersão no mistério do Deus três vezes santo. Desta maneira, as orações ganham sentido. O terço, por exemplo, torna-se uma prece vocal e, ao mesmo tempo, mental pela contemplação atenta dos grandes episódios bíblicos. A leitura pausada de trechos da Sagrada Escritura passa a propiciar oportunidade ímpar para que o Espírito Santo fixe suas diretrizes, as quais são então acatadas como resposta instantânea ao Seu Senhor. Ocorre, neste caso, a admirável adaptação da criatura a Seu Criador. Eis um primeiro fruto do silêncio. 

Ele enseja ao cristão compreender que o estar com Deus não representa se alienar do que o rodeia numa fuga condenável das tarefas cotidianas e, também, do interesse pelo próximo. Ao contrário, revigorado com estes instantes de união com o Senhor, o cristão compreende que silêncio sem apostolado é vão egoísmo, e sem o cumprimento do dever de cada instante é fatuidade. Com efeito, aquele que se entrega a momentos de uma oração silenciosa coloca em ordem seu interior e quer, depois, irradiar paz, serenidade, tranquilidade, imperturbabilidade em seu derredor, fazendo bem tudo que deve fazer a bem dos outros. Apenas assim chega-se à sabedoria e à inteligência espiritual de que fala São Paulo aos Colossenses.

Esta sabedoria conduz a um comportamento digno do Senhor, tudo transformando em pensamentos, desejos e ações agradáveis a Ele .

É assim que a vida do cristão produz, de fato, frutos abundantes e o epígono de Cristo cresce continuamente no conhecimento de Deus numa sublime atitude perseverante e paciente (cf Cl 1,9-11). É preciso, portanto, saber e degustar todas as alegrias de se sentir salvo amado por Aquele que é o oceano infinito de amor. Tudo que aconteceu no passado fica entregue confiadamente à Providência e ela lança o cristão jubilosamente para o futuro, como ensina o referido São Paulo (cf.Fl 3,14). O dia de Deus se torna sempre presente, duração viva, sem trevas, tristezas, fobias. É que os momentos de silêncio se convertem em instantes felizes nos quais a alma como que, inefavelmente, toca o infinito.
Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho

FAÇAMOS ESCOLHAS CERTAS


Para começarmos bem o dia de hoje, precisamos fazer escolhas certas.
“Aprendei a fazer o bem” Is 1,17. Cada um de nós precisamos aprender a fazer o bem. Graças a Deus, temos a oportunidade de vivermos de uma maneira nova. A cada novo dia novas oportunidades surgem para que façamos as escolhas certas e possamos viver nossas vidas com coerência.
Em todas as circunstâncias temos a chance para optarmos pelo bem, pois colhemos aquilo que semeamos. Se plantamos o bem, colheremos a bondade a caridade, ou seja, os frutos do Espírito Santo. Sabemos, porém, que a todo momento necessitamos fazer uma opção em situações do nosso cotidiano.
Luzia Santiago

RECEITA DE MILAGRE



"Jesus manifestou a sua glória e seus discípulos creram nele"(Jo 2,12). Foi em Caná da Galileia que o fato ocorreu, por ocasião de uma festa de casamento celebrada durante vários dias de acordo com os costumes da época. Tendo faltado o vinho, verdadeiro desastre numa comemoração do gênero, o vexame se impunha e alguém precisava encontrar uma saída. Justamente Maria, a Mãe de Jesus, pressurosa no serviço e atenta a todos, sabendo quem era Seu Filho, faz a hora acontecer! Antecipa os tempos e provoca o milagre do vinho da melhor qualidade. E todos puderam testemunhar que o verdadeiro noivo era Jesus e as bodas eram as sonhadas núpcias de Deus com Seu povo, celebradas num alto monte, com um grande banquete oferecido ao povo escolhido. Vinho novo e carnes gordas! A beleza plástica com que o quarto Evangelho descreve os fatos é incrível!
Surpreende o fato de que o primeiro dos sinais, como São João chama os milagres, tenha ocorrido numa festa de casamento. Uma visão estreita do modo de Jesus agir teria esperado uma cura de um enfermo ou outros prodígios que, de fato, o Senhor realizou. Aliás, gestos Seus foram, em outra ocasião, questionados por uma mentalidade tacanha que pensava no quanto poderia render o dinheiro gasto com bons perfumes usados como gesto de delicadeza com o próprio Jesus (cf. Jo 12,1-8). Em Caná, o milagre é o da alegria, símbolo dos tempos messiânicos. Deus não nos quer apenas sem enfermidades ou assistidos em nossas necessidades básicas, mas nos quer felizes daquela alegria, cuja fonte só se encontra n'Ele. Jesus é Deus e pode tudo, mas não dispensa a participação humana. Entram em cena a sensibilidade de Maria, os servos, o mordomo que prova o vinho novo, o noivo elogiado e os espectadores de todos os tempos, nos quais estamos incluídos, com nossas lutas, alegrias, angústias e esperanças. Com elas poderemos, depois, voltar às propostas de Caná.
Antes, algumas constatações. As diversas épocas da história trouxeram impasses para as pessoas e os grupos, muitas vezes suscitando clamor por soluções milagrosas. Também o mundo em que vivemos cria para si mesmo encruzilhadas desafiadoras e são complicados os seus componentes. Brincando com coisas sérias, dá-se um realce desproporcional aos direitos individuais, sem dúvida importantes. Todos querem apenas exigir a sua parte no bolo dos bens, sem pensar que vai faltar para alguém. A avalanche do consumo e o endeusamento das leis de mercado, a desenfreada busca do prazer e, daí por diante, geram um desconforto entre as várias classes sociais, espalham a violência e criam perplexidade transformada em perguntas sobre o futuro. De repente, o Brasil imenso, cultivando uma imagem de imunidade diante da crise financeira internacional, começa até a desconfiar que não é suficiente, nem mesmo o potencial energético de que se considera detentor. A festa do consumo, a impunidade ou a farra de uma imensa balada irresponsável se revelam frágeis. Até o justo desejo de autonomia e desenvolvimento podem ficar comprometidos. De repente, alguém percebe que o vinho acabou!
Mesmo no miúdo do dia a dia das famílias, dá para perceber que a instabilidade das uniões e a fugacidade dos relacionamentos têm trazido uma sensação de que algo não vai bem. É quase impossível, para quem tem um mínimo de bom senso, não ver que o futuro de tantas crianças, cuja imagem de família está absolutamente esfacelada, será desastroso. A falta da sadia polarização entre homem e mulher, pai e mãe, já faz sentir seus efeitos. Aberto o leque, muitas são as situações nas quais nossa humanidade clama por milagres! Como desatar o nó do futuro? A nós cristãos cabe o desafio de participar de todas as lutas e buscas de saídas honrosas, dignas dos filhos e filhas de Deus.
Com sabedoria, o Papa Bento XVI alertava, no Dia Mundial da Paz - 2013, que "para sair da crise financeira e econômica atual, que provoca um aumento das desigualdades, são necessárias pessoas, grupos, instituições que promovam a vida, favorecendo a criatividade humana para fazer da própria crise uma ocasião de discernimento e de um novo modelo econômico. O modelo que prevaleceu nas últimas décadas, apostava na busca da maximização do lucro e do consumo, numa óptica individualista e egoísta que pretendia avaliar as pessoas apenas pela sua capacidade de dar resposta às exigências da competitividade. Olhando de outra perspectiva, porém, o sucesso verdadeiro e duradouro pode ser obtido com a dádiva de si mesmo, dos seus dotes intelectuais, da própria capacidade de iniciativa, já que o desenvolvimento econômico suportável, isto é, autenticamente humano, tem necessidade do princípio da gratuidade como expressão de fraternidade e da lógica do dom" (Bento XVI, Mensagem para o dia Mundial da Paz 2013, n. 5).
Aqui estão algumas propostas "ingênuas", à disposição em Caná e na Igreja. A receita do milagre vem da Virgem Maria. A última de suas palavras registrada nos evangelhos parece testamento de quem ama muito seus pósteros: "Fazei tudo o que Ele disser!" (Jo 2,5). Sua recomendação precisa ressoar de novo em todos os recantos. Muito mais do que milagres estrondosos, acreditamos num caminho a ser percorrido, cujo nome é evangelização. Acreditar na Palavra de Jesus Cristo e colocá-la em prática transforma as consciências, corações e obras. Quem faz esta escolha cumpre todas as leis existentes, convive na sociedade, mas tudo supera por implantar, onde que passe, a lei do amor a Deus e ao próximo. Só que isso não faz barulho. É como árvore que cresce e se consolida para produzir bons frutos.
Milagre consistente se faz com gestos simples. Encher talhas de água ou sair pelas ruas e tratar chagas e consolar as pessoas, acolher o drogado que alguém considera restolho na sociedade, buscar soluções para idosos ou abandonados, sentar-se para ouvir, corrigir com ternura, não complicar a vida, atender com boa vontade numa repartição, coisas de servos, dos servos de Caná revividos em nós. Vale experimentar!
A recuperação do valor do Sacramento do Matrimônio, malgrado as estatísticas, faz parte do receituário oferecido por Aquele que é médico do corpo e do espírito. Na educação dos filhos, incluam os pais o valor dos mandamentos, a dignidade da família unitária e estável, fiel e fecunda. Quem olhar ao redor poderá encontrar bons exemplares dessa "raça de gente", da melhor espécie de ser! O milagre pode estar ao alcance de nossas mãos, depende só de nosso sim".
Dom Alberto Taveira Corrêa

POR QUE A IGREJA GUARDA O DOMINGO E NÃO O SÁBADO


O motivo mais importante é que Jesus Cristo ressuscitou no Domingo, inaugurando a “nova Criação” libertada do pecado. Assim o Domingo (= dominus, dia do Senhor) é a plenitude do Sábado judaico. Sabemos que o Antigo Testamento é um figura do Novo; o Sábado judaico é um figura do Domingo cristão. O Catecismo da Igreja assim explica:
§2175 – “O Domingo distingue-se expressamente do sábado, ao qual sucede cronologicamente, cada semana, e cuja prescrição ritual substitui, para os cristãos. Leva à plenitude, na Páscoa de Cristo, a verdade espiritual do Sábado judaico e anuncia o repouso eterno do homem em Deus. Com efeito, o culto da lei preparava o mistério de Cristo, e o que nele se praticava prefigurava, de alguma forma, algum aspecto de Cristo (1Cor 10,11)”
A Epístola de Barnabás (74 d.C.) um dos documentos mais antigos da Igreja, anterior ao Apocalipse, dizia: “Guardamos o oitavo dia (o domingo) com alegria, o dia em que Jesus levantou-se dos mortos” (Barnabás 15:6-8).
Santo Inácio de Antioquia (†107), mártir no Coliseu de Roma, bispo, dizia: “Aqueles que viviam segundo a ordem antiga das coisas voltaram-se para a nova esperança, não mais observando o Sábado, mas sim o dia do Senhor, no qual a nossa vida foi abençoada, por Ele e por sua morte” (Carta aos Magnésios. 9,1).

Devido à Tradição Apostólica que tem origem no próprio dia da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra o mistério pascal a cada oitavo dia, no dia chamado com razão o dia do Senhor ou Domingo” (SC 106). O dia da ressurreição de Cristo é ao mesmo tempo “o primeiro dia da semana”, memorial do primeiro dia da criação, e o “oitavo dia”, em que Cristo, depois do seu “repouso” do grande Sábado, inaugura o dia “que o Senhor fez”, o “dia que não conhece ocaso”. (Cat. §1166)
São Justino (†165), mártir, escreveu: “Reunimo-nos todos no dia do sol, porque é o primeiro dia após o Sábado dos judeus, mas também o primeiro dia em que Deus, extraindo a matéria das trevas, criou o mundo e, neste mesmo dia, Jesus Cristo, nosso Salvador, ressuscitou dentre os mortos“ (Apologia 1,67).
São Jerônimo (†420), disse: “O dia do Senhor, o dia da ressurreição, o dia dos cristãos, é o nosso dia. É por isso que ele se chama dia do Senhor: pois foi nesse dia que o Senhor subiu vitorioso para junto do Pai. Se os pagãos o denominam dia do sol, também nós o confessamos de bom grado: pois hoje levantou-se a luz do mundo, hoje apareceu o sol de justiça cujos raios trazem a salvação.” (CCL, 78,550,52)
Desta forma a Sagrada Escritura e a Sagrada Tradição da Apostólica nos mostram porque desde a Ressurreição do Senhor a Igreja guarda o Domingo como o Dia do Senhor.
Prof. Felipe Aquino

A AUTORIDADE DENTRO DO LAR

Quantos pais se lamentam dizendo: "Eu não sei mais o que fazer com meu filho!" e acabam entregando os pontos. O inimigo, aos poucos, foi retirando das mãos deles o comando da casa, a ponto de muitos pais e mães não saberem mais como agir. Percebem que não têm mais o domínio, a direção e o comando do lar... nem do próprio casamento. Pai e mãe são a autoridade do lar. Não se trata de autoritarismo, dominação, rudeza... A palavra “autoridade” vem de autor: aquele que faz e detém a autoria; tem, portanto, a autoridade. Quando alguém compõe uma música tem a autoridade sobre essa canção, porque foi ele quem a fez. O pai é co-autor, pois participou com Deus na criação de seus filhos: ele detém a autoridade legítima e estabelecida pelo próprio Deus sobre sua casa. Quem quer a perda de autoridade é o inimigo, pois ele é o rebelde e o desobediente desde o princípio. Você precisa investir “pesado” na oração e resgatar para Deus a sua família. Principalmente, vocês, pais e mães, que sentem que acabaram perdendo as rédeas e não sabem mais como educar seus filhos. Não sabem quando dizer “sim” e quando dizer “não”. Em Jesus Eucarístico você vai encontrar a força e a sabedoria para retomar a direção da sua casa, da sua família! Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova