domingo, 13 de janeiro de 2013


BATISMO DE JESUS


A força do batismo faz maravilhas na pessoa e na sociedade

Com a Festa do Batismo de Jesus concluímos o tempo do Natal. A reflexão sobre o Mistério da Encarnação continua. É uma ótima oportunidade para examinarmos a nossa própria vida batismal hoje e a ação eclesial para o trabalho de iniciação cristã pedida pela Igreja para educar e evangelizar os novos cristãos.
O Batismo de Jesus, por João, no rio Jordão, é um evento que nos mostra com intensidade como o Salvador quis solidarizar-se com o gênero humano, imerso no pecado. João chamava à penitência e administrava um batismo de conversão. No entanto, Jesus, o Cordeiro sem mancha, que veio tirar o pecado do mundo, submete-se ao batismo de João. É um momento de Epifania, quando a Trindade se manifesta e aparece claramente a missão do Filho que deve ser escutado.
Podemos contemplar, pois, no episódio do batismo do Senhor, aquela condescendência divina que faz com que Deus assuma tudo o que é próprio da nossa frágil condição humana. Jesus não teve pecado, mas, num gesto de solidariedade para com toda a humanidade, assumiu o que decorre do nosso pecado, desde o batismo dos pecadores até a morte ignominiosa da cruz.
A condescendência divina, manifestada de forma tão pungente na vida, as atitudes e as palavras de Jesus, nos estimulam a amar com todas as nossas forças a Deus que tanto nos ama e a nos tornar mais compassivos e condescendentes para com todos aqueles que, de uma ou de outra maneira, sofrem e precisam de nossa solidariedade. A contemplação da caridade divina deve encher nosso coração de caridade. São Paulo ensinou-nos, entre outras coisas, que a caridade é prestativa, não é orgulhosa, alegra-se com o bem, tudo crê, tudo espera, tudo desculpa.
Estes dias de tantas catástrofes em nossa região sudeste demonstram como é importante o compartilhar as dores e sofrimentos das pessoas.
O batismo que recebemos foi o batismo instituído por Jesus, o batismo da Nova Aliança. O batismo de João era apenas um sinal de conversão. O Batismo que Jesus confiou à Sua Igreja é um sinal eficaz, pois não só significa, mas realiza a libertação e a renovação de nosso ser, tornando-nos filhos de Deus à semelhança do único Filho. Os Padres da Igreja chegaram a dizer que Jesus desceu às águas justamente para santificá-las e transmitir-lhes aquele poder de purificação e renovação, que é exercido toda vez que a Igreja batiza em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Ao celebrarmos a Festa do Batismo do Senhor Jesus, temos diante de nós uma ocasião propícia para renovar nossas promessas batismais. Viver intensamente os compromissos de nosso batismo é o grande convite que Deus faz a cada um de nós. A graça divina jamais falta àquele que, com sinceridade de coração, procura viver segundo o “homem novo”, nascido da água e do Espírito. Os inúmeros santos e santas canonizados pela Igreja são um eloquente testemunho de que a força do batismo pode fazer maravilhas na pessoa e na sociedade que ajudaram a transformar segundo o desígnio de Deus.
Que a graça do batismo nos torne, na Igreja e através da Igreja, o Corpo místico do Senhor, verdadeiros discípulos-missionários de Jesus! O batismo liga-nos também à Igreja, à qual Cristo uniu-se de maneira irrevogável. Não podemos querer Cristo sem Sua Igreja. O “Cristo total” é a Cabeça e o Corpo. Contemplando, assim, o Mistério de Cristo, que resplandece na face da Igreja e vivendo a graça do nosso batismo, anunciemos com humildade e caridade a fé que nos salva e enche de alegria a nossa vida!
E isso nós poderemos fazer e viver intensamente, começando a celebrar agora, logo após o tempo natalino, as festividades de São Sebastião, que com a réplica da imagem histórica trazida por Estácio de Sá percorrerá a nossa Arquidiocese, preparando-nos para viver com fidelidade a nossa missão, à semelhança de nosso padroeiro, que nos ensina a fortaleza na fé mesmo em meio a ambientes contrários e vicissitudes da vida, perseguições e torturas. Para o aprofundamento do tema “Fé e desafios do nosso tempo” e do lema “São Sebastião, invencível atleta da fé” teremos um tríduo em todas as Paróquias como sinal de nossa comunhão e unidade.
Que a vida cristã desse seguidor de Cristo nos inspire a viver com entusiasmo em nossos mudados tempos a alegria do seguimento de Jesus, mesmo com as dificuldades hodiernas.
Dom Orani João Tempesta

A AUTORIDADE DENTRO DO LAR

Quantos pais se lamentam dizendo: "Eu não sei mais o que fazer com meu filho!" e acabam entregando os pontos. O inimigo, aos poucos, foi retirando das mãos deles o comando da casa, a ponto de muitos pais e mães não saberem mais como agir. Percebem que não têm mais o domínio, a direção e o comando do lar... nem do próprio casamento. 

Pai e mãe são a autoridade do lar. Não se trata de autoritarismo, dominação, rudeza... A palavra “autoridade” vem de autor: aquele que faz e detém a autoria; tem, portanto, a autoridade. Quando alguém compõe uma música tem a autoridade sobre essa canção, porque foi ele quem a fez. O pai é co-autor, pois participou com Deus na criação de seus filhos: ele detém a autoridade legítima e estabelecida pelo próprio Deus sobre sua casa. Quem quer a perda de autoridade é o inimigo, pois ele é o rebelde e o desobediente desde o princípio. 

Você precisa investir “pesado” na oração e resgatar para Deus a sua família. Principalmente, vocês, pais e mães, que sentem que acabaram perdendo as rédeas e não sabem mais como educar seus filhos. Não sabem quando dizer “sim” e quando dizer “não”.

Em Jesus Eucarístico você vai encontrar a força e a sabedoria para retomar a direção da sua casa, da sua família

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

LEVE COM TERNURA A BOA NOVA AOS OUTROS

Embora Jesus tenha se indisposto e discutido com os fariseus, Ele nunca deixou de ser misericordioso para com eles (mesmo quando era duro com eles), porque queria a salvação deles também. É assim que devemos olhar nossos irmãos, seja quem for, porque para Deus não há "sucata"; todos são filhos d'Ele. E é assim que Ele nos trata, por mais que andemos de forma errada. 

Outra coisa fundamental é que o Senhor não age conosco como se fôssemos marionetes, Ele nos fez livres e só assim podemos amá-Lo e ter a vida eterna. Sem liberdade não existe amor, e se as pessoas não se deixam tocar e não mudam de vida é porque estão se fechando ao amor de Deus. 

Deus é tão amoroso e providente conosco que São Paulo se expressa nesta passagem com as seguintes palavras: "Foi com muita ternura que nos expressamos a vós como uma mãe que acalenta os seus filhinhos" (1Ts 2,7). É assim que acontece o processo de conversão. Temos de aprender que é dessa forma que precisamos levar o Evangelho da salvação aos nossos irmãos, ou seja, com muita ternura. Se não for pela misericórdia as pessoas não vão mudar. 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

FILHOS EM FÉRIAS ESCOLARES . O QUE FAZER ?

Aproveite as férias de forma saudável e afetuosa

As férias escolares chegaram e as dúvidas de muitos pais também. Sabemos que muitos procuram programar-se para um tempo de descanso junto dos filhos, mas isto nem sempre é possível. Muitos pais preocupam-se com aquelas “férias ideais” vividas em um hotel, na praia, em passeios grandiosos, colônias, acampamentos, todas boas opções caso sejam possíveis, mas não necessariamente as que mais agradam ou fazem a diferença na vida de uma criança ou adolescente.

Em tempos de tecnologia e diversões para todos os tipos e bolsos, o que muitos pais podem estar pensando é: “o que fazer nas férias”? Mais importante que o valor financeiro gasto nas férias, é aquilo que podemos oferecer afetivamente aos nossos filhos. As experiências afetivas geram memórias positivas e uma experiência de felicidade, sentimento de amor e satisfação bastante significativa na formação de uma pessoa. Toda atividade que proporcione relaxamento e bem-estar é muito importante, bem como aquelas que exploram a criatividade e o lúdico (o brincar) da criança, e levá-la também aos movimentos físicos.

Não se preocupe em elaborar “super-roteiros” de férias. Tudo aquilo que possam fazer juntos dentro da rotina, mesmo que os pais estejam trabalhando, será importante. Acredito que a organização prévia seja primordial para que não se tenha a sensação de não ter feito nada e as férias terem acabado. Quando programamos as férias, os filhos certamente notarão a preocupação em valorizar este período, seja uma hora ou uma tarde inteira.

Eles saberão que haverá um tempo para eles, que haverá aquele cinema com pipoca, o passeio de bicicleta, estar junto contando histórias, vendo um filme ou um desenho animado, fazendo atividades manuais como a pintura, preparando o jantar juntos - envolvendo seus filhos no preparo dos alimentos, desenvolvendo neles o gosto por preparar o alimento e alimentar-se. 

Caso seu filho tenha levado tarefa para as férias ou mesmo ficado de recuperação, ou necessite de reforço escolar, planeje para que as atividades não sejam acumuladas todas num período, ou mesmo para a última semana. Uma dica importante é que na última semana de férias já possam retomar o ritmo de acordar e dormir, bem como os hábitos alimentares que, preferencialmente, não devem ser esquecidos totalmente.

Claro que férias são férias, e você pode proporcionar aos seus filhos aquele bolo de chocolate ou aquele super lanche que eles tanto gostam, mas nunca deixando totalmente a rotina de lado, pois recuperá-la dará muito mais trabalho. Tenha cuidado para que as férias não estejam delegadas ao cuidado da TV, dos games e da internet, apenas.


Relacionamento se faz diariamente, numa construção que demanda tempo, dedicação e não apenas a presença ou o presente. Soma-se nesta conta a qualidade na convivência: fazer bem, estar de fato “com e para” o filho. Para ter tempo, planeje: achamos tempo para tanta coisa nesta vida e quando se fala em estar com a família, tudo parece mais complicado. E é mesmo, pois relações afetivas implicam em responsabilidade em lidar com assuntos nem sempre tão agradáveis.

Aproveite as férias de forma saudável e afetuosa com seus filhos! Mais do que o conforto material, estas lembranças de convivência familiar são extremamente importantes no desenvolvimento humano e, certamente, serão guardadas por toda a vida!

Elaine Ribeiro