sábado, 30 de novembro de 2013


CONFISSÃO


A paz esteja convosco! Como o Pai me enviou, assim envio-vos eu. Depois destas palavras soprou sobre eles e disse: Recebei o Espírito Santo. A quem perdoares os pecados, lhes serão perdoados, e a quem os retiverdes, lhes serão retidos” (Evangelho de São João, Cap. 20, 19-23).

PAPA FALA SOBRE A DISSOLUÇÃO DE MATRIMÔNIO


Francisco envia carta ao decano da Rota Romana
Francisco pede atenção pastoral aos futuros advogados da Rota Romana / Foto: Arquivo
O Papa Francisco enviou uma carta ao Decano do Tribunal da Rota Romana, Monsenhor Pio Vito Pinto, por ocasião da inauguração do Ano Acadêmico da  instituição formativa que prepara os futuros advogados do Tribunal da Rota Romana.
Na carta,  o  Santo Padre chama a atenção para a pastoral familiar que estará entre as reflexões da III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos Bispos,  sobre o tema “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização”, que será realizada em outubro de 2014.
O Pontífice afirma que todos os meses chegam, por meio da da Secretaria de Estado, pedidos de dissolução do matrimônio sacramental “rato et non consumato” (ratificado e não consumado).  São pedidos que precisam ter um sério cuidado pastoral e atenção.
O Papa disse estar ciente de que por trás desses pedidos “há o desejo de muitos homens e mulheres que creem poder celebrar um novo e válido vínculo conjugal que lhes permita participar plenamente da Eucaristia e da vida eclesial no contexto de uma paz interior reencontrada”.
Ao sublinhar a cooperação entre as cúrias diocesanas e o Tribunal da Rota Romana nesta matéria, o Pontífice conclui a carta elogiando o trabalho preparatório desempenhado “com diligência e solicitude nas  Igrejas particulares, nas quais passam os pedidos antes de chegarem ao dicastério romano para o estudo exigido pela norma canônica”.

A GRAÇA DE DEUS É TUDO QUE PRECISAMOS

A única coisa que não pode falta na nossa vida é a graça de Deus. Santa Teresa D’Ávila nas reformas que ela precisava fazer dos Carmelos, necessitava de muito dinheiro para tal coisa, porém, ela reconhecia que antes de tudo precisava da graça de Deus, porque o dinheiro sem a graça de Deus não é um bem para a vida de ninguém.
“Teresa sem a graça de Deus é uma pobre mulher, com a graça de Deus, uma fortaleza; com a graça de Deus e muito dinheiro, uma potência”.
Na situação da nossa vida em que nos encontramos, peçamos ao Senhor que nos cumule da Sua graça, para que sigamos em frente.
Luzia Santiago

CAMINHAR COM DEUS

Nem sempre é fácil fazer a vontade do Senhor
"Procurar somente a Deus, ver Deus em todas as coisas, isto é tornar-se superior a todas as coisas humanas" (São Gaspar Bertoni).

Nem sempre é fácil fazer a vontade de Deus. Em primeiro lugar, é necessário o discernimento, pois, muitas vezes, corremos o risco de confundir os desejos e impulsos pessoais com a vontade do Senhor. Nem sempre aquilo que nós desejamos é o que Ele nos pede. Por isso a sabedoria e o discernimento são fundamentais na caminhada espiritual.

Para cultivar uma horta, é necessário saber a época certa do plantio de cada hortaliça, caso contrário, a produção será comprometida. No campo espiritual acontece o mesmo processo. Para se vivenciar aquilo que Deus inspira em nosso coração, é preciso saber o que Ele reserva para cada etapa da nossa existência.

E como descobrir o que Deus deseja? A todo o momento Ele fala com o ser humano por meio de sinais concretos no dia a dia. Não se deve esperar que um anjo apareça e diga: "Você deve fazer isto, pois esta é a vontade do Senhor!" Deus usa de situações, pessoas e acontecimentos para se comunicar conosco.

Olhar a vida com o coração aberto para a presença do Senhor é o primeiro passo para um discernimento espiritual. Somente quando abrimos as portas do coração, para os sinais da presença de Deus no cotidiano, conseguimos ver e ouvir o que Ele nos pede.

Vê-Lo nas diversas situações da vida é também um passo fundamental para o crescimento espiritual. Notar a presença do Senhor na natureza pode desenvolver uma sensibilidade enorme no campo espiritual, mas saber reconhecer essa presença também em um sorriso, uma lágrima, uma situação de luto, uma enfermidade, é fundamental.

Quando se fala em luto e enfermidade, ter discernimento é extremamente importante. Deus não deseja o sofrimento do ser humano, e isso seria contrário à Sua natureza amorosa, pois "Deus é amor". Sua presença no luto é garantia de que Ele não abandona Seus filhos em nenhum momento, nem mesmo na enfermidade, quando Ele se faz presente ao lado do doente, dando-lhe forças para que possa carregar a cruz com paciência. Deus Pai está presente em cada situação, sendo auxílio, conforto e paz.

Na trajetória da vida, Deus caminha ao lado do ser humano e nunca o abandona. Abrir o coração à presença divina é encontrar-se com o Amor, visível presente do Pai.
Padre Flávio Sobreiro

O SENHOR NÃO OLHA TANTO A GRANDEZA DAS NOSSAS OBRAS

"O Senhor não olha tanto a grandeza das nossas obras. Olha mais o amor com que são feitas" (Santa Teresa de Ávila)

Em tudo aquilo que você fizer coloque amor. Está dirigindo no trânsito? Não faça do seu veículo uma arma que espalha desamor e violência. Está cuidando dos seus? Dedique-se a evangelizá-los com gestos de carinho e ternura. Está trabalhando rodeado por outras pessoas? Seja educado e cordial com eles. Está desfrutando de um lazer sadio? Divirta-se com zelo fraterno e uma santa alegria. Está estudando algo importante? Se esforce primeiro em aprender para depois ensinar a quem precisa. Enfim, quando decidimos a colocar amor e dedicação naquilo que fazemos - por mais simples que seja - somos instrumentos nas mãos poderosas de Deus. Assim, Ele vai se utilizando de cada um de nós, Seus filhos, para a reconstrução de inúmeras vidas machucadas. Experimente, hoje, a felicidade de ser bom! Não alimente a vingança, o rancor e o ódio. Semeie a força transformadora do Evangelho onde você estiver, e você será o primeiro a colher dentro de si os frutos de tão bela iniciativa. Deus abençoe o seu dia e final de semana. Oro pela sua perseverança na prática do bem e no exercício da virtude.
Alexandre Oliveira

VIVER O FUNDAMENTO DA FÉ

Nossa segurança de vida cristã está no fundamento da fé da Igreja
A fé é um dom de Deus (cf. Ef 2,8). É uma posse antecipada do que se espera (cf. Hb 11,1). É a vitória que vence o mundo (cf. 1 Jo 5,4).

A essência do ato de fé é a adesão da inteligência às verdades reveladas por Deus, em virtude da autoridade daquele que as revela. Não se crê porque o conteúdo da fé seja evidente, nem porque ele esteja de acordo com as aspirações e as exigências pessoas ou atuais. A razão formal da fé é o fato de ser ela revelada por Deus, e o respeito de nossa inteligência lhe é devido, porque Ele não pode nem Se enganar nem nos enganar.

A Revelação Divina nos é transmitida e claramente interpretada pelo Magistério infalível da Igreja, ao qual devemos um assentimento humilde e filial, seja quando se exprime em sua forma extraordinária, seja em sua forma ordinária. Não é possível que a Igreja se tenha enganado, ensinando durante séculos uma verdade ou condenando durante séculos um erro. Devido a sua origem divina, a fé alcança uma certeza que o conhecimento humano mais evidente não pode atingir (uma certeza, nós repetimos, devida Àquele que revela, e não à evidência intrínseca daquilo que é revelado). Sempre por causa dessa origem divina, quem quer que negue um só artigo de fé corta a fé pela base, como explica o Doutor Angélico Santo Tomás de Aquino com clareza: “aquele que não adere como a uma regra infalível e divina, ao ensinamento da Igreja, [...] não tem o habitus da fé. Se ele admite verdades de fé, é por outra razão diferente da verdadeira fé. [...] Fica claro também que quem adere ao ensinamento da Igreja como a uma regra infalível, dá seu assentimento a tudo que a Igreja ensina. Caso contrário, se ele admite somente o que quer, e não admite o que não quer a partir desse momento ele não adere mais ao ensinamento da Igreja como a uma regra infalível, mas adere à sua vontade própria” (1).

Ora, é claro que, por causa da natureza estável da verdade e daquele que revela ninguém, nem no seio da Igreja nem fora dela, jamais poderá se outorgar o poder de ensinar alguma coisa diferente ou oposta ao que a Igreja recebeu de Nosso Senhor Jesus Cristo e transmitiu ao longo dos séculos.

São Vicente de Lérins respondia assim aos que temiam que isso impedisse o processo na Igreja: “Não haverá jamais nenhum progresso na religião e, portanto na Igreja de Cristo? Certamente, haverá um progresso, e até um progresso considerável! [...] Mas com a condição de que se trate de um verdadeiro progresso para a fé, e não de uma mudança: há um progresso quando uma realidade cresce permanecendo idêntica a si mesma. Há mudança quando uma coisa se transforma em outra” (2).

Declara o gênio teológico do século XXI Papa emérito Bento XVI: “Ter uma fé clara, segundo o Credo da Igreja, é frequentemente etiquetado como fundamentalista. Enquanto que o relativismo, isto é, o fato de se deixar levar “aqui e ali por qualquer vento de doutrina”, aparece como o único comportamento à altura dos tempos atuais. Está se construindo uma ditadura do relativismo que não reconhece nada como definitivo e que só deixa como última referência o “eu” e os desejos pessoais” (L’Osservatore Romano, 19 de abril de 2005). Em face disso, é necessário meditar mais uma vez, palavra por palavra, o que São Vicente de Lérins exprimiu com espantosa atualidade: “Se começamos a misturar o novo com o antigo, o que é estranho com o que é familiar, o profano com o sagrado, essa desordem rapidamente se espalhará por toda parte, e nada na Igreja ficará intacto, sem mancha, e onde se erigia o santuário da verdade pura e intacta, haverá um lupanar de erros sacrílegos e vergonhosos [...]. A Igreja de Cristo, guardiã vigilante e prudente dos dogmas que lhe foram confiados, nunca modifica nada neles, não lhes acrescenta nada, nada lhes retira: ela não rejeita o que é necessário, nem acrescenta o que é supérfluo; ela não deixa que lhe roubem o que só a ela pertence, ela não se apropria do que pertence aos outros [...]. Eis o que a Igreja sempre fez por meio dos decretos conciliares, sendo movida (a redigi-los) pelas inovações dos heréticos. Ela sempre transmitiu à posteridade em documentos escritos o que ela tinha recebido dos padres pela tradição, resumindo em fórmulas breves uma grande quantidade de noções e, mais frequentemente, especificando com termos novos e apropriados uma doutrina antiga, para que ela fosse melhor compreendida”. (3).

“Este é o rico tesouro do continente Latino-Americano; este é seu patrimônio mais valioso: a fé em Deus Amor, que revelou seu rosto em Jesus Cristo. Vós acreditais no Deus Amor: esta é vossa força que vence o mundo, a alegria que nada nem ninguém vos poderá arrebatar, a paz que Cristo conquistou para vós com sua Cruz!Esta é a fé que fez da América - Latina o “Continente da Esperança”. Não é uma ideologia política, nem um movimento social, como tampouco um sistema econômico; é a fé em Deus Amor, encarnado, morto e ressuscitado em Jesus Cristo, o autêntico fundamento desta esperança que produziu frutos tão magníficos desde a primeira evangelização até hoje”. (Homilia de Bento XVI na missa de abertura da Conferência de Aparecida. No Santuário de Nossa Senhora Aparecida, Brasil, domingo, 13 de maio de 2007). 

Toda nossa existência e a nossa abissal certeza de vida eterna se encontra em Cristo, Ele é o autor e realizador da nossa fé (cf. Hb 12,2). A nossa segurança de vida cristã está no fundamento da fé da Igreja.
Padre Inácio José do Vale

A IMPORTÃNCIA DO PERDÃO NA CURA INTERIOR

Perdoar a mim mesmo significa me amar
O perdão ou a falta de perdão está na base de cada cura interior.

Muitas vezes, a cura de uma raiva, de um medo, de uma ansiedade, de um sentimento de solidão, tristeza ou culpa, além de tudo o que constitui o nosso desequilíbrio emocional e psíquico, depende de perdão.

a) Perdoar a mim mesmo. É a coisa mais difícil! É mais fácil perdoar os outros. Perdoar a nós mesmos pelas nossas faltas, pelos nossos limites, pelos pecados que cometemos e por tantas outras coisas. Temos de aceitar nossos limites e fraquezas, nos aceitarmos como somos, mesmo que não nos aprovemos.

Quando digo aceitar, não quer dizer não fazer nada para melhorar, pois isso é uma estagnação que não podemos permitir. Mas temos que aceitar a realidade das coisas e tentar melhorar, como fez São Paulo: "Sou aquele que sou, vejo o bem, aprovo-o e me acho a fazer o mal" (cf. Romanos 7,15-23).

Este sou eu. Certamente, esforço-me para ir em frente, mas a realidade é essa. Muitas vezes, o Senhor nos pede o perdão como base para cura, mas se não conseguirmos nos perdoar, não poderemos receber aquilo que o Senhor quer nos dar, porque a falta de perdão bloqueia a graça.

Atenção! Estou me referindo a uma coisa muito importante e digo isso, antes de tudo, para nós, sacerdotes; em seguida, para aqueles que nós devemos curar, porque estão na nossa pastoral:

- Deus nos ama não porque somos santos, e o nosso pecado não diminui o amor que Deus tem por nós;
- Deus não ama mais o santo que o pecador;
- Deus ama o homem tanto quanto um Deus pode amar a sua criatura;

- É o homem que recebe ou recusa esse amor!

Peguemos um exemplo: se estamos em um quarto, e fora existe sol, estando no interior do quarto, nós não o vemos. Temos luz elétrica, mas toda a estrutura do quarto está bloqueando a entrada do sol para nos oferecer luz e calor. Não é que o sol se retirou, ele continua lá no seu lugar. Se destruirmos essa estrutura, automaticamente o sol entrará, iluminará e aquecerá o ambiente.

Quando o filho pródigo sai da casa do pai, o amor deste permanece igual para esse filho; de fato, o pai está sempre lá para esperar a sua volta.

O perdão por parte do pai já está concedido, mas não pode chegar até o filho, porque este ainda não disse: "Levantar-me-ei e irei a meu pai (Lucas 15,18). Portanto, o bloqueio é do lado do homem e não do lado de Deus.Quando falamos "Senhor, perdoe-me!", estamos demolindo o bloqueio. Deus já nos perdoou. Pecadores ou santos, somos filhos d'Ele. Portanto, receber o amor depende de nos abrirmos àquele amor que já está presente em nós, como aquele sol que já está presente fora do ambiente fechado. 

b) Perdoar a Deus. Esta expressão deve ser bem entendida: Ele não tem necessidade de ser perdoado, não foi Deus que fez alguma coisa que necessitasse de perdão. Mas olhando para nós, de pequeno que somos, vendo Deus permitindo que sejamos maltratados ou não nos escutando, deixando-nos sozinhos nesse sofrimento, é gerada em nós uma raiva de Deus. Nesse caso, é bom ir diante do Senhor e dizer a Ele: "Está bem, Senhor, eu não O entendo! Somente sei que estou ferido, mas quero perdoá-Lo!". Da nossa parte existe essa necessidade de perdoar a Deus, como aos outros e a nós mesmos.

Frei Elias Vella, OFM Conv. 

ABANDONE-SE NOS BRAÇOS DA MÃE CELESTE

"Abandone-se nos braços da Mãe Celeste. Ela se encarregará de cuidar da sua alma" (São Pio de Pietrelcina)

Acolhamos o amoroso sorriso da Mãe a cada um de nós. Somos filhos de Maria. Portanto, nada de medo! Nossa Senhora caminha ao nosso lado, deposita nossas súplicas dentro do seu Imaculado Coração e conduz nossa alma à fonte da vida plena: seu filho Jesus, nosso Senhor e Salvador. Maria sabe que somente encontraremos a paz que tanto almejamos se obedecermos à voz do Menino Deus que ela traz em seus braços. Somos filhos de Maria. Portanto, não prosseguimos nossa jornada derrotados, confusos e reféns das dificuldades. Como filhos obedientes, nos empenhamos em ser este povo de oração, perseverança e fé. Somos filhos de Maria, ou seja, homens e mulheres que não param nas aparências, mas que aprendem - a cada dia - enxergar pessoas e situações com um olhar espiritual próprio do cristão que crê neste Deus "cuja misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem" (cf. Lc 1,50) Que Maria Santíssima 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

QUANDO PECAMOS

Quando pecamos, ficamos tão assustados com o barulho provocado pela queda, que não percebemos a presença da Divina Misericórdia. Ela é como a floresta que cresce, silenciosamente, envolvendo-nos com sua sombra de paz e esperança.

ADORAR A DEUS ATÉ O FIM, APESAR DAS PERSEGUIÇÕES

Falando do contexto da apostasia, da proibição de adoração, Francisco destacou necessidade de adorar Deus com confiança e fidelidade até o fim
Adorar a Deus até o fim, apesar das perseguições, pede Papa
Há “poderes mundanos” que gostariam que a religião fosse “uma coisa privada”. Mas Deus, que venceu o mundo, é adorado até o fim com confiança e fidelidade.  Este é o pensamento oferecido pelo Papa Francisco durante homilia da Missa celebrada na Casa Santa Marta nesta quinta-feira, 28. Segundo ele, os cristãos que hoje são perseguidos são o sinal da prova da vitória final de Cristo.
Papa Francisco alertou para o perigo da “tentação universal”, presente na luta final entre Deus e o Mal, proposta na liturgia deste fim de ano. Trata-se de ceder às ilusões de quem gostaria de vencer Deus, levando a melhor sobre quem crê Nele.
No entanto, o Pontífice explicou que quem crê tem a história de Jesus como uma referência clara para a qual olhar. Jesus suportou insultos e calúnias em sua vida pública até o martírio na Cruz, mas no fim a Ressurreição do Príncipe da paz venceu o príncipe do mundo
O Santo Padre indica estas passagens da vida de Cristo porque na reviravolta final do mundo, descrita no Evangelho, o que se coloca em jogo é maior que o drama representado pelas calamidades naturais.
“Quando Jesus fala desta calamidade em um outro trecho, nos diz que será uma profanação do templo, uma profanação da fé, do povo: será a abominação, a desolação da abominação. O que aquilo significa? Será como o triunfo do príncipe deste mundo: a derrota de Deus. Parece que naquele momento final de calamidade, que se imporá neste mundo, ele será o patrão do mundo”.
A prova final, então, é a profanação da fé, o que se nota na Primeira Leitura, quando o profeta Daniel é jogado aos leões por ter adorado Deus e não o rei. “Os símbolos religiosos são removidos. Deve-se obedecer às ordens que vêm dos poderes mundanos. Pode-se fazer tantas coisas, coisas bonitas, mas não adorar Deus”.
Segundo o Papa, este é o centro do fim. E quando se chega à plenitude desta atitude pagã, aí sim será visto o Filho do Homem com grande poder e glória. “Os cristãos que sofrem tempos de perseguição, tempos de proibição de adoração são uma profecia daquilo que vai acontecer a todos”.
Concluindo a homilia, Francisco lembrou que quando o tempo dos pagãos for cumprido, este será o momento de levantar a cabeça, porque estará próxima a vitória de Jesus Cristo. No entanto, não é preciso ter medo, porque Deus só pede fidelidade e paciência.
“Esta semana nos fará bem pensar nesta apostasia geral, que se chama proibição de adoração e perguntar-nos: ‘eu adoro o Senhor? Eu adoro Jesus Cristo, o Senhor? Ou, um pouco meio a meio, faço o jogo do príncipe deste mundo?’. Adorar até o fim, com confiança e fidelidade: esta é a graça que devemos pedir esta semana”

FAÇAMOS BEM AS PEQUENAS COISAS

O que Deus nos pede a cada momento da nossa vida? Qual é a vontade d’Ele neste momento? Com certeza, ao conhecermos e nos entregarmos à vontade divina, conheceremos o verdadeiro sentido da nossa vida.
Não se trata da vontade de Deus de um modo geral, mas de cada momento: quando dormimos, quando nos levantamos, quando trabalhamos, brincamos, nos divertimos ou comemos.
Quando realizamos a vontade do Senhor por amor, todos os nossos gestos têm um sentido redentor, sem contar que, pelo modo como vivemos, influenciamos todo o mundo.
Façamos bem as pequenas coisas por amor ao Senhor.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

AS CONSEQUENCIAS DA FÉ

A fé nos leva a confiar mesmo na adversidade
Crer em Deus e amá-Lo, com todo o coração, têm consequências para toda a nossa vida.

A fé nos leva a conhecer a grandeza e a majestade do Senhor. "Deus é grande demais para que o possamos conhecê-lo" (Jó 36,26). É por isso que Ele deve ser o primeiro a ser amado e servido. "Amar a Deus sobre todas as coisas", manda o primeiro mandamento.

A fé nos leva a viver em ação de graças. Se Deus é único, tudo o que somos e possuímos vem d'Ele:

"Que é que possuis, que não tenhas recebido?" (1Cor 4,7). "Como retribuirei ao Senhor todo o bem que me fez?" (Sl 116,12).

A fé nos leva também a conhecer a unidade e a dignidade de todos os homens. Todos eles foram criados "à imagem e semelhança de Deus" (Gn 1,27), são filhos do mesmo Deus e irmãos.

A fé nos leva a usar corretamente as coisas criadas. Leva-nos a usar de tudo o que nos aproxima do Senhor e a nos desapegar das coisas que nos desviam d'Ele. 

Dizia S. Nicolau de Flue: 

"Meu Senhor e meu Deus, tirai-me tudo o que me afasta de vós.

Meu Senhor e meu Deus, dai-me tudo o que me aproxima de vós.

Meu Senhor e meu Deus, desprendei-me de mim mesmo para doar-me por inteiro a vós." (Oração).

A fé nos leva a confiar em Deus em qualquer circunstância, mesmo na adversidade. Santa Teresa de Jesus exprime-o de maneira admirável nesta oração:

"Nada te perturbe, nada te assuste. Tudo passa, Deus não muda. A paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta."

Só Deus basta.
Felipe Aquino

JESUS TEM O PODER DE CURAR AS ALMAS QUE NECESSITAM DE RESTAURAÇÃO

Jesus tem o poder de curar as almas que necessitam de restauração. Se você se encontra em uma situação de desespero, de forte sentimento de culpa, não sinta apenas remorso, mas tenha coragem e vá a Jesus.

Lemos em Jeremias 29, 12 “Invocar me-eis e vireis suplicar-me e eu vos atenderei.” 

Converse com ele, confesse seu pecado e Ele lhe dará uma nova chance, permitindo que você recomece uma nova vida com Ele. Temos de ter a firme confiança de que Jesus não condena, Ele veio para salvar o que estava perdido.

Quando nos embriagamos do verdadeiro Amor, conseguimos enxergar o mundo com outros olhos, vivenciar nosso dia a dia com outros gestos e sentir nossas alegrias e decepções com outro coração. Tudo é absolutamente novo.

Sabe o que significa tudo isso? Deus nos faz pessoas melhores, todos os dias, ainda que tenhamos pecados.

Ele sabe das nossas limitações e fraquezas e a medida em que nos abrimos, Ele nos restaura, cura e liberta. De modo sobrenatural, uma fonte inesgotável de alegria nasce em nossos corações, pois o próprio Deus vem habitar em nós.

Senhor, queremos vos louvar e vos amar,
pois sois digno de todo amor e de todo louvor.
Atendei as nossas súplicas e
não nos deixei cair em tentação.
Amém!

Padre Alberto Gambarini

SÓ EM DEUS PODEREMOS AMAR

É lindo este sentimento de amor, mas precisa ser purificado”, disse o Papa Bento XVI a um casal que o procurou para conversar sobre casamento.

Você é casado? Quando você se casou, você se casou “para sempre!”. Mas sabemos que isso é difícil. Nós estamos, hoje, vivendo em uma sociedade em que tudo é descartável, tudo que diz respeito à nossa sociedade é jogado fora. Quando precisamos falar com alguém que mora longe, nós utilizamos os meios de comunicação; as coisas estão práticas. Tudo isso é bom, porém, precisamos viver tudo de forma correta.

Hoje é importante retomar ao dia em que você disse o “sim”. Você que namora precisa refletir sobre o casamento.

Você sabe quem é o Amor? Deus! O amor não possui uma receita, como se você fosse fazer um bolo; o amor é infinito como Deus! Existem vários estudos para esse sentimento que passa por quatro peneiras: o amor fiel, livre, total e fecundo. Você que está em um relacionamento precisa ser livre. No amor total não dá para estar com uma pessoa e com outra ao mesmo tempo. Cristão que é cristão escolhe apenas uma pessoa!

O amor é livre, é total! Somos inteiramente da pessoa que escolhemos para viver ao nosso lado. Se você quer viver o "para sempre", você precisa ser justo desde o início do seu namoro. O amor fiel precisa ser treinado no namoro.

O namoro precisa ser um relacionamento fecundo; o casal precisa ser e representar o amor de Deus para seus filhos. Este processo precisa começar desde o período do namoro. Quando esse relacionamento [namoro] começa, tudo é muito lindo, no entanto, chega uma hora em que você descobre os defeitos da outra pessoa, mas estes devem ser purificados. Existem muitos sentimentos no namoro que não representam o amor, como o medo, o ciúme, a inveja... Quanto mais puro o ouro, tanto mais caro ele é! Assim também é o amor.

Primeiro, o namoro se inicia com a paixão, depois passa pela razão e, em seguida, pela decisão. Todos nós nascemos para nos casar, para sermos pais [exceto os celibatários e os religiosos]; contudo, nem todos têm vocação para assumir isso. Somos chamados, vocacionados por Deus, para levar os nossos parceiros para o céu.

O seu casamento e o seu namoro o estão ajudando a levar essa pessoa para o céu? O seu olhar e seu corpo revelam se você está bem ou não; existem muitas coisas que precisam ser mudadas em nós. Quanto mais puro o amor, maior ele o é! O modo de se vestir também é um gesto de pureza, você precisa pensar muito na roupa que você vai usar, a sua vestimenta pode dizer muitas coisas; assim como o seu modo de falar. Qual o tipo de conversa você tem, mulher? Como você se comporta? Tudo isso, se não for adequado, é um modo de você tirar de si mesma a sua pureza.

Jovens e mulheres cristãs, vocês precisam fazer a mortificação, que é um processo de purificação. Os homens precisam se libertar dos hábitos maus que têm; precisam jogar fora aquelas revistas pornográficas e mudar o olhar. Quem lhes dá a decisão para conseguir isso é Deus, por isso lutem!

"Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor. Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos" (Efésios 5, 1-3)
Somos chamados à santidade; nós precisamos acordar! Se você não tem filhos e quer formar uma família, precisa dar o exemplo desde já. A juventude do Brasil precisa acordar e formar famílias novas; e isso começa no namoro. Se não houver a purificação no amor que você sente, este sentimento não será para sempre. O amor purificado constrói o outro. Para chegar lá na frente, tem que começar desde agora a purificação.

É um desafio, uma luta, mas vale a pena você dizer que você ama; mas não ofereça somente o seu corpo. Ofereça a sua alma, os seus sentimentos; ofereça aquilo que você pode dar agora. Todos os dias precisamos lutar para que este amor seja purificado.

Não desista! Queira um verdadeiro amor, que venha do coração de Deus!
Fernanda Soares 
Membro da Comunidade Canção Nova

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A DECEPÇÃO E A MAGOA GERAM RUPTURAS EM NÓS


A decepção e a magoa geram rupturas em nós. Porém, pequenas rupturas são tratadas com mais facilidade, basta o tempo e a vontade de querer cicatrizar a ferida. De acordo com a leveza do erro do outro e a sensibilidade do coração de cada pessoa algumas magoas podem ser relevadas e até facilmente esquecidas. Mas, quando algo se rompe dentro de nós é um erro querer voltar ao que era antes ou simplesmente ignorar tudo o que aconteceu. Quando rompemos com algo é porque a forma como as coisas estão sendo conduzidas, não estão corretas e a nossa estrutura humana só consegue relativizar certas coisas até determinado ponto. Não podemos generalizar e não podemos esperar que todas as pessoas tenham a mesma capacidade que outros para lidar com determinadas situações. Só não podemos ter a fraqueza e a imaturidade de querer ir desistindo de qualquer coisa pelas dificuldades ou pelos desapontamentos que encontramos ao lidar com as situações. Todo rompimento deve acontecer primeiro dentro de nós e aqui rompimento quer dizer capacidade de se rever. De romper com escolhas erradas e opções incoerentes que nós mesmos fazemos diante das coisas. Em primeiro lugar, nunca culpe os outros pelas escolhas que você mesmo fez na sua vida. Ser adulto significa, antes de qualquer coisa a capacidade de fazer escolhas. Ninguém pode escolher por voce. Romper com as incoerências é um sinal de maturidade e possibilidade de termos mais êxitos nas escolhas de cada dia que precisamos fazer na vida. Quando você é capaz de rever seus próprios erros e perceber onde você poderia ter sido menos ingênuo nas suas escolhas as rupturas não serão simples rompimentos, mas novas chances que você dar a você mesmo de recomeçar sempre de novo. Muitos dos nossos relacionamentos estão estupidamente corrompidos e corroídos porque foram mal conduzidos. Antes que eles se rompam de vez, permita que as rupturas já ocorridas ou ignoradas sejam re -vistas e re- direcionadas. Eu acredito na força do perdão e do recomeço para qualquer esfera de relacionamento humano . Só não insista na velha formula de se relacionar, aquela que mais machuca do que cicatriza. E preferivel um relacionamento renovado ainda que seja pela dor, do que insistir na velha ferida que nunca cicatriza.
Padre Roger Araújo

PORQUE VOCE NÃO SE PERDOA ?

Há muitas pessoas que fizeram barbaridades no passado, e daí o demônio coloca os sentimentos de culpa no coração delas. 
Estes sentimentos são como escudos na nossa frente para que não nos deixemos atingir pelo amor de Jesus. 
Na hora de pecar, o demônio o manda fazer tudo depressa, mas na hora de aceitar o amor de Deus, ele fica querendo que você deixe para depois.
Deus não quer você numa vida estragada e estragando a vida do outros. 

O Senhor o ama como você está e como você é. 
Se o Senhor quer perdoá-lo, então por que você não se perdoa a si mesmo? 
Deixe cair essa armadura. Acabe com essa tolice e deixe Jesus fixar os olhos em você e o amar. Deixe Jesus o amar. Você não precisa sentir nada. É uma questão de vontade e não de sentimentos.
Ouça o Espírito Santo que fala no seu coração. 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

CARIDADE; MISTURADO AMOR DIVINO COM O HIMANO

Há amor em você! Esse amor se chama caridade. O inimigo estraga tudo e acaba caricaturando o que há de mais lindo. Isso foi uma profanação que ele fez.

Hoje, caridade significa dar esmola, doar algumas coisas, muitas vezes, sem compromisso; tanto assim que se diz por aí: “Eu não quero saber de caridade; se você quiser me dar alguma coisa, me dê, mas não quero saber de caridade”. Muitos pobres dizem isso. Por quê? Porque a palavra “caridade” se tornou uma caricatura. Mascaridade vem de cáritas e esta vem de caris. Caris deu a palavracarisma.

A verdadeira caridade é a união do amor divino com o amor humano. Deus lhe deu amor. No começo da criação, o amor era puro, como a nascente de água que sai da serra. O seu amor era amor de Deus. Depois, veio o pecado original e envenenou a fonte, o amor se misturou com sensualidade, com sexualidade, egoísmo, ganância e cobiça.

Quando veio no poder do Espírito Santo, Jesus deu a esse amor o nome de caridade. É um dom, um presente. É o próprio Espírito Santo amando e misturando em você o amor divino com o amor humano. Isso é caridade!

O Senhor quer nos batizar nesse amor para que, daqui para a frente, a nossa sensibilidade tire de dentro de nós o amor verdadeiro e o coloque para fora, um amor que é doação, serviço e entrega. Amor que, muitas vezes, é sacrifício, doação, é esquecer-se de si, perder por causa dos outros. Amor que, muitas vezes, é perdão, desculpa, suporte, doação

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

COMO SUPERAR A DEPRESSÃO

Hoje, há uma forte tendência ao aparecimento da depressão. Muitos são os fatores que causam esta patologia. Em qualquer caso, faz-se necessária uma ajuda terapêutica. Em muitos casos, é necessária a ajuda de medicamentos. Depressão é um sintoma do nosso tempo. Pode ser que ela sempre tenha existido em outros tempos, contudo, recebia outros nomes e outros diagnósticos.

Não cabe aqui apresentarmos um relato clínico da depressão. Esta tarefa cabe a um profissional da área médica. Contudo, gostaria de conversar com você sobre a depressão a partir de uma perspectiva espiritual. É preciso deixar claro que não pretendo dizer ou afirmar que a causa do processo depressivo seja a área espiritual, mas a espiritualidade pode colaborar no processo de tratamento do depressivo.

Somos um todo. Sabemos que o ser humano não é visto mais como um ser fragmentado. Tudo aquilo que vivenciamos produz em nosso ser uma resposta positiva ou negativa. Neste totalitário que somos, a espiritualidade está inserida. E a maneira como a vivenciamos afeta todo o nosso ser e, consequentemente, nossa vida.
A fé dá sentido à nossa existência. Hoje, o ser humano tem sede de uma vivência espiritual profunda em sua vida. Na maioria dos casos, quando alguém diz que está com depressão e é questionado sobre a sua vivência espiritual, esta pessoa diz: “Não tenho nenhuma vivência espiritual”, “Não participo de nenhuma Igreja”, “Faz muito tempo que não faço orações”, “Não tenho nenhum relacionamento com Deus”. Essas respostas são seguidas das seguintes afirmações: “Estou sentido um vazio em meu coração”, “Minha vida não tem sentido”, “Não consigo sentir Deus perto de mim”, “Ninguém gosta de mim”, “Queria morrer, porque não faria falta para ninguém”. Outras afirmações ainda presentes: “Não consigo me amar”, “Não deveria ter nascido”.

Não quero afirmar que essas respostas e afirmações de quem passa por um momento depressivo seja a causa da depressão. A raiz pode estar em outros setores da vida, os quais podemos comentar em outra ocasião.

Esse vazio interior, alegado por um grande número de pessoas depressivas, pode ser desencadeado por inúmeros fatores. Do ponto de vista espiritual, o vazio interior pode ser ocasionado pela falta da presença de Deus. E quando me refiro a essa "falta", não estou afirmando que o Senhor não esteja junto da pessoa. Deus está sempre conosco, mas nós estamos sempre com Ele? Esta é uma grande questão espiritual que necessita de uma resposta clara e verdadeira de quem enfrenta um quadro depressivo.

A oração abre nossa alma para percebermos a presença de Deus em nossa vida. A participação na vida de comunidade nos coloca em contato com outras pessoas que se unem a nós, para que, juntos, nos alimentemos do Pão da Palavra e da Eucaristia. A Eucaristia, o próprio Cristo, devolve-nos o sentido da vida. O relacionamento com o Senhor só é despertado em nós quando tomamos consciência de que somente Ele pode preencher o vazio que carregamos em nosso coração. Santo Agostinho já afirmava: “Fizeste-nos para ti e inquieto está nosso coração enquanto não repousa em ti”.

Superar o processo depressivo depende, em grande parte, da pessoa que sofre essa patologia. No entanto, a espiritualidade é uma forte aliada neste processo de superação. Afinal, no todo que somos Cristo está presente.
Padre Flávio Sobreiro

O REINO E A FÉ

O cristão crê em Deus por intermédio de Jesus Cristo
Acima dele havia um letreiro: ‘Este é o Rei dos Judeus’. Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: ‘Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!’ Mas o outro o repreendeu: ‘Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma pena? Para nós, é justo sofrermos, pois estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal’. E acrescentou: ‘Jesus, lembra-te de mim, quando começares a reinar’. Ele lhe respondeu: ‘Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso’” (Lc 23, 38-43). 

A situação dos três condenados é a mais crítica que se possa pensar e, no entanto, alguém é capaz de dar um verdadeiro salto, o salto da fé, que supera as circunstâncias mais dolorosas e abre o horizonte do Reino de Deus, “Reino eterno e universal: Reino da verdade e da vida, Reino da santidade e da graça, Reino da justiça, do amor e da paz”. Da dura realidade da cruz brotaram as fontes da evangelização.

Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, revelou-se apaixonado pelo Reino de Deus. Anunciou o Reino com toda a força, indicou seus sinais na natureza e na vida das pessoas, proclamou-o presente e ao mesmo tempo o porvir, alertou sobre o fato de que este Reino se encontra perto de nós! Seus discípulos percorrerão o mundo inteiro, para chegar aos confins da terra, descobrindo as sementes do Reino de Deus plantadas pelo Espírito Santo, mostrando-as presentes, proclamando a Boa Nova da salvação e realizando o próprio Reino na Igreja, testemunha e presença do domínio de Deus.

Só que Deus não domina com os critérios e modalidades correntes. Falar de Reino de Deus exige pensar em semente, luz, fermento, grão de trigo, que morre para dar a vida... Até o fim dos tempos, quando o Senhor vier em sua glória, este Reino, qual trigo no meio do joio, será provocado pela presença do mal, ainda que os discípulos de Jesus saibam, com a certeza da fé, que a vitória será do bem e da verdade. Ele, Jesus Cristo, é o Senhor da história, princípio e fim, alfa e ômega da aventura humana! N'Ele está a vida verdadeira e o sentido de toda a procura do bem e da verdade!

Se parece muito bonito e confortador afirmar tais verdades, bem sabemos que elas pertencem ao âmbito da fé. Sem a fé, a realidade será compreendida de forma diversa. Tanto que aparecem dois modos de encarar a vida, ambos fadados a bloquear o sentido da própria existência. De um lado, perder de vista a eternidade para a qual fomos criados por Deus, justamente por não enxergar a maravilhosa realidade de criaturas em que nos encontramos. As pessoas que vivem assim só acreditam em si mesmas e naquilo que veem com os olhos da carne. É a pretensão de autonomia absoluta, na qual somos apenas obra do acaso ou dos processos físico-químicos da natureza, pelo que “comamos e bebamos, pois amanhã morreremos” (Cf. 1 Cor 15, 32). É ainda possível enxergar a existência como uma fatídica destinação do sofrimento, com a qual o pessimismo se instala e corrói as pessoas. De Deus se tem apenas medo, pois é visto como um vigia implacável, juiz severo, pronto a condenar os atos humanos. A fé se reduz à crença, os mitos se instalam, o medo ocupa o coração e cresce o risco do fanatismo. É o outro lado de uma medalha com a qual se pretende pagar o preço da passagem pela vida. Sabemos que nenhuma das duas visões é a autêntica fé cristã.

A fé cristã, do homem e da mulher que se encantam pelo Reino “de” Deus, escancara novas e inusitadas oportunidades. Jesus Cristo é o centro da fé cristã. O cristão crê em Deus por intermédio de Jesus Cristo, que nos revelou a face de Deus e é Deus com o Pai e o Espírito Santo. Ele é o cumprimento das Sagradas Escrituras, Aquele em quem acreditamos, Aquele “que em nós começa e completa a obra da Fé” (Cf. Hb 12,2). Jesus Cristo, consagrado pelo Pai no Espírito Santo, é o verdadeiro realizador da evangelização, com a qual a Igreja se apresenta diante do mundo.

Sua missão continua no espaço e no tempo (Cf. Homilia de Bento XVI, na abertura do Ano da Fé, 11 de outubro de 2012). É um movimento que parte do Pai e, com a força do Espírito, conduz a levar a Boa Nova aos pobres. A Igreja é o instrumento desta obra de Cristo, unida a Ele como o corpo à cabeça. “Como o Pai me enviou, também eu vos envio” (Jo 20,21). E soprando sobre os discípulos, disse:“Recebei o Espírito Santo” (Jo 20,22). O próprio Cristo quis transmitir à Igreja a missão, e o fez e continua a fazê-lo até o fim dos tempos, infundindo o Espírito Santo nos discípulos, dando-lhes a força para “proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos e para proclamar um ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19).

Nossa vida cristã é resposta a este imenso amor de Deus. É fundamental reavivar o desejo ardente de anunciar novamente Jesus Cristo. Nos últimos tempos aconteceu o avanço de uma "desertificação" espiritual. Já se podia perceber, a partir de algumas páginas trágicas da história, o pouco o valor dado à vida num mundo sem Deus, mas agora, infelizmente, vemos o vazio que se espalhou. Mas é precisamente a partir da experiência desse deserto, desse vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer e a sua importância vital. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida. Há sinais da sede de Deus, de um sentido para a vida, ainda que muitas vezes expressos de modo confuso ou negativo. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas vidas, indiquem o caminho para a Terra Prometida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à graça de Deus, que liberta do pessimismo(Cf. Bento XVI, "Porta Fidei").

Na conclusão do Ano da Fé, nasce uma nova perspectiva de missão. Acolhamos, neste fim de semana, o impulso evangelizador da Exortação Apostólica “Evangelii gaudium”, com a qual o Papa Francisco impulsiona a tarefa da evangelização. O Reino de Deus é de novo anunciado e com novo ardor, novos métodos e novas expressões. Deus seja louvado porque não podemos parar!
Dom Alberto Taveira Corrêa

O NÓ DA DESOBEDIÊNCIA DE EVA FOI DESFEITO PELA OBEDIÊNCIA DE MARIA ( SANTO IRINEU)



 Você peça a Nossa Senhora um coração obediente à vontade de Deus. Não receie em fazer tal pedido! Saiba que a Mãe Celeste deseja ajudar a cada um de nós, seus filhos, a trilhar o abençoado e proveitoso caminho da santa obediência. Que neste dia Nossa Senhora conduza o coração dos filhos a obedecer aos pais, dos religiosos a obedecer aos superiores, dos fiéis a obedecer à Palavra de Deus e à Sã Doutrina, dos cidadãos a obedecer às autoridades constituídas e assim por diante. Precisamos permitir que Nossa Senhora, como boa Mãe e Mestra, nos eduque e nos forme na escola da docilidade. Um coração rebelde e autossuficiente, uma alma que teima em permanecer indócil, não consegue experimentar a Vida Nova que Deus preparou ao homem por Ele amado. Pensemos nisso, meus irmãos! A graça reservada a nós neste dia - pelas mãos da Virgem Santíssima - é a graça de um coração obediente.
Alexandre Oliveira

quarta-feira, 27 de novembro de 2013


MEDALHA MILAGROSA


A Virgem Maria, em pessoa, veio revelar sua identidade através de um pequeno objeto, uma medalha, destinada a todos sem distinção!, foi chamada de medalha milagrosa

A identidade de Maria era objeto de controvérsia entre teólogos, desde os primeiros tempos da Igreja. Em 431, o Concílio de Éfeso tinha proclamado o primeiro dogma de maria: Maria é mãe de Deus.
A partir de 1830, a invocação:

« O’ Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós »

que sobe ao céu, milhares e milhares de vezes repetida por milhares e milhares de corações de cristãos do mundo inteiro, a pedido da própria Mãe de Deus, vai produzir seu efeito!

A 8 de dezembro de 1854, Pio IX proclama o dogma da Imaculada Conceição: por uma graça especial que lhe vinha da morte de seu Filho, Maria é sem pecado desde o começo de sua concepção.

Quatro anos mais tarde, em 1858, as aparições de Lourdes irão confirmar a Bernadette Soubirous, o privilégio da mãe de Deus.

Coração Imaculado, Maria é a primeira resgatada pelos méritos de Jesus Cristo. Ela é luz para nossa terra. Todos somos como a Virgem Maria, destinados à felicidade eterna.