sábado, 31 de agosto de 2013


É PRECISOSER PREVISIVEL EMBORA NEM TUDO POSSA SER CONTROLADO

Você é previdente? Cuida e está atento às suas necessidades? Ou deixa para amanhã o que pode fazer hoje?

É preciso ser previsível, embora nem tudo possa ser controlado.

Deixar nas mãos de Deus aquilo que depende de nós não vai nos levar a lugar algum, afinal Ele nos dá os talentos que precisam ser desenvolvidos, e devemos ser produtivos.

Quando acumulamos atividades por preguiça ou desleixo, com certeza teremos conseqüências não muito agradáveis. A preguiça, o desânimo e a acomodação não são frutos do amor e por isso precisam ser combatidos.

Infelizmente não podemos estar todo o tempo somente fazendo o que gostamos, mas podemos vir a gostar de tudo o que fazemos, é uma questão de ver o mundo mais colorido, dar a ele um brilho especial, sorrir para os medos e abraçar os desafios com garra e determinação.

Nem sempre teremos alguém ao nosso lado para nos ajudar porque não se pode carregar mais do que as mãos podem abraçar, por isso, cada um faça a sua parte!

Jesus nos ensina que é preciso estar atento, pois para que possamos estar fortes é preciso também estarmos prevenidos!

VIVA A INTIMIDADE COM DEUS

Deus colocou, em meu coração, um amor muito grande. Um dia, senti uma coisa muito forte que tocou meu coração, dizendo que eu tinha de ir até o box 5 do hospital. Lá havia um senhor e ele me disse que a medicina para mim não poderia ser levada de qualquer jeito, pois a minha medicina seria um sacerdócio.

“Não contes com riquezas injustas. Não digas: Tenho o suficiente para viver, pois no dia do castigo e da escuridão, isso de nada te servirá. Quando te sentires forte, não te entregues às cobiças de teu coração. Não digas: Como sou forte! ou: Quem me obrigará a prestar contas dos meus atos?, pois Deus tomará sua vingança. Não digas: Pequei, e o que me aconteceu de mal?, pois o Senhor é lento para castigar (os crimes). A propósito de um pecado perdoado, não estejas sem temor, e não acrescentes pecado sobre pecado. Não digas: A misericórdia do Senhor é grande, ele terá piedade da multidão dos meus pecados, pois piedade e cólera são nele igualmente rápidas, e o seu furor visa aos pecadores. Não demores em te converteres ao Senhor, não adies de dia em dia, pois sua cólera virá de repente, e ele te perderá no dia do castigo. Não te inquietes à procura de riquezas injustas, de nada te servirão no dia do castigo e da escuridão. Não joeires a todos os ventos, não andes por qualquer caminho, pois é assim que se revela o pecador de linguagem dúbia. Firma-te no caminho do Senhor, na sinceridade de teus sentimentos e teus conhecimentos, nunca te afastes de uma linguagem pacífica e equitativa” (Eclesiásticos 5).

Eu não ia à Missa, não participava da Celebração Eucarística frequentemente, pois achava que as pessoas falavam palavras fazias. Eu passava por situações difíceis em minha casa e não sabia rezar o terço, mas comecei a aprendê-lo. E Nossa Senhora me conquistou de tal maneira, de modo que tudo o que ela me pedia eu fazia.

A primeira coisa que ela me pediu foi que eu me confessasse. Hoje, sou quem sou, porque tenho uma formadora maravilhosa: Nossa Senhora.

Um dia, ela me disse que iria colocar em meu caminho um sacerdote. Eu estava em casa e um padre bateu em minha porta. Ele me disse: “Filha, você não foi feita para o carmelo, mas para salvar a vida das pessoas”.

Eu aprendi muito nesse tempo de intimidade com Deus. Aprendi que Ele nos dá a resposta na hora certa.

Quando, em 1997, eu entrei para a Comunidade Canção Nova, comecei minha missão em Queluz (SP), mas lá eu não podia exercer a medicina. Diz a minha mãe que, quando eu era pequena, meus olhos brilhavam quando eu via um médico. Eu trabalhei, primeiramente, na lanchonete da Canção Nova, pois ainda não havia um posto médico. Eu fazia sucos; depois, passei a vender sorvete. No entanto, as pessoas passavam mal e me chamavam.

Minha formadora, na época, pediu para que escrevêssemos três lugares diferentes que gostaríamos de viver nossa missão. Eu, em minha lista, escrevi apenas: Cachoeira Paulista (SP), pois Deus havia falado comigo que meu lugar era aqui.

O posto médico da Canção Nova começou onde era nossa antiga Rádio CN. Ele começou a crescer, começamos a receber doações de remédios das pessoas; o posto aumentou e, hoje, estamos com um espaço bem grande.

Quero compartilhar com vocês essa filosofia de Deus, de Nossa Senhora. Ninguém sabe tudo e há muitas doenças que as pessoas não conhecem.

Quando vou enfrentar alguma dificuldade, peço para que Nossa Senhora me ajude e Deus também, pois sem Eles é impossível fazer algo.

Nossa Senhora nos diz algo muito importante: quando descobrimos alguma doença em nós, Deus não está nos castigando. Maria pede para que não fiquemos pedindo sempre a cura, pois vivemos para a alegria; que não fiquemos apegados ao que de ruim trazemos, porque somos os portadores da paz.

O testemunho é muito importante! Nós precisamos aprender a testemunhar nossa vocação naquilo que fazemos. Precisamos fazer poucas coisas, mas fazê-las bem.

O que é a doença? É quando temos um mal físico, emocional e espiritual.
Deus fala com todos nós, Nossa Senhora fala conosco a todo tempo, mas, muitas vezes, nós não os ouvimos. Precisamos mudar o nosso foco e subir contra a correnteza.

A vida do consagrado é antecipar o céu e fazer com que as pessoas sintam o cheiro do céu. Toda as vezes que preciso fazer uma viagem com um paciente, sempre peço para que Nossa Senhora não deixe que eles morram comigo. Cada paciente é um capítulo que eu leio. Quando estiver na companhia de um doente, fale coisas boas.

Você já parou e perguntou para Jesus qual é a sua missão?

Hoje, estamos vivendo em um mundo de fazer e fazer, mas devemos ter um tempo para ir ao Santíssimo ou em nossa própria casa conversar com Deus.

Temos, sim, que trabalhar, ganhar dinheiro, mas não devemos nos importar com tais coisas, pois o que você quer, naquele momento, Nossa Senhora lhe dará o dobro depois.

Pare e pense em seu interior. O importante é a cura da sua alma!

Veja a sua doença de uma forma diferente; depois, você a testemunhará para outros sobre a sua cura. A nossa fé não pode ser abalada pelas coisas do mundo, temos de crer em Deus.
Drª Rizzia Camargo 
Missionária e doutora do posto padre Pio

ELE ME AMOU PRIMEIRO

Escolha fazer o bem sem esperar recompensas
Naquela noite de sábado, quando, mais uma vez, fui convidada para participar do grupo de oração, diferente das outras vezes, eu disse “sim” e fui, mesmo sem estar interessada em participar de uma experiência de fé e sem acreditar que algo interessante pudesse acontecer naquele lugar.

Era uma capelinha bem simples e antiga, que fica ao lado do cemitério da pequena cidade onde eu nasci. Mas Deus, que costuma ir sempre além de nossas expectativas, concedeu-me a graça de viver uma das experiências mais importantes de minha vida, justamente naquela noite e naquele lugar.

Ajudada pelos cânticos, testemunhos e pregação da Palavra, descobri que Jesus, Aquele que ouvi dizer que havia morrido há muito tempo, na verdade estava vivo e podia interagir comigo. Senti Sua presença e Seu amor tocar-me profundamente. Saí daquele lugar transformada. Não sabia explicar com palavras o que aconteceu, mas tinha certeza de que aquela alegria, leveza e toda experiência que eu acabava de viver não poderia ficar só comigo; eu precisava proporcioná-la a outras pessoas.

Recordo-me que, desde criança, eu pensava em fazer algo bom, capaz de tornar o mundo melhor, e falei sobre isso com Jesus já naquele primeiro encontro. Mais tarde, vim a perceber que o desejo de fazer o bem ao próximo já era um dos sinais da minha vocação.

O certo é que, depois daquela noite, eu queria que minha família, meus amigos e todas as pessoas do mundo soubessem, o quanto antes, que Jesus estava vivo e continuava realizando o impossível em nossos dias. A presença de Deus transbordava em meu ser e, quanto mais eu ia tomando consciência do Seu amor, mais me sentia chamada a fazer alguma coisa concreta para correspondê-Lo. Diz a Palavra que “o amor de Deus é tão forte que nos constrange”, e eu estava experimentando exatamente isso.
Já parou para pensar que, antes mesmo da sua existência, Alguém já o amava tão profundamente que deu a vida por você? “Antes que te formasse no ventre de tua mãe Eu te conheci e antes que de lá saíste Eu te santifiquei...” (Jeremias 1,5). Tomar conhecimento disso gera uma enorme gratidão e, no mínimo, desperta-nos a sermos melhores neste mundo.

Recordo-me de um filme que assisti há vários anos e que marcou minha vida nesse sentido: “A corrente do bem”. A ideia principal do longa-metragem é a de proporcionar aos outros o bem que recebemos; assim, os atos de bondade vão se multiplicando rapidamente entre as pessoas.

Tudo começa com um menino, cuja tarefa escolar dizia que para o mundo ser melhor era preciso começar por ele. Portanto, deveria fazer três coisas boas naquele dia. Então, o garoto inicia, sem grandes pretensões, a corrente do bem com três metas: ajudar uma velhinha a atravessar a rua, comprar um lanche para um faminto e sorrir para alguém triste. As pessoas que receberam estes gestos ficaram surpresas e quiseram retribuir, mas o menino logo ensinava a lição: faça o bem a outra pessoa. E assim os atos de bondade iam ganhando forças e se multiplicando pelo mundo afora, mudando a vida de muita gente. O filme continua, mas eu volto a falar da realidade.

O fato é que, quando eu menos esperava, descobri que Deus me amou primeiro e estava, agora, me chamando a ser mais um elo na corrente do bem que Ele iniciara com Sua Paixão, Morte e Ressurreição: “Não foste vos que me escolhestes, mas eu que vos escolhi...” (Jo 15,16). Sentia- me fortemente chamada! Era preciso descobrir por onde começar a caminhar. Foi aí que tive a graça de conhecer a Comunidade Canção Nova e dar início à descoberta vocacional que me levou a pertencer a esse carisma.

Na Canção Nova, para minha alegria, encontrei muitas pessoas que também haviam sido chamadas - embora em lugares e situações diferentes - para o mesmo fim: corresponder ao amor de Deus, promovendo o bem na vida das pessoas que o Senhor nos envia a cada dia, seja pelos meios de comunicação, seja nos encontros que realizamos e em tudo que fazemos, mesmo as atividades mais simples do dia a dia. 

Certamente, a gratidão é o que nos move, pois não existe momento no relacionamento com Deus em que o amor que eu recebo seja o amor que eu mereço. E quanto mais experimento isso, mais tenho a certeza de que a corrente do bem que Ele começou - enviando Seu Filho ao mundo para pagar o preço dos nossos pecados - não pode parar em mim nem em você. 

Já percebeu que o bem que você recebe pode ser multiplicado e atingir muitas outras pessoas, principalmente as que estão ao seu lado? Tenha a coragem de ser “elo” no dia de hoje. Escolha fazer o bem sem esperar recompensas. Na verdade, o mundo torna-se melhor quando eu e você nos tornamos melhores. Optar pela bondade é seguir o exemplo de doação do próprio Deus, tornando-nos canais para levar Seu amor a tantos corações sedentos por este mundo afora. 

Dizer “sim” ao seu chamado é corresponder à vocação para a qual Jesus nos criou. Talvez sua vocação aconteça aí mesmo onde você está ou pode ser que Deus o chame a deixar tudo e partir. O mais importante, no entanto, é discernir seu chamado e ter a coragem de dizer “sim” sem medo. 

É Ele mesmo quem garante Sua proximidade e assistência àqueles que aceitam o desafio de seguir Seus passos: “Permanecei em Mim que eu permaneço em vós” (Jo 15,4). 

Portanto, coragem! Digamos “sim” com alegria e gratidão ao chamado de Deus nesse dia, considerando que Ele nos amou primeiro.
Dijanira Silva

O QUE DEVEMOS FAZER PARA POSSUIR O REINO DOS CÉUS ?

O que nós devemos fazer para possuir o Reino do Céus? Três coisas precisamos observar.
A liturgia de hoje nos apresenta um jovem muito rico, que se confronta com Jesus e Lhe pergunta o que precisaria fazer para possuir a vida eterna. Jesus, hoje, aponta-nos o caminho que devemos percorrer para possuirmos a vida.
Esse caminho apontado para o jovem é direcionado também a mim e a você. O que nós devemos fazer para possuir o Reino do Céus? Três coisas precisamos observar. A primeira delas é “guardar os mandamentos da lei de Deus, observar os mandamentos da lei divina”.
Nós nem podemos pensar nos outros passos se não vivermos o primeiro. Você se recorda dos dez mandamentos? Amar a Deus sobre todas as coisas, não tomar seu santo nome em vão, não matar, não roubar, não pecar contra a castidade… Enfim, aqueles mandamentos que aprendemos desde criança, mas que deixamos de observar um ou outro.
A segunda coisa é “saber repartir”. “Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres e terás um tesouro no céu” (Mt 19,21).
Às vezes, não precisa ser muito rico, pois todo mundo tem o que partilhar. Muitas vezes, são os mais pobres que partilham o pouco que têm; outros, retêm as coisas para si.
Discípulo de Jesus Cristo não pode ser acumulador de bens, discípulos de Jesus Cristo tem o dom e a graça da partilha. Nós entraremos no Reino dos Céus se soubermos observar os mandamentos de do Senhor, partilhar os bens que temos, sejam eles poucos ou muitos. Sobretudo, temos de cuidar dos pobres, dar atenção aos necessitados e não fazermos de nada um tesouro na Terra, porque nosso único tesouro está no Céu, e é ele que devemos guardar para sempre.
Não podemos nos apegar a nada que é da Terra, porque um tesouro maior, uma graça maior é reservada para nós no Céu.
Que hoje saibamos percorrer esses passos que nos conduzem para a eternidade feliz junto do Pai.
Padre Roger Araújo

FELICIDADE VERSUS FELICIDADE

Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa.
Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós.”

Mateus 5:3-12 A vida nos ensina que não tem receita mágica para a felicidade. No mundo e no contexto que vivemos primeiro precisamos ser curados do conceito de ser feliz. Conversão é mudança de pensamento.

Felicidade para muitas pessoas, é ser rica, ter um iate, ir a festas importantes, tem gente que fala se eu tivesse cabelo mais liso seria mais feliz. As vezes pedimos a Deus o dom de ser feliz em realidades pagãs, e por isso muitas vezes não nos sentimos felizes.

Quando você ouvi Jesus dizer : “Feliz são os humildes , porque eles herdarão a terra”, que ser feliz desça do salto da arrogância. Se você alimenta arrogância, você não pode experimentar a felicidade cristã. Precisamos aprender urgente a não ser arrogante, porque arrogância é um dedo do diabo na nossa vida.

O cristianismo é proposta de superar seus limites, mas antes é preciso reconhecer nossas fraquezas. É um caminho constante, que não nos permite dizer que estamos prontos, ou que somos melhores, humildade é primeiro passo para sermos felizes.

A felicidade que esse olhar arrogante pode nos dá é temporária, é como os grande impérios que cresce, cresce e depois decai porque não tem mais para onde crescer. A Palavra de Deus nos ensina que o que te alimenta é muito mais que uma maquiagem no rosto, uma reunião de amigos.
O maior tribunal que podemos ter, é olhar no espelho e perguntar valeu a pena ou construir felicidades pagãs e passageiras?

Não existe nada melhor que olhar as pessoas que passaram na sua história e perceber que as pessoas se tornaram melhores. A nossa humildade vai atrair as pessoas para Deus. Queremos a felicidade mas não queremos esforçamo-nos.

“Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados” Parece loucura. Mas é um fruto demoníaco, achar que não podemos ser fraco, que não podemos ter fragilidades, e que precisamos ser fortes, ricos. De nada vale uma casa bonita se não está habitada por pessoas que se ama. O amor não é construído só nos sorrisos, mas também na hora da dor.

Me preocupo com esta geração que está sendo educado a parti das pilulas, que não pode ter encomodos. Uma geração que não pode ficar triste que já toma remédio. Não tenham medo das tristezas que faz parte do processo humano, antes de procurar as pílulas olhe para você. Chore, e interprete as lagrimas que estão caindo, porque elas que vão dá o caminho para o seu crescimento.

Se mil vezes eu tivesse que ser cristão, mil vezes eu escolheria. Deus nos ama, e Ele não realiza os nossos pedidos, porque nos mas, mas Ele agir nas nossas necessidade.

Em Pentecostes do ano passado, vivi um grande encontro com Deus eu escutei do próprio Deus, dizer: “Fábio de Melo vou te dizer não, porque quando eu digo não, estou dizendo sim, lhe protegendo” E assim vivo neste caminho de fé, acreditando que quando ouço não é um sim.

O evangelho é simples, é não matar, é não fofocar, é cuidar de si. Se você quer ser feliz prepare-se para as durezas das bem aventurança. Converta!

Você não é obrigado a ser cristão, você não é obrigado a ser justo, humilde, manso. Mas se você quiser permanecer ser cristão as bem aventuranças é código da felicidade. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.” Felizes os que são misericordiosos, os corações que tem espaços para acolher outros corações Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus;
Deus nos ama, e a vida cristã é uma resposta ao amor de Deus. Investigue bem o seu coração e qual é o conceito que você tem de felicidade. O que realmente te faz feliz?

O cristianismo bem vivido quando nos ensina doar a vida a quem amamos, é a melhor religião, digo porque experimentei. Se mil vezes eu tivesse que ser cristão, mil vezes eu escolheria. Bem aventurado são aqueles que tem alguém para lhe pegar na mão e dizer que: Deus te ama, e que Ele pode reconstruir a sua vida.

Padre Fábio de Melo 

POR QUE IR A IGREJA ?


Um freqüentador de Igreja escreveu para o editor de um jornal e reclamou que não faz sentido ir à Igreja todos os domingos. 
" Eu tenho ido à Igreja por 30 anos", ele escreveu, " e durante este tempo eu ouvi uns 3.000 sermões. Mas por minha vida, eu não consigo lembrar nenhum sequer deles... 
Assim, eu penso que estou perdendo meu tempo e os Padres estão desperdiçando o tempo deles pregando sermões!"
Isto foi por semanas, recebendo e publicando cartas no assunto, até que alguém escreveu este argumento:
" Eu estou casado já há 30 anos. Durante este tempo minha esposa deve ter cozinhado umas 32.000 refeições. Mas, por minha vida, eu não consigo me lembrar do cardápio de nenhuma destas 32.000 refeições.
Mas de uma coisa eu sei ...
Todas elas me nutriram e me deram a força que eu precisava para fazer o meu trabalho.
Se minha esposa não tivesse me dado estas refeições, eu estaria hoje fisicamente morto.
Da mesma maneira, se eu não tivesse ido à Igreja para alimentar minha fome espiritual, eu estaria hoje morto espiritualmente."
Quando a gente está resumido a NADA... DEUS está POR CIMA DE TUDO!
Fé vê o invisível, acredita no inacreditável, e recebe o impossível!
Graças a Deus por nossa nutrição física e espiritual!"

Padre Wagner Baia

sexta-feira, 30 de agosto de 2013


ORAR NO ESPIRÍTO SEMPRE

Orar no Espírito parece-nos algo tão insignificante. Mas lembremo-nos do orvalho, que também passa despercebido aos nossos olhos.Orar em línguas não satisfaz a nossa inteligência, nem os nossos sentidos. Quando cantamos ou oramos em línguas, não sentimos nada. Não acontece nada em especial no nosso intelecto. Pelo contrário, esse dom humilha a nossa inteligência.

Quando oramos assim, somos instrumentos de Deus para derramar sobre a terra esse orvalho vivificante, capaz de produzir tanta vida, a ponto de ressuscitar os mortos. Ore pelos seus filhos que lhe causam preocupações, talvez, estejam mortos nas drogas, vivendo levianamente, na prostituição. Não fique só na dor, na decepção, na revolta, porque nada será resolvido dessa maneira. Cante e reze por eles tenha certeza que o orvalho vivificante cairá sobre seus filhos para ressuscitá-los.

É necessário usar os instrumentos que Deus nos deu.
Talvez você não consiga se desvencilhar de um vício, de uma dependência, mesmo que ela seja de afeto. Se está no pecado, o Espírito Santo que está em você quer salvá-lo . É preciso que você coopere com Ele, orando e cantando em línguas. Se permitir que esse orvalho caia sobre você, verá a realização da palavra: “Teus mortos reviverão! Seus cadáveres vão se levantar!” (Is 26,19)
Não de ouvidos aos que os outros dizem a respeito do dom de línguas.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE

Para cada situação da nossa vida há uma palavra bíblica para nos nortear.
Da forma como estamos e em meio aos encontros e desencontros que já emergiram hoje, interior e exteriormente, peçamos ao Espírito Santo que abra o nosso entendimento para que vivamos a verdade do Evangelho.
Hoje, deixemo-nos guiar por esta Palavra: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13).
Jesus, eu confio em Vós
Luzia Santiago

O QUE SIGNIFICA PARA NÓS AMAR JESUS ?


Amar Jesus significa trazê-Lo para a nossa realidade, vivendo segundo os Seus ensinamentos, ajudando o próximo, perdoando os nossos inimigos, exercitando a compaixão e a caridade, com espírito de gratuidade. 

Não é uma tarefa muito fácil, pois temos natureza pecadora, mas é o nosso dever enquanto cristãos, como lemos em Levítico 19, 18b : “... Amarás o teu próximo como a ti mesmo...”.

É preciso exercitar a prática do amor ao próximo todos os dias. Um coração voltado para Deus reflete o bem para a nossa própria vida e na vida do outro. Lembremos sempre, somos imagem e semelhança de Deus que é amor. O amor de Deus e do próximo constituiem um só amor, que se ilumina e completa um no outro. Amamos a Deus no próximo e amamos o próximo em Deus. O amor não pode ter divisão.

Amar é entregar-se! Confiar nossa vida nas mãos de Deus nos dá a certeza de que não estamos sozinhos para enfrentar todos os desafios que nos são apresentados durante nossa caminhada. Todos que confiam sua vida a Deus traduzem em seu semblante a paz, a alegria e o amor que é próprio de quem não duvida do amor d’Ele por nós.

Passamos a “nos amar” e isso é fundamental. Só sabe amar aquele que se ama e se aceita como pessoa amada de Deus.
Viver e sentir esse amor nos dá a segurança que precisamos para enfrentar doenças, dificuldades financeiras, problemas familiares e todos os obstáculos que enfrentamos no nosso dia a dia. Além disso, quando estamos plenos do verdadeiro amor somos capazes de propagar este amor ao próximo e ser instrumento de evangelização para transformar vidas.

Senhor,
que saibamos reconhecer o Teu amor no nosso irmão, 

faz-nos homens e mulheres novos,
dispostos a amar o próximo sem distinção.
Ensina-nos a ter misericórdia e servir com gratuidade e generosidade.
Amém!

Padre Alberto Gambarini

DEVEMOS SER ANUNCIADORES DA VERDADE

Após a adoração que tivemos nessa manhã, um jovem, que faz parte da rede social da Canção Nova, veio testemunhar a experiência que viveu.

Durante a adoração, ele me disse que ouviu uma voz dizendo em seu coração: “Obrigado, meu filho”. Mas ele me dizia não se sentir digno desse agradecimento, pois faz muito pouco para merecer isso. 

Eu respondi para ele que não existe pouco aos olhos de Deus, porque, quando fazemos algo, Deus o multiplica. Por isso, não se preocupe, pois o pouco que você tem feito, hoje, o Senhor lhe agradece e faz muito mais.

As obras sociais que existem em todo o mundo, com certeza, não são suficientes para combater todas as misérias que assolam a humanidade, porém, sem elas a miséria seria muito maior. 

Talvez, você olhe com indiferença para as campanhas que acontecem na sua paróquia ou nos orfanatos que acolhem algumas crianças, mas são justamente essas iniciativas que têm feito a grande diferença na vida de milhões de pessoas em todo o mundo.

Pode ser que o mesmo tenha acontecido na sua própria família, na qual muitos fazem pouco caso da sua espiritualidade ou falam que você ficou doido, pois não sai da igreja. Mas uma coisa eu lhe digo, meu irmão, a miséria da sua família seria muito maior se você não fizesse isso.

Hoje, a Igreja celebra o martírio de São João Batista, que foi até as últimas medidas para anunciar a Verdade, por isso perdeu a cabeça. Ele fez isso, porque acreditava, com todas as suas forças, que Jesus era o único caminho de salvação para as pessoas. 

Você tem feito todo o possível para apresentar essa mesma Verdade para sua família? Ou você já se acomodou, porque acredita que ela não tem mais solução? 

Se você pensa isso, meu irmão, desculpe-me a sinceridade, mas você já deixou de fazer o seu pouco, e sem ele você já não tem mais o que apresentar para Deus.
esus não teve medidas para o sacrifício que realizou por nós, por isso, o mínimo que devemos ter para com aqueles que nos são confiados é uma entrega total e plena. 

Nunca deixe de acreditar na sua família, pois, talvez, você seja a única esperança que eles tenham uma mudança de vida.

Infelizmente, os tempos mudam e as pessoas também. Eu me lembro de uma época na qual era costume vizinho visitar vizinho. As crianças brincavam uma na casa das outras e, quando isso não acontecia, era até uma ofensa. 

Hoje em dia, as famílias já não visitam mais sequer as pessoas do quarto ao lado, geralmente, o próprio filho, ou é o filho que não visita seus pais. 

Quando nós ouvimos a voz do Senhor, ela desperta em nosso coração um desejo sem fim de doar nossa vida. E essa doação é refletida nas necessidades da sua família e, muitas vezes, de pessoas que você não conhece.

Sua missão é a de apontar, para todos à sua volta, o Caminho: Nosso Senhor Jesus Cristo. Não tenha medo de se comprometer, independente das consequências que isso pode levar, pois aquele que vive o Evangelho é portador do Espírito Santo de Deus.
Padre Ivan Paixão 
Sacerdote consagrado da Comunidade Canção Nova. 

AINDA NÃO DESCOBRI A MINHA VOCAÇÃO.O QUE FAÇO?

Aprendi que Deus não nos chama uma vez só
Vivemos num tempo em que a infância dura menos e a juventude dura mais. No meio deste caminho, a idade das mudanças e indecisões – a adolescência – parece nunca ter fim. Existem crianças que aos 10 anos (às vezes menos) têm sua sexualidade acordada e vivida como se fossem adolescentes em tempos de crises e descobertas. Isso que deveria ser uma rápida e incômoda transição acaba se prolongando por muitos anos. Encontrei um “jovem” de 35 anos que tinha todos os ares de adolescente e me confidenciou: “Ainda não descobri a minha vocação. O que eu faço?”.

Existe uma tirania da nossa “modernidade líquida, relativista e subjetivista” que ilude nossa juventude vendendo a liberdade ao preço da solidão. O resultado é o estresse, a depressão e uma incrível indecisão. O que fazer da sua vida? Qual a sua vocação? Neste momento, temos que colocar alguns pingos nos “is” e deixar claros alguns conceitos para que essa ponte quebrada seja atravessada com segurança.

É preciso dizer que a vocação, antes de se ser uma resposta, uma opção, é um chamado de Deus. E Ele chama a todos indistintamente para a “vida”. Sobre esta vocação, não precisamos ter qualquer dúvida. Um dia fomos chamados a ser quem somos e onde somos. Não escolhemos nossos pais. Não escolhemos nossa cor, cultura, origem, povo, raça e nação. Quando tomamos consciência da vida, já estávamos aí. Essa vocação de raiz não exige nenhum discernimento. Exige aceitação, cultivo e gratidão. 
Depois, fomos chamados à vida cristã. Quem foi batizado na infância teve o sacramento do Crisma para confirmar a sua decisão de pertencer ao povo de Deus na Igreja Católica. Aqui, já é preciso discernimento. Não basta receber a fé dos pais. É preciso fazer a sua própria experiência de fé. Hoje em dia, quem nasce católico só permanecerá católico se se converter a partir de uma experiência pessoal de Deus na Igreja Católica. Mas ainda aqui, nesse nível, não me parece que as pessoas tenham muitos problemas vocacionais. O problema vem quando é necessário escolher o seu estado de vida dentro da comunidade cristã.

No Cristianismo católico ocidental, temos três estados de vida. O cristão pode ser um fiel leigo, um religioso(a) consagrado(a) ou um ministro ordenado (diácono ou sacerdote). São estes os três estados de vida. Muitos jovens cristãos católicos entram em crise na hora de discernir sua vocação ao estado de vida.

Devo dizer que basicamente todo cristão é leigo, pois esta palavra significa “povo de Deus” (laós em grego). Então, a coisa fica mais fácil. Todos nós somos povo de Deus. A menos que o próprio Deus nos chame para uma “consagração” ou nos dê uma “ordem”. Aprendi que Deus não nos chama uma vez só. Ele é insistente com os que escolhe. Mas se você estiver em dúvida, vou lhe dar uma dica prática. Se acha que está ouvindo a voz de Deus para ser padre, entre para um seminário. Não significa que será sacerdote, mas ali terá as condições de ouvir melhor o chamado. Apenas 5% dos que entram para o seminário ficam padres. Os outros percebem que o chamado era outro. Mas não ficam mais na dúvida. A mesma coisa em relação à vida consagrada. Tenha coragem de entrar em um processo de discernimento. Em questão de vocação, a pior coisa é ficar parado. Dê um passo sem medo que seja o errado. Se for sincero, Deus o colocará no rumo certo.

Agora, o conselho contrário. Mesmo que sinta um certo chamado à vida consagrada ou sacerdotal, não dê esse passo por falta de opção. Todos os que Jesus chamou estavam ocupados e deixaram tudo para segui-Lo. Mesmo que você tenha namorado(a) e um ótimo emprego, isso será apenas uma confirmação vocacional se você deixar tudo para seguir o Senhor. Desocupados ficarão sempre na incerteza ou na indecisão. Quem deixa tudo para seguir o Mestre tem o sinal da confirmação vocacional em seu coração
Padre Joãozinho, SCJ

A CULTURA DO DESCARTE

Qual tem sido a tendência dos nossos tempos atuais?
Quando o Papa Francisco esteve no Brasil, ele chamou a atenção para a "cultura do descarte". Confesso que essa expressão me chamou muito a atenção. Eu me lembro bem do tempo em que ter um celular era coisa para poucas pessoas e, quando se conseguia comprar um, era motivo de comemoração. Hoje, no entanto, temos postos de coleta para o "descarte" de dispositivos móveis.
  
Claro que o fato de a maioria das pessoas ter um telefone celular é algo que deve nos alegrar, pois pode aproximar as pessoas e contribuir para a superação de muitas dificuldades. No entanto, quando nos acostumamos a descartar coisas, corremos o risco de também descartarmos pessoas, seguindo os mesmos critérios que usamos em relação ao celular: serve ou não serve. É justamente nesse sentido o discurso e a prática do Santo Padre em relação aos pobres.

Quando olhamos sob a perspectiva da utilidade, o que um mendigo que bate à nossa porta pode nos oferecer? Nada! Pelo contrário, ele, provavelmente, nos incomodará. Qual tem sido a tendência dos nossos tempos atuais? Desprezar essas pessoas, pois elas não “servem”. O Santo Padre, seguindo um ensinamento católico por excelência, que foi transmitido fortemente por todos os últimos papas, especialmente o Beato João Paulo II e Bento XVI, mostra o valor da gratuidade.

Há, de fato, uma misteriosa felicidade em dar a quem não pode retribuir. Isso ocorre, porque, no fundo, sem percebermos, estamos dando a quem nos deu tudo: oferecemos a Deus. São justamente essas as palavras do Evangelho: “Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes” (Mt 25,40).
Com isso, Nosso Senhor jamais condenou a propriedade privada, isso é, o direito de possuir coisas conquistadas por nosso trabalho ou por nossa capacidade na vida econômica; pelo contrário, ela é fruto da liberdade humana, e o próprio Jesus exalta o que multiplica os talentos, o que, bem compreendido, também se aplica aos bens materiais. Na verdade, somente quando nós temos a propriedade sobre alguma coisa é que podemos dá-la ao outro. Se eu dou a alguém o que não é meu, isso, no fundo, é roubo, como nos ensina o professor Cézar Saldanha ao falar sobre a caridade.

No entanto, a nossa propriedade contribuirá para a nossa verdadeira felicidade quando ela for coroada pela caridade, isto é, pela virtude infundida em nossa alma por Deus, segundo a qual reconhecemos o “sabor” de renunciarmos ao que é nosso para que o outro possa ter. Neste ponto, está a grande singularidade do pensamento autenticamente cristão: diante da pobreza, a minha ação imediata não é a alteração dos sistemas econômicos, mas a Caridade Misericordiosa. É claro que, na sequência, o pensamento e a prática cristã exigem o empenho para que as instituições políticas e econômicas sejam mais racionais e sirvam de maneira adequada à pessoa humana.

Diante daquele que nos pede um prato de comida, não podemos dizer: “Aguarde, meu amigo, pois estou lutando por um mundo melhor; amanhã faremos uma passeata, e, quem sabe, um dia você não precisará mendigar”! Não foi assim, pelo menos, que agiu a Beata Madre Teresa de Calcutá. Pelo contrário! Diante dos sofredores, ela “abraçava a Carne de Cristo” para citar outra expressão marcante do Papa Francisco. E ela fazia isso, porque a Carne de Cristo não é descartável, mas preciosa.

Mesmo entre as coisas, ainda há muitas que não queremos descartar: desconheço pontos para descartar jóias; um valor infinitamente maior impede o descarte da pessoa humana.
Evandro Gussi

DOM NA VIDA

Como é bonita a riqueza de possibilidades e dons na vida de cada uma das pessoas. Dons que se manifestam a partir das inclinações afloradas nos gestos e atitudes que acompanham a vida de todos os indivíduos. São fatos que identificam o perfil dos cidadãos, que podem ser canalizados para o bem, mas também para fins escusos e perversos.

Podemos entender como dom, a vocação para o estado de vida vivenciado no trajeto de realização das pessoas, no contexto de sua convivência. Isto tem sido refletido no transcorrer do mês de agosto, chamado de “Mês Vocacional”. Os destaques são dados para a vida sacerdotal, a missão de ser pai, da vida religiosa, dos catequistas e dos cristãos leigos.

Na visão do Papa Francisco, revelado por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, os jovens são potencializados com dons extraordinários. Com isto, estão habilitados para um processo de transformação radical da sociedade. Eles não são o futuro, mas um presente promissor e cheio de esperança para construir um mundo diferente e saudável. 
Sentimos o entusiasmo e a garra da juventude, na JMJ 2013, no Rio de Janeiro. Nos dizeres do Papa Francisco, os jovens mostraram o rosto jovem do ser cristão e de ser comprometidos com a fé. Viu neles o protagonismo da nova sociedade e de uma Igreja mais testemunha da fé no mundo, exigência para novas transformações.

Falar de dons e de vocação significa olhar para a pessoa humana, principalmente para os jovens, como porta de entrada para a cultura da “pós-modernidade”. Tempo de muita diversidade, de criatividade e de possibilidades sempre novas. Mas é preciso ir contra um individualismo que aliena e subtrai a pessoa do contexto comunitário e a isola.

Celebramos a vocação dos religiosos, daqueles que fazem uma opção de vida numa Congregação Religiosa, colocando-se à disponibilidade para um trabalho específico na vida da Igreja e da sociedade. Isto faz parte da fertilidade do Espírito Santo no dinamismo da vida da comunidade Igreja, vitalizando áreas de ação para o bem do povo. 
Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo de Uberaba (MG)

quinta-feira, 29 de agosto de 2013


MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA

Com satisfação lembramos a santidade de São João Batista que, pela sua vida e missão, foi consagrado por Jesus como o último e maior dos profetas: “Em verdade eu vos digo, dentre os que nasceram de mulher, não surgiu ninguém maior que João, o Batista…De fato , todos os profetas, bem como a lei, profetizaram até João. Se quiserdes compreender-me, ele é o Elias que deve voltar.” (Mt 11,11-14)
Filho de Zacarias e Isabel, João era primo de Jesus Cristo, a quem “precedeu” como um mensageiro de vida austera, segundo as regras dos nazarenos.
São João Batista, de altas virtudes e rigorosas penitências, anunciou o advento do Cristo e ao denunciar os vícios e injustiças deixou Deus conduzí-lo ao cumprimento da profecia do Anjo a seu respeito: “Pois ele será grande perante o Senhor; não beberá nem vinho, nem bebida fermentada, e será repleto do Espírito Santo desde o seio de sua mãe. Ele reconduzirá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus: e ele mesmo caminhará à sua frente…” ( Lc 1, 15)
São João Batista desejava que todos estivessem prontos para acolher o Mais Forte por isso, impelido pela missão profética, denunciou o pecado do governador da Galileia: Herodes, que escandalosamente tinha raptado Herodíades – sua cunhada – e com ela vivia como esposo.
Preso por Herodes Antipas em Maqueronte, na margem oriental do Mar Morto, aconteceu que a filha de Herodíades (Salomé) encantou o rei e recebeu o direito de pedir o que desejasse, sendo assim, proporcionou o martírio do santo, pois realizou a vontade de sua vingativa mãe: “Quero que me dês imediatamente num prato, a cabeça de João, o Batista” (Mc 6,25)
Desta forma, através do martírio, o Santo Precursor deu sua vida e recebeu em recompensa a Vida Eterna reservada àqueles que vivem com amor e fidelidade os mandamentos de Deus.
São João Batista, rogai por nós!

QUARDE OS PRECEITOS DE DEUS

Meu filho e minha filha, não se esqueçam da Palavra de Deus que foi colocada em seu coração, na Santa Missa, pela Sagrada Escritura. Não se esqueçam daquela Palavra que veio a vocês como uma resposta nem dos mandamentos que vocês aprenderam desde criança. “Não se esqueçam da minha instrução e o seu coração guarde os meus preceitos, pois são eles que trarão a você dias duradouros e muitos anos de vida e de paz.”

Quando você se torna sensível à Palavra de Deus e à moção do Espírito, guarda no coração as Suas vontades e passa a amá-las. O próprio Senhor, por meio da Sua inspiração, faz você querer o que Ele quer, isso preserva a sua vida e assegura a sua felicidade.

Tudo o que Deus quer para nós é bom. A vontade d’Ele é a melhor coisa que pode acontecer na nossa vida. E, quando um preceito d’Ele chega até nós, é para preservar a nossa vida e nos fazer feliz.

Na vontade do Senhor não existe maldade ou indiferença. É na ausência d’Ele que a maldade se manifesta. Por isso, a Palavra diz: “Que o amor e a fidelidade não o abandonem”. Abra o coração para a bondade e seja fiel a Deus, quem é do Senhor faz sempre o bem, a começar com os seus.

A pessoa bondosa é gentil, carinhosa, paciente, participativa, ajuda o outro nos seus afazeres, tem disposição para perdoar, para cuidar de quem precisa. Ela mostra nos pequenos gestos que o seu coração está tomado por uma força divina que verdadeiramente transforma.

Essa bondade precisa ser tão sentida quanto realizada. Por isso, a Palavra diz: “Que o amor e a fidelidade não abandonem você. Amarre-os ao redor do seu pescoço e escreva-os na tábua do seu coração”. Amarrar a bondade no pescoço significa deixar-se conduzir por ela por onde você for e deixá-la repousar sobre o coração.

A recompensa por ser bondoso é a alegria em praticar o bem. Mas o Espírito Santo lhe garante mais. Ele garante que se você praticar o bem, alcançará a graça e o bom sucesso diante de Deus e dos outros.

Aquele que age com fidelidade e bondade será favorecido por Deus e pelas pessoas à sua volta. Por praticar o bem, a pessoa desperta no outro a vontade de retribuir esse bem e receber do Senhor ajuda e proteção.

Às vezes, você usa tantos artifícios para afastar-se do mal, mas o que realmente afasta o mal de você é o temor do Senhor. Temor é respeito, disposição para obedecer ao que Deus coloca no seu coração.

Se você estiver com Deus, o Espírito Santo vai lhe dar capacidade de depositar toda confiança no Senhor. Mesmo que você não confie em si mesmo, confie em Deus, pois Ele confia em você e sabe a capacidade que tem para experimentar esse amor que vem pela bondade.

Pense no Senhor em todos os seus caminhos e Ele conduzirá seus passos. Com Deus é mais fácil e tudo se torna possível. Nada traz mais saúde para o corpo do que aceitar viver a vida com amor, ser bom e fazer o bem.

É sobre os seus ossos que recaem o peso do dia a dia, mas a Palavra garante que o Espírito Santo vai tirar de cima de você essa sobrecarga, colocando, no seu coração, os preceitos e a instrução de Deus, guiando seus passos no caminho da verdade. A recompensa será consequência da bondade e da fidelidade ao Senhor. Bendito seja Deus por essa Palavra.

Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova

RENASCER NO ESPÍRITO


Põe tuas mãos
Em minha vida, Senhor,
Quero estar sempre
Em teus braços de amor.
Porque tu és misericórdia,
Porque tu és um Deus de amor.

Renova a minha vida
No teu espírito, Senhor
E deixa que eu navegue nos teus mares de amor
Renova a minha vida no teu Espírito
Quero renascer para servir-te ó Senhor
Refaz a minha vida Senhor
Olha pra mim
Sem ti nada sou
Restaura a minha vida Senhor
Vê como estou,
Preciso do teu amor

DEUS NOS CHAMA A SER PROFETA

Caímos no erro de pensar que Deus nunca irá nos chamar para servi-Lo, pois Ele só o faz com pessoas especiais. Mas isso não é verdade! Não podemos olhar somente para os chamados específicos: ser padre, ser freira. Hoje, o Senhor tem convocado a muitos que não são padres nem freiras para ser evangelizadores e profetas.
Profeta não é aquele que adivinha o futuro, mas aquele, por meio do qual, Deus quer nos falar. Ele precisa de homens de carne e osso, que sejam a Sua boca, pois Ele quer falar por meio de nós: Ele quer profetizar. A palavra 'servo' significa escravo. Pessoas humildes, pobres, pessoas socialmente desclassificadas, são chamadas por Deus para ser apóstolos. Para serem os profetas de que Ele necessita.

Deus nos chama a ser profetas, pois só assim conseguirá atingir o seu povo. Assim como Jesus se fez homem, para estar no meio de nós, adquiriu a cultura, a linguagem, os modos daquele povo para evangelizá-lo e trazê-lo de volta para Deus, assim somos nós, profetas no meio do povo, hoje. Jesus nunca deixou de ser Deus, mas veio como homem: se encarnou, tomou uma natureza humana, teve um corpo como o nosso, adquiriu a cultura do povo de sua época.

Assim como dizemos que os jovens são os evangelizadores dos jovens, em cada meio é preciso que haja um profeta para evangelizar as pessoas naquela realidade. Se não assumirmos estes ambientes como campo de evangelização, o mundo tomará conta deles. Não se trata de transformar o local em que vivemos e trabalhamos num púlpito de pregação, mas de evangelizar sendo o profissional que devemos ser. Trabalhando naquele meio, sendo de Deus e fazendo ali o que Deus quer. Em tudo aquilo que fizermos, nossas palavras, nosso procedimento, em tudo, estaremos evangelizando nossos companheiros de serviço.

As pessoas não estão muito interessadas em palavras, mas em testemunhos de vida. É a pregação com a vida. A sua vida vai ser uma grande pregação. Depois basta você contar aos outros o que Deus fez com você e com a sua família. Isso vai ser o grande testemunho. Ele será muito mais forte do que muitas palavras.

Talvez nos sintamos confusos, pequenos demais, com medo, diante da missão que nos é confiada, e por isso, ficamos sem saber o que fazer. Na obra de Deus, porém, somos apenas instrumentos pequenos e frágeis nas mãos d’Ele; mas por meio de nós, Ele pode realizar maravilhas. Deus está nos chamando: “Vem falar por mim!”Precisamos responder a esse apelo de Deus.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

DECEPÇÃO

É preciso acreditar sempre!
“Ele enxugará toda lágrima dos seus olhos. A morte não existirá mais, e não haverá mais luto, nem grito, nem dor, porque as coisas anteriores passaram” (Ap 21,4).

Enfrentamos inúmeras situações em nossa história que, com ou sem a nossa autorização, acabam nos trazendo esse terrível sentimento: a decepção. Quem nunca se desencantou com alguém em quem acreditava? Quem já não esperou por realidades que não se concretizaram? Quem já não fez a experiência de não ser correspondido quando amou? A decepção é um sentimento presente na vida humana e nós precisamos aprender a bem administrá-lo.

Em algum momento de nossa história, todos nós nos decepcionamos, todos experimentamos a infelicidade de não nos sentirmos os “prediletos”. Contudo, é preciso compreender que se esse sentimento não for trabalhado e superado, poderá nos marcar com desastrosas consequências.
A decepção é um profundo veneno e, quando faz morada no coração, tende a nos roubar o entusiasmo, a alegria e o ânimo, além de nos fazer desacreditar da vida e das pessoas em geral. Ela nos leva a pensar que nossas lutas são em vão, roubando, assim, o sentido de nossos esforços e crenças. Por isso, precisamos sempre contra-atacar esse sentimento.

Antes de tudo, é preciso destruir definitivamente alguns chavões: “homem é tudo igual, não leva nenhuma mulher a sério”, “meus namoros nunca dão certo”, “eu não paro em nenhum emprego”, “o casamento é ilusão, na prática não funciona” etc. É preciso romper com a mentalidade negativista que a decepção acaba fabricando em nós.

Não é porque uma mulher viveu uma experiência dolorosa com um determinado homem, que todos eles “não prestam”. Há, sim, homens bons. Não é porque o casamento de algum conhecido (até mesmo o seu) não deu certo, que o casar-se tornou-se uma utopia irreal. Não é porque você se decepcionou uma vez, que irá se decepcionar sempre. Nem todas as pessoas são ruins e falsas.

Não temos o direito de desistir de amar pelo fato de termos vivido experiências difíceis. É preciso não se tornar escravo(a) da decepção, acreditar na vida, na família, nas pessoas, em Deus! É preciso tentar de novo, recomeçar.

Amanhã tudo poderá ser melhor, pois, a cada dia que se inicia, Deus nos dá a oportunidade de reescrever nossa história e, com Ele, poderemos dar cor e vida ao que antes era dor e ausência.

Deus é fiel e, diante das desventuras, Ele estará sempre pronto a abrir novos caminhos para que possamos recomeçar. É preciso acreditar e não parar na decepção. É preciso acreditar e não deixar a doçura presente nos dias se amargar. É preciso acreditar sempre!