quarta-feira, 31 de julho de 2013



SANTO INÁCIO DE LOYOLA

Neste dia celebramos a memória deste santo que, em sua bula de canonização, foi reconhecido como tendo “uma alma maior que o mundo”.
Inácio nasceu em Loyola na Espanha, no ano de 1491, e pertenceu a uma nobre e numerosa família religiosa (era o mais novo de doze irmãos), ao ponto de receber com 14 anos a tonsura, mas preferiu a carreira militar e assim como jovem valente entregou-se às ambições e às aventuras das armas e dos amores. Aconteceu que, durante a defesa do castelo de Pamplona, Inácio quebrou uma perna, precisando assim ficar paralisado por um tempo; desse mal Deus tirou o bem da sua conversão, já que depois de ler a vida de Jesus e alguns livros da vida dos santos concluiu: “São Francisco fez isso, pois eu tenho de fazer o mesmo. São Domingos isso, pois eu tenho também de o fazer”.
Realmente ele fez, como os santos o fizeram, e levou muitos a fazerem “tudo para a maior glória de Deus”, pois pendurou sua espada aos pés da imagem de Nossa Senhora de Montserrat, entregou-se à vida eremítica, na qual viveu seus “famosos” Exercícios Espirituais, e logo depois de estudar Filosofia e Teologia lançou os fundamentos da Companhia de Jesus. A instituição de Inácio iniciada em 1534 era algo novo e original, além de providencial para os tempos da Contra-Reforma. Ele mesmo esclarece: “O fim desta Companhia não é somente ocupar-se com a graça divina, da salvação e perfeição da alma própria, mas, com a mesma graça, esforçar-se intensamente por ajudar a salvação e perfeição da alma do próximo”.
Com Deus, Santo Inácio de Loyola conseguiu testemunhar sua paixão convertida, pois sua ambição única tornou-se a aventura do salvar almas e o seu amor a Jesus. Foi para o céu com 65 anos e lá intercede para que nós façamos o mesmo agora “com todo o coração, com toda a alma, com toda a vontade”, repetia.
Santo Inácio de Loyola, rogai por nós!

A ORAÇÃO É A NOSSA FORÇA

A oração é a nossa força,nossa 'ligação"com Deus. Quem ora se fortalece na fé,amor e esperança.O inimigo de nossas almas,tentará nos arrancar da oração,porque sem ela é mais fácil nos fazer cair.
(Edwiges Moura)

HÁ UM MILAGRE ACONTECENDO AGORA !

Deus está mais perto do que você pode imaginar
Os tempos atuais trazem uma verdade avassaladora: apesar de todo avanço tecnocientífico, nossa geração pós-moderna ainda crê, precisa e espera por milagres. Quando um médico diz que já fez todo o possível por um paciente terminal e que agora é preciso ‘algo acontecer’, significa que está esperando o que chamamos de ‘milagre’. Um milagre é uma intervenção fora do comum, que muda uma situação negativa ou algo maravilhoso, prodigioso. Para muita gente, hoje em dia, não importa muito ‘quem’ faz o milagre. O importante é ser sortudo o bastante para ser alcançado por essa graça extraordinária. Essa é uma visão ‘comercial’ do sobrenatural. Há pessoas que falsificam milagres e/ou os atribuem a si mesmas, a poderes ocultos ou até mesmo a alguém a quem eles chamam de Jesus.
Nos tempos de Jesus Cristo, vários de Seus feitos delimitaram o nosso entendimento conceitual de milagre: ressuscitar mortos, devolver a vista a cegos (de nascença também!), brindar mobilidade a aleijados , restituir a fala a mudos e audição a surdos, além de caminhar sobre a água, acalmar as intempéries da natureza e voltar à vida depois de 3 dias no sepulcro, entre outros. O Evangelho traz o episódio em que Jesus fica ‘chateado’ com uma população que não se converteu mesmo apesar dos sinais milagrosos realizados no meio deles.
É certo que o Senhor não fez ‘todos’ os milagres num mesmo lugar, mas os que Ele fez seriam suficientes para ‘mudar o coração’ daquela gente. Como isso não aconteceu, Jesus diz que eles terão um triste fim: “Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas teriam arrependido sob o cilício e a cinza. (…) Se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia. Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti!” (Cf. Mt. 11, 21.23s).
Talvez você nunca tenha sido alvo de algum milagre extraordinário ainda. Ou quem sabe nem tenha tidoa oportunidade de presenciar algum. Sabemos que Jesus é o mesmo ontem, hoje e sempre (cf. Heb 13,8). Ele continua operando milagres e não é pecado esperar ou pedir algum para si. Mas o fato é que muitos milagres acontecem ainda hoje, alguns estão acontecendo exatamente agora enquanto você lê este texto
Gostaria de perguntar se você já parou para pensar nos milagres cotidianos que experimentamos. Um pouco de conhecimento e você perceberá que estamos rodeados de milagres extraordinários que talvez passem despercebidos. Para nós católicos é extraordinário pensar que um simples homem pecador, investido da força da Graça sobrenatural do Sacerdócio, pronuncie as palavras que Jesus pronunciou e um pedaço de pão e um pouco de vinho se transformem no Corpo e Sangue do próprio Cristo…
Mas se para você é complicado pensar nisso, analise, por exemplo, o fato dos milagres do macrocosmo: nosso planeta está tão bem posicionado em sua distância com relação ao sol que se estivesse noutra posição ou torraríamos de calor ou congelaríamos pelo frio. A situação não para se formos para o microcosmo: a água que temos aqui é tão bem ‘feita’ que se as medidas moleculares de Hidrogênio e Oxigênio são perfeitas para nossa sobrevivência! Uma molécula a mais ou a menos bastaria para que perdêssemos uma condição essencial para a sobrevivência. A quantidade de sangue que circula em nossas veias é exata para que nosso corpo consiga sobreviver. Mexa nesse equilíbrio e a vida se extinguiria num piscar de olhos.
Olhe ao seu redor e reconheça outros tantos milagres: num planeta com mais de 6 bilhões de habitantes, as pessoas que estão ao seu redor são únicas e irrepetíveis. Se você convive com gente desagradável, sinto muito. Mas se você tem pessoas queridas e dignas de todo amor ao seu lado, se você conheceu ou conhece pessoas às quais tem o privilégio de chamar ‘amigas’, isso tudo é um milagre. Ninguém poderia substituir o lugar dessas pessoas. É um milagre que, entre bilhões de pessoas no mundo, você tenha se encontrado com essa aí que está ao seu lado: seu marido, sua esposa, seu filho. Sim, se fosse outra pessoa, provavelmente você a amaria também, mas, com certeza, não do jeito que ama essa aí! O sol, que nasceu nesta manhã, poderia não ter nascido. A lua que ilumina esta noite poderia não ter brilho. Pare para pensar! Você está rodeado de milagres e tem algum acontecendo agora perto de você! Quem fez tudo isso? O poder público? Os avanços científicos? Algum patrocinador milionário? A sorte?
Deus está mais perto do que você pode imaginar. E quando o Altíssimo se aproxima, milagres acontecem. Hoje o Senhor o ajuda a ‘enxergar’ coisas que sempre estiveram ao seu redor, mas que talvez você não tenha conseguido detectá-las. Sinta-se envolvido por milagres. Deixe-se convencer pelo poder de Deus Pai. Considere-se uma pessoa feliz por ter a experiência da soberana potência do Senhor. Tome decisões a partir dessa certeza. Assuma novos comportamentos guiado por essa maravilha. Cabe a você escolher de que lado quer estar: entre aqueles que se rendem ao Senhorio de Jesus ou entre aqueles que, mesmo depois de tantos milagres, ainda resistem e se revoltam (cf. Mt. 11, 21-23s). Reflita um pouco sobre isso!
Padre Delton Filho

POR QUE JESUS AINDA NÃO VEIO ?

"Precisamos estar preparados!", ensina monsenhor Jonas.
O Senhor tem suscitado, no coração dos simples, a expectativa da Sua vinda, quando o Seu Reino será implantando definitivamente. São os corações simples que percebem os sinais dos tempos. Sempre foi assim na história da Igreja. É o povo que se abre aos sinais de Deus. 

A sabedoria divina se manifesta aos pobres. no Antigo Testamento eram os "pobres de Javé"; no Novo Testamento, os "pobres de coração". Deus está nos revelando que a Sua vinda está próxima. E quais são os sinais? A ação do Espírito Santo nas pessoas e no mundo é o primeiro e grande sinal.

Leia no livro de Joel: "Depois disto, derramarei meu Espírito sobre toda carne. Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos anciãos terão sonhos, vossos jovens, visões. Mesmo sobre os servos e as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito. Farei prodígios no céu e na terra, sangue, fogo, colunas de fumaça. O sol se transformará em trevas e a lua em sangue quando vier o dia do Senhor, grandioso e temível" (Jl 3, 1-4).

O principal e primeiro sinal é: "Derramarei meu Espírito sobre todo ser vivo". Depois, acontecerá o que está no versículo 4: "Farei prodígios no céu e na terra, sangue, fogo, colunas de fumaça. O sol se transformará em trevas e a lua em sangue quando vier o dia do Senhor, grandioso e temível".
A grande profecia de Isaías diz:

"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim. O Senhor fez de mim um messias, ele me enviou a levar alegre mensagem aos humilhados, medicar os que têm o coração confrangido, proclamar aos cativos a liberdade, aos prisioneiros a abertura do cárcere, proclamar o ano do favor do Senhor, o dia da vindicta do nosso Deus..." (Is 61, 1-2).

Quando se fala "ano" é um "tempo", um longo tempo de graça. Estamos vivendo um período maravilhoso e o que temos que fazer é: proclamar o ano da graça do Senhor antes que chegue o dia da vingança do nosso Deus.

As duas coisas haverão de acontecer: "o ano da graça" e também "o dia da vingança". É Palavra de Deus. Tudo vai acontecer, porque "passa a terra, mas as minhas palavras não passarão" (Mt 24,35). É justamente com essas palavras que Jesus conclui o anúncio da Sua segunda vinda. 

O que temos de fazer é estar preparados, a cada dia, para a volta do Senhor e proclamar, corajosamente, sem nenhum receio, tanto este "tempo de graça", como "o dia da vingança" para que todos estejam preparados.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A PALAVRA DE DEUS PODE SER VIVIDA POR QUALQUER PESSOA

'Bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática'' (Lc 11, 28). São Tiago vai nos dizer: ''Sede realizadores da Palavra e não apenas ouvintes que se iludiram a si mesmos'' (Tg 1, 22). Por que se iludiriam a si mesmos? Porque tinham conhecimento da Palavra, mas sem fruto; sem transformação de vida. São aqueles de quem Jesus fala no Sermão da Montanha: "Aquele que ouve a Palavra de Deus, mas não a põe em prática é como o homem que construiu a casa sobre a areia. De nada adiantou todo o esforço e todo investimento: a casa ruiu no primeiro vendaval'' (cf. Mt 7, 26ss). Em nosso método de ler a Bíblia e fazer o diário espiritual, a última questão é a mais importante: ''Como vou colocar esta Palavra em prática?'' Nesse momento somos desafiados a colocá-la em prática. É como se Deus mesmo nos desafiasse: "Façam a prova e vejam como a minha Palavra 'funciona'''. Ela é viva, ela é eficaz. Ela se realiza. Basta colocá-la em prática. A Palavra de Deus é como a semente: se plantar, nasce. 

Neste mês, início de mais um ano do Senhor, você e eu somos convidados a esse passo importantíssimo na nossa caminhada: colocar a Palavra de Deus em prática. Faça a experiência. Você vai perceber, com surpresa, o quanto ela é concreta. Ela pode ser vivida por qualquer pessoa e está ao alcance de todos. Experimente fazer isso. É isso que o Senhor quer para cada um de nós: que não gastemos mais tempo e esforço à toa. Construir, sim, mas construir sobre a rocha. Conhecer a Palavra de Deus e colocá-la em prática no nosso dia-a-dia é uma experiência excitante. Você vai ver! Comecemos bem o nosso Ano Santo, colocando-a em prática! Amém.

Que Deus abençoe o seu esforço!
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 30 de julho de 2013

EU SOU FILHO DA IGREJA

A posição do Papa é a posição da Igreja
O Papa Francisco voltou para Roma e deixou um rastro de amor, misericórdia, paz, carisma e acolhimento entranhados na mente e no coração do povo brasileiro e dos jovens do mundo inteiro. Com certeza, estamos com saudades do Papa Francisco.

Muitas pessoas, no entanto, maldosamente dão inúmeras interpretações sobre a visita do Pontífice ao Brasil e também sobre a entrevista que ele concedeu aos jornalistas, no avião, quando retornava para a Itália.

Algo que não podemos deixar de destacar foi o que ele afirmou sobre sua opinião: “É a da Igreja, eu sou filho da Igreja”, ou seja, a opinião da minha Mãe Igreja também é a minha.
Veja a pergunta que foi feita a ele e entenda:

Pergunta - O mundo mudou, os jovens mudaram. Temos, no Brasil, muitos jovens, mas o senhor não falou sobre o aborto, sobre a posição do Vaticano em relação ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. No Brasil, foram aprovadas leis que ampliam os direitos para estes casamentos, e também em relação ao aborto. Por que o senhor não falou sobre isso?

Papa - A Igreja já se expressou perfeitamente sobre isso. Eu não queria voltar a falar sobre isso. Não era necessário, como também não era necessário falar sobre outros assuntos. Eu também não falei sobre o roubo, sobre a mentira. Para isso, a Igreja tem uma doutrina clara. Queria falar de coisas positivas, que abrem caminho aos jovens. Além disso, os jovens sabem perfeitamente qual a posição da Igreja.

Pergunta - E a do Papa? Papa - É a da Igreja. Eu sou filho da Igreja.

Na dita entrevista, o Papa Francisco foi questionado sobre a existência de um lobby gay no Vaticano e respondeu com muita tranquilidade:

Papa - Vocês veem muita coisa escrita sobre o lobby gay. Eu ainda não vi ninguém no Vaticano com um cartão de identidade dizendo que é gay. Dizem que há alguns. Acho que, quando alguém se vê com uma pessoa assim, devemos distinguir entre o fato de que uma pessoa é gay e formar um lobby gay, porque nem todos os lobbies são bons. Isso é o que é ruim. Se uma pessoa é gay, procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-lo? O Catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados por causa disso, mas integrados na sociedade. O problema não é ter essa tendência. Não! Devemos ser como irmãos. O problema é o lobby dessa tendência, da tendência de pessoas gananciosas: lobby político, de maçons... tantos lobbies. Esse é o pior problema. 
Vamos, então, ao que o Santo Padre citou – O que o Catecismo da Igreja diz sobre a realidade da homossexualidade?

“A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atração sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua gênese psíquica continua continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a Tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’. São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementariedade afetiva sexual, não podem em caso algum, ser aprovados.

Um número considerado de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente radicadas. Esta propensão, objetivamente desordenada, constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar na sua vida a vontade de Deus e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da Cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar devido à sua condição.

As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes do autodomínio, educadoras da liberdade interior, e, às vezes, pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição Cristã”.
 (Catecismo da Igreja Católica 2357-2359).

Essa é a posição da Igreja que o Papa Francisco afirmou ser a dele também. Acolhemos aqueles que vivem nesta realidade [homossexualidade] com muito amor e misericórdia, mostrando o caminho da castidade que leva à perfeição cristã.

Vale a pena ressaltar o que foi afirmado veementemente por ele, o Papa, referindo-se ao lobby, que chama de problema, pois nem todos os lobbies são bons. Mas você, que está lendo esse post, sabe o que é um lobby?

“Lobby é o nome que se dá à atividade de pressão de grupos, ostensiva ou velada, com o objetivo de interferir diretamente nas decisões do poder público, em especial do Legislativo, em favor de interesses privados.

Sobre a aprovação do casamento de pessoas do mesmo sexo, o então Cardeal Mario Jorge Bergoglio afirmou: “Não sejamos ingênuos. Não se trata de uma simples luta política; pretende-se a destruição do plano de Deus. É uma jogada do pai da mentira para confundir e enganar os filhos de Deus”.

Portanto, fica muito claro que o Santo Padre acolhe com amor todas as pessoas, mas não concorda, em hipótese nenhuma, com o lobby, com a militância, com toda a pressão para que tais grupos tenham privilégios nas nações.

Se você quer conhecer a posição da Igreja, indico este documento da Congregação para a Doutrina da Fé:Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões entre pessoas homossexuais.
Um conselho de pai, de irmão, de amigo e de filho da Igreja: não acredite em notícias que você lê nos jornais, escuta no rádio ou assiste na TV, sem antes ir à fonte, principalmente às fontes da Igreja, do Magistério.
Continuamos unidos no amor e na misericórdia de Deus, acolhendo todos os que se aproximam de nós e apresentando-lhes o amor de Cristo.
Padre Roger Luis

PADRE MARCELO RECEBE PRÊMIO VAN THUAN



Amados, tudo acontece no Kairós! Desde o início do meu trabalho como Padre e a maneira de evangelizar através dos mais diversos veículos de comunicação, já fui inúmeras vezes questionado sobre meus reais objetivos, sobre ser famoso ou sobre dinheiro. Sempre deixei claro que minha única meta era levar a palavra de Deus, simplesmente "Evangelizar". Nunca liguei para troféus ou destaques na mídia e sim para o verdadeiro alcance da palavra de Jesus Cristo. Mas Deus é tão perfeito, que de tempos em tempos coisas acontecem e me mostram que não estou em um caminho errado. Isso me foi provado com o prêmio Van Thuan, que recebi do próprio Vaticano como evangelizador moderno e nesta semana, para minha surpresa, estou na capa da revista americana "Newsweek", juntamente com o nosso querido Papa Francisco, em uma belíssima matéria sobre modernidade na maneira de evangelizar e a retomada de fiéis para a igreja católica. É como eu digo Amados, tenham sempre a calma de Jesus, deixem a inquietação de fora de seu coração, pois no tempo Dele, as coisas acontecem para o bem daqueles que amam a Cristo. Deus abençoe a todos.


Um dia Jesus estava orando, quando um de seus discípulos pediu que lhes ensinasse como rezar. E Jesus ensinou assim, como lemos em Lucas 11, 1-4 “Pai, santificado seja o vosso nome; venha o vosso Reino; dai-nos hoje o pão necessário ao nosso sustento; perdoai-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos àqueles que nos ofenderam; e não nos deixeis cair em tentação”.

O Pai-Nosso é a principal oração, talvez a única que agrega toda uma teologia em si mesma. É a oração perfeita, nascida do coração de Cristo. Nela o Mestre coloca em nossos lábios o ensinamento da Caridade: “Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tenha ofendido”.

Nestas palavras encontramos o verdadeiro espírito da caridade fraterna, cuja conclusão é muito clara: não seremos perdoados, se antes não tivermos tido a nobreza de perdoar os que erraram contra nós.

É preciso exercitar a prática do perdão ao próximo todos os dias. Um coração voltado para Deus reflete o bem para a nossa própria vida e na vida do outro. Lembremos sempre, somos imagem e semelhança de Deus que é amor. O amor de Deus e do próximo constituem um só amor, que se ilumina e se completa com o perdão.

Deus bendito, nós cremos em ti e tememos ofender-te.
Que a nossa vida, os nossos atos, sejam pautados pela correção.
Que sejamos impelidos a levar a mensagem de salvação a outras pessoas.
Amém!

Padre Alberto Gambarini

DEIXE DEUS REALIZAR SUA VONTADE EM SUA VIDA

Quando nos dirigimos a Deus pedindo algo para a nossa vida, frequentemente queremos exigir que Deus nos atenda conforme a nossa lista de pedidos, com todas as condições que pré-estabelecemos. Precisamos aprender a deixar Deus realizar a sua santa vontade em nossa vida.

É uma realidade difícil para nós, aceitar que o tempo de Deus não coincide com o nosso. Ele sempre está presente em tudo, jamais nos deixa sozinhos, mas age sempre no momento mais necessário. Não nos é possível entender o modo de Deus agir, por que nem sempre sabemos esperar e confiar.

Lemos em Filipenses 4, 19: “...Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo”.

É importante crer que Ele não só tem poder como quer, e vai agir no tempo certo, mesmo que a dificuldade de agora seja enorme. Deus sempre tem a benção precisa para a nossa vida, nada acontece por acaso. Jesus nos afirma que a fé remove montanhas, imagine então que potencial extraordinário temos dentro de nós.

Para superar todas as nossas dificuldades físicas e espirituais é preciso crer que Deus age em nós através da nossa fé, ajudando-nos no tempo certo. Só perdemos a graça se não exercitamos a fé, só perece quem não sabe crer.

Senhor transforma o nosso coração de pedra
em um coração bondoso e compassivo.
Que saibamos compreender o
vosso agir em nossa vida.
Amém!

Padre Alberto Gambarini

O QUE PEDIR A DEUS ?

A oração é a alma da vida cristã
O que se pode pedir a Deus? No livro do Gênesis, parece que insistir mais e mais, pedindo descontos, pode ter uma “fundamentação bíblica”! Trata-se de Abraão, o pai da fé (Gn 18, 20-32), apelando à misericórdia de Deus, diante da iminente destruição de uma cidade pecadora. Cinquenta justos, quarenta e cinco, quarenta, trinta, vinte ou dez! A coragem do homem que aposta tudo em Deus e deseja que a cidade não seja destruída. De fato, pode-se pedir tudo a Deus, que pensa em tudo e muito mais para seus filhos. Sabemos também que, por conhecer muito bem a humanidade, Ele é justo e bom para ouvir, acolher e atender do modo melhor para a salvação das pessoas e o bem da humanidade. Mesmo quando aparentemente não nos atende, no arco da vida das pessoas e na história, tudo concorre para o bem dos que o amam (Cf. Rm 8, 29). E amá-lo é o ponto de partida da oração.

A insistência de quem bate à porta de um amigo à meia-noite (Lc 11, 1-13) aponta para a confiança para se aproximar do Pai de todos os dons: “Pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate, a porta será aberta” (Lc 11, 9-10). O máximo do que o Pai pode e efetivamente oferecer é o dom do Espírito Santo, penhor da realização de todas as promessas de seu Filho Amado. Ele faz dizer “Jesus é o Senhor” (1 Cor 12, 3) e põe em nossos lábios a invocação do Pai (Gl 4, 6).
Para orar assim, é preciso aprender a rezar, voltando sempre de novo a conhecer esta arte dos próprios lábios do divino Mestre, como os primeiros discípulos: “Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11, 1). Na oração, acontece aquele diálogo com Jesus que faz de nós seus amigos íntimos: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em vós” (Jo 15, 4), que é a alma da vida cristã. Obra do Espírito Santo em nós, a oração abre-nos, por Cristo e em Cristo, à contemplação do rosto do Pai. Aprender a oração cristã é o segredo de uma vida cristã verdadeira, sem motivos para temer o futuro. As comunidades cristãs devem tornar-se autênticas “escolas de oração”, em que o encontro com Cristo se exprima em pedidos de ajuda, ação de graças, louvor, adoração, contemplação, escuta, afetos de alma, até chegar a uma oração intensa, sem se afastar dos compromissos do dia a dia. E ao abrir o coração ao amor de Deus, a oração autêntica abre também ao amor dos irmãos, tornando-nos capazes de construir a história segundo o desígnio de Deus (Cf. Novo Millenio Adveniente 32-33). O mestre autêntico na escola da oração é o próprio Senhor Jesus, a quem os discípulos recorrem.

As lições se encontram no “Pai Nosso”. Começam com o reconhecimento da paternidade de Deus e se desdobram em sete pedidos. A oração ao “nosso Pai” é um bem comum e um apelo urgente para todos os cristãos. Nós o invocamos, porque o Filho de Deus feito homem nos revelou. Rezar ao Pai “nosso” deve desenvolver em nós a vontade de nos assemelharmos a Ele e ter um coração humilde e confiante. Os “Céus” da oração não apontam para um lugar, mas para a majestade de Deus e sua presença no coração dos fiéis. O Céu, Casa do Pai, é a verdadeira pátria para onde nos dirigimos e à qual pertencemos (Cf. Catecismo da Igreja Católica § 2777-2865).

Os três primeiros pedidos buscam a glória do Pai: a santificação de seu Nome, a vinda do Reino e o cumprimento da Vontade divina. Os outros quatro apresentam nossos desejos, que dizem respeito à nossa vida, para nutri-la ou curá-la do pecado, e buscam a vitória do Bem sobre o mal.
“Santificado seja o vosso Nome”. Pedimos o reconhecimento do nome de Deus como santo! Em Jesus, o nome do Deus santo nos é revelado por aquilo que Ele é, por sua Palavra e seu Sacrifício. E a santidade de Deus nos chama à santidade, pois fomos lavados, santificados e justificados em nome de Jesus Cristo e pelo Espírito Santo (Cf. 1 Cor 6, 11).

“Venha a nós o vosso Reino”. O Reino de Deus existe antes de nós, aproximou-se no Verbo encarnado, é anunciado ao longo do Evangelho, veio na Morte e na Ressurreição de Cristo, está no meio de nós e virá na glória, quando Cristo voltar em sua glória! Pedimos o Reino de Deus que é justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14, 17).

“Seja feita a vossa Vontade, assim na terra como no céu”.
Deus é Senhor da Vida e da história. A primeira, a última e definitiva palavra sobre a história do universo pertence a Ele e sua vontade é que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade (Cf. 1 Tm 2, 3-4). A nós cabe a maravilhosa aventura de buscar e converter-nos a esta vontade. Pela oração é que podemos discernir qual é a vontade de Deus e obter a perseverança para cumpri-la.

“O pão nosso de cada dia nos dai hoje”. 
Confiança de filhos que tudo esperam do Pai, que é bom para além de toda bondade! O Pai providente (Cf. Mt 6, 25-34), que nos dá a vida, não pode deixar de nos dar o alimento necessário à vida, todos os bens necessários materiais e espirituais. Mas se pedimos o Pão “nosso”, nos abre o desafio da partilha, por amor, para que a ninguém falte o pão. Ma há uma fome não de pão nem sede de água, mas de ouvir a Palavra (Cf. Am 8, 11)! O quarto pedido nos conduz ao Pão da Vida, a Palavra de Deus acolhida na fé e o Corpo de Cristo na Eucaristia. E a ousadia da oração chega ao auge da confiança quando pede para “hoje”!

“Perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos têm ofendido”.
 Nossa oração se volta para o Pai, para confessar nossa miséria e a sua misericórdia! Mas para participar do fundo do coração no amor de Deus, haveremos de ter os seus mesmos sentimentos. Por isso temos a coragem de condicionar seu perdão à nossa capacidade de perdoar!

“Não nos deixeis cair em tentação”
 envolve uma decisão do coração, um consentimento dado ao Espírito Santo, para não enveredarmos pelo caminho que conduz ao pecado e perseverarmos até o fim.

“Mas livrai-nos do mal”.
 A vitória sobre o “príncipe deste mundo” (Jo 14,30), o Maligno, foi alcançada uma vez por todas na Páscoa de Cristo. Ao pedir que o Pai nos livre do Maligno, pedimos a libertação de todos os males presentes, passados e futuros. Toda a miséria do mundo é apresentada ao Pai, para implorar o dom precioso da paz e a graça de aguardar, na esperança, a vinda do Cristo Salvador!

Tudo o que for parecido com esta oração é próprio de cristão! Podemos então “usar e abusar” no maravilhoso “Bazar da Pechinha” da misericórdia infinita do Pai! Pequenas e intensas lições, feitas para acompanhar toda a nossa vida de oração, dirigindo-nos ao Pai, a quem pertence o Reino, a glória de seu Nome e o Poder de sua Vontade salvífica! Amém! Que isto se faça
Dom Alberto Taveira Corrêa

QUAL DESEJO QUE NOS MOVE HOJE?

Temos muitos desejos em nosso coração, e muitos, aparentemente, são bons para nós; mas o que devemos aspirar é que o desejo do coração de Jesus se realize a nosso respeito.
Quando temos clareza do que Deus tem para nós, tornamo-nos homens e mulheres fortes, capazes de tomar grandes decisões por amor a Jesus e deixar para trás certos valores que tínhamos, mas que não possuiam valores autênticos.
O sonho de Deus a nosso respeito é que sejamos santos como Ele é santo. Este é um desejo nobre e faz-se necessário que o nutramos em nosso coração. Talvez achemos que isto é impossível para nós; e realmente o é, mas para o Senhor é possível fazer-nos santos.
“Sede santos, assim como o vosso Pai celeste é santo” (Mt 5,48).
Senhor, dá-nos a graça de vivermos a santidade deste dia.
Jesus, eu confio em vós!
Luzia Santiago

CULTIVE UM AMIGO

A verdadeira amizade nos socorre quando menos esperamos!
Não preciso falar da importância de se cultivar as boas amizades para ser feliz. Milan Kundera diz que “toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Os amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contraído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão.”
A verdadeira amizade nos socorre quando menos esperamos! Podemos esquecer aquele com quem rimos muito, mas nunca nos esquecemos daqueles com quem choramos. Os corações que as tristezas unem permanecem unidos para sempre.
Na prosperidade, os verdadeiros amigos esperam ser chamados. Na adversidade, apresentam-se espontaneamente. A fortuna faz amigos. A desgraça prova se eles existem de fato. É preciso saber fazer e cultivar amizades. Isso depende de cada um de nós; antes de tudo, do nosso desprendimento e fidelidade ao outro.
Para conquistar um amigo é preciso criar um “deserto” dentro de si, aceitando que o outro venha ocupá-lo.
Acolher o amigo é, em primeiro lugar, ouvi-lo. Alguns morrem sem nunca ter encontrado alguém que lhes tenha prestado a homenagem de calar-se totalmente para ouvi-los. São poucos os que sabem ouvir, porque poucos estão vazios de si mesmos, e o seu ''eu'' faz muito barulho. Se você souber ouvir, muitos virão lhe fazer confidências.
Muitos se queixam da falta de amigos, mas poucos se preocupam em realizar em si as qualidades próprias para conquistar amigos e conservá-los.
Se você quiser ser agradável às pessoas, fale a elas daquilo que lhes interessa e não daquilo que interessa a você. A amizade é alimentada pelo diálogo; que é uma troca de ideias em busca da verdade. Muito diferente da discussão, que é uma luta entre dois, na qual cada um defende a sua opinião.

A verdadeira amizade não pode ser alimentada pela discussão, somente pelo diálogo.
Em vez de demonstrar exaustivamente que o amigo está errado, ajude-o a descobrir a verdade por si mesmo; isso é muito mais nobre e pedagógico.

Se você quiser agir sobre seu amigo, de verdade, para que ele mude, comece por amá-lo sincera e desinteressadamente.
A amizade também exige que se corrija o amigo que erra; mas devemos censurar os amigos na intimidade e elogiá-los em público. Nada é tão nocivo a uma amizade como a crítica ao amigo na frente de outras pessoas. Isso humilha e destrói a confiança. Nunca desista de ajudar o amigo a vencer uma batalha; não há nem haverá alguém que tenha caído tão baixo que esteja fora do alcance do amor infinito de Deus e do nosso socorro.

Uma amizade só é verdadeira e duradoura se é baseada na fidelidade. Cuidado, pois, para magoar alguém são necessários um inimigo e um amigo: o inimigo para caluniar e um “amigo” para transmitir a calúnia.
Felipe Aquino

segunda-feira, 29 de julho de 2013




SANTA MARTA

Hoje lembramos a vida de Santa Marta, que tem seu testemunho gravado nas Sagradas Escrituras. Padres e teólogos encontram em Marta e sua irmã Maria, a figura da vida ativa (Marta) e contemplativa (Maria). O nome Marta vem do hebraico e significa “senhora”.
No Evangelho, Santa Marta apresenta-se como modelo ativo de quem acolhe: “… Jesus entrou em uma aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa” (Lc 10,38).
Esta não foi a única vez, já que é comprovada a grande amizade do Senhor para com Marta e seus irmãos, a ponto de Jesus chorar e reviver o irmão Lázaro.
A tradição nos diz que diante da perseguição dos judeus, Santa Marta, Maria e Lázaro, saíram de Bethânia e tiveram de ir para França, onde se dedicaram à evangelização. Santa Marta é considerada em particular como patrona das cozinheiras e sua devoção teve início na época das Cruzadas.
Santa Marta, rogai por nós!

DEUS TEM PACIÊNCIA DE QUE NÓS SEREMOS TRANSFORMADOS

Deus tem paciência de que nós seremos transformados. E Ele quer que também tenhamos paciência e acreditemos que muito joio pode se transformar em trigo pela Palavra de Deus.
No meio da plantação cresceu o trigo vigoroso, bonito. Mas, no meio dessa mesma plantação cresceu também o joio. E como o joio, a erva daninha, incomoda o agricultor, o homem do campo!
Na parábola do Evangelho de hoje, os empregados vieram perguntar ao dono do campo: Queres que vamos arrancar o joio?” (cf. Mt 13,28). E ele respondeu: “Não! Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo.Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro” (cf. Mt 13,29-30).
Meus irmãos, no mundo em que vivemos essa parábola do joio e do trigo é muito atual, e sempre atual. Nós caminhamos no meio de pessoas que são boas e ruins. Estamos no meio de pessoas que são honestas, sinceras e verdadeiras. Mas, no meio de nós, há também muita desonestidade, falsidade e hipocrisia. Caminhamos no meio de pessoas que querem ser melhores, mas há aqueles que praticam a maldade, fazem questão de ser ruins.
No primeiro momento, no primeiro ímpeto, a nossa vontade é julgar, condenar e “arrancar fora” aqueles que praticam o mal e não são “convertidos”, como costumamos dizer.
Mas se levarmos em conta, todos nós temos um pouco de joio. A Palavra de Deus nos encontrou, e ela, dia a dia, vai transformando o joio que há em nós. Ela transforma aquilo que existe de mal em nós para que sejamos o trigo puro do Senhor.
Assim como o Senhor teve – e tem – paciência para conosco, para com nossos limites e falhas, para as coisas erradas que nós muitas vezes cometemos consciente ou até mesmo inconscientemente. Ele tem paciência de que nós seremos transformados.
O que o Senhor quer é que também tenhamos paciência. Isso não significa tolerar o mal, concordar com ele, aceitá-lo, mas acreditar que muito joio pode se transformar em trigo pela Palavra de Deus. Se até o final da vida esse joio não se transformar, deixai para o julgamento final, para o julgamento de Deus.
Mas a esperança que move o coração de Deus é a mesma que deve também mover o nosso coração: todo joio pode ser transformado pela Palavra poderosa do Senhor.

O PODER DE ATRAÇÃO DEUS SANTO

São Bernardo nasceu, no ano de 1090, no Castelo de Fontaine, perto de Dijon, na França, e foi o terceiro de seis irmãos. Ainda muito jovem, tornou-se monge em Cister. Seu pai, Tescelino, ficou consternado, pois, um após o outro, os filhos abandonavam o conforto do castelo para seguir Bernardo.

O poder de atração deste santo foi extraordinário. Guido, seu irmão mais velho, deixou até a esposa que também se fez monja. Nissardo, o irmão caçula, também deixou o mundo seguido pela única irmã, Umbelina, e pelo tio, Gaudry, que trocou a pesada armadura de cavaleiro para vestir o hábito branco de monge. Mais tarde, também Tescelino pediu para entrar no mosteiro, onde já estava quase toda a família, um acontecimento raro na História da Igreja.

Como muitos outros jovens pedissem para entrar no mosteiro dos cistercienses, foi necessário fundar outros mosteiros, o que coube a Bernardo, que deixou Citeaux abraçando uma pesada cruz de madeira e seguido de doze religiosos que cantavam hinos e louvores ao Senhor.

Após uma longa caminhada, fizeram uma parada num vale bem protegido que chamaram de Claraval onde se estabeleceram. Neste lugar, obedeciam a antiga regra de São Bento com todo rigor: oração e trabalho sob a obediência do abade. Mas São Bernardo preferia os caminhos do coração à rígida norma fixa. Dizia a seus filhos: “Amemos e seremos amados. Naqueles que amamos encontraremos repouso, e o mesmo repouso ofereceremos a todos os que amamos. Amar em Deus é ter caridade; procurar ser amado por Deus é servir à caridade.

Do mosteiro de Claraval, Bernardo espandia a sua luz sobre toda a Igreja. Embora frágil e de pouca saúde, percorreu boa parte da Europa, atuou em vários concílios e pregou uma cruzada à Terra Santa. Além disso, encontrava tempo para escrever muitas obras, cheia de otimismo e doçura como o “Tratado do Amor de Deus” e o “Comentário ao Cântico dos Cânticos, uma declaração de amor a Nossa Senhora. Bernardo foi um dos maiores devotos e defensores do culto a Maria. Cada vez que passava por uma de suas imagens, a saudava dizendo: “Ave, Maria!”. Um dia, a imagem lhe retribuiu a saudação dizendo-lhe: “Ave, Bernardo”. Poucos instantes antes de sua morte, que aconteceu em 20 de agosto de 1153, assim consolava seus monges: “Não sei a quem escutar, se ao amor dos meus filhos, que me querem reter aqui em baixo, ou ao amor do meu Deus que me atrai lá pra cima”.

O Papa Pio XII o chamou de “O último dos Padres da Igreja, e não o menor”.

Alguns ensinamento de São Bernardo:

"Quem recorreu a Vossa proteção e foi por Vós desamparado, ó Maria?"
"Amemos e seremos amados."
"A vista ofuscada pela raiva não enxerga direito." 
Felipe Aquino

NÃO SEPARE O HOMEM O QUE DEUS UNIU

Tem muita gente se separando, porque não foi Deus que os uniu; e também há muita gente que Deus uniu se separando. Mas vamos à citação:
"Chegaram os fariseus e perguntaram-lhe, para o pôr à prova, se era permitido ao homem repudiar sua mulher.Ele respondeu-lhes: "Que vos ordenou Moisés?". Eles responderam: "Moisés permitiu escrever carta de divórcio e despedir a mulher." Continuou Jesus: "Foi devido à dureza do vosso coração que ele vos deu essa lei; mas, no princípio da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; e os dois não serão senão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Não separe, pois, o homem o que Deus uniu." Em casa, os discípulos fizeram-lhe perguntas sobre o mesmo assunto. E ele disse-lhes: "Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério." 
Você sabia que os judeus não podem desmanchar o noivado? Somente depois que se casam o marido pode dar a carta de divórcio para a mulher. Somente o homem. Os judeus até hoje acreditam que o casamento é um contrato.

Quando Jesus vem falar sobre o matrimônio, Ele nos ensina que este deve se realizar com uma única mulher. O Senhor eleva o casamento à condição de sacramento, não é mais um contrato. E nós católicos tomamos posse do fato de que o matrimônio não é um simples contrato, pois tem a dignidade de sacramento.
 No entanto, na Igreja Católica pode haver o término do noivado, mas não pode acabar o casamento.
Jesus deu a ordem: "Não separe, pois, o homem o que Deus uniu".

Na cidade de Lavrinhas (SP), a Canção Nova faz muitos encontros com casais de segunda união. Lá, conhecemos muitas histórias, entre elas a de um casal de segunda união, na qual a mulher teve cinco filhos com seu ex-marido, mas ele a deixou por causa de uma mulher mais nova. Ela conheceu um outro rapaz que assumiu as crianças e amou aquela mulher. Ele criou as crianças, mas não pode comungar.

Quando a Igreja aprova casos de nulidade do matrimônio, ela não está anulando o casamento, mas reconhecendo que ele nunca existiu.

Esse dias, um rapaz, desesperado, me passou um twitter dizendo: “Minha mulher me traiu, foi embora e me deixou com meus filhos. Eu quero dar uma surra nela”. Então, veio-me a Palavra de Oséias 3,1: “O Senhor disse-me: Ama de novo a uma mulher que foi amada de seu amigo, e que foi adúltera, pois é assim que o Senhor ama os filhos de Israel, embora se voltem para outros deuses e gostem das tortas de uvas". Esse tipo de amor você não vai ver nas novelas.
Deus criou o homem e viu que era bom. O sexo não tem nada de ruim nem de mal, pois o Senhor fez tudo isso bom. A Igreja fala que o altar do casal é o seu leito nupcial. Vocês sabiam que uma das coisas que também leva o casamento a ser considerado nulo é não consumar o ato sexual? Se o noivo ou a noiva se recusa a ter relação sexual com o marido, isso torna o casamento nulo.

Não se brinca com a família, pois ela é coisa séria. Destruindo o modelo base da família, você destrói a sociedade.

O que você precisa dar para seu filho é Deus. Beije muito seus filhos, abrace-os muito, beije-os mesmo quando eles estiverem adultos.
Não somos melhores que família nenhuma, somos apenas aquela que Deus quis para nós. Lute pela sua família!
Diácono Nelsinho Corrêa e Márcia 

O AMOR SEMPRE VENCE

Temos a oportunidade de agirmos como Jesus em todos os momentos e em todas as circunstâncias, para que o amor sempre vença na nossa vida e na vida do nosso próximo. “E quem é o meu próximo?” (Lc 10,29b).
Sempre há alguém que precisa de nós, e precisamos ter os olhos e o coração bem abertos para percebermos e nos adiantarmos em favor dos que necessitam. Às vezes, temos tantas desculpas para não ajudarmos a quem necessita, mas a caridade deve ser a nossa fonte de ação e inspiração para tudo.
Com certeza,  hoje há alguém que vem ao nosso encontro  precisando de ajuda ou que precisamos ir ao encontro de alguém que necessita.  É claro que a nossa humanidade muitas vezes se estremece e se opõe à prática da caridade, mas peçamos o auxílio do Espírito Santo que vem sempre em auxílio das nossas necessidades.
Ao longo deste dia, rezemos insistentemente: Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.
Luzia Santiago

domingo, 28 de julho de 2013


ENCONTRO COM VOLUNTÁRIO

"Deus chama para escolhas definitivas, Ele tem um projeto para cada um: descobri-lo, responder à própria vocação
significa caminhar na direção da realização jubilosa de si mesmo. A todos Deus nos chama à santidade, a viver a sua vida,
mas tem um caminho para cada um. Alguns são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacramento
do Matrimônio. Há quem diga que hoje o casamentoestá “fora de moda”; na cultura do provisório, do relativo, muitos
pregam que o importante é “curtir” o momento, que não vale a pena comprometer-se por toda a vida, fazer escolhas
definitivas, “para sempre”, uma vez que não se sabe o que reserva o amanhã. Em vista disso eu peço que vocês sejam
revolucionários, que vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório
que, no fundo, crê que vocês não são capazes de assumir responsabilidades, que não são capazes de amar de verdade. Eu
tenho confiança em vocês, jovens, e rezo por vocês. Tenham a coragem de “ir contra a corrente”. Tenham a coragem de ser
felizes!"

Papa Francisco - Encontro com Voluntários