terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A ESPERANÇA DO ORIENTE


Olha para o Cristo, vai ao Seu encontro!

Na segunda leitura (Fl 1,4-6.8-11) da Liturgia da Palavra do II Domingo do Advento, por duas vezes São Paulo refere-se ao Dia de Cristo: “Aquele que começou em vós uma boa obra, há de levá-la à perfeição até ao Dia de Cristo”; “que o vosso amor cresça sempre mais, em todo o conhecimento e experiência, para discernirdes o que é melhor. Assim ficareis puros e sem defeito para o Dia de Cristo”. Para este Dia de Cristo, estamos nos preparando no santo Tempo do Advento. 

Dia de Cristo é o Natal; Dia de Cristo é o “todo-dia”, quando sabemos reconhecer suas visitas; Dia de Cristo será a sua Vinda gloriosa no final dos tempos. Quem celebra piedosamente o Dia de Cristo no Natal e é atento pela vigilância ao Dia de Cristo de “todo-dia”, estará pronto na perfeição do amor, estará puro e sem defeito para o Dia de Cristo no final dos tempos!

É certo que não poderemos fugir do Cristo Jesus: diante dele todos nós estaremos um dia porque através dele e para ele fomos criados e somente nele nossa existência chegará à sua plenitude. A liturgia ilustra ainda de modo comovente a situação da humanidade e também a situação da Igreja, pequeno resto peregrino e acabrunhado sobre esta terra: trata-se de uma humanidade sofrida, de uma Igreja em exílio, mas que será consolada pelo Senhor. Recordemos a palavra de Baruc (Br 5,1-9) profeta “Despe, ó Jerusalém, a veste de luto e de aflição, e reveste, para sempre, os adornos da glória vinda de Deus!” Que belo convite, que sonho, que felicidade! 

Pensemos na nossa vida, pensemos nas ânsias da Mãe Igreja, e alegremo-nos com o consolo que Deus nos promete! “Cobre-te com o manto da justiça que vem de Deus e põe na cabeça o diadema da glória do Eterno. Deus mostrará teu esplendor, ó Jerusalém, a todos os que estão debaixo do céu!” Vede, o nosso Deus como é: um Deus que promete, um Deus que abre a estrada da esperança, um Deus que consola, um Deus que nos prepara um futuro de bênção, de paz e de vida! Mas, quando será esta paz, de onde virá? Escutai, caríssimos: “Levanta-te, Jerusalém – levanta-te, irmão; levanta-te, irmã! Levanta-te, Mãe católica! – põe-te no alto e olha para o Oriente!” O Oriente, é o lugar da luz, o lado no qual o sol nasce e o dia começa; o Oriente é o próprio Cristo Jesus! Olhar para o Oriente é esperar o Dia de Cristo, o Dia sem fim, a Luz que não tem ocaso! 

Quem caminha sem olhar o Oriente, caminha sem saber para onde vai; quem avança noutra direção, não caminha para a luz, mas vai ao encontro das trevas: “des-orienta-se”! “Levanta-te, põe-te no alto e olha para o Oriente!” Olha para o Cristo, vai ao seu encontro! Então, tu verás a salvação de Deus; tu experimentarás que o Senhor não é Deus de longe, mas de perto; tu experimentarás o quanto o Senhor é capaz de consolar o que chorava, de acalmar o que estava aflito, de reconduzir o transviado: “Vê teus filhos reunidos pela voz do Santo, desde o poente até o levante, jubilosos por Deus ter-se lembrado deles. Deus ordenou que se abaixassem todos os altos montes e as colinas eternas, e se enchessem os vales, para aplainar a terra, a fim de que Israel sua Igreja santa, seu povo eleito, caminhe com segurança sob a glória de Deus!”
Vede, é de paz que o Senhor nos fala, é a salvação que nos promete! Se agora lançarmos as sementes da vida entre lágrimas, haveremos de colher com alegria; se agora muitas vezes na tristeza formos espalhando as sementes, um dia, no Dia de Cristo, nosso Oriente bendito, com alegria voltaremos carregados com os frutos em feixes! As promessas do Senhor, fazem-nos compreender que nossa vida tem sentido, que tudo quanto nos acontece pode e deve ser vivido à luz de Deus! Uma das grandes misérias do nosso tempo é a solidão humana. Não se trata de uma solidão qualquer, mas de uma sensação mortal de viver a vida diante de ninguém, de caminhar a lugar nenhum, de gastar energia e sonho para produzir vazio… Mas, quando voltamos o rosto para o Oriente, quando nos deixamos banhar por sua luz que, como uma aurora bendita já começa a difundir seus raios, então tudo se enche de paz e de alegria, porque tudo ganha um novo sentido!

Portanto, no Senhor, pensai na vossa vida concreta, nas vossas semanas e dias feitos de experiências bem reais e miúdas… Pois bem, Deus, em Cristo, visita a nossa vida! São Lucas (Lucas 3,1-6)) ao narrar o aparecimento de João Batista, o precursor do Messias, começa mostrando como a palavra do Senhor, como a sua salvação nos atinge e nos encontra bem no concreto de nossa vida, no nosso aqui e no nosso agora. 

A salvação não é um mito, a vinda do Senhor até nós não é uma estória de trancoso… Escutai como é concreta a sua vinda, como tem uma história e uma geografia: “No décimo quinto ano do império de Tibério César, quando Pôncio Pilatos era governador da Judéia, Herodes administrava a Galiléia, seu irmão Filipe, as regiões da Ituréia e Traconítide, e Lisânias, a Abilene; quando Anás e Caifás eram sumo sacerdotes, foi então que a palavra de Deus foi dirigida a João, o filho de Zacarias, no deserto.” Vede, irmãos, e compreendei: a Palavra de Deus vem nós num “quando” e num “onde”.

O “quando” é hoje, agora, neste período da nossa vida; o “onde” é aí onde você vive: na sua casa, no seu trabalho, nas suas relações, nos seus conflitos! É neste agora e neste aqui, neste “quando” e neste “onde” que Deus vem ao nosso encontro em Cristo Jesus! E o que devemos fazer para acolhê-lo? Como devemos proceder para que não venha na os em vão? Como agir para que a sua luz nos possa iluminar? Escutai ainda o Evangelho: “Preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas. Todo vale será aterrado, toda montanha e colina serão rebaixadas; as passagens tortuosas ficarão retas e os caminhos acidentados serão aplainados. E toda carne verá a salvação de Deus”. 

Vê, é de ti que o Senhor fala; é à tua vida que ele se refere: queres ver a luz do Oriente? Queres dirigir-te para o Dia eterno? Queres realmente estar pronto para o Dia de Cristo no Natal, no “todo-dia” e no Último Dia? Então, endireita agora teus caminhos, abaixa as montanhas da soberba e do orgulho, aterá os vales do medo, da covardia e do vão temor, e endireita as tortuosas estradas de teus vícios e de teus pecados! Aí sim, tu e toda carne verão a salvação de Deus: na celebração do Natal vamos vê-la reclinada num pobre presépio, no “todo-dia” vamos experimentá-la de tantos modos e em tantos momentos e, no Último Dia, Dia de Cristo, iremos vê-la face a face como eterna delícia, alegria sem fim e vida imperecível! 

Vamos, irmãos, caminhemos com fé ao encontro do Senhor! E para que o nosso caminho não seja sem rumo e em vão, endireitemos desde agora as estradas de nossa vida! Levantemo-nos, ponhamo-nos no alto da virtude e vejamos: vem a nós a alegria do nosso Deus! A ele a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

Dom Henrique Soares da Costa 


NÃO PODEMOS FICAR ESCRAVOS DO MEDO

Todos os meus temores se realizam, e aquilo que me dá medo vem atingir-me” (Jó 3,25).

Não podemos nos tornar escravos do medo; ao contrário, temos de lutar contra esse sentimento, sempre confiando em Deus. Na verdade, o que o inimigo quer é que nos tornemos escravos dele [medo] e da doença para que fiquemos mergulhados na autopiedade e revoltados com Deus e com as pessoas que estão à nossa volta. 

Por isso, se você está doente, reze, peça oração e procure um médico. Esse profissional possui os meios para nos ajudar. Não se entregue ao desespero, pois a medicina provém de Deus (cf. Eclesiástico 38,9-12). 

Na hora da dor abandone-se nas mãos do Senhor, lute para não murmurar e não entregue a sua alma à tristeza. Una-se à cruz de Cristo oferecendo todo o seu sofrimento em desagravo aos pecados cometidos contra o Sagrado Coração de Jesus, pela conversão dos pecadores, pela conversão de seus familiares e pelas almas do purgatório, entregando tudo como sacrifício agradável ao Senhor.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

PRECISAMOS LEVAR OS NOSSOS PARA O CÉU

A Palavra de Deus é sempre linda, mesmo quando precisa ser severa. Veja que beleza este Evangelho: "Não se perturbe o vosso coração, tendes fé em Deus, tendes fé em mim também" (Jo 14,1). Humanamente falando, seria uma ousadia para aqueles que viam Jesus como um homem ter fé também n'Ele. O Senhor estava lhes mostrando, continuamente, quem Ele era. No entanto, Ele não era o Messias esperado pelo povo judeu. Eles esperavam alguém que "virasse a mesa" e os fizesse soberanos de todos os povos. Porém, Jesus era um Messias totalmente diferente. Ele era o próprio Filho de Deus enviado por seu Pai, por isso pode dizer: "Tendes fé em Deus e também em mim". 

Meu filho, minha filha, Jesus foi à frente, pois só Ele poderia abrir o caminho para você e para cada um dos seus. Aí está a nossa responsabilidade. Há uma morada no céu para você e para seus pais, para cada um de seus filhos, sobrinhos, enfim, para os seus. Não apenas para aqueles que convivem conosco no âmbito familiar, embora sejam eles pelos quais temos mais responsabilidades. 

Você vai querer estar na casa do Pai sozinho? Enquanto seu marido ou sua esposa está morando em outro lugar? Claro que não! É por isso que Deus uniu vocês. É por isso que lhe deu seus filhos, amigos, entre outros. Para que os leve para o céu junto com você! Reze por eles! Não desista de ninguém! 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

CREIO NA SANTA IGREJA

A Igreja é a Esposa de Cristo

O nosso Catecismo diz que a Igreja é “um projeto nascido no coração do Pai” (§759) e que “ela é a reação ao caos que o pecado introduziu no mundo”. O Senhor decidiu então reunir todos os homens em Seu Filho, cabeça da Igreja, para trazê-los de volta a si após a dispersão que o pecado gerou na família de Deus. A Igreja é, no mundo presente, o sacramento da salvação, o sinal e o instrumento da comunhão de Deus e dos homens. 

Ela é o povo de Deus que caminha com Ele: "Vós sois uma raça eleita, um sacerdócio régio, uma nação santa, o Povo de sua particular propriedade" (1 Pd 2,9). Passamos a pertencer à Igreja pelo batismo e pela fé. Todos os homens são chamados a fazer parte do povo de Deus, a fim de que, em Cristo, os homens constituam uma só família e um só povo. 

A Igreja é o Corpo de Cristo
. Pelo Espírito Santo  e pela Sua ação nos sacramentos, sobretudo na Eucaristia, Cristo forma a comunidade dos fiéis como Seu Corpo. Nesta unidade, existe diversidade de membros, de carismas, ministérios e de funções. Todos os membros estão ligados uns aos outros, particularmente aos que sofrem.     

A cabeça da Igreja, deste Corpo, é o Cristo: ela vive d'Ele, n'Ele e por Ele; Ele vive com ela e nela. A Igreja é a Esposa de Cristo: ele a amou e entregou-se por ela. Purificou-a com Seu Sangue. Fez dela a Mãe fecunda de todos os filhos de Deus. Por isso São Paulo disse: “Maridos, amai as vossas esposas como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25). Cristo morreu na Cruz por Sua Igreja, Sua Esposa. 

A Igreja é o Templo do Espírito Santo. Ele á a alma desse Corpo Místico, princípio de sua vida, da unidade na diversidade e da riqueza de seus dons e carismas. Santo Agostinho disse que, quanto mais alguém ama a Igreja, tanto mais é cheio do Espírito Santo. Esta é a identidade dela: una, santa, católica e apostólica.
Somente a Igreja fundada por Jesus, sobre Pedro e os apóstolos tem essa identidade, garantia e plenitude. O Catecismo diz uma verdade muito importante: "A única Igreja de Cristo, que no símbolo confessamos una, santa, católica e apostólica, subsiste na Igreja Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele, embora, fora de sua estrutura visível, encontrem-se numerosos elementos de santificação e de verdade " (§870).

Católica quer dizer universal, enviada para levar o Evangelho e a salvação a todos os povos; católica também significa que ela anuncia a “totalidade da fé”; traz em si e administra “a plenitude dos meios de salvação”; abarca todos os tempos; “ela é, por sua própria natureza, missionária” (Ad Gentes 2).
A Igreja é apostólica, porque foi fundada sobre os apóstolos (Ef 2,20; Ap 21,14), testemunhas escolhidas e enviadas em missão pelo próprio Cristo (Mt 28,16-20; At 1,8; 1Cor 9,1; 15,7-8; Gl 1,1 etc).

Jesus escolheu São Pedro como fundamento visível de Sua Igreja. Entregou-lhe suas chaves. O Bispo da Igreja de Roma, sucessor de São Pedro, é "a cabeça do colégio dos bispos, vigário de Cristo e, aqui na Terra, pastor da Igreja"; é o Papa. Ele tem, por instituição divina, poder supremo, pleno, imediato e universal no que se refere à salvação das almas. Os bispos, estabelecidos pelo Espírito Santo (At 20,28), sucedem os apóstolos.

A Igreja é indestrutível (Mt 16,18) e infalivelmente mantida na verdade (Jo 14,25; 16,13): Cristo a governa por meio de Pedro e dos demais apóstolos e seus sucessores, o Papa e o colégio dos bispos. Afirma o Catecismo que “a única Igreja de Cristo, que no Símbolo confessamos una, santa, católica e apostólica, subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele (LG 8).”

A Igreja ensina que “o grau supremo da participação na autoridade de Cristo é assegurada pelo carisma da infalibilidade. Esta tem a mesma extensão que o depósito da revelação divina (LG 25), estende-se ainda a todos os elementos de doutrina, incluindo a moral, sem os quais as verdades salutares da fé não podem ser preservadas, expostas ou observadas (Mysterium Ecclesiae, 3).

A Igreja é una, ela tem um só Senhor, confessa uma só fé, nasce de um só batismo, forma um só Corpo, vivificado por um só Espírito em vista de uma única esperança (Ef 4,3-5). A Igreja é una também porque tem uma só Liturgia em todo o mundo e um só governo. A Igreja é, ao mesmo tempo, visível e espiritual, é uma sociedade hierárquica e Corpo Místico de Cristo. Ela é formada de um elemento humano e um elemento divino. Somente a fé pode acolher este mistério
Felipe Aquino. 

JÁ TEVE SITUAÇÃO DE ACHAR DE NÃO TER SAÍDA


Você já teve a sensação de estar em um “beco sem saída” por tantas preocupações vividas em seu cotidiano? 
Quando, por qualquer motivo, nos pegamos em uma situação para a qual não achamos haver solução, é preciso primeiramente manter acalma
r para não cometer nenhuma bobagem por desespero, em segundo lugar, é preciso buscar em Deus a solução para todo e qualquer problema. Você pode estar se perguntando, como?
Rezando, lendo a palavra, conversando com pessoas mais experientes e que possam dar bons conselhos. A bíblia mesmo nos ensina a viver com o olhar fixo no Senhor, acreditando sem temor que tudo é possível ao que crê.
Vemos em Exodo, 14,13: “Não temais! Tende ânimo, e vereis a libertação que o Senhor vai operar hoje em vosso favor”.
O grande desafio para todos nós, dia a dia, é fixar o nosso olhar em Deus, é dele que vem o nosso socorro, Deus tem o poder para resolver todo e qualquer problema, é preciso deixar que ele nos tire do beco das nossas angústias, é Ele quem cuida de nós nos oferecendo sempre a sua mão, podem não existir janelas ou portas, mas Ele nos resgata das nossas aflições através do seu infinito amor. Não existe situação impossível para Deus, acredite, confie, aceite esta ajuda e orientação, fixe o seu olhar no Senhor e deixe Ele operar maravilhas em seu viver.

Bondoso Senhor, muito obrigado pelas alegrias e dificuldades deste dia. Ficai sempre conosco e daí-nos a vossa salvação. Aumentai a nossa fé e não nos permitais o mal. Amém


Padre Alberto Gambarini