segunda-feira, 26 de novembro de 2012


A FELICIDADE PELA FÉ

Ela nos oferece uma nova forma de ver o mundo

Todos os milagres que Cristo fez, nos corpos ou nos elementos materiais, simbolizam os que Ele faz nas almas mediante a graça do Espírito Santo. Por isso, São João chama sinais os milagres de Jesus.

Dentre eles, as curas dos cegos simbolizam a luz da fé que Cristo traz aos olhos da alma. Assim o lembrava Bento XVI na homilia de encerramento do Sínodo dos Bispos, em 28 de outubro de 2012: «Sabemos que a condição de cegueira tem um significado denso nos Evangelhos. Representa o homem com necessidade da luz de Deus – a luz da fé – para conhecer, verdadeiramente, a realidade e caminhar pela estrada da vida».

Vejamos, brevemente, o “sinal” da cura do cego de Jericó, a que o Papa se referiu nessa homilia. Estava Jesus de passagem pela cidade de Jericó, à porta da cidade achava-se um mendigo cego chamado Bartimeu, pedindo esmola. Ouvindo a multidão que passava – acompanhando Jesus –, perguntou o que havia. Responderam-lhe: “É Jesus de Nazaré que passa”. Ele então exclamou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim” (Lc 18,36-38).

Quando os olhos da alma estão cegos e não vemos a luz de Deus, somos semelhantes a Bartimeu. Só temos noções imperfeitas das coisas do Senhor, da vida e do mundo: somos cegos, ainda que pensemos enxergar bem; ficamos parados, ainda que creiamos avançar; não conseguimos usufruir os verdadeiros bens da vida, por mais que procuremos espremer os prazeres até a última gota; e não percebemos que, aquilo conquistado, não passa de migalhas de «mendigo do sentido da vida», como diz o Papa.

Podemos dizer que estamos satisfeitos? Não é verdade que, muitas vezes, na solidão e no silêncio, temos vontade de chorar sem saber por que, pois sentimos um estranho vazio, uma pobreza, uma escuridão inexplicável? Santo Agostinho pode projetar luz sobre a nossa cegueira: «Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração estará inquieto enquanto não descansar em ti».

O Catecismo da Igreja Católica, que Bento XVI aconselha como chave-de-luz para este Ano da Fé, diz uma grande verdade: «O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Deus não cessa de atrair o homem a si, e somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar» (n. 27).
O Papa, glosando esse texto do Catecismo, na audiência de 7 de novembro de 2012, comentava que, em inúmeras pessoas, esse desejo é inconsciente, mas a graça de Deus pode se servir dele para que as pessoas percebam que só na fé está a verdadeira resposta para a felicidade que seu coração anseia: «Mesmo quando esse desejo caminha por rumos extraviados – dizia o Papa –, quando segue paraísos artificiais e parece perder a capacidade de ansiar pelo verdadeiro bem, mesmo no abismo do pecado, não se apaga no homem aquela faísca que lhe permite reconhecer o bem autêntico, saboreá-lo e começar assim um percurso de subida, no qual Deus, com o dom da sua graça, não deixa nunca faltar a sua ajuda… 

Não se trata, portanto, de sufocar o desejo que está no coração do homem, mas de libertá-lo para que ele possa alcançar a sua verdadeira altura». O primeiro passo para sairmos da cegueira ou da miopia consiste em termos a humildade de reconhecer a nossa indigência: «Condição essencial – dizia o Papa na homilia citada acima – é reconhecer-se cego, necessitado dessa luz; caso contrário, permanece-se cego para sempre (cf. Jo 9,34-41)».

Bartimeu sentia a dor da sua condição de mendigo e desejava ardentemente ver, por isso pediu, insistiu, e não parou até conseguir que Jesus o atendesse. “Que queres que te faça?” –  Respondeu-lhe: “Senhor, que eu veja”. Jesus lhe disse: “Vê; a tua fé te salvou”. E, imediatamente, ficou vendo, e seguia Jesus, glorificando a Deus (Lc 18,41-43).

Você quer pedir: “Senhor, faz com que eu veja”? Então, creia, pois não há ninguém que O tenha pedido com sinceridade e tenha ficado sem uma resposta. Santo Agostinho, antes da conversão, rezava assim: «A ti, meu Deus, se elevam meus suspiros, e peço-te uma e outra vez asas para subir até ti. Se tu me abandonares, logo a morte se abaterá sobre mim…» (Solilóquios, n.6).

Pedia, porque reconhecia sua necessidade de Deus, ainda que não tivesse a coragem de abraçar a fé e de seguir-lhe o caminho. Da mesma forma, São Clemente de Alexandria, citado pelo Papa, fazia a seguinte oração: «Até agora andei errante na esperança de encontrar Deus, mas porque tu me iluminas, ó Senhor Jesus, encontro Deus por meio de ti, e de ti recebo o Pai, torno-me herdeiro contigo, porque não te envergonhaste de me ter por irmão. Cancelemos, portanto, cancelemos o esquecimento da verdade, a ignorância…» (Protréptico, 113 ss.)

Nos tempos modernos, vale a pena evocar a conversão do Beato Charles de Foucauld. Esse aristocrata ateu foi um devasso esbanjador; estudou a carreira militar na Academia de Saint Cyr, e foi oficial, explorador científico e aventureiro no norte da África. Após anos de vida intensa e de toda a sorte de experiências, o vazio da sua alma revelou-se-lhe de maneira aguda e o derrubou (Deus agia na noite do seu coração). Voltou à França e, estando em Paris, em 1886, sentiu um tremendo puxão interior que o impelia, mesmo descrente, a ir a uma igreja.«Comecei a ir à igreja sem ter fé, Experimentei que só me sentia bem lá, ficando longas horas a repetir essa estranha prece: “Meu Deus, se tu existes, faz com que eu te conheça”».

A graça da fé o invadiu um dia e, com a ajuda do padre Huvelin – o qual teve a coragem de lhe dizer que, para receber o dom da fé, precisava antes confessar-se –, converteu-se e entregou-se totalmente a Deus. Viveu bastantes anos, pobre, paupérrimo, desprendido de tudo, como monge eremita, exercendo a caridade no meio das tribos tuaregs do Saara. Ninguém o acompanhou. Hoje, milhares de cristãos em todo o mundo o têm como mestre e padroeiro.

Agradecido pelo dom recebido, fazia esta oração: «Como és bom, meu Deus, como me guardaste, como me agasalhaste à sombra das tuas asas quando eu nem acreditava na tua existência! … Como estou feliz! Meu Senhor Jesus, tu puseste em mim esse amor por ti, tão terno e crescente, esse gosto pela oração, essa fé na tua Palavra, esse sentimento profundo do dever da caridade, esse desejo de imitar-te, essa sede de oferecer-te em sacrifício o melhor que eu puder dar-te… Como tens sido bom! Como sou feliz! 
Padre Francisco Faus

CUIDADO COM AS ARTIMANHAS DO INIMIGO

'O demônio tem normalmente duas artimanhas principais para afastar da virtude os jovens. A primeira consiste em persuadi-los de que o serviço de Deus exige uma vida triste sem nenhum divertimento nem prazer. Mas isto não é verdade, meus caros jovens. Eu vou lhes indicar um plano de vida cristã que poderá mantê-los alegres e contentes, fazendo-os conhecer ao mesmo tempo quais são os verdadeiros divertimentos e os verdadeiros prazeres, para que vocês possam exclamar com o santo profeta Davi: 'Sirvamos ao Senhor na santa alegria'.

A segunda artimanha do demônio consiste em fazê-los conceber uma falsa esperança duma longa vida que permite converter-se na velhice ou na hora da morte. Prestem atenção, meus caros jovens, muitos se deixaram prender por esta mentira (...)" (Trecho da Carta de Dom Bosco à Juventude).

Irmãos, essas duas coisas, citadas por esse grande santo, são muito perigosas e enganosas. São artimanhas do inimigo (muito utilizadas por ele!), para que deixemos as coisas de Deus de lado ou para mais tarde. 

Um verdadeiro cristão deve manter-se vigilante: rezando, adorando e vivendo à espera da segunda vinda gloriosa de Jesus Cristo!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A VERDADE E A CARIDADE


A caridade é o vínculo da perfeição, disse São Paulo
A verdade é a caridade são duas virtudes fundamentais para a nossa salvação. Uma não pode ser vivida sem a outra, desprezando a outra, pois uma perde o seu valor se não observar a outra.  Sem verdade não há verdadeira caridade e não pode haver salvação.
São Paulo disse que “a caridade é o vínculo da perfeição” (Col 3, 14); “A ciência incha mas a caridade edifica” (1Cor 8,1); “A caridade não pratica o mal contra o próximo. Portanto, a caridade é o pleno cumprimento da lei” (Rom 13, 10); “Tudo o que fazeis, fazei-o na caridade” (1 Cor 16, 14); “Mas, pela prática sincera da caridade, cresçamos em todos os sentidos, naquele que é a cabeça, Cristo.” (Ef 4, 15)São Paulo mostra a excelência da caridade: “Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.” (1 Cor 13, 2).
Se “Deus é amor”, como disse São João, da mesma foram Ele é a Verdade. “Eu sou a Verdade” (Jo 14,6). O   Antigo Testamento atesta: Deus é fonte de toda verdade (Pr 8,7; 2Rs 7,28). Sua Palavra é verdade. Deus é “veraz” (Rm 3,4). Em Jesus Cristo, a verdade de Deus se manifestou plenamente. “Cheio de graça e verdade” (Jo 1,14), Ele é a “luz do mundo” (Jo 8,12). “Para que aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (Jo 12,46).
São Paulo disse a S. Timóteo que “Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo conhecimento da verdade. O nosso Catecismo afirma com todas as letras: “A salvação está na verdade. Os que obedecem  à moção do Espírito de verdade já estão no caminho da salvação; mas a Igreja, a quem esta verdade foi confiada, deve ir ao encontro do seu anseio levando-lhes a mesma verdade.” (§851)
Felipe Aquino

PRECISAMOS MUDAR DE VIDA ENQUANTO HÁ TEMPO

O Senhor pode enumerar tudo o que fez em nossas vidas, só o fato de existirmos já é uma graça. Também o fato de nos ter feito cristãos é uma prova das maravilhas de Deus Pai. 

Peçamos perdão a Deus por nosso relaxamento e mediocridade; não podemos continuar assim, simplesmente pensar que o fato de sermos honestos, trabalhadores e de uma boa família é o suficiente. 

"Perdão, Senhor, por sermos consagrados, participarmos de grupos de oração, mas a nossa vida não corresponder a tudo isso. Eu me arrependo, diante do Senhor, da minha mediocridade e do meu relaxamento". Este também é um ato de misericórdia.

O tempo urge! Precisamos mudar de vida enquanto há tempo!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

A BÍBLIA É A ÂNCORA DA ESPERANÇA



Às vezes nós parecemos com barcos levados pelos ventos sem destino. Nesta trajetória as tempestades e ventos impetuosos ficam a ponto de nos fazer tombar ou naufragar. E, onde está a nossa âncora?A bíblia nos ensina que temos uma âncora, é preciso estar sempre atentos para usá-la na hora certa, esta âncora é a esperança. É a esperança que nos liga a Cristo, que nos faz aportar em segurança na terra firme. Deus colocou no interior de cada um de nós a capacidade de não se deixar abater pelos problemas, e ao mesmo tempo suportá-los. Este poder é o dom da fé, da esperança, que nos faz crer na bondade e auxílio de Deus em todas as situações. Em Romanos 15,13 esta escrito : “O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo transbordeis de esperança!”. A fé nos faz entender que apesar dos problemas existirem, podemos enfrentá-los e acontecerão tempos melhores. A fé desperta a esperança  
e a esperança é um dos principais ingredientes para não se deixar vencer pelas tribulações. É a ancora da alma.

Meu bom Jesus misericordioso, nós vos pedimos,
que atendei as nossas suplicas.
Especialmente que neste momento afaste toda e qualquer angustia que estiver presente em nossa vida,
vem em nosso socorro, apressa-te em nos defender e sê-nos favorável. Abençoa-nos Senhor, e infunde em nós a tua graça. Amém!


Padre Alberto Gambarini