sábado, 17 de novembro de 2012


EUCARISTIA , COMUNHÃO PLENA NO SENHOR

Quem recebe a Eucaristia, recebe o Corpo do Senhor. É o Senhor permanecendo em nós e nós, n'Ele. Pois quando comungamos é a Pessoa inteira de Jesus que recebemos. É Jesus Cristo Ressuscitado, com Seu Corpo glorioso. Entramos em comunhão com Suas chagas, que foram abertas por nós, para curar nossas feridas e as marcas que o pecado deixou em nós. 

Comungamos o Coração do Senhor, que amou e que ainda ama a cada um de nós: o mesmo Coração que fora perfurado pela lança. O Corpo de Cristo – presente na Eucaristia – vem atingir pessoalmente o nosso ser em todas as suas áreas. 

Quantas pessoas, nos dias de hoje, vivem com depressão, angústias, tensões e insônia. E são dependentes de remédios para dormir e para ter um pouco de tranquilidade por conta disso. Isso tudo é conseqüência do mundo de hoje, da tentação que entra para destruir tudo em nossas vidas. De forma que para suportar a batalha espiritual, na qual estamos envolvidos, precisamos da Eucaristia.

"A minha carne é VERDADEIRA comida e o meu sangue VERDADEIRA bebida. Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e Eu nele" (João 6,56).

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

BUSQUE A VIDA NOVA EM CRISTO

Um dia, Maria Madalena teve coragem de se aproximar de Cristo para ouvi-Lo de perto, dessa forma, experimentou todo o amor e a misericórdia de Deus. Jesus não a reprovou, por isso, ela pôde sentir Sua misericórdia e vislumbrar a possibilidade de ser diferente. Deixou tudo para trás porque viu que Ele era o Messias anunciado pelos profetas desde Moisés. 

Você também tem essa chance. O seu coração sempre buscou isso, mesmo na vida errada que andava vivendo, desde as coisas do sexo às da mentira, falsidade, orgulho, vaidade, corrupção, entre outras. Você tem agora a oportunidade de deixar tudo isso e buscar a vida nova em Cristo! Hoje o Senhor está lhe dando a graça de romper com a mediocridade.

Hoje, Jesus Cristo ressuscitou você em primeiro lugar e lhe deu uma vida nova. Agora é o dia da salvação para você! Hoje é o dia favorável. Decida-se! E a decisão é só sua, ninguém pode decidir por você. 

"Viva Jesus, que não deixa de consolar quem n'Ele confia e espera!" (Padre Pio de Pietrelcina)

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

CRISTO NOS QUER UNIDOS

Queremos que todos deixem o pecado. Queremos que todos os que participam da nossa comunidade, do grupo de oração, das pastorais sejam santos. Não aceitamos que ninguém dê contratestemunho. Mas, sem misericórdia nada vamos conseguir de positivo. Precisamos ser cheios de misericórdia, pois cada um de nós se encontra em processo de conversão. 

É preciso confiar em Deus e acreditar no outro. Como sempre digo: Não podemos excluir nem perder ninguém! O próprio Deus respeita e acompanha o processo duro e demorado da conversão de cada um de nós.

Para conseguirmos vencer os preconceitos e as barreiras que temos em relação aos outros, para termos um coração acolhedor e humilde e para sermos como nossa mãe, a Igreja, necessitamos da Eucaristia. Ela foi instituída para nos unir, por isso, nela precisamos celebrar nossa união. Por essa razão, não podemos celebrar a Eucaristia e alimentar mágoa no coração, porque a Ceia do Senhor é a Ceia do amor e da unidade. Como o próprio Jesus disse – é preciso que deixemos nossa oferta no altar e voltemos para nos reconciliar como nosso irmão. 

Estaríamos nos deformando e dividindo a Igreja de Deus se celebrássemos a Ceia do Senhor, desunidos. Nossos corações precisam estar purificados de toda mágoa, ressentimento e rancor, para que então a Ceia do Senhor seja realmente proveitosa para nossa vida presente e para a eternidade.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

RADICALIDADE

Não corremos atrás de ideias, mas seguimos uma pessoa

A experiência autêntica da fé, posta em luz pela convocação de um ano destinado a fazer crescer nos cristãos a consciência de suas convicções e a testemunhá-las corajosamente, traz consigo consequências a um tempo consoladoras e exigentes. Jesus Cristo não é um escritor de obras famosas, como muitos de todos os tempos, até porque a única vez que o vemos escrevendo foi na areia, no conhecido episódio da mulher adúltera (cf. Jo 8).

O vento apagou logo seus poucos escritos, mas nada apaga o que ele é, tanto que muitos escreveram o que disse e fez para conhecermos a solidez dos ensinamentos (cf. Lc 1,4). Seria muito pouco considerá-lo apenas um mestre, ainda que tenha arrebanhado, atrás de si, discípulos, dentre os quais queremos também ser reconhecidos. Ele é Redentor, Salvador, Filho de Deus! Não corremos atrás de ideias, mas seguimos uma pessoa, nada menos do que o Verbo de Deus feito carne. Diante dele todo joelho se dobre e toda língua proclame que é “o” Senhor (cf. Fl 2,5-11).
Homens e mulheres de todas as raças, povos, línguas e nações (cf. Ap 7,9-10) o seguem e o reconhecem Deus verdadeiro, o Cordeiro que tira o pecado do mundo, aquele que tem a chave para abrir o livro da vida (cf. Ap 5,1-14) de todas as pessoas humanas e da história. Encontrá-lo e aderir a Ele, na fé, dá sentido à existência e possibilita entender os intrincados caminhos da aventura humana nesta terra.Tudo isso é magnífico e ecoa altissonante pelos caminhos da história. No entanto, viver a fé cristã é algo que se expressa na simplicidade do dia a dia, com gestos que podem parecer prosaicos, mas são densos de sentido. Não se trata, em primeiro lugar, de fazer grandes coisas, mas de realizar com alma grande os pequenos gestos. A aventura cristã no mundo é marcada pela radicalidade no seguimento corajoso de Jesus Cristo. Aquele que não se apegou a si mesmo, mas deu tudo, tomando a forma de escravo, tornando-se semelhante ao ser humano (Fl 2,7), pede a resposta e a reciprocidade da entrega de vida de cada cristão. Dizer “eu creio” é povoar o horizonte da existência com gestos que revelem esta radicalidade.
No Evangelho de São Marcos, verdadeiro documento de identidade de Jesus Cristo (cf. Mc 1,1), o leitor é provocado a ir ao encontro do Senhor, para reconhecê-Lo como Filho de Deus. Mas os modelos oferecidos por Jesus surpreendem pela simplicidade e eloquência de seus gestos e atitudes. Um deles é apresentado pela palavra proclamada nas missas do presente final de semana (Mc 12, 38-44). A prática religiosa de muitos, aos quais havia sido confiada justamente a responsabilidade pela orientação do povo, tinha se reduzido à competição, carreirismo, exploração e exterioridades estéreis.

A plebe ignara era relegada à margem, os pobres e tanta gente simples considerados massa sobrante diante dos privilegiados da sociedade e da religião. De repente, vem Jesus Cristo, depois de uma viagem pelas margens do Jordão, Jericó e o deserto de Judá, e entra em sua cidade de Jerusalém, acolhido com hosanas pelo povo. Radicaliza-se o confronto com as autoridades, vistas como figueira que não dá fruto (Mc 11,14), purifica o templo, enfrenta o bombardeio de perguntas que são verdadeiras armadilhas (Mc 12,13-34) e contempla, tranquilo, os gestos das pessoas que fazem suas ofertas.


Uma pessoa chama a atenção e é escolhida como um dos modelos privilegiados, uma pobre viúva que versa no cofre das esmolas apenas duas moedinhas, tudo aquilo que tinha para viver (Mc 12,42-44). Deu mais, porque deu tudo! Jesus tem um modo radicalmente diferente para entender as pessoas e a vida. Acreditar nele é mudar a mentalidade e enxergar o sentido profundo de gestos semelhantes ao da viúva. Provavelmente, só no céu ela soube que sua atitude percorre os séculos e se torna referência para tantas gerações!
O convite da Palavra de Deus nos despoja de falsas pretensões, desejo de publicidade fácil e orgulho estéril. É necessário olhar ao redor para identificar quantas viúvas pobres ou tantas pessoas aparentemente insignificantes, para descobrir os imensos tesouros de generosidade que edificam a vida e a Igreja. Por outro lado, trata-se agora de converter-nos à simplicidade, olhar ao nosso redor para que ninguém passe em vão ao nosso lado, não desperdiçar qualquer oportunidade para fazer o bem. E em relação a Deus, o olhar quase furtivo para o Sacrário, o sinal da Cruz bem feito, as orações mais simples que sabemos, o desabafo da oração espontânea, a renovação espontânea da fé, tudo conta, pois o Senhor acolhe os gestos mais singelos, já que no Céu estão escritos os nossos nomes! (cf. Lc 10,20)
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA