quinta-feira, 25 de outubro de 2012

O ANEL ESPICOPAL


O anel episcopal simboliza o compromisso que o bispo tem de guiar a Igreja, esposa de Jesus Cristo.

O anel episcopal exprime o mistério nupcial de Cristo e da Igreja. O Bispo, imitando Jesus Cristo, era considerado esposo da Igreja a ele confiada. Com o anel, o Bispo é o esposo da Igreja local e é-lhe pedido que seja fiel e puro na fé e na conduta da vida. O Anel Pastoral, co
m ouro e pedras preciosas – normalmente ametista, é também um dos ornamentos obrigatórios dos Bispos cristãos, que o vincula a sucessão apostólica e ao poder sacramental para transmitir as bênçãos e principalmente as ordens sacras.

Beijar o anel Episcopal à mão de um Bispo é o sinal externo e visível do respeito e submissão devotados ao poder clerical. Significa a união do bispo com a Igreja e sua inquebrantável fidelidade.

Por isso que ao venerarmos o nosso bispo, beijamos o seu anel. Em sinal de submissão, respeito, reconhecimento à sua autoridade como pastor das nossas almas, ao poder dado a ele como sucessor dos apóstolos. Saibamos então, que nada é por acaso, essas coisas todas na igreja tem não só um mas vários motivos e um simbolismo muito rico.

Lembre-se, quando ver o seu bispo/ bispo da sua diocese, beije o anel do mesmo.

O ato de beijar a mão continua ainda hoje a ser um gesto de veneração, de respeito e submissão, e ao mesmo tempo, de certa intimidade e afeto. Os filhos costumavam beijar a mão aos seus pais, senão habitualmente, pelo menos, quando se encontravam depois de alguma ausência.

SIGNIFICADO DO BÁCULO




Usado pelos prelados da Igreja Católica, simbolizando o seu papel de pastores do rebanho divino. Com a mitra, constitui uma das principais insígnias dos bispos.

Na liturgia da Missa, apenas Prelados com caráter episcopal (Bispos, Arcebispos, Patriarcas e Cardeais) o podem portar. É usado nas procissões, na leitura do Evangelho e na administração dos Sacramentos, desde qu
e não haja necessidade da imposição das mãos. O Papa no lugar do báculo usa a férula papal , que indica sua jurisdição universal. Os usos na liturgia são os mesmos. Seu formato lembra um báculo de um pastor de ovelhas; Sua cabeça curva serve para puxar a ovelha para junto de seu rebanho e sua extremidade pontuda serve para atacar e ferir o lobo. Assim é o báculo de um Bispo: Como sucessor dos apóstolos, sua função é unir seu rebanho de fiéis e defendê-los do maligno.

O uso do báculo pelos Bispos, significa também o pastor que está à frente de sua Diocese.



CHAPÉU DO BISPO,ARCEBISPO,CARDEAL

Qual o nome daquele ''chapéu'' que o bispo, arcebispo, cardeal e o papa usa? E qual o seu significado?

O nome do aparamento que o bispo usa na cabeça chama-se MITRA.

A mitra é o chapéu tradicional dos Bispos.

A palavra mitra vem do nome de um barrete alto e cônico, fendido nas laterais superiores, com duas faixas que caem sobre as espáduas. Foi usada nas antigas culturas persa, egípcia e assíria. Hoje ela é usada pelos bispos e outros dignitários da Igreja, em determinados atos litúrgicos.

O primeiro responsável e representante jurídico da Mitra é sempre o ordinário do Lugar, que pode ser o bispo diocesano ou outro eclesiástico com poder ordinário, que poderá delegar poderes atinentes.

A mitra é, apesar de seus muitos tipos e complexo cerimonial, é uma insígnia de significado muito simples: autoridade. Não poder temporal, mas autoridade pastoral. Se o báculo representa a missão do bispo de pastorear o povo, a mitra representa a autoridade que lhe foi dada para desempenho deste ministério.
Assim, o uso da mitra nas celebrações, não apenas na catedral, mas também ao visitar cada uma das paróquias, é de grande proveito pastoral. Primeiro porque embeleza e enriquece a liturgia, tornando mais próxima dos fiéis a glória celeste; depois por que faz com que o bispo seja visto como Sumo-Sacerdote, uma distinção clara, que até aos menos esclarecidos faz entender o caráter distinto do bispo em relação aos seus presbíteros.

O Papa, como Bispo de Roma, usa a Mitra em algumas cerimônias. Portanto, a Mitra era o sinal do poder sacerdotal pleno do Papa, como Bispo de Roma. Foi Inocêncio III que começou a usar a Tiara para indicar o poder temporal do Papa.

A Tiara -- também chamada de Regnum -- é uma coroa tríplice que os papas usavam para indicar a Unidade da Igreja e a suprema suserania do Papa sobre toda a Cristandade, isto é, de que o Papa era Soberano Universal da Igreja Una, Soberano dos Estados Pontifícios, e Bispo de Roma.

Esses títulos foram sendo acumulados aos poucos.

Desde sempre, começando com o próprio São Pedro, o Papa foi Bispo de Roma

Com o fim do Império Romano (476 D.C.), o Papa foi a única autoridade restante na Itália, o que o obrigou a exercer autoridade governativa, para impor ordem, mesmo material, nas terras italianas assoladas pelas invasões dos bárbaros germanos.

No fim do século VIII, Pepino, o Breve, e depois, no ano 800, Carlos Magno, depois de vencerem os Lombardos que ameaçavam o Papa, confirmaram a soberania do Papa sobre as terras do centro da Itália, em torno de Roma, reconhecendo o Reino do Papa, os Estados Pontifícios.

Finalmente, Bonifácio VIII, instituiu a terceira coroa da Tiara, como sinal da suprema suserania do Papa sobre todos os Reis da terra. Isso foi em 1299.

Stefaneschi definiu a Tiara como unindo a figura da esfera e do côvado.

A circunferência da base seria o símbolo do poder papal sobre o globo terrestre, enquanto a altura dela, medindo um côvado, simbolizaria a Igreja como a realização da Arca de Noé cujas medidas eram fundadas no côvado.

E assim como a arca de Noé salvou os homens que nela estavam perecendo todos os demais, assim também os que estão fora da igreja perecem.

Por isso, num cerimonial de coroação do papa no século XVI se lê que o Cardeal Diácono, ao impor a Tiara na cabeça de um novo Papa diz:

“Recebe a Tiara ornada com três coroas e saiba que Tu és o Pai dos Príncipes e dos Reis, o reitor do Universo, o Vigário do Salvador, Nosso Senhor Jesus Cristo na terra”.

O SOLIDÉU


(em latim Pileolus) é um pequeno barrete usado na cabeça por clérigos da Igreja Católica , semelhante à quipá. Seu nome provém do latim soli Deo, "somente para Deus"
Solidéu branco usado pelos Papas.
Na Igreja Católica o solidéu foi adotado inicialmente por razões práticas — para manter a parte tonsurada da cabeça aquecida em igrejas frias ou úmidas — e sobreviveu como um item tradic

ional do vestuário clerical. Ele consiste de oito partes costuradas, com um pequeno talo no topo.
Todos os membros ordenados da Igreja Católica podem usar o solidéu.
Como grande parte da indumentária eclesiástica, a cor do solidéu denota o grau hierárquico de quem o usa.
Segue as cores:

Branca - Papa
vermelha- Cardeais
violácea- Bispos e Arcebispos
preta- Padres e Diáconos
Marrom - Religiosos(frades)

CREIO NA SANTA IGREJA

Não cremos em coisas, cremos em pessoas

O Ano da Fé nos introduz num campo muito interior do nosso eu. Dar crédito, sobretudo no âmbito religioso, é  aninhar no centro do coração proposições impossíveis de verificar pela experiência cotidiana. (P. ex. que Jesus é o Filho de Deus). São acolhidas em plena liberdade, pois a inteligência reconhece a razoabilidade dos artigos em questão. 
Nós cristãos, mesmo em temas de grande importância, podemos ter uma grande margem de opiniões, que não exigem adesões de fé. Por exemplo, nós devemos ter firme fé que Jesus ressuscitou. Mas temos um largo campo de opiniões, para explicar como se realizou tal fenômeno.
Aceitar Jesus Cristo é o ponto fulcral, que o Espírito nos concede. Por tal graça, aceitamos na paz tranqüila da alma, as verdades que a mãe Igreja propõe a seus filhos. No Credo nós não criamos uma lista de verdades, segundo o nosso desejo pessoal. Mas aceitamos, de coração, tudo aquilo que a comunidade católica professa em público. São Paulo preceitua que entre nós deve haver “um só Senhor, uma só fé, um só batismo” (Ef. 4,5). Não é possível livrar o coração de dúvidas. Nas verdades essenciais devemos aplicar-nos a um diligente estudo, para reduzir ao mínimo nossas vacilações interiores.
Desde os primeiros séculos do cristianismo, foram elaborados “símbolos” da fé. Estes não contém a totalidade de tudo o que devemos crer. Mas nos levam a ter um coração dócil, para ultrapassar caprichos, e deixar de afagar opiniões de pura auto-afirmação. Não caiamos na teimosia de cultivar artigos de fé inexistentes, ou de rechaçar verdades eternas. Isso poderia nos levar a cair na repreensão do salmista que diz: “Para os ímpios não há conversão” (Sl. 119,155).
Mas professemos de coração o que proclamamos no credo:“Creio na Santa Igreja Católica”. Entretanto devemos saber fazer uma distinção. No símbolo da fé não manifestamos crença em coisas. Cremos só em pessoas. E como fica então isso de crer na Igreja? É que no Credo, antes de manifestar a nossa firme caminhada com a Igreja de Cristo, nós exclamamos “creio no Espírito Santo”. É Nele que nós cremos quando dirige a Igreja Católica, quando estabelece a comunhão entre os Santos, quando nos garante participar da vida eterna.
Dom Aloísio Roque Oppermann scj

SANTO ANTONIO DE SANT ANNA GALVÃO

Conhecido como "o homem da paz e da caridade", Antônio de Sant'Anna Galvão nasceu no dia 10 de maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá (SP). 

Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal, e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. 

O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia, a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas. 

Em 1760, ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo. 

Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição. 

Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento". 

Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis. 

Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória:"Aqui jaz Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822". Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado. 

Frei Galvão é o religioso cujo coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: "O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades". 

O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.
Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, rogai por nós!

O QUE FAZER QUANDO SURGE UM DESAFIO


O grande desafio para cada um de nós neste começo de semana é: “Pensar a verdade no nosso íntimo” (Sl 14) e ser, quando estamos sozinhos, a mesma coisa quando estamos com as pessoas. Para isso, constantemente, precisaremos nos vigiar em cada atitude e diante de cada pensamento e nos perguntar: “Se eu estivesse com alguém teria a coragem de realizar esta ação? Se eu estivesse na frente de tal pessoa, eu falaria isso?”

Precisamos ser honestos com nós mesmos para que a luz de Cristo brilhe em nós e todos os que virem nossas obras deem glória a Deus.

Vamos hoje nos exercitar em pensar a verdade no nosso íntimo e ser quem somos sozinhos ou acompanhados?

Senhor, dá-nos a graça de sermos luz no nosso ambiente de trabalho, na nossa casa e por onde passarmos.

Jesus, eu confio em Vós


Luzia Santiago

O QUE SIGNIFICA SERVIR ?

Quem ama dá a vida pelos seus irmãos! O primeiro a dar esta prova de amor a todos nós foi Jesus. Essa atitude de dar a vida, que Jesus nos pede, se realiza no dia a dia, por meio dos pequenos gestos, procurando nos colocar a serviço dos irmãos.

A grande iniciativa está no exemplo que Jesus nos dá na Última Ceia, na qual lavou os pés dos discípulos "para que, como eu vos fiz, também vós façais".

Servir significa tornar-se "Eucaristia" para os outros, partilhar de suas alegrias, sonhos, dores e tristezas. É colocar em prática a Palavra de Romanos 12,15: "Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram".

Dar a vida pelo outro é buscar fazer a todos aquilo que gostaria que fizessem a mim. Assim, estaremos realizando o Evangelho de Jesus em 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

ARIDEZ ESPIRITUAL

A vida espiritual também é permeada por tempos de aridez, falta de gosto pelas coisas de Deus, solidão, desânimo... Nesses períodos, somos privados das consolações sensíveis e espirituais. Isso, mesmo que nós não entendamos, favorece nosso crescimento na vida de oração e na prática das virtudes. Apesar de muitos esforços, de disciplina na vida espiritual a pessoa, ao passar por esses momentos de deserto, não sente gosto na oração; ao contrário, experimenta-se nela o cansaço, o desânimo, a ausência da presença de Deus, como se Ele tivesse se esquecido de nós e o tempo parece que não tem fim. Poderíamos dizer que a fé e a esperança estão adormecidas. A alma parece envolta numa espécie de torpor. É um tempo penoso em que não se experimenta a alegria. 

Esse período de aridez nos ajuda a nos desprendermos de tudo o que não proclama o senhorio de Jesus em nossas vidas, nos ensina e nos educa a buscar a Deus por aquilo que Ele é e não por aquilo que Ele pode nos oferecer. Ajuda-nos a viver o abandono em Deus. Elizabete da Trindade, grande mística carmelita, dizia: "É preciso deixar tudo para abraçar aquele que é Tudo". A aridez espiritual ajuda na conquista da humildade, nos faz entender que tudo vem de Deus e em tudo dependemos d'Ele. O amor de Deus para conosco é puramente gratuidade. Esse tempo penoso nos faz compreender que Ele é o Senhor dos dons e os distribui segundo a maneira que lhe apraz. Não somos nós que devemos ditar as ordens para Deus, Ele é o Senhor, Ele é Deus, Ele é livre e nós somos os seus servos. Assim Deus nos purifica; sofre-se muito, mas este é um sofrimento redentor. 

Aprendemos a servir a Deus sem gosto para fazê-lo. Aprendemos a buscá-Lo em todos os momentos. Aprendemos que nossos olhos devem estar fixos n'Ele. Assim, o Senhor robustece a nossa fé, nos impele a não desistir na busca da prática do bem e ensina-nos o caminho da constância como ocorreu com Santa Teresa d'Ávila, que durante anos teve dúvidas da presença de Jesus na Eucaristia, mas nem por isso deixou de fazer a Adoração Eucarística.

É por meio desse exercício que se fortifica a virtude. Costumo dizer para os meus filhos na Canção Nova: "10% é de inspiração e 90% de transpiração".

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova