domingo, 21 de outubro de 2012


CRIE CALOS NOS JOELHOS !

Corinto era uma cidade portuária do Império Romano. Na movimentação de marinheiros, a prostituição era uma coisa terrível. Havia bebidas alucinantes que equivaliam às drogas de hoje. 

Se Deus disse para Paulo não temer é porque ela estava cheio de medo (cf. Atos 18,9ss). Já fazia bastante tempo que o apóstolo era pregador, e Jesus teve de dizer a ele: "Fala e não te cales, porque Eu estou contigo. Ninguém se aproximará de ti para te fazer mal, pois tenho um numeroso povo nesta cidade".

Paulo usa muitos dons, como o de profecia, ciência, milagre e até ressurreição Deus concedeu que ele realizasse. Tudo era uma demonstração do poder de Deus. Ele pregava em cima dos dons. Era esse o método dele. Mas quando chegou a Corinto estava cheio de medo.

E se você não pode ou não consegue falar, reze! Crie calos nos joelhos se for preciso. Vá fazer adoração a Jesus Eucarístico, reze em línguas. Mas não desista!

"Um bom cristão não é quem nada faz de mau, mas quem fez muitas coisas boas" (Santo Agostinho).

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

NÃO CAIA NO DESÂNIMO

Nosso modelo de fortaleza é Cristo

Ser fortes de ânimo ajuda a suportar as dificuldades e superar nossos limites. Para os cristãos, Cristo é o exemplo para viver uma virtude que abre a porta a muitas outras.“Através das dificuldades, às estrelas”. Esta conhecida frase de Sêneca expressa de modo gráfico a experiência humana de que, para conseguir o melhor, há que se esforçar, de que “o que vale, custa”, de que é preciso lutar para vencer os obstáculos e arestas que nunca deixam de se apresentar ao longo da vida, para poder alcançar os bens mais altos.
Muitas peças literárias de diversas culturas exaltam a figura do herói, que encarna de algum modo aquelas palavras da sabedoria latina, que qualquer pessoa desejaria também para si: nil difficile volenti, nada é difícil para aquele que quer.
Assim pois, no nível humano, a fortaleza é valorizada e admirada. Essa virtude, que anda de mãos dadas com a capacidade de sacrificar-se, tinha entre os antigos um perfil bem definido. O pensamento grego considerava a “andreia” como uma das virtudes cardeais, que modera os sentimentos de combate próprios do apetite irascível, e assim dá vigor ao homem para buscar o bem, mesmo que seja difícil e árduo, sem que o medo o detenha.
Pertence também à experiência humana a constatação da debilidade de nossa condição, que constitui, em certo sentido, a outra face da moeda da virtude da fortaleza. Muitas vezes temos de reconhecer que não fomos capazes de realizar tarefas que teoricamente estavam ao nosso alcance.
Dentro de nós encontramos a tendência a nos acomodar, a sermos condescendentes conosco, a renunciar ao que é trabalhoso pelo esforço que comporta. Em outras palavras, a natureza humana, criada por Deus para o cume porém ferida pelo pecado, é capaz de grandes sacrifícios ao mesmo tempo que de grandes transigências.
A Revelação cristã oferece uma resposta cheia de sentido a essa condição paradoxal da qual trata nossa existência. De um lado, assume os valores próprios da virtude humana da fortaleza, que é louvada em numerosas ocasiões na Bíblia. Já na literatura sapiencial se fazia eco dela, ao dar a entender, sob a forma de uma pergunta retórica no livro de Jó, que a vida do homem sobre a terra é uma luta (Jó 7, 1).Com frase em certo sentido misteriosa, Jesus disse, falando do Reino de Deus, que o alcançam os que se fazem violência: violenti rapiunt (Mt 11,12). Esta ideia ficou plasmada na iconografia medieval, como acontece por exemplo na capela de todos os santos de Regensburg, onde a imagem que representa a fortaleza luta contra um leão.
Ao mesmo tempo, são numerosos os textos da Escritura que sublinham como as diversas manifestações de um comportamento forte (paciência, perseverança, magnanimidade, audácia, firmeza, franqueza, e inclusive a disposição de dar a vida) provém e só podem ser mantidas se estão ancoradas em Deus: “quia tu es fortitudo mea”, por que Tu és minha fortaleza(cf Sl 71, 3). Em outras palavras, a experiência cristã ensina que “toda a nossa fortaleza é emprestada”(São Josemaria, Caminho, n. 728.).São Paulo expressa de modo certeiro este paradoxo, no qual se entrelaçam os aspectos humanos e sobrenaturais da virtude: “quando estou fraco, então é que sou forte”, já que, como assegurou o Senhor: “sufficit tibi gratia mea, nam virtus in infirmitate perficitur, basta-te minha graça, por que é na fraqueza que se revela a minha força” (2 Cor 12, 9-10).
O modelo e fonte da fortaleza para o cristão é portanto o próprio Cristo, que não só oferece com suas ações um exemplo constante que chega ao extremo de dar a própria vida por amor aos homens (Jo 13, 15 e 15, 13.), mas que além disso afirma: “sem mim nada podeis fazer” (Jo 5, 5).
Assim, a fortaleza cristã torna possível o seguimento de Cristo, um dia após o outro, sem que o temor, o prolongamento do esforço, os sofrimentos físicos ou morais, os perigos, obscureçam no cristão a percepção de que a verdadeira felicidade está em seguir a vontade de Deus, ou o afastem dela. A advertência de Jesus Cristo é clara: “Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus” (Jo 16, 2).
Desde o começo os cristãos consideraram uma honra sofrer o martírio, pois reconheciam que os levavam a uma plena identificação com Cristo. A Igreja manteve ao longo da história uma tradição de particular veneração pelos mártires, que por especial disposição da Providência derramaram seu sangue para proclamar sua adesão a Jesus, oferecendo assim o maior exemplo não só de fortaleza, mas também de testemunho cristão (Catecismo da Igreja Católica, n. 2473). 
Mesmo que não tenham faltado em cada época histórica, incluída a nossa, essas testemunhas do Evangelho, o fato é que, na vida corrente na qual a maior parte dos cristãos se encontra, dificilmente chegaremos a essas condições.
Não obstante, como recordava Bento XVI, há também um“martírio da vida cotidiana”, de cujo testemunho o mundo de hoje está especialmente necessitado: “o testemunho silencioso e heroico de tantos cristãos que vivem o Evangelho sem compromissos, cumprindo seu dever e dedicando-se generosamente ao serviço aos pobres”.
Neste sentido, o olhar se dirige à Santa Maria, pois Ela esteve ao pé da Cruz de seu Filho, dando exemplo de extraordinária fortaleza sem padecer a morte física, de modo que pode dizer-se que foi mártir sem morrer, segundo o teor de uma antiga oração litúrgica. “Admira a firmeza de Santa Maria: ao pé da cruz, com a maior dor humana – não há dor como a sua dor -, cheia de fortaleza.- E pede-lhe dessa firmeza, para que saibas também estar junto da Cruz. (São Josemaria, Caminho, n. 508).
Santi S. 

DEUS SEMPRE TEM ALGO NOVO PARA FAZER EM NÓS


Deus sempre tem algo novo para fazer em nós!

Ele sempre coloca alguém em a nossa frente, para trabalhar o que está ferido em nós.

Muitas vezes vivemos tão agitados que deixamos de perceber os cuidados e os carinhos do outro para conosco. Acabamos deixando passar despercebido um elogio, um ato de amor, uma gentileza por causa do nosso ativismo.

Muitas vezes nós deixamos a graça de Deus passar despercebido em nossa vida, não deixando, nem assumindo a graça que nos foi concedida pelo amor de Deus.

A leitura de hoje mostra esta riqueza Efésios: 1,11b-14:
”Nós fomos predestinados a ser, para o louvor de sua glória, os que de antemão puseram a sua esperança em Cristo. Nele também vós ouvistes a palavra da verdade, o evangelho que vos salva. Nele, ainda, acreditastes e fostes marcados com o selo do Espírito prometido, o Espírito Santo, o que é o penhor da nossa herança para a redenção do povo que ele adquiriu, para o louvor da sua glória.”
Precisamos assumir a graça da predileção, que é um ato de amor gratuito de Deus para conosco.

Deus quer te curar em sua totalidade assim como nos ensina São Paulo em sua primeira Carta aos Tessalonicenses 5,23 dizendo:
“Que o próprio Deus da paz vos santifique inteiramente, e que todo o vosso ser — o espírito, a alma e o corpo — seja guardado irrepreensível para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo!” 
Precisamos cuidar da nossa alma tanto quanto do corpo e do nosso corpo como a nossa alma. Neste acampamento, iremos falar sobre alguns os bloqueios que nós trazemos em nosso coração:
O Primeiro bloqueio para a cura é a falta de perdão e reconciliação para consigo mesmo e com a própria história.
Segundo: a falta de arrependimento.
Terceiro: precisamos assumir as nossas próprias culpas e buscar a cura. Aprender que atualizar a vida é arrancar as culpas.
Quarto: o Medo que que não nos deixa crescer.
E por fim a falta de educação religiosa maus ensinamentos, costumes e influências.
Padre Vagner Baia 

O PIOR MAL SE CHAMA PECADO


Tirando-se o pecado, tira-se a morte eterna

Não sei se você já notou, mas o primeiro sacramento que Jesus instituiu, após a Sua Ressurreição, no mesmo dia desta, foi o da confissão (cf. Jo 20,22). “Como o Pai me enviou, eu vos envio a vós. Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes ser-lhes-ão retidos” (cf. Jo 20, 22-23).

Isso mostra que Jesus estava desejoso de distribuir o “remédio” que a humanidade precisava; o perdão dos pecados para ser feliz. Tirando-se  ele, tira-se a morte eterna (cf. Rm 6,23). O Catecismo da Igreja nos mostra toda a gravidade do pecado: “Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave do que o pecado e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro” (§ 1488).

Por outro lado, o Catecismo afirma que ele é uma realidade: “O pecado está presente na história dos homens; seria inútil tentar ignorá-lo ou dar a esta realidade obscura outros nomes” (CIC §386). O Catecismo diz com toda a clareza: “A morte corporal, à qual o homem teria sido subtraído se não tivesse pecado (GS,18), é assim o último inimigo do homem a ser vencido” (1Cor 15, 26).

Santo Agostinho dizia: “É desígnio de Deus que toda alma desregrada seja para si mesma o seu castigo". "O homem se faz réu do pecado no mesmo momento em que se decide a cometê-lo.” Sintetizava tudo dizendo que “pecar é destruir o próprio ser e caminhar para o nada.” 
Ele dizia de si mesmo nas confissões: “Eu pecava, porque em vez de procurar em Deus os prazeres, as grandezas e as verdades, procurava-os nas Suas criaturas: em mim e nos outros; por isso precipitava-me na dor, na confusão e no erro.”

O demônio escraviza a humanidade com a corrente do pecado. Jesus veio exatamente para quebrar essa corrente. São João deixa bem claro na sua carta: “Sabeis que Ele se manifestou para tirar os pecados” (1Jo 3,5). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou, para destruir as obras do diabo” (1 Jo 3,8). 
Essa “obra do diabo” é exatamente o pecado. Podemos, agora, viver uma nova vida. É o que São Paulo ensina na Carta aos Colossenses: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Col 3,1).

Aos romanos ele garante: <i>“Já não pesa mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. A lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te libertou da lei do pecado e da morte” (Rom 8,1).</i>

Aos gálatas, o apóstolo diz:<i> “É para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei firmes, portanto, e não vos deixeis prender de novo ao jugo da escravidão” </i>(Gal 5,1). Santa Catarina de Sena ensina: “Tão grande é a liberdade humana, de tal modo ficou fortalecida pelo precioso Sangue de Cristo, que demônio ou criatura alguma pode obrigar alguém à menor culpa, contra o seu parecer. Acabou-se a escravidão, o homem ficou livre”. 


Assim como a missão de Cristo foi libertar o homem do pecado, a missão da Igreja, que é o Seu Corpo místico, a Sua continuação na história, é também a de libertar a humanidade do pecado e levá-la à santificação. Fora disso, a Igreja se esvazia e não cumpre a missão dada pelo Senhor. A palavra "Jesus" quer dizer, em hebraico, “Deus salva”. Ele salva dos pecados e da morte. Na Anunciação, o anjo disse a Maria: "… lhe porás o nome de Jesus" (Lc 1, 31).

A José, o mesmo anjo disse: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”. (Mt 1,21). A salvação se dá pelo perdão dos pecados; e já que “só Deus pode perdoar os pecados” (Mc 2,7), Ele enviou o Seu Filho para salvar o Seu povo dos seus pecados. “Foi Ele que nos amou e enviou-nos seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados”  (1Jo 4,10).
“Este apareceu para tirar os pecados “ (1Jo 3,5).
Felipe Aquino