segunda-feira, 8 de outubro de 2012

DEVEMOS CONTINUAR FIRMES NO CAMINHO DA SANTIDADE !


A santificação consiste em cada cristão se transformar numa cópia viva de Jesus, “um outro cristo” como diziam os santos Padres.
Quando a imagem de Jesus estiver formada em nossa alma, então teremos chegado à meta que Deus nos propõe. É aquele estado de vida que levou, por exemplo, São Paulo a exclamar: “Eu vivo, mas já não sou mais eu, é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus” (Gal 2,20).
Somos todos chamados por Deus à santidade.
Mas não basta dizer isto às pessoas; é preciso indicar-lhes o caminho para atingi-la.
Neste livro você encontrará os meios de santificação que Cristo nos deixou através da Igreja, e que formaram muitos santos e santas.
“A santidade é a plenitude da vida. Ela é a força mais poderosa para levar a Cristo, os corações dos homens”. (João Paulo II)
“Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor.” (Heb 12,14)
“Sede santos, porque Eu Sou Santo!” (Lev 11,15)
Trecho livro Felipe Aquino ( Sede Santos !)

TUDO PARA A GLÓRIA DE DEUS

Como fazer a vontade de Deus no trabalho?

A profissão de cada um é um meio para se fazer a vontade de Deus no dia a dia. Viver mal a profissão, trabalhar mal, sem competência e bom desempenho é uma forma de desobedecer à vontade de Deus. O trabalho foi colocado em nossa vida, por Deus, como “um meio de santificação”. Depois que o homem pecou no paraíso e perdeu o “estado de justiça” e “santidade” originais, Deus Pai fez do trabalho um meio de redenção para o homem.

“Porque escutaste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te proibira de comer, maldito é o solo por causa de ti. Com sofrimentos dele te nutrirás todos os dias de tua vida. Ele produzirá para ti espinhos e cardos e comerás a erva dos campos. Com suor do teu rosto comerás teu pão até que retornes ao solo, pois dele foste tirado” (Gen 3,17-19).Mais do que um castigo para o homem, o trabalho foi inserido na sua vida para a sua redenção. Por causa do pecado ele agora é acompanhado do “suor”, mas este sofrimento Deus o fez matéria-prima de salvação.

Sem o trabalho do homem não há o pão e o vinho que, na Mesa Eucarística, se transformam no Corpo e no Sangue de Cristo. Sem o trabalho do homem não teríamos o pão de cada dia na mesa, a roupa, a casa, o transporte, o remédio, a cultura, entre outros. Tudo que chega a nós é fruto do trabalho de alguém; é por isso que o labor é santo e nos santifica quando realizado com fé, conforme a vontade de Deus.

São Josemaría Escrivá, fundador do Opus Dei, durante a celebração de uma Santa Missa, no campus da grande universidade de Navarra, na Espanha, fez uma histórica homilia, como título “Amar o Mundo Apaixonadamente”. Ele fundou a prelazia para difundir a santidade no trabalho profissional e nas atividades diárias. Na homilia, ele falava da necessidade de “materializar a vida espiritual”. O objetivo era combater a perigosa tentação do cristão de “levar uma espécie de vida dupla: a vida interior, a vida de relação com Deus, por um lado; e, por outro, diferente e separada, a vida familiar, profissional e social, cheia de pequenaSanto Escrivá, um santo dos nossos dias, canonizado em 2002 por João Paulo II, olhava a vida com grande otimismo e considerava o trabalho e as relações humanas com alegria e dizia que: “O mundo não é ruim, porque saiu das mãos de Deus”. “Qualquer modo de evasão das honestas realidades diárias é para os homens e mulheres do mundo coisa oposta à vontade de Deus”. 

Na verdade, somente com essa ótica podemos entender plenamente o mundo com os olhos de Deus. Nem o marxismo cultural, materialista e ateu, nem o consumismo desenfreado de nossos dias, nem o hedonismo, que busca o prazer como fim, podem dar ao homem moderno a felicidade e a verdadeira paz. 

Qualquer que seja o trabalho, sendo honesto, é belo aos olhos de Deus Pai, porque com ele estamos “cooperando com Deus na obra da criação”. Não importa se o trabalho consiste nos simples afazeres de uma doméstica ou nas complicadas tarefas de um cirurgião que salva uma vida, tudo é importante diante do Senhor. O que mais importa é a intensidade do amor com que cada trabalho é realizado. Ele se tornará eterno na vida futura.

São Josemaría Escrivá falava da necessidade de o Cristianismo ser encarnado na vida cotidiana. “Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para os homens. Sabeis que recebereis como recompensa a herança das mãos do Senhor. Servi ao Senhor Jesus Cristo” (Col 3,13).

Tudo o que fazemos deve ser feito “para o Senhor”. Não importa o que seja, se é grande ou pequeno, deve ser feito tendo o Senhor como o “Patrão”. Se você é lavadeira, então lave cada camisa ou cada calça como se o próprio Jesus fosse vesti-las. Se você cozinha, faça a comida como se o Senhor fosse comê-la. Se você é um pintor de paredes, pinte a casa como se ela fosse a morada do Senhor. Se você varre a rua, limpe-a como se o Senhor fosse passar por ela… Se você é um aluno, estude a lição como se o professor fosse o Senhor Deus.

É isso que São Paulo quer nos ensinar quando diz que “tudo deve ser feito de bom coração, como para o Senhor, e não para os homens”. É claro que com essa “nova ótica”, você vai trabalhar da melhor maneira possível, com todo o talento, cuidado, dedicação, competência, honestidade, pontualidade… perfeição, porque o fará para Deus. Isso santifica. Isso muda a nossa vida; e é a vontade de Deus. Isso o fará feliz. Quando trabalhamos assim, toda a vida se torna “sagrada”, pois é vivida plenamente para Deus. 

É importante também notar o que São Paulo diz a seguir: “Sabeis que recebereis como recompensa a herança das mãos do Senhor”. Que “herança” é essa? É a vida eterna, o céu, o prêmio, por você ter sido “fiel no pouco”. Isso mostra que cada minuto do nosso labor aqui na terra, vivido por amor a Deus, com “reta intenção” de agradá-Lo, se transforma em semente de eternidade.s realidades terrenas”.
Felipe Aquino

DEUS CURA POR AMOR

A Bíblia é uma Boa Nova. No dia de hoje, temos algumas de suas promessas. Isaías, quando fala da era futura messiânica, das regiões desérticas que serão frutíferas, está falando de cura.
Aqueles que são fracos terão saúde. Os surdos passarão a ouvir, os mudos passarão a falar, os paralíticos andarão. Poesia linda! Mas é somente poesia? Tenho certeza que as pessoas sofredoras olham para essas palavras e só veem poesias, porque a leem e continuam doentes. 
Quando Jesus curava alguém, normalmente acrescentava algo muito importante: “O Reino de Deus está entre vós”, porque estar curado fisicamente e parar por aí não é o suficiente. Há muitas pessoas fortes, mas, ainda sim, são cheias de tristezas, de ansiedades. Portanto, não é suficiente ser forte. Há muitas pessoas cheias de fortaleza que cometem suicídio. 
Há pessoas que, externamente, parecem felizes, mas, internamente, são muito infelizes.
A verdadeira cura é encontrar-se com Jesus. Se você não se encontrar com Ele, não estará curado. Toda cura, afinal de contas, é parcial, temporária. Se somos curados, não temos garantia de que não vamos ficar enfermo novamente. Onde estão as pessoas curadas por Jesus no Evangelho? Morreram. Mais tarde, foram acometidas de outras enfermidades, afinal não fomos criados para este mundo.
Toda cura é temporária; o que não é temporário é o seguimento de Jesus, porque estamos nos direcionando a nos encontrarmos com Ele no Paraíso. 
É importante ter em mente que o Senhor quer sempre a nossa cooperação. Muitas vezes, nossa oração é “Jesus, cure-me”, “Jesus, liberte-me, proteja-me”. Mas e nós? O que vamos fazer? Nunca perguntamos: “Jesus, o que o Senhor espera de mim?”. Precisamos fazer a nossa parte.
Lembre-se que quando Jesus ressuscitou Lázaro da morte. Aqui, temos três estágios desse milagre:
O primeiro é quando o Senhor diz aos homens: “Tirai a pedra do túmulo”. Por que Ele mesmo não fez isso? Porque aqueles homens podiam fazer isso. E o que você pode fazer, o Senhor não fará em seu lugar?
Muitas vezes, a cura não acontece, porque uma parcela da cura, que é nossa, nós não a fazemos. Se não fazemos aquilo que precisa ser feito, Deus também para, porque precisa haver cooperação entre Ele e o homem.
Há um segundo passo, no qual o homem não pode ajudar. O texto diz que Jesus entra no túmulo, mas não pede que ninguém entre com Ele, porque ali o homem não poderia ajudá-Lo. Na ressurreição, homem nenhum poderia ajudá-Lo.
Na terceira parte, Lázaro, quando vem para fora, está todo enrolado em faixas. Por que Jesus não ordenou que aquelas faixas caíssem? Porque a Palavra de Deus é viva, ela realiza aquilo para qual ela foi dita. Por que Lázaro ficou, então, enfaixado? Porque ali haviam pessoas que poderiam fazer isso. Se aqueles homens não obedecessem, Lázaro morreria novamente, amarrado nas bandagens. Então, você percebe que se o homem não coopera, a ação de Deus pode ser destruída.
É bom que você venha diante de Deus e Lhe peça a cura, mas isso não é suficiente. É preciso que você Lhe pergunte: “qual é a minha parte? O que o Senhor quer que eu faça?
É essencial voltar-se para Ele é Lhe perguntar: “O que devo fazer?” Se você tem câncer, depressão, vícios, apego ao dinheiro e quer ser curado, a primeira coisa a ser feita é perguntar: “Senhor, o que quer que eu faça?”. O Senhor vai agir em sua pequena parcela de colaboração. 
Precisamos também ter em mente que a cura acontece dentro de uma atmosfera de amor, pois é o amor que verdadeiramente cura, mais até que a fé.
Frei Elias Vella 

TESTEMUNHAR A FÉ

Ela nos reveste da graça de Deus

Quem é que nunca passou por tribulações e perseguições e diante destas realidades teve sua fé balanceada? Se você não passou por estes momentos prepare seu coração e sua alma, pois não há como fugir, mais cedo ou mais tarde eles virão. Porém,embora passemos por tribulações em nossa vida, estes são os momentos propícios para colocarmos nossa fé em prática.

Colocar a fé em prática, refire-se ao testemunho de vivência do Evangelho que cada um de nos precisamos oferecer ao mundo. E ao longo do nosso dia temos muitas oportunidades de vivermos conforme a vontade de Deus, quer seja mediante uma injustiça, traição, perseguição, se colocamos nossa fé em Cristo Jesus, nada será capaz de nos abalar. É engano pensarmos que existe um cristianismo sem o caminho da cruz. 
Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.” (Mt 16,24). Aqueles cristãos que possuem a consciência na fé que a dor faz parte da vida humana saberá enfrentar os sofrimentos e ao mesmo tempo serem felizes.

Estamos a poucos dias do início do Ano da Fé – dia 11 de outubro, proclamado pelo Papa Bento XVI, com esta motivação, nosso querido Papa deseja que nossa fé seja embasada e firme em Cristo, aquele que morreu, ressuscitou e esta em meio a nós. Afirma o Santo Padre na Carta Apostólica Porta Fidei: “A renovação da Igreja realiza-se também através do testemunho prestado pela vida dos crentes: de facto, os cristãos são chamados a fazer brilhar, com a sua própria vida no mundo, a Palavra de verdade que o Senhor Jesus nos deixou.” “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11, 6).

Não percamos a oportunidade de em cada situação adversa testemunhar nossa fé. As graças de Deus para nós neste tempo é que vivamos com esperança. Esperança que nasce da certeza da fé. A fé nos reveste da graça de Deus. A fé vivenciada nas dificuldades nos fortalece a não ficarmos centrados em nós mesmos, mas buscarmos o Senhor. 

Sejamos humildes em reconhecermos que não temos capacidade de resolver nenhum problema sozinhos. Mas com o Senhor tudo podemos. Desta forma, que ao longo da nossa jornada e principalmente neste Ano da Fé, possamos ser animadores uns dos outros, por meio do nosso testemun
ho de fé.
Adailton Batista