terça-feira, 2 de outubro de 2012

CONSAGRAÇÃO AO ANJO DA GUARDA



"Santo Anjo da guarda, que me foste concedido desde o início da minha vida, como protetor e companheiro, quero eu (diga seu nome), pobre pecador, consagrar-me hoje a Vós, diante de meu Senhor e DEUS, de Maria, minha Mãe celestial e de todos os Anjos e Santos.
Quero-Vos dar a minha mão e nunca mais a desprender da Vossa.
Com a minha mão na Vossa, prometo ser sempre fiel e obediente ao meu Senhor e DEUS e à Santa Igreja.
Com a minha mão na Vossa, prometo confessar sempre Maria como minha Rainha e Mãe e fazer da sua vida um modelo da minha.
Com a minha mão na Vossa, prometo confessar a minha Fé em Vós, meu santo protetor, e promover zelosamente a veneração dos santos Anjos, como proteção e auxílio especial, de modo particular, nestes dias de luta espiritual pelo Reino de DEUS.
Suplico-te, santo Anjo do Senhor, toda a força do Amor (Ágape), para que seja inflamado, todo o vigor da Fé, para que nunca mais vacile.
Suplico-Vos, que a tua mão me defenda contra os ataques do inimigo.
Suplico-Vos a graça da humildade de Nossa Senhora, para que seja preservado de todos os perigos e, guiado por Vós, chegue à Pátria celestial. Amém".


Padre Marcelo Rossi

SANTOS ANJOS DA GUARDA

Neste dia em que fazemos memória do nosso protetor, a Igreja termina assim o hino e oração da manhã: "Salvai por vosso filho a nós, no amor; ungidos sejamos pelos anjos; por Deus trino, protegidos!"

A palavra anjo significa, "enviado, mensageiro divino", muitas vezes encontramos as manifestações dos anjos como missionários de Deus, e por isso, com clareza lemos no salmo 91: "Pois Ele encarregará seus anjos de guardar-te em todos os teus caminhos". 

Quando nos deparamos com a Anunciação e outros Mistérios da vida de Jesus, conseguimos perceber que este salmo profetiza a presença dos anjos na vida do Senhor. Ora, Cristo é o primogênito de todas as criaturas, nosso irmão e modelo. Se portanto sua humanidade, apesar de unida com a Divindade, era continuamente protegida por anjos, logo quanto mais devemos ser nós, seus membros tão frágeis. Tanto o Pai quer isto que revelou a Jesus:"Guardai-vos de desprezar algum desses pequeninos, pois eu vos digo, nos céus os seus anjos se mantêm sem cessar na presença do meu Pai que está nos céus." (Mt 18,10)

Nos Atos dos Apóstolos e nos escritos de São Bernardo, Santo Tomás de Aquino e outros Doutores da Igreja, encontramos testemunhos que nos motivam a confiarmos nos Santos Anjos protetores de cada um, pois atesta a Sagrada Escritura: "Não são todos (os anjos) eles espíritos cumpridores de funções e enviados a serviço, em proveito daqueles que devem receber a salvação como herança?" (Hb 1,14)

Na Inglaterra desde o ano 800 acontecia uma festa dedicada aos Anjos da Guarda e a partir do ano 1111 surgiu uma linda oração (apresentada a seguir). Da Inglaterra esta festa se estendeu de maneira universal depois do ano 1608 por iniciativa do Sumo Pontífice da época. Aprendamos e rezemos esta quase milenar prece: "Anjo do Senhor - que por ordem da piedosa providência Divina, sois meu guardião - guardai-me neste dia (tarde ou noite); iluminai meu entendimento; dirigi meus afetos; governai meus sentimentos para que eu jamais ofenda ao Deus e Senhor. Amém."

Santos Anjos da Guarda, rogai por nós! 

CARAS SORRIDENTES

“Não esqueças - dizia São Josemaria Escrivá - que, às vezes,faz-nos falta ter ao lado caras sorridentes” (Sulco, n. 57).
Ele o recomendava, e (sou testemunha disso) praticava-o em favor dos outros todos os dias. Costumava dizer, por experiência própria, que, em muitas ocasiões, “sorrir é a melhor mortificação”, porque custa. Sim, pode nos custar, custar muito, sobretudo nos dias em que não nos sentimos bem ou andamos aflitos e preocupados, mas o esforço sacrificado de tentar sorrir por amor - por amor a Deus e por amor aos outros -, passando por cima das dificuldades, constitui um belo serviço, pois torna mais amável e alegre a vida dos que convivem conosco.
É estranho, mas alguns pensam que sorrir sem ter vontade é hipocrisia. Não é verdade. Por exemplo, fazer o esforço, no lar, de sorrir para evitar preocupações, angústias, tormentos, mau humor ao marido, à mulher, aos filhos, é um grande ato de amor. O sorriso afetuoso dissipa nuvens, desarma irritações, abre uma nesga de céu por onde pode entrar o sol da alegria e o bom humor.
Por isso, deve-se lutar, esforçadamente, para não privar desse bem os outros. Sorrir não é só uma reação espontânea, uma atitude “natural” que não se pode controlar; pode - e deve, muitas vezes - ser um ato voluntário de amor, praticado com esforço consciente, pensando no bem dos outros.
A este propósito, gosto de recordar um cartão de Boas-Festas que um padre amigo me mandou em fins de 1992. Era uma folha de papel simples, xerocada na paróquia, e trazia uma espécie de poema. Não sei se era da autoria dele ou se o tomara emprestado de alguma publicação ou da internet. Seja como for, o conteúdo era muito simpático. Debaixo do cabeçalho - um sorriso -, vinham as seguintes frases:
- “Não custa nada e rende muito."
- “Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o dá."
- “Dura somente um instante, mas os seus efeitos perduram para sempre."
- “Ninguém é tão rico que dele não precise."
- “Ninguém é tão pobre que não o possa dar a todos."
- “Leva a felicidade a todos e a toda a parte."
- “É símbolo da amizade, da boa vontade, é alento para os desanimados, repouso para os cansados, raio de sol para os tristes, ressurreição para os desesperados."
- “Não se compra nem se empresta."
- “Nenhuma moeda do mundo pode pagar o seu valor."
- “Não há ninguém que precise tanto de um sorriso como aquele que já não sabe sorrir."
- “Quando você nasceu, todos sorriram, só você é que chorava. Viva de tal maneira que, quando você morrer, todos chorem e só você sorria."
Padre Francisco Faus

CONTROLE SUA CURIOSIDADE

Precisamos nos livrar da agressividade xereta

Vivemos num mundo em que tudo se ventila publicamente. Parece que todos têm o direito de perguntar, seja o que for, da vida das pessoas, e que estas têm o dever de  lhes responder; caso contrário, ficarão sob suspeita. Enfia-se o microfone e a câmera de televisão na intimidade dos lares ou dos ambientes profissionais e religiosos sem que lhes tenham aberto as portas.Propõem-se questionários como condição prévia para seguir cursos simples, os quais mais parecem um inquérito policial sobre a vida particular. O mexerico é outro alto-falante, useiro e vezeiro, que espalha em público – entre amigos, parentes ou colegas – o que é de domínio estritamente privado.

Um simples senso de decência nos indica que isso não está certo. E com razão. É um princípio indiscutível da moral que todo homem tem o direito de manter reservados aqueles aspectos da vida, sobretudo da vida privada, que os outros – perguntadores ou não perguntadores – não têm direito nenhum de saber; e tem também o direito de calar-se sobre todas as coisas particulares, cuja divulgação «não serviria em nada ao bem comum; pelo contrário, poderia prejudicar legítimos interesses pessoais, familiares ou de terceiros» (Cf. R. Sada e A. Monroy, Manual de Teolgia Moral, pág. 233).

É muito justa a indignação provocada pela intromissão inquisitiva de indivíduos e de entidades na vida privada (sem excluir dessas entidades o Estado), especialmente a da mídia. Uma indignação que expressava, com palavras francas e límpidas, São Josemaría Escrivá, comentando a curiosidade maligna dos fariseus (cf. Jo 9,13 e segs.), que se recusavam a acreditar na explicação de um cego sobre a cura operada nele por Cristo: “Não custaria nenhum trabalho apontar, em nossa época, casos dessa curiosidade agressiva, que leva a indagar morbidamente da vida privada dos outros. Um mínimo senso de justiça exige que, mesmo na investigação de um presumível delito, se proceda com cautela e moderação, sem to
Vivemos num mundo em que tudo se ventila publicamente. Parece que todos têm o direito de perguntar, seja o que for, da vida das pessoas, e que estas têm o dever de  lhes responder; caso contrário, ficarão sob suspeita. Enfia-se o microfone e a câmera de televisão na intimidade dos lares ou dos ambientes profissionais e religiosos sem que lhes tenham aberto as portas.Propõem-se questionários como condição prévia para seguir cursos simples, os quais mais parecem um inquérito policial sobre a vida particular. O mexerico é outro alto-falante, useiro e vezeiro, que espalha em público – entre amigos, parentes ou colegas – o que é de domínio estritamente privado.

Um simples senso de decência nos indica que isso não está certo. E com razão. É um princípio indiscutível da moral que todo homem tem o direito de manter reservados aqueles aspectos da vida, sobretudo da vida privada, que os outros – perguntadores ou não perguntadores – não têm direito nenhum de saber; e tem também o direito de calar-se sobre todas as coisas particulares, cuja divulgação «não serviria em nada ao bem comum; pelo contrário, poderia prejudicar legítimos interesses pessoais, familiares ou de terceiros» (Cf. R. Sada e A. Monroy, Manual de Teolgia Moral, pág. 233).
É muito justa a indignação provocada pela intromissão inquisitiva de indivíduos e de entidades na vida privada (sem excluir dessas entidades o Estado), especialmente a da mídia. Uma indignação que expressava, com palavras francas e límpidas, São Josemaría Escrivá, comentando a curiosidade maligna dos fariseus (cf. Jo 9,13 e segs.), que se recusavam a acreditar na explicação de um cego sobre a cura operada nele por Cristo: “Não custaria nenhum trabalho apontar, em nossa época, casos dessa curiosidade agressiva, que leva a indagar morbidamente da vida privada dos outros. Um mínimo senso de justiça exige que, mesmo na investigação de um presumível delito, se proceda com cautela e moderação, sem tomar por certo o que é apenas uma possibilidade [...].mar por certo o que é apenas uma possibilidade [...].
Perante os mercadores da suspeita, os quais dão a impressão de organizarem um tráfico da intimidade, é preciso defender a dignidade de cada pessoa, seu direito ao silêncio. Costumam estar de acordo, nesta defesa, todos os homens honrados, sejam ou não cristãos, porque está em jogo um valor comum: a legítima decisão de cada qual de ser como é, de não se exibir, de conservar, em justa e pudica reserva, as suas alegrias, as suas penas e dores de família; sobretudo, de praticar o bem sem espetáculo, de ajudar os necessitados por puro amor, sem obrigação de publicar essas tarefas de serviço dos outros e, muito menos, de pôr a descoberto a intimidade da alma perante o olhar indiscreto e oblíquo de gente que nada sabe nem deseja saber da vida interior, a não ser para zombar impiamente. Mas, como é difícil nos vermos livres dessa agressividade xereta!Multiplicaram-se os métodos para não deixar o homem em paz" ( É Cristo que passa, n. 69).

É difícil ler estas palavras sem concordar apaixonadamente com elas. Em todo o caso, não nos esqueçamos de que devemos começar aplicando-as a nós mesmos e às nossas curiosidades pessoais. Será que temos a consciência clara de que constitui uma falta moral, um pecado, abrir ou ler cartas alheias, ou agendas, ou diários íntimos sem a permissão da pessoa interessada? Ou revistar móveis e gavetas? Ou estar ocultamente à escuta, espiar às escondidas por frestas, janelas ou fechaduras? Ou pressionar alguém, atemorizando-o ou ameaçando-o de qualquer forma para nos contar algo que não temos o menor direito de saber? Cada qual deveria fazer aqui o seu exame de consciência.
Padre Francisco Faus