segunda-feira, 17 de setembro de 2012

COMO ESCOLHER UM BOM CANDIDATO ?

Não podemos ser cristãos apenas de bons sentimentos

Estamos num momento significativo na história da sociedade. Teremos de votar novamente, colocando em prática nosso direito de cidadãos brasileiros. Com isto, vamos escolher todos os nossos próximos representantes no poder executivo e legislativo dos diversos municípios.Cada eleito vai agir como nosso porta-voz e em nome do povo de seu município.
É hora de pensar em duas palavras decisivas: fé e fidelidade. Isto significa autenticidade, fato que não tem sido levado em conta em nosso país. Muitos políticos não são tementes a Deus, mas infiéis, carreiristas e não se colocam a serviço do bem comum. O povo sofre com isto e acaba assistindo às atitudes de desonestidade. O poder, verdadeiramente constituído, vem de Deus, mas isto passa pela ação livre dos eleitores. Significa que a autoridade escolhida não tem real poder se foi eleita por quem não tenha agido, na hora de votar, com plena liberdade. Comprar e vender o voto não significa liberdade plena, não é ato totalmente divino e não é voto com nobreza e consciência madura.
Todo candidato, nas eleições, procura se apresentar bem, com boa aparência e propósitos muito firmados. Mas acontece que há uma mentalidade de triunfo e muito individualista. Ela esconde interesses que não são os do povo. É como falar de fé sem obras, aparências que tentam convencer, mas privilegiam interesses próprios ou de grupos particulares. 
Na verdade, ser porta-voz é ser luz para o povo. Isto é diferente de ser opressor, que tira a esperança e a alegria das pessoas. Por outro lado, o povo quase não acompanha nem é resistente diante das atitudes dos políticos eleitos. É cômodo ser passivo, porque agir supõe coragem e enfrentamento. Não podemos ser cristãos apenas de bons sentimentos e intenções, porque a fé exige fidelidade e compromisso bem definidos, principalmente nos momentos decisivos da sociedade. Não basta confessar a fé, como o fez Pedro diante de Cristo. Temos de enfrentar as diversidades e maldades que impedem a realização do bem. É um caminho de cruz, de maturidade e coragem.
Dom Paulo Mendes Peixoto


COMO SUPERAR O CANSAÇO

Em cada fato, em cada acontecimento, Deus nos fala. Contudo, nem sempre somos capazes de ouvir a voz de Nosso Senhor devido ao cansaço e a outras circunstâncias. Em meio às lutas que travamos ao longo de todo o dia, quando o corpo e a mente ficam muito fatigados, muitas vezes, somente o repouso do sono não nos restaura.
Precisamos encontrar alguns momentos para estar a sós com Deus, porque é desse nosso encontro com o Senhor que nascerão a serenidade e a vitalidade para enfrentarmos os desafios cotidianos. Quando nos colocamos diante do Senhor, as graças divinas são comunicadas ao nosso coração, capacitando-nos para viver e para vencer as exigências que surgem em nossa jornada.
“O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça andará na sua frente e a salvação há de seguir os passos seus” (Sl 84).
Muitas crises perdem a sua atuação ou são amenizadas quando são enfrentadas por pessoas que adquirem diante do Todo-poderoso calma e tranquilidade logo no começo do dia. Nenhum caminho é árduo demais quando estamos firmados no Senhor, porque n’Ele adquirimos força para seguir em frente sem jamais desanimar
Luzia Santiago

EDUCAR PARA LIBERDADE

A liberdade somente encontra sentido na verdade
A educação bem pode ser entendida como uma habilitação da liberdade, a fim de perceber o apelo do valioso – daquilo que enriquece e convida a crescer – e a enfrentar as suas exigências práticas. Isso se consegue com o propondo usos da liberdade, propondo tarefas plenas de sentido.
Cada idade da vida tem seus aspetos positivos. Um dos mais nobres, que tem a juventude, é a facilidade para confiar e responder positivamente à exigência amável. Num tempo relativamente curto, pode-se apreciar mudanças notáveis em jovens a quem se confiaram encargos que podiam assumir e que consideravam importantes: ajudar uma pessoa, colaborar com os pais em alguma função educativa...
Pelo contrário, essa nobreza manifesta-se, de forma pervertida e, frequentemente, violenta contra aqueles que se limitam a satisfazer os seus caprichos. À primeira vista, esta atitude é mais cômoda, mas, a longo prazo, os custos são muito mais gravosos e, sobretudo, não ajuda a amadurecer, pois não os prepara para a vida. 
Quem se acostuma, desde pequeno, a pensar que tudo se resolve de forma automática, sem nenhum esforço ou abnegação, provavelmente não amadurecerá no tempo devido. E quando a vida magoar – coisa que inevitavelmente acontecerá– talvez não tenha conserto. O homem deve modelar o seu caráter, aprender a esperar os resultados de um esforço longo e continuado, a superar a escravidão do imediato.
Certamente, o ambiente hedonista e consumista que hoje respiram muitas famílias no chamado “primeiro mundo” – e também noutros muitos ambientes de países menos desenvolvidos – não facilita captar o valor da virtude ou a importância de atrasar uma satisfação para obter um bem maior
Face a esta circunstância adversa, o senso comum evidencia a importância do esforço; por exemplo, nos nossos dias tem especial vigor a referência à cultura desportiva, na qual se nota que quem deseja ganhar uma medalha tem de estar disposto a sofrer treinos prolongados e árduos.  
Em geral, a pessoa capaz de se orientar, livremente, para bens que “valem a pena” deve estar preparada para enfrentar tarefas de grande envergadura (aggredi) e para resistir com tenacidade no empenho quando chega o desalento e aparecem as dificuldades (sustinere). Estas duas dimensões da fortaleza fornecem a energia moral para não nos conformarmos com aquilo que já foi conseguido e continuar a crescer, chegar a ser mais. Hoje, é especialmente importante mostrar, com eloquência, que uma pessoa, que dispõe dessa energia moral, é mais livre do que quem não dispõe dela.
Todos estamos chamados a conseguir essa liberdade moral, que só se pode obter com o uso, moralmente bom, da liberdade de arbítrio. Constitui um desafio para os educadores, em particular para os pais, mostrar, de modo convincente, que o uso autenticamente humano da liberdade não consiste tanto em fazer o que nos apeteça, mas o bem, como costumava dizer São Jose maria
É esse o caminho para se libertar do clima asfixiante de suspeita e de coação moral que impedem procurar, pacificamente, a verdade e o bem, aderir, cordialmente, a eles. Não há cegueira maior do que a de quem se deixa levar pelas paixões, pelas “vontades” (ou pela falta delas). Quem só pode aspirar ao que lhe apetece é menos livre do que aquele que pode procurar, não apenas na teoria, mas com obras, um bem árduo. Não há desgraça maior do que a de quem, ambicionando um bem, surpreende-se sem forças para o levar a cabo, porque a liberdade encontra todo o seu sentido quando se exercita no serviço da verdade que resgata, "quando se gasta em procurar o Amor infinito de Deus, que nos desata de todas as escravidões", afirma São Josemaria Escrivá em sua obra 'Amigos de Deus'
J.M. Barrio

ALEGRIA E LOUVOR REMÉDIO PARA O CORAÇÃO

Estais sempre alegres, orai incessantemente, dai graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus a vosso respeito em Cristo Jesus" (1 Tessalonicenses 5,16-18).

Existem momentos e situações em nossas vidas nos quais é difícil dar graças a Deus. Como você, eu também já passei por situações assim. Mas tenho aprendido, com a graça de Deus, que quanto mais dolorosos e difíceis são esses momentos, tanto mais nós precisamos nos voltar para Deus, certos de que a Divina Providência nos acompanha e nos assiste. Creia: Deus está em tudo e tem o controle de todas as coisas em suas mãos. 

Fomos criados para o louvor, para a adoração e para a ação de graças porque temos origem divina. Nosso lugar é o céu, nossa meta é o céu. De lá viemos e para lá voltaremos com a graça de Deus e os joelhos no chão!

Deus não nos daria uma ordem – como a que nos foi dada nessa passagem bíblica: 1 Tessalonicenses 5,16-18 – se não tivéssemos condições de cumpri-la. O Senhor nos pede que em tudo, em todas as circunstâncias, em qualquer situação - aconteça o que acontecer - demos graças, oremos e estejamos sempre alegres. 

Meu filho, minha filha, coragem! A alegria, o louvor, a adoração e a ação de graças são remédios para o coração. Não desanime, vá em frente, coragem!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova