sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A CRUZ É NOSSA VITÓRIA SOBRE TODO MAL

Meus irmãos, quando rezamos o Pai Nosso, pedimos ao Senhor para livrai-nos de todo mal, esta oração ensinada por Jesus, é um grito de vitória para todo cristão, pois em Cristo, em seu amor, somos libertos de todo mal. 
O momento sublime de amor do Senhor por nós se deu em sua morte na cruz, onde o “véu se rasgou”, e no instante que o soldado transpassou seu peito, este jorrou sangue e água, dando-nos assim, uma abertura total ao céu. Na cruz de Cristo, em sua vitória sobre a morte, ai está a certeza que fomos libertos de todo mal.
Avançando nossa reflexão sobre a vida de Jesus, convido a pegar comigo sua Bíblia no Evangelho de São Lucas: 
“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do rio Jordão e, no Espírito, era conduzido pelo deserto. Ali foi posto à prova pelo diabo, durante quarenta dias. Naqueles dias, ele não comeu nada e, no final, teve fome. O diabo, então, disse-lhe: “Se és o Filho de Deus, manda que esta pedra se transforme em pão”. Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Não se vive somente de pão’”. O diabo o levou para o alto; mostrou-lhe, num relance, todos os reinos da terra, e lhe disse: “Eu te darei todo este poder e a riqueza destes reinos, pois a mim é que foram dados, e eu os posso dar a quem eu quiser. Portanto, se te prostrares diante de mim, tudo será teu”. Jesus respondeu-lhe: “Está escrito: ‘Adorarás o Senhor teu Deus e só a ele prestarás culto’”. Depois, o diabo levou Jesus a Jerusalém e, colocando-o no ponto mais alto do templo, disse-lhe: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo. Pois está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus anjos a teu respeito para que te guardem’, e ainda: ‘Eles te carregarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”. Jesus, porém, respondeu: “Também foi dito: ‘Não porás à prova o Senhor, teu Deus’”. Terminadas todas as tentações, o diabo afastou-se dele até o tempo oportuno.”(Lc 4, 1-13)
Nesta Palavra vimos as três tentações de Jesus, mas Ele fiando-se no Pai venceu. O inimigo o tentou com riquezas, com poder, com a ambição, ora em nosso meio, muitos tem sido tentados da mesma forma, muitos tem se colocando no lugar de Deus, querendo viver uma vida de riquezas e colocando toda a confiança no poder do mundo. Mas nós precisamos como Jesus, confiar inteiramente no Senhor. 
A Palavra nos ensina que o inimigo tentou novamente Jesus, e o momento escolhido pelo demônio foi sua paixão, ele tentou de todas as formas mostrar para o Senhor que não valeria apena morrer pelo homem, pois este é ingrato, infiel, mas Jesus, nos ama, e nos amou até o fim, por isso, deu-se inteiramente por nós, por amor, vencendo o inimigo pelo poder do amor. 
No Evangelho de São Lucas (Lc 11,15 e ss), vimos a autoridade de Jesus para expulsar os demônios, porém os fariseus vendo a ação do Senhor, encheram o coração de inveja, este pecado segundo Santo Agostinho é o pecado diabólico por excelência. Irmãos não podemos ter inveja, ela acaba com nossa vida de santidade, precisamos nos alegrar com as vitórias dos nossos irmãos, e jamais sermos dominados pela inveja. Como cristãos precisamos usar da autoridade que Senhor nos deu não para acusar, mas sim, para amar e indicar o caminho da cruz, que é a via de santidade.
Meus irmãos, quando estamos unidos a Deus não tememos nada, mesmo que venham as dores, os sofrimentos, jamais desistiremos. Quando colocamos nossos joelhos nos chãos para orar, sempre o Senhor nos enviara um anjo para nos auxiliar, como fez com o próprio Senhor. “Pai, se quiseres, afasta de mim este cálice; contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua! Apareceu-lhe um anjo do céu, que o fortalecia.”(Lc 22,42-43)
Por isso, quanto maior o sofrimento, mas forte deve ser nossa oração, vimos na narração de São Lucas, os medos que o Jesus tinha, mas também vimos o abandono total de Jesus a vontade de Deus, ao ponto de consolar, e exortar os discípulos, esta força era proveniente da oração, de sua união com o Pai.
Satanás tentou de tudo para Jesus desistir, o Senhor foi preso, torturado, humilhado, cuspiram, baterem Nele, mas nada foi capaz de fazê-lo desistir, seu segredo era confiar plenamente em Deus, por isso Ele foi capaz de dar sua vida por nós.
Meus irmãos, precisamos confiar neste amor do Senhor por nós, saiba que é impossível o Senhor deixar de nos amor. Assuma a vitória de Cristo, a cruz é nossa vitória, você que está doente, passando por algum sofrimento, una a sua dor a dor de Cristo, e declare que Jesus é nosso Senhor. O amor vai vencer em sua vida, confie no Senhor, entregue tudo a Ele, e o Senhor realizara o seu poder.
 
Declare Jesus Cristo é o Senhor, Jesus Cristo é o meu Senhor!

Roberto Tannus 

VIVER O PHN EXIGE CORAGEM E DESTREZA DE CAMPEÂO

Nossa vida é um campo de batalha. Nela travamos, dia a dia, uma luta corpo a corpo com o pecado. É a prova pela qual todos passamos. Se lutamos e vencemos, adquirimos têmpera como o aço doce, que passa pelo fogo. Se cedemos ao pecado, seremos sempre 'aço mole e quebradiço', que não resiste à coisa alguma, porque não adquiriu têmpera. Esta têmpera somente é adquirida quando lutamos e dominamos o pecado na nossa própria carne. 

São Tiago nos explica bem isso: "Feliz o homem que suporta a provação, porque depois de testado, receberá a coroa da vida, prometidas àqueles que o amam" (Tg 1,12). É preciso suportar a provação! Quem vive cedendo ao pecado, não chega à coisa alguma. Será sempre mole como o aço doce. Suportar é sinônimo de aguentar, por isso eu só posso lhe dizer: "Aguente firme!", porque é assim que eu e você receberemos a coroa da vida. 

E por sermos fracos temos de ser determinados como os alcoólatras e dependentes químicos. Eles aprendem que a única maneira de deixar o vício é ao se decidirem a fazê-lo. A decisão tem de ser radical! Com o pecado é a mesma coisa: é preciso tomar a decisão e romper definitivamente com ele. É preciso assumir o PHN – Por hoje não, por hoje não vou mais pecar! 

Mas, se em algum momento, o seu corpo estiver "pedindo" por aquele pecado, pedindo bebida, droga ou sexo: aguente firme! Eu e você não podemos ceder a esta "vontade" de fazer tudo o que queremos. Em geral, pensamos que pelo fato de sentir "vontade", precisamos realizá-la. É justamente o contrário! É assim que adquirimos têmpera. É assim que nos tornamos vitoriosos neste campo de batalha. Já decidimos: ou santos ou nada! Saiba, você não está só. Há uma multidão de pessoas que já estão vivendo esta aventura. Viver o PHN exige coragem e destreza de campeão e você é convidado a ingressar nesta escola. É uma escola de santos. Uma escola de vencedores. 
O Senhor escolheu você para ser mais que campeão! 
Monsenhor Jonas Abib

PROBLEMAS NO CASAMENTO


A minha felicidade será fazê-lo feliz”
Deus quis que existíssemos para participar de sua vida bem aventurada e nos criou “à sua imagem e semelhança” (cf. Gn 1,26). O Criador quis que a humanidade existisse "em família", com a união de um homem e uma mulher, vivendo no amor conjugal e gerando os filhos nesse mesmo amor. E a base de tudo isso é o casamento. 
Depois de criá-los, Deus os uniu. O homem se sentiu insatisfeito, sozinho, porque não encontrava em todos os seres criados nenhuma criatura que o completasse. E Deus percebeu que “não é bom que o homem esteja só” (Gn 2,18). Então, disse ao homem: “Eu vou dar-lhe uma ajuda que lhe seja adequada” (Gn 2,18), alguém que seja como você e que o ajude a viver. E fez a mulher. Retirou “um pedaço” do homem para criar a mulher (cf.Gn 2,21-22).
Nessa linguagem figurada, a Palavra de Deus quer nos ensinar que a mulher foi feita da mesma essência, dignidade e da mesma natureza do homem. Santo Agostinho ensina que Deus, para fazer a mulher, não tirou um pedaço da cabeça do homem nem um pedaço do seu calcanhar, porque a mulher não deveria ser chefe nem escrava do homem, mas “companheira e auxiliar”. Esse é o sentido da palavra que diz: Deus tirou “uma costela do homem” para fazer a mulher.

Ao ver Eva, Adão exclamou feliz: "Eis agora o osso de meus ossos e a carne de minha carne” (Gn 2,23). Foi a primeira declaração de amor do universo. Adão se sentiu feliz e completo em sua carência. Deus disse ao primeiro casal: “Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir à sua mulher; e já não são mais que uma só carne” (Gn 2,24).

Estava criado o casamento que mais tarde Jesus vai transformar em sacramento. Ele fez questão de acrescentar: “Portanto, não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19,6). E Deus disse ao casal: “Crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a”(Gn 1,28). Aqui está o sentido mais profundo do casamento: “crescei e multiplicai”. Deus quer que o casal, na união profunda do amor, cresça e se multiplique nos seus filhos; daí surge a família, a mais importante instituição da humanidade; a célula principal do plano de Deus para os homens; e ela surge com o matrimônio. 

Como a família e o casamento estão na base de todo o plano de Deus para a humanidade, se eles forem destruídos, a humanidade sofrerá muito. Há uma concepção falsa de “família” e de “casamento” que não está de acordo com a vontade do Criador. Há “famílias alternativas” que, no plano de Deus, não são famílias bem como os “casamentos alternativos
Quanto mais o casamento se afastar do plano de Deus e quanto mais a família se desfigurar da imagem original que Ele lha deu, tanto mais a humanidade vai sofrer. Hoje, já colhemos os frutos amargos da destruição deste belo plano divino. Quando o homem se arvora em “senhor do bem e do mal” e quer ocupar o lugar do Senhor, sofre e morre. 
Sabemos que, infelizmente, o pecado original feriu a humanidade. O homem virou as costas para Deus e, por causa disso, o sofrimento e a morte entraram no mundo. São Paulo deixou claro que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6,23). O pecado atingiu todas as realidades da vida humana e, de modo especial, o casamento e a família. Sem o pecado não haveria a desarmonia do homem consigo mesmo, com a natureza, com Deus e com a mulher. 
O pecado gerou o desentendimento. O seu nome é egoísmo, vaidade, orgulho, autossuficiência, arrogância, ganância, impureza, adultério, gula, ira, inveja, preguiça, maledicência, etc. Tudo que divide a família e afasta a pessoa humana de Deus. Por isso, hoje, o casamento têm tantos problemas, porque foi ferido pelo pecado que engendra a briga, a discussão, a violência, o crime e elimina o amor que deveria ser permanente entre marido e mulher. É a realidade de cada casal.
São Paulo mostrou bem, na Carta aos Romanos, a dura realidade do pecado que temos de enfrentar: “Sabemos, de fato, que a lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido ao pecado. Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o que quero; faço o que aborreço. E, se faço o que não quero, reconheço que a lei é boa. Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que em mim habita. Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita o bem, porque querê-lo está em mim, mas não sou capaz de efetuá-lo. 
ão faço o bem que quereria, mas o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado que em mim habita. Encontro, pois, em mim esta lei: quando quero fazer o bem, deparo-me com o mal. Deleito-me na lei de Deus, no íntimo do meu ser. Sinto, porém, nos meus membros outra lei, que luta contra a lei do meu espírito e me prende à lei do pecado, que está nos meus membros. Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte? Graças sejam dadas a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor!” (cf. Rm 7,14-25).
Felipe Aquino