quinta-feira, 30 de agosto de 2012

PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS

Padeceu sob Pôncio Pilatos


Na Profissão de Fé do Papa Paulo VI, ele disse: "Cremos que Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo sacrifício da cruz, nos remiu do pecado original e de todos os pecados pessoais cometidos por cada um de nós; de sorte que se impõe como verdadeira a sentença do apóstolo: 'onde abundou o delito, superabundou a graça'" (cf. Rm 5,20) (n.17).

Os apóstolos deixaram claras as razões da morte de Jesus: "Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras" (cf. 1Cor 15,3). "Foi Ele quem nos amou e enviou Seu Filho como vítima de expiação por nossos pecados" (cf. 1Jo 4,10). "Foi Deus que, em Cristo, reconciliou o mundo consigo" (cf. 2 Cor 5,19). Ele significou isso e o antecipou durante a Última Ceia: "Isto é meu corpo, que será dado por vós" (Lc 22,19). João Batista viu e mostrou, em Jesus, o "Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo" (Jo 1,29). O Senhor é o Servo Sofredor que se deixa levar, silencioso, ao matadouro e carrega o pecado das multidões, é o verdadeiro Cordeiro Pascal.

São Pedro explicou o projeto divino de salvação: "Fostes resgatados da vida fútil que herdastes de vossos pais, pelo sangue precioso de Cristo, como de um cordeiro sem defeitos e sem mácula, conhecido antes da fundação do mundo, mas manifestado, no fim dos tempos, por causa de vós" (1Pd 1,18-20).
A Igreja ensina que "os pecados dos homens, depois do pecado original, são punidos com a morte" (cf. Rom 5,12; §602); então, por meio de Jesus, Seu Filho amado, Deus supre essa exigência: "Aquele que não conhecera o pecado, Deus o fez pecado por causa de nós, a fim de que, por ele, nos tornemos justiça de Deus" (2Cor 5,21).
O Catecismo ensina que "nenhum homem, ainda que o mais santo, tinha condições de tomar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos. A existência em Cristo da Pessoa Divina do Filho, que supera e, ao mesmo tempo, abraça todas as pessoas humanas, e que o constitui a cabeça de toda a humanidade, torna possível seu sacrifício redentor por todos" (§616).
Jesus assumiu livremente, morreu por nós, agiu de maneira soberana: "Ninguém me tira a vida, mas eu a dou livremente" (Jo 10,18). É "o amor até o fim" (cf. Jo 13,1) que confere o valor de redenção e reparação, de expiação e de satisfação ao sacrifício de Cristo. Ele mesmo vai ao encontro da morte; Seu desejo era fazer a vontade do Pai. “'Eis-me aqui... eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade'. Graças a esta vontade é que somos santificados pela oferenda do Corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas" (cf. Hb 10,5-10). "Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e consumar sua obra" (Jo 4,34). O sacrifício de Jesus "pelos pecados do mundo inteiro" (cf. 1Jo 2,2) é a expressão de sua comunhão de amor ao Pai: "O Pai me ama, porque dou a minha vida" (Jo 10,17). "O mundo saberá que amo o Pai e faço como Ele me ordenou" (cf. Jo 14,31).

A morte de Jesus faz parte do mistério do projeto de Deus, como explica São Pedro em Pentecostes: "Ele foi entregue segundo o desígnio determinado e a presciência de Deus" (At 2,23); mas isto não quer dizer que os traidores de Jesus cumpriram, “na marra”, uma decisão de Deus. Não, todos agiram livremente e foram culpados. O Senhor estabelece Seu projeto eterno de salvação da humanidade, incluindo nele a resposta livre de cada homem à sua graça. (cf. §600)

Cristo foi obediente ao Pai "até a morte de cruz" (Fl 2,8); assim realizou sua missão expiadora do Servo Sofredor que "justificará a muitos a levar sobre si as suas transgressões", como profetizou Isaías. Mas, por que as autoridades crucificaram Jesus? Muitos atos e palavras d'Ele foram um sinal de contradição para as autoridades religiosas de Jerusalém, como tinha dito o velho Simeão (Lc 2, 34). Aos olhos de muitos parece que Jesus agia contra as instituições essenciais do povo judeu: a Lei de Moisés, o Templo e a fé no único Deus, Javé. 
A morte de Jesus foi verdadeira. Como disse o profeta Isaias: "Ele foi eliminado da terra dos vivos" (Is 53,8) e "Minha carne repousará na esperança, porque não abandonarás minha alma no Hades, nem permitirás que teu Santo veja a corrupção" (At 2,26-27).

A Igreja ensina que, durante a permanência de Cristo no túmulo, “Sua Pessoa Divina continuou a assumir tanto a Sua alma como o Seu corpo, embora separados entre si pela morte. Por isso o Corpo de Cristo morto "não viu a corrupção" (At 2,27) (Cat. §630). A Ressurreição de Jesus "no terceiro dia" (1 Cor 15,4; Lc 24,46) foi a prova disso, pois os judeus acreditavam que a corrupção do corpo começava a partir do quarto dia. 
Felipe Aquino

TENHAMOS A HUMILDADE DE APRENDER SEMPRE

A vida é um aprendizado constante, por isso nunca podemos perder a oportunidade de aprender. Ninguém sabe tudo. Como é bom termos a humildade de perguntar alguma coisa quando não sabemos ou de acolher uma novidade quando alguém nos fala algo que não sabíamos! Isso deve ser motivo para nos alegrarmos, porque significa que estamos dentro do dinamismo da vida: aprender sempre. Há um ditado que diz: “Ninguém é tão pobre que não tenha o que dar, e ninguém é tão rico que não tenha o que receber”. Podemos traduzi-lo assim: “Ninguém é tão limitado que não tenha o que ensinar, e ninguém é tão sábio que não tenha o que aprender”.
Nós aprendemos com os fatos, com a natureza, com as pessoas, de maneira especial com as crianças . Fiquemos atentos para não perdermos nenhuma oportunidade de sempre  enriquecer a nossa vida com um novo aprendizado.
“Meu filho, aceita a instrução desde teus jovens anos; ganharás uma sabedoria que durará até a velhice” (Eclo 6,18).
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

APRENDA A VIVER COM JESUS

Ser discípulo é aprender com Jesus. Ele nos ensina como ensinou a Seus discípulos. Com Ele, vamos aprendendo um modo novo de viver e de ver a vida. Os seus problemas não podem ser o centro da sua vida. Você não pode centralizá-la nas suas dificuldades, nas doenças, nas pessoas. 

Hoje é um dia para se fazer um balanço: fazermos a melhor escolha. Se eu estou centrando a minha vida em qualquer outra coisa, eu não ando, não caminho, não me desenvolvo, não deixo que Jesus a transforme para que eu me torne cada vez mais parecido com Ele. 

Jesus se fez Homem para nos ensinar a viver como criaturas humanas. É certo que Ele encontre em você, – como encontrou naquele jovem rico (cf. Mateus 19,16-29) –, disposição. Ele aposta em você, e além da disposição, Ele precisa encontrar em você um profundo desejo de segui-Lo e de mudar de vida. 

Talvez você já estivesse no caminho, mas parou na “mediocridade”, ou seja, no mais ou menos, satisfeito no ponto em que chegou. Mas hoje é dia de deixar a mediocridade e decidir-se por Jesus, ser discípulo d'Ele, querer ser semelhante a Ele. Viver como Ele viveu, amar como Ele amou, enfim, ser como o Senhor. Peça essa graça ao Espírito Santo. Reze, lute, não desanime!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova