sexta-feira, 17 de agosto de 2012

O NOSSO DEUS É O DEUS DO IMPOSSÍVEL

Você quer esquecer o que fez de mal ou superar algum vício ou dificuldade por que passa, pois isso é um espinho em seu interior? Então peça esta graça ao Senhor e proclame na fé:

“Eu creio, Senhor. Hoje chegou a hora da graça, da tua graça para mim, porque Tu intervieste em minha vida, como o fizeste com aquela mulher hemorroíssa, com aquele cego de Betsaida, com Lázaro, Zaqueu e com tantos outros – naquele tempo até nossos dias”

Quando você se aproxima do Senhor, o poder curador, assim como o poder de perdão e de reconciliação d’Ele o atingem e tiram essa sensação de indignidade que pesa sobre você. Pois, muitas vezes, não conseguimos evitar os maus pensamentos, os males de nosso temperamento, a impureza. E isso tudo mina nossa vida de oração e nossa proximidade com o Senhor.

O nosso Deus é o Deus do impossível. É um Deus presente, compassivo e amoroso. Não pesa condenação alguma sobre aqueles que estão em Cristo. Quem nos acusará, quem nos condenará, se Jesus Cristo é nosso intercessor, nosso salvador e advogado diante do Pai?

Proclame: “Eu hoje estou me aproximando de Jesus de maneira nova. Eu estou em Cristo, e creio que todo aquele que está n’Ele é uma nova criatura; passou o que era velho, e eis que tudo se faz novo. Já não pesa sobre mim condenação alguma, porque o Senhor está me lavando com o seu sangue derramado na cruz. Obrigado, Senhor, por tirar esse sentimento de acusação que pesava sobre mim. Amém”.

Entre com sua vontade e disposição para mudança que o Senhor entra com a graça! Creia, tome posse de todas as bênçãos e graças que o esperam! Busque ajuda na Igreja, confesse-se regularmente, adore e comungue o Corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo e Ele tudo fará. 

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

FILHOS UMA BENÇÃO DE DEUS

Não tenham medo da vida”, diz João Paulo II

Certa vez, o Papa Paulo VI disse a um grupo de casais: “A dualidade de sexos foi querida por Deus para que o homem e a mulher, juntos, fossem a imagem de Deus, e, como Ele, nascente da vida”. "

A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais”. (Cat.§ 2373)
Doando a vida, o casal humano se torna semelhante a Deus Criador. Pode haver missão mais nobre e digna do que esta na face da terra? Alguém disse certa vez, com muita razão, que “a primeira vitória de um homem foi ter nascido”.
Nada é tão grande e valioso neste mundo como o homem. Ensina a Igreja que “ele é a única criatura que Deus quis por si mesma” (GS 24). Por isso, o Catecismo da Igreja afirma que "os filhos são o dom mais excelente do matrimônio e constituem um benefício máximo para os próprios pais” (CIC, 2378).
Será que acreditamos, de fato, nessas palavras da Igreja? Ou será que “escapamos pela tangente”, dando a “nossa” desculpa?
Lamentavelmente, estabeleceu-se entre nós católicos uma cultura “antinatalista”. Por incrível que pareça, “as preocupações da vida” (Lc 12,22;Mt 6,19) sufocaram o valor imenso da vida humana, levando as gerações à triste mentalidade de “quanto menos filhos melhor”. À luz do Cristianismo, é uma triste mentalidade, pois a Igreja sempre ensinou o valor incomensurável da vida.
O Salmo 126 diz com todas as letras: “Vede, os filhos são um dom de Deus: é uma recompensa o fruto das entranhas”. “Feliz o homem que assim encheu sua aljava…” (Sl 126,3-5). O amor é essencialmente dom. São Tomás de Aquino dizia que “o bem é difusivo” (Suma Teológica,I, q.5, a.4, ad1). Em outras palavras, ou o amor se doa ou, então, morre. Para o casal a maior doação é a vida do filho.
Santo Ireneu (†202) resumia, em poucas palavras, toda a grandeza do homem: “O homem vivo é a glória de Deus” (Contra as heresias IV, 20,7). Isto quer dizer que, com a criação do homem e da mulher à Sua imagem e semelhança, “Deus coroa e leva à perfeição a obra das Suas mãos” (Familiaris Consórtio, 28).
Assim, Ele nos chamou a participar do Seu poder de Criador e de Pai: “Deus os abençoou e lhes disse: “crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra” (Gen 1,28).
Disse ainda o Papa João Paulo II: “A tarefa fundamental da família é o serviço à vida. É realizar, na história, a bênção originária do Criador, transmitindo a imagem divina pela geração de homem a homem. Fecundidade é o fruto e o sinal do amor conjugal, o testemunho vivo da plena doação recíproca dos esposos” (Familiaris Consortio, 28).
Todos esses ensinamentos nos levam ao que a Igreja afirma constantemente: “O amor conjugal deve ser plenamente humano, exclusivo e aberto à nova vida” (GS,50; HV,11; FC,29). A situação social e cultural dos nossos tempos, dificulta a compreensão dessa verdade. Vale a pena reler o que disse o Papa João Paulo II sobre isso:
"Alguns se perguntam se viver é bom ou se não teria sido melhor nem sequer ter nascido. Outros pensam que são os únicos destinatários da técnica e excluem os demais, impondo-lhes meios contraceptivos ou técnicas ainda piores.
“Nasceu, assim, uma mentalidade contra a vida (anti-life mentality), como emerge de muitas questões atuais. Pense-se, por exemplo, num certo pânico derivado dos estudos dos ecólogos e dos futurólogos sobre a demografia, que exageram, às vezes, o perigo do incremento demográfico para a qualidade da vida.
“Mas a Igreja crê, firmemente, que a vida humana, mesmo se débil e com sofrimento, é sempre um esplêndido dom do Deus da bondade. Contra o pessimismo e o egoísmo que obscurecem o mundo, a Igreja está do lado da vida” (Familiaris Consórtio, 30).
Muitos têm medo de não educar bem os filhos, pois eu lhes digo que, com Deus, é possível educá-los; basta que o casal se ame, crie um lar saudável e viva para os filhos com todas as suas forças e com toda dedicação. O resto, Deus e eles farão. Faça do seu filho um homem de bem; isto basta.
Felipe Aquino

VIVA AS VIRTUDES DENTRO DE CASA

Seus filhos tem muito a aprender com seu exemplo

O que são as “virtudes humanas”? No Catecismo da Igreja Católica, encontramos a seguinte definição: "As virtudes humanas são atitudes firmes, disposições estáveis, perfeiçõeshabituais da inteligência e da vontade que regulam nossos atos,ordenando nossas paixões e guiando-nos segundo a razão e a fé. Propiciam, assim, facilidade, domínio e alegria para levar umavida moralmente boa. Pessoa virtuosa é aquela que livremente pratica o bem" (n.1804)
Essas virtudes humanas podem ser exercitadas - umas ou outras - em todas as ações, em todos os momentos da vida: nós a vivemos no trabalho e no descanso, no lar, no relacionamento com os outros, enfim, em todos os aspectos da “conduta” humana. Elas se distinguem das virtudes “teologais” - fé, esperança e caridade -, cujo "objetivo" é diretamente Deus.
Catecismo da Igreja lembra que todas as virtudes humanas giram à volta das quatro virtudes cardeais - “virtudes-eixo”:prudência, justiça, fortaleza e temperança (n. 1805-1809).
Neste texto, vamos focalizar apenas alguns traços das virtudes cardeais que todos os pais têm a responsabilidade de praticar se querem dar o exemplo necessário para a formação dos filhos. Convençam-se de que, sem elas, o exemplo de fé e religiosidade que se esforcem por dar aos filhos ficará enfraquecido e até poderá ser contraproducente.
1) Prudência. Pense em como dá segurança e confiança aos filhos o fato de terem um pai e uma mãe sensatos e reflexivos. São pais que não se assustam facilmente nem perdem a serenidade, ainda que apareçam problemas sérios, mas os enfrentam com fé e procuram usar a cabeça, evitando o alarmismo e as reações precipitadas. Gestores que não vivem distraídos, esquecidos, improvisando, a toda a hora, no meio de uma grande confusão. Que não mudam de planos por imprevidência em prepará-los; que, por falta de ordem, não deixam as coisas para última hora ou para o fim do ano. Que não se descuidam de controlar as despesas, as contas e os prazos. Pais que não precisam, enfim, ouvir aquelas palavras doParaíso de Dante: “Siate, cristiani, a muovervi più gravi: non siate come penna ad ogni vento…” (”Cristãos, caminhai com mais ponderação; não sejais qual pena movida por qualquer vento…”).
2) Justiça. Da mesma forma, como faz bem aos filhos ter um pai e uma mãe justos, que cumprem o que prometem! Pais que não se desdizem de levar avante aquele passeio planejado, só porque, de repente, mudaram de ideia, deixando-se dominar pelo capricho ou pela preguiça; que não tratam os filhos como números, com indicações, conselhos e ordens genéricas - iguais para todos -, como se o lar fosse uma caixa de soldadinhos de chumbo feitos em série; mas que, como pede a justiça, saibam tratar desigualmente os filhos desiguais, conforme as necessidades materiais, psicológicas e espirituais de cada um (logicamente, não por mimo ou preferências injustas). Que, se fazem uma repreensão justa e prometem um pequeno ou médio castigo (castigo grande quase nunca se justifica), não amolecem, mas cumprem, sem deixar de cercar o filho punido da certeza de que é muito amado e só querem o seu bem.
Também faz muito bem aos filhos outras “justiças” da vida cotidiana. Por exemplo, perceberem que os pais não se aproveitam nunca de um troco errado (devolvem ao caixa a diferença) nem dão jeitos para burlar a fiscalização na entrada do cinema, do estádio, do museu, deixando de pagar o ingresso que qualquer pessoa honesta paga; não admitem nunca a mentira como meio para resolver os problemas etc.
3) Fortaleza. Pense que um clima familiar, no qual não se ouvem queixas nem reclamações ou gemidos é um exemplo maravilhoso de fortaleza para os filhos. Um lar, no qual ninguém se julga mártir ou vítima e, por isso, não tem o hábito de reclamar. Um lar em que o pai, exausto, é capaz de ficar brincando com os filhos, interessando-se pelos seus pequenos “dramas” ou pelos seus sonhos e alegrias infantis - ou adolescentes -; tudo isso com uma naturalidade que não deixa transparecer o cansaço nem os problemas do serviço. Um ambiente, no qual a mãe disfarça, com um sorriso, após um dia bem duro, que se sente exausta e não acha que o desgaste a autorize a gritar com os filhos nem a descarregar neles a “eletricidade nervosa”. Esses são pais que sempre projetam nos filhos a luz e o calor da generosidade, da paciência e da constância.
4) TemperançaQue grande exemplo dão aos filhos os pais que nunca são vistos, nem dentro nem fora de casa, nem nos dias de trabalho nem na sexta-feira à noite, nem aos domingos e feriados, abusando da comida e da bebida! Que não se iludem, achando que vão enganar os filhos dizendo-lhes que se trata só de um “aperitivo” ou uma “cervejinha” de que precisam muito, porque andam fatigados e isso faz bem para a saúde (quando os filhos os veem claramente vermelhos de rosto, com a voz gosmenta e as pernas bambas). Pelo contrário, como toca o coração ver uma mãe que, habitualmente, “gosta” do bife que tem mais nervos e gorduras ou ver o pai que “gosta” do teatro que a mãe adora, mesmo em dias em que seu time joga.
O que dizer da temperança na TV e na Internet? Alguns pais acham que os filhos são tolos. Em matéria de informática, quase sempre dão um solene “chapéu” nos pais e descobrem, muito facilmente (pois ainda não aprenderam a viver a virtude da discrição e a controlar a curiosidade), a quantidade de sitesinconvenientes que o pai visitou, como se fosse um adolescente descontrolado. 
E quanto à humildade, que Santo Tomás de Aquino situa dentro da temperança? Como se nota a falta de humildade e como ela faz mal! Por isso, é tão formativo os filhos perceberem nos pais que estes não se deixam arrastar por mesquinharias de suscetibilidade, por mágoas persistentes, por querer ter sempre a “última palavra”. Que não os vejam nunca virando o rosto para ninguém nem dominados por espírito de superioridade ou falando com desprezo e crítica azeda sobre o cunhado que fez isso ou da tia que fez aquilo.
Virtudes humanas. São muitas as que os pais deveriam cultivar, como uma lâmpada que brilha em lugar escuro…! ( I Pedr 1, 19).
Cultivar virtudes e ensiná-las aos filhos - com a força moral que dá o bom exemplo - é um empreendimento árduo, mas é decisivo, e, por isso, deve ser enfrentado e levado a termo pelos pais dia após dia, com a graça de Deus, com muito amor e com esforço constante.
Oxalá os filhos, quando crescerem e forem avançando em anos, possam dizer que nunca se apagou neles a imagem da mãe, a imagem do pai, e que até na idade madura e na velhice o pai e a mãe continuam a iluminar-lhes a vida
Padre Francisco Faus