quarta-feira, 15 de agosto de 2012

SEGUINDO O EXEMPLO DA VIRGEM MARIA

Tudo está submetido ao poder de Deus

Não sabemos para onde apontam os sinais da realidade brasileira em momentos de campanhas eleitorais e do cenário de julgamento do mensalão. Será que, em tudo isso, está a vitória do povo brasileiro? Quem sairá ganhando? Quem vai perder? É a grande incógnita de um país que não prima pela justiça.

A Festa da Assunção de Maria contempla a vitória de Jesus Cristo sobre todos os poderes que tentam impedir a construção do reino de Deus. Maria é sinal da Igreja, cuja missão é conduzir o povo para a condição de liberdade e de vida feliz. Isto acontece na prática da fraternidade e da partilha em gesto de justiça.

A fé e o compromisso com o reino da vida são fundamentais. Isto é condição para que a pessoa seja sinal e aponte para o bem de forma correta. A fé na Palavra de Deus gera compromisso e faz das pessoas discípulas e missionárias de uma cultura de paz. Isto supõe dizer nas palavras de Maria: “Eis a serva do Senhor” (Lc 1, 38).
Quando vamos ao encontro do outro, como fez Maria em relação a Isabel, algo de revelador acontece. A generosidade, o serviço, o querer ajudar os mais necessitados acaba sendo sinal da presença de Deus, fazendo a pessoa superar todo tipo de atitude egocêntrica, egoísta e alheia às carências dos marginalizados da comunidade.

Tudo na natureza e na história está submetido ao poder de Deus, mas é uma realidade também sujeita à ação do mal. O Apocalipse apresenta a figura do “dragão” que está, a todo momento, desarticulando os planos do Criador. É o retrato de quem sinaliza o poder destruidor, seja de autoridades ou de pessoas comuns.

Não podemos viver esperanças vãs nem uma fé inútil, porque deixamos de ser sinal de vida para o mundo. Maria, com muitos títulos, foi sinal de uma nova realidade. Ela é sinal da Igreja com a missão de levar Cristo para as pessoas.
Dom Paulo Mendes Peixoto

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

Hoje, solenemente, celebramos o fato ocorrido na vida de Maria de Nazaré, proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pois tem tudo a ver com o mistério da nossa salvação. Assim definiu pelo Papa Pio XII em 1950 através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus: "A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre foi assunta em corpo e alma à glória celestial."

Antes, esta celebração, tanto para a Igreja do Oriente como para o Ocidente, chamava-se "Dormição", porque foi sonho de amor. Até que se chegou ao de "Assunção de Nossa Senhora ao Céu", isto significa que o Senhor reconheceu e recompensou com antecipada glorificação todos os méritos da Mãe, principalmente alcançados em meio às aceitações e oferecimentos das dores.

Maria contava com 50 anos quando Jesus subiu ao Céu. Tinha sofrido muito: as dúvidas do seu esposo, o abandono e pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do Filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho e, embora tanto sofrimento, São Bernardo e São Francisco de Sales é quem nos aponta o amor pelo Filho que havia partido como motivo de sua morte. 

É probabilíssima, e hoje bastante comum, a crença de a Santíssima Virgem ter morrido antes que se realizasse a dispersão dos Apóstolos e a perseguição de Herodes Agripa, no ano 42 ou 44. Teria então uns 60 anos de idade. A tradição antiga, tanto escrita como arqueológica, localiza a sua morte no Monte Sião, na mesma casa em que seu Filho celebrara os mistérios da Eucaristia e, em seguida, tinha descido o Espírito Santo sobre os Apóstolos. 

Esta a fé universal na Igreja desde tempos remotíssimos. A Virgem Maria ressuscitou, como Jesus, pois sua alma imortal uniu-se ao corpo antes da corrupção tocar naquela carne virginal, que nunca tinha experimentado o pecado. Ressuscitou, mas não ficou na terra e sim imediatamente foi levantada ou tomada pelos anjos e colocada no palácio real da glória. Não subiu ao Céu, como fez Jesus, com a sua própria virtude e poder, mas foi erguida por graça e privilégio, que Deus lhe concedeu como a Virgem antes do parto, no parto e depois do parto, como a Mãe de Deus.

Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós!

QUARESMA SÃO MIGUEL ARCANJO


A História da Quarentena de São Miguel Arcanjo
A Quaresma de São Miguel Arcanjo começou com São Francisco, que era devoto do Arcanjo. São Francisco sentia o desejo de experimentar, no corpo e na alma, a Paixão de Cristo, Sua dor e também o imenso amor por se entregar ao sofrimento por nós.
No ano de 1224, o santo realizou a primeira quaresma de jejum e oração, no Monte Alverne, local deserto, distante, próprio para oração. São Francisco disse: “Para honra de Deus, da bem-aventurada Virgem Maria e de São Miguel Arcanjo, príncipe dos anjos e das almas, quero fazer aqui uma quaresma”.
No dia 17 de setembro, durante sua quaresma, enquanto estava em oração, teve a visão de um serafim, o qual logo se aproximou. Este tinha seis asas de fogo e também estava crucificado, mãos e pés estendidos e amarrados numa cruz. Duas asas elevavam-se por cima de sua cabeça, duas outras estavam abertas para o voo, as duas últimas cobriam-lhe o corpo. E, por meio desta visão, Francisco pôde compreender melhor o verdadeiro sentido da Paixão.
Quando chegou a Festa em honra a São Miguel Arcanjo, Francisco desceu o Monte Alverner, trazendo nos pés e nas mãos os estigmas de Jesus. Como achava-se indigno de se tornar igual a Cristo, que ficou em total jejum, no final daqueles dias bebeu água e comeu um pedaço de pão.
Importante lembrar que a quaresma pode ser realizada a partir de qualquer data do ano, sendo agosto a setembro um momento especial. Que você possa se reunir com sua família, amigos, namorado(a) para rezar pelas intenções que você traz no coração.
“Os anjos existem, são enviados pela Divina Providência, para que nos ajudem a alcançar a santidade da vida” (Jão Paulo II).
Esta quaresma deve ser rezada, diariamente, entre os dias 15 de agosto e 29 de setembro, dia da Festa de São Miguel.
Providencie um altar para São Miguel com uma imagem ou uma estampa. Todos os dias:
- Acender uma vela benta;
- Oferecer uma penitência;
- Fazer o sinal-da-cruz;
- Rezar a oração inicial;
- Rezar a ladainha de São Miguel.
Reze a quaresma com o Padre Eliano
Clique aqui para baixar a Quaresma de São Miguel:=>Quaresma em honra de São Miguel Arcanjo

DEUS NÃO NOS DEIXA NA ROTINA



Beethoven foi um grande músico e era surdo. Seu pai era neurótico e batia a cabeça do filho na parede. Com isso, Beethoven ainda menino foi perdendo a audição. Para escutar o que compunha, encostava o ouvido no piano e sentia as cordas vibrarem. A música estava na cabeça dele e ele a escrevia, mas sem a escutar. Este grande compositor não queria ser surdo, mas era, e justamente por isso, lutou contra a surdez e fez coisas maravilhosas.
Em geral, dizemos que somos pecadores, fracos, maliciosos, neuróticos, sensuais... e porque nos sentimos assim, nos entregamos e acabamos nos tornando ainda mais sensuais, vaidosos, brutos e egoístas ainda. Mas é preciso fazer como Beethoven: tirar proveito da doença que temos ou de qualquer pecado que nos domine, utilizando-o como trampolim para nos elevarmos.
Deus não nos deixa na rotina. De tempos em tempos, Ele nos traz coisas novas. Ele vai desdobrando o que Ele mesmo criou. E vai apontando realidades novas e nos conduzindo por rumos novos, os quais antes nem podíamos imaginar. "Isto é obra de Deus: admirável aos nossos olhos".
Um coração, que adora o Senhor, não perde a capacidade de se maravilhar diante da constante obra de restauração que Ele realiza. Adorar a Deus no respeito e na submissão absoluta, reconhecendo os direitos soberanos que Ele tem sobre nós, reconhecer "o nada da criatura" que não existe a não ser por e para Ele. Adorar a Deus reconhecendo o senhorio d'Ele sobre as nossas vidas, louvá-Lo, exaltá-Lo, confessando com gratidão que Ele fez grandes coisas e Santo é o seu Nome. Não temos como parar. Não temos como envelhecer. Somos e seremos sempre novos quando nos abandonamos nas mãos de Deus.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

O QUE ENDURECEU O SEU CORAÇÃO ?

Jesus entrou na sinagoga e começou a ensinar. Aí havia um homem cuja mão direita era seca. Os mestres da Lei e os fariseus o observavam, para ver se Jesus iria curá-lo em dia de sábado, e assim encontrarem motivo para acusá-lo. Jesus, porém, conhecendo seus pensamentos, disse ao homem da mão seca: 'Levanta-te, e fica aqui no meio'. Ele se levantou, e ficou de pé. Disse-lhes Jesus: 'Eu vos pergunto: O que é permitido fazer no sábado: o bem ou o mal, salvar uma vida ou deixar que se perca?' Então Jesus olhou para todos os que estavam ao seu redor, e disse ao homem: 'Estende a tua mão'. O homem assim o fez e sua mão ficou curada. Eles ficaram com muita raiva, e começaram a discutir entre si sobre o que poderiam fazer contra Jesus". (Lc 6,6-11)
Diante desse Evangelho, o próprio Senhor está perguntando a cada um de nós: "O que é que secou a sua alma, o que endureceu o seu coração?" Muito mais do que nossa mão ou coração, que a nossa alma não se seque. 
Como não conseguimos recordar tudo, neste momento, pergunte-se, durante o dia, o que está "empedrando" o seu coração. Todos nós somos vítimas de situações dolorosas, porque nos decepcionamos com nosso pai, nossa mãe ou irmão, com pessoas próximas que passaram por nossas vidas. 
A decepção é tóxica. Ela queima o nosso interior, e os prejudicados somos nós mesmos. Mas Deus quer que você ponha isso para fora. Quantos se decepcionaram com pessoas da Igreja, como coordenadores, animadores, pessoas que erraram com elas, de forma que houve brigas e desavenças no grupo de oração. Decepção com padre, com religioso e religiosa. O pior é que transferimos isso para a Igreja e nos decepcionamos com ela também; pior ainda: passamos isso para Deus e acabamos não rezando mais. 
Nós precisamos do Senhor. Se você acabou se decepcionado com o Pai, Ele não se decepcionou com você. Muitas vezes, decepcionamo-nos com o Senhor diretamente, então, na nossa revolta, não O perdoamos. Que coisa terrível uma pessoa que não perdoa Deus! 
É uma ideia totalmente errada pensar que o Senhor nos trata como se fôssemos marionetes nas mãos d'Ele, e que é Ele quem nos manda uma doença. Não, é o contrário, pois, se alguém contrai uma doença, mais do que nunca, Ele está com essa pessoa, põe-se ao lado dela. Mas a tentação nos leva a nos decepcionarmos com o Senhor e a nos mantermos longe d'Ele.
Muitas vezes, o sofrimento e a dor acabam secando nossa alma. Nós, infelizmente, permanecemos de coração "empedrado" com relação a Deus e temos a sensação de que Ele está longe de nós. Mas Ele está muito mais presente do que a dor, porque, além das dores da alma e do coração, o Senhor está mais próximo de nós. 
Na cruz, nós temos ocasião de nos achegar a Deus. Se o filho está sofrendo, o Pai vem correndo e se põe próximo para socorrê-lo. O sofrimento faz parte da nossa condição humana, por isso temos de tirar da cabeça que é o Senhor quem no-lo dá. 
"Cura-me, Senhor, eu preciso ser curado da minha mentalidade. Eu O olhava quase como um inimigo, mas o Senhor é o verdadeiro amigo, aquele que me ama e não manda o sofrimento para mim. Mas quando este vem, o Senhor chega antes para ser a minha fortaleza." 
Para que ficar contra o seu cônjuge? Por que ele ou ela abandonou a família? Sei que isso é uma dor grande, mas Deus não quer vê-lo prostrado. Você não pode fazer como a criança que se joga no chão e esperneia. Deus não quis isso para o seu casamento, foi a pessoa quem quis. Se ela não se decide a refazer o casamento e reestruturar a família, o Senhor acaba sendo impotente diante da liberdade dela. 
Tantas situações acontecem e "empedram" o coração dos filhos e filhas de Deus! Mas, hoje, nós nos rendemos ao Senhor, porque Ele é a nossa salvação. Durante todo esse dia, devemos voltar a nos perguntar: "O que está secando o meu coração?". "Quando nos vier à lembrança, precisamos entregá-las a Deus, porque não podemos continuar assim".

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

AS VÍTIMAS DA INCREDULIDADE



Muitas pessoas se esfriaram na fé, principalmente porque enfrentaram falsas religiões ou buscaram métodos de cura e libertação em filosofias, crenças e práticas não cristãs. Esses métodos levam as pessoas a se voltarem para si mesmas, o que acaba atingindo a sua fé.

As pessoas tornam-se vítimas da incredulidade. Tudo se reduz ao nível simplesmente humano, e, sem perceber, a fé se anula. Surgem as justificativas para a pouca oração, para não participar da Eucaristia. A morte da fé vai acontecendo de maneira muito “nobre e diplomática”.

A cura para todos esses males está na Eucaristia. Os nossos olhos também se abrirão e reconheceremos Jesus, “ao partir do pão”. Não precisará que Ele esteja visível diante de nós. Ele permanecerá oculto na Eucaristia, e a venda dos nossos olhos cairá.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova