segunda-feira, 6 de agosto de 2012

O QUE É SANTIDADE ?

Como os santos conseguem alcançá-la?

Mais do que mirabolantes façanhas místicas ou heroísmos de faquir, a santidade consiste numa correspondência de amor. Trata-se de descobrir a presença de Deus em tudo, dando-lhe glória por meio das mais corriqueiras realidades do dia a dia. 

O que é que os santos fazem para chegar à santidade? Duas coisas. Por um lado, ficam longe de tudo o que os impede de entrar pelos caminhos da graça e, por outro, dirigem-se diretamente a Deus. Mas fazem tudo isso pela glória do Senhor, não por algum proveito que possam obter. Eles são os que “buscam, antes, o Reino de Deus” – mais pelo Rei do que por eles próprios – e estão dispostos a esperar o tempo que Ele quiser até o dia em que “todo o resto lhes será dado por acréscimo” (cf. Mt 6,33).

Os santos, portanto, não tratam de fazer coisas especialmente santas (como ferozes penitências, passar noites inteiras ajoelhados, milagres, profecias, êxtases na oração); tratam de fazer tudo de um modo especialmente santo, exatamente do modo como Deus quer que o façam.Para eles, a única coisa do mundo que importa é a vontade do Pai. Sabem que a cumprindo estarão imitando Nosso Senhor, manifestando a caridade e sendo fiéis ao que há de melhor em si mesmos.

Tudo isso pode ser um grande estímulo para nós, pois mostra que o nosso serviço a Deus não depende de como nos sentimos, mas de como o Senhor olha para o que fazemos. Não depende de que os nossos atos pareçam heroicos, mas da nossa disposição em deixar que Ele tire heroísmo de nós; não depende de que conquistemos, à nossa maneira, uma meta que nos faça merecedores do título de “santo”, mas de que sigamos, com total confiança, o rumo marcado pela vontade do Senhor

A santidade – como tudo na vida – deve ser encarada do ponto de vista de Deus; não do ponto de vista do homem. Viemos do Senhor, existimos por Ele. A nossa santidade também deve vir d'Ele e existir para Ele. Cremos que a finalidade do homem, da vida, da criação é a glória do Senhor. Mas o que isso significa para nós? O que é “glória” afinal?

Santo Agostinho diz que a glória é um “claro conhecimento unido ao louvor”. Mais do que, simplesmente, explicar o que ela é, essa expressão nos diz o que temos de fazer em relação a ela, ou seja, a maneira que devemos glorificar a Deus. Louvar o Senhor na oração é glorificá-Lo; servir ao próximo na caridade, também o é. Querer seguir a Cristo e cumprir Sua vontade é dar-Lhe glória.

Cristo Nosso Senhor, que é a Santidade em Pessoa, mostrou-nos como deu glória ao Pai durante a Sua vida terrena: "Eu glorifiquei-Te na Terra, consumando a obra que me deste a fazer (Jo 17,4). Que obra era essa? Muito simples: a vontade do Pai. É claro que isso implicou fazer muitas coisas específicas – como pregar, fazer milagres, fundar a Igreja, sofrer a Paixão –, mas todas se resumem no cumprimento fiel da vontade do Pai.

Quando, próximo do fim, Jesus disse na cruz: "Tudo está consumado" (Jo 19,30), não estava querendo dizer que Sua vida chegava ao fim, mas que a obra encomendada pelo Pai, a tarefa de cumprir em tudo a divina vontade, estava, agora, perfeitamente concluída e já não restava mais nada a fazer
Hubert von Zelle

CONSTRUINDO A FELICIDADE

A amizade não é uma realidade irrelevante, já que, até mesmo na Sagrada Escritura, Jesus teve amigos. O próprio Filho de Deus teve à Sua volta, durante toda Sua vida pública, a presença de doze amigos especiais.
Não somos capazes de construir a felicidade sozinhos. Por isso Deus nos confiou a uma família e a amigos, os quais, em muitos casos, nada mais são do que a extensão da nossa própria família.
A inspiração para escrever meu livro veio da Palavra, em Jeremias 29,11: “Sei muito bem do projeto que tenho em relação a vós, oráculo do Senhor. É um projeto de felicidade e não de sofrimento, dar-vos um futuro e uma esperança”.
Hoje, Deus quer inaugurar esse projeto de felicidade na sua vida, independente da lama que você tenha vivido até este momento. Mas por que, então, muitas vezes, não somos felizes se Deus nos criou para a felicidade?
Acredito que você já tenha se perguntado sobre isso, mas o que, realmente, você deveria se questionar é: “O que é a felicidade para mim?”. Grande parte de nós não compreende o conceito de felicidade e busca a realização em lugares errados; no entanto, ela não mora nas planícies, mas nas montanhas.
As pessoas vivem a obsessão pela felicidade, buscam coisas que não precisam, simplesmente para se realizar com pessoas que não conhecem. A felicidade tem sido confundida com o prazer, que nada mais é do que um instrumento para tornar nossa vida melhor.
Quando a vida se torna só prazer, ela acaba perdendo seu sentido. E o prazer gera outro grande mal para nossa sociedade: o imediatismo, que força o ser humano a buscar, cada vez mais, o prazer sem pensar em suas consequências.
A ausência de limites gera uma vida desregrada em muitas áreas da nossa vida, principalmente no que diz respeito à nossa sexualidade e afetividade. O prazer precisa ser um trampolim para a felicidade, e não podemos nos tornar escravos dele, caso contrário ficamos cegos a todos os outros elementos que são matéria-prima para a nossa felicidade.
Temos dificuldade de nos conciliar com o possível e sermos aquilo que Deus espera de nós. Infelizmente, nos prendemos às fantasias que nos fazem reféns de nós mesmos e de nossas próprias mentiras. 
A vida nos faz muitas propostas que, ao primeiro momento, podem parecer inofensivas, mas, no fundo, são o primeiro passo para um vício, seja ele o álcool, a dependência química ou a prostituição.
Escolher é uma maneira de construir-se, mas, diante das escolhas erradas, temos o hábito de colocar a culpa em tudo e em todos, pelo simples fatos de não termos coragem suficiente para assumir nossas falhas.
A felicidade não depende somente de coisas exteriores, por isso não a confunda com a alegria, pois ela é um componente da felicidade assim como o prazer. 
Aquilo que Deus tem reservado para você é muito maior do que qualquer decepção ou depressão que possa abatê-lo. Só somos capazes de encontrar a verdade felicidade quando compreendemos o plano de Deus em nossa vida. Por isso, não perca mais tempo, o Senhor quer gerar vida nova em você para que você seja capaz de vislumbrar a eternidade.
Padre Adriano Zandoná 
Missionário da Comunidade Canção Nova

QUANDO COMUNGAMOS SOMOS UM EM CRISTO



Na comunhão, ao receber uma hóstia consagrada, a pessoa recebe Jesus por inteiro. Não um pedacinho de Jesus, mas toda a Sua Pessoa, o Seu Corpo ressuscitado, que tem Carne e sangue.
Quando o sacerdote parte a hóstia, em cada uma das partes está Nosso Senhor Jesus Cristo. É o Seu Corpo ressuscitado. E porque Ele tem um Corpo ressuscitado, pode dar-se inteiro e ao mesmo tempo para cada um de nós em particular. Jesus não se divide nem se multiplica, há um só Jesus, Ele supera a lei do espaço.
É por isso também que a Eucaristia é chamada de “o sacramento da unidade”. Quando comungamos, todos entramos em comunhão: todos juntos somos um em Cristo.
Tanto na forma de pão como na forma de vinho, recebemos Jesus por inteiro: Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova