domingo, 22 de julho de 2012

UM AMIGO VERDADEIRO NOS CONDUZ PARA O CÉU

“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). É desta forma que Jesus expressa a beleza e a grandeza do dom da amizade, cuja fonte é o próprio Deus, e dela podemos beber sempre, porque jamais se esgotará.
O amigo por excelência, que todos nós precisamos ter, é Jesus, e o maravilhoso é que Ele nos considera Seus amigos. Todas as outras amizades devem ser por causa d’Ele.
A amizade tem a sua origem no céu; é um dom que nasce do coração de Deus. Um verdadeiro amigo tem uma forte influência na nossa vida, a ponto de ele poder nos ajudar em certas coisas, que, muitas vezes, nem a nossa família consegue fazê-lo.
Peçamos hoje a Jesus a graça de vivermos na Sua amizade.
Jesus, eu confio em Vós!
Luzia Santiago

DEIXE-SE CONDUZIR POR JESUS BOM PASTOR

Jesus, muitas vezes, define quem Ele é: “Eu sou o caminho”. “Eu sou a verdade”. “Eu sou a vida”. “Eu sou a luz do mundo”. “Eu sou a fonte da água viva”. “Eu sou o Bom Pastor”. Não no sentido de Pastor bom, bondoso, amoroso. Claro, Jesus é tudo isso. Mas quando se diz “Bom Pastor”, este “bom” equivale ao que dizemos de um bom mecânico, um bom marceneiro, um bom pedreiro: é aquele que faz bem o seu ofício.
Jesus se diz o Bom Pastor. O pastor vive para a ovelha. Quem tem vacas, cavalos ou outro tipo de criação, não precisa ter centenas de cuidados, pois a criação vai crescendo e se desenvolvendo por si. A ovelha é totalmente diferente: precisa do pastor o tempo todo por perto.
O pastor toma as ovelhas de manhã cedinho e as leva, porque não sabem ir para o pasto sozinhas, não sabem escolher nem a própria comida. Se ele não cuida bem disso, elas acabam comendo qualquer coisa, pois não sabem, como outros animais, distinguir entre o capim bom e o mato que lhes faz mal ou que é venenoso. Elas não sabem escolher. Por essa razão, quem faz a escolha também é esse profissional [pastor]. Elas também não são capazes de guardar o caminho. Os outros animais têm faro muito bom, mas as ovelhas não: por essa razão é muito fácil para esses animais se transviarem.
O pastor vai à frente e as ovelhas vão atrás, acompanhando-o de perto. Para sentirem segurança, elas precisam da presença desse protetor. Você poderia imaginar que, se a relva é boa e o capim abundante, o pastor poderia deixá-las pastando e ir embora e descansar, mas não é assim. Ele precisa ficar com elas, mesmo que o pasto seja bom, porque elas precisam da segurança dele. Se aparecer algum animal bravo ou algum ladrão, elas não sabem se defender: pelo contrário, praticamente se entregam. Se adoecem, só o pastor consegue curá-las. Se ele não as cura, elas acabam morrendo. 
Ao final do dia, o pastor as leva de volta para o redil, mas é preciso que ele fique com elas. Também no redil, fechadinhas, em segurança, há necessidade de o pastor ficar com elas, pois precisam sentir sua presença. Se ele não está, elas se assustam, amedrontam-se, não dormem e no dia seguinte estão cansadas, perdem leite, emagrecem: tudo porque precisam do pastor.
Por isso Jesus diz: “Eu sou o Bom Pastor”, Ele faz o mesmo como você. Está constantemente a seu lado, o acompanha, vela por você, traz o alimento, aponta o caminho e o leva por ele. Você é como a ovelha, com pouco faro, não conhece o caminho e pode desviar-se dele facilmente. Precisa de um pastor, e o único Pastor para você é Jesus Cristo. Ele cuida de suas feridas, de suas machucaduras. Mesmo que não tenha consciência disso, você precisa da presença d'Ele, precisa sentir o calor da Sua companhia. É Ele quem lhe dá segurança.
Se você disse: “Eu nunca senti isso”, a resposta poderia ser a de São Paulo a respeito da Eucaristia: “Eis porque há entre vós tantos doentes e aleijados, e vários morreram” (I Coríntios 11,30). Por isso andam atribulados, ansiosos, medrosos, angustiados, desesperados, tristes, abatidos, desanimados, doentes, feridos, machucados pela vida, cheios de ressentimento e mágoa. Porque não sentem a presença do Pastor: não O encontram. Vivem com medo porque não sentem a presença d'Ele.
Infelizmente, você foi acostumado a ser ovelha sem pastor: assustada, medrosa, desanimada, cheia de problemas, angustiada, ferida, machucada e pensa que a vida é assim. Mas quando você toma Jesus como seu Pastor, quando sente Sua presença, o carinho, a força, a segurança, a alegria que Ele traz à sua vida, você vê que diferença faz ter um Pastor.
Você pode ter pertinho de sua casa um ótimo mecânico, só que você nunca vai buscar seus serviços... Você é vizinho desse profissional, mas seu carro anda sempre estragado. Jesus é o Pastor eficiente que faz bem a Sua parte. Se você não se coloca sob o pastoreio d'Ele, não vai experimentar o que é ter um Pastor. Continuará na penúria, numa vida infeliz, subdesenvolvido espiritualmente enquanto existe pertinho de você um Bom Pastor.
Nosso Senhor Jesus Cristo é o Pastor. Se você sabe disso, dará o passo na fé. Tomará a iniciativa de ir a Ele, de ficar com Ele, de se colocar sob Sua proteção... deixando-se guiar por Ele com toda a confiança. Você é livre, justamente por isso se coloca sob a proteção de Cristo.
Você é que deve se deixar conduzir por Jesus, o Pastor. Em vez de tomar seus caminhos, de querer escolher seus rumos, de querer tomar suas decisões, você coloca Jesus como Aquele que o guia, conduz, aponta-lhe a direção. Você vai com Ele, vai atrás d'Ele. É muito mais fácil, muito mais rendoso e será muito mais eficiente para sua vida
Padre Jonas Abib

NÃO EXISTE MISSÃO SEM CRUZ



Toda missão é difícil e árdua. Por isso, há a necessidade do poder do Espírito Santo. Não existe missão sem cruz, sem sofrimento, sem perseguição. O Senhor quer que você sofra pela Igreja, sim, mas como um mártir, isto é, como alguém que até no sofrimento testemunha sua fé. Alguém que, como o apóstolo Paulo, tem uma missão e sabe que tem de pagar o preço por ela. Como diz o Evangelho das bem-aventuranças:

"Felizes sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque é grande a vossa recompensa nos céus. Pois foi deste modo que perseguiram os profetas que vieram antes de vós" (Mt 5,11-12).

Aos perseguidores e caluniadores, Deus quer que você responda com amor, intercessão e perdão. Mas, para isso, é necessário “reavivar o carisma de Deus que está em ti” (cf. I Timóteo, 6-1). O Senhor Jesus quer derramar o Espírito Santo sobre você a cada nova missão, a cada nova situação, a cada nova empreitada, a cada novo sofrimento.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

CREIO NO ESPÍRITO SANTO

A Missão do Espírito Santo

A Terceira Pessoa da Santíssima Trindade coopera com o Pai e o Filho desde o início do desígnio de nossa salvação até sua consumação, mas, nos “últimos tempos” – inaugurados com a Encarnação redentora do Filho –, o Espírito se revelou e nos foi dado, foi reconhecido e acolhido como Pessoa (cfr. Catecismo, 686). 
Por obra do Espírito, o Filho de Deus se fez Carne nas entranhas puríssimas da Virgem Maria. O Espírito O ungiu desde o início; por isso, Jesus Cristo é o Messias desde o início de Sua humanidade, isto é, desde Sua própria Encarnação (cf. Lc 1,35). Jesus Cristo revela o Espírito com Seus ensinamentos, cumprindo a promessa feita aos patriarcas (cf. Lc 4, 18s), e o comunica à Igreja nascente, exalando o Seu alento sobre os apóstolos, depois de Sua Ressurreição (cf. Compêndio, 143).
No dia de Pentecostes, o Espírito foi enviado para permanecer, desde então, na Igreja, Corpo místico de Cristo, vivificando-a e guiando-a com Seus dons e com a Sua presença. Por isso se diz também que a Igreja é Templo do Espírito Santo, e que Este é como a alma da Igreja. 
No dia de Pentecostes, o Espírito desceu sobre os apóstolos e os primeiros discípulos, mostrando, com sinais externos, a vivificação da Igreja fundada por Cristo. “A missão de Cristo e do Espírito se converte na missão da Igreja, enviada para anunciar e difundir o mistério da comunhão trinitária” (Compêndio,144). O Paráclito faz o mundo entrar nos “últimos tempos”, no tempo da Igreja. 
A animação da Igreja pelo Espírito Santo garante que se aprofunde, conserve-se, sempre vivo e sem perda, tudo o que Cristo disse e ensinou nos dias em que viveu na Terra, até Sua ascensão; além disso, pela celebração-administração dos sacramentos, o Espírito santifica a Igreja e os fiéis, fazendo com que ela continue sempre a levar as almas a Deus. 
A missão do Filho e a do Espírito Santo são inseparáveis, porque, na Trindade indivisível, o Filho e o Espírito são distintos, mas inseparáveis. Com efeito, desde o princípio até o fim dos tempos, quando Deus envia Seu Filho, envia também Seu Espírito, que nos une a Cristo na fé, a fim de que possamos, como filhos adotivos, chamar a Deus de ‘Pai’ (Rm 8, 15). O Espírito é invisível, mas nós o conhecemos por meio de Sua ação, quando nos revela o Verbo e quando atua na Igreja” (Compêndio, 137). 
Miguel de Salis Amaral