sábado, 21 de julho de 2012

PROFETA NO MEIO DA JUVENTUDE

Hoje, queremos pedir ao Senhor que Sua Palavra seja como uma lança em nosso coração, e que elas possam produzir os frutos que precisamos.
Estou muito feliz de estar, pela primeira vez, no PHN! Convido você a abrir a Sagrada Escritura, na Carta de São Paulo a Timóteo (2 Tm 2,1-13). Esta é escrita de um amigo para outro; porque São Paulo ama Timóteo, ele diz algumas palavras para que este seja santo, feliz. É isto que queremos fazer agora. Coloco-me como São Paulo e convido você a se colocar no papel de Timóteo.
Afirma a carta:
“Então, meu filho, fortalece-te na graça do Cristo Jesus. O que ouviste de mim na presença de numerosas testemunhas, transmite-o a pessoas de confiança, que sejam capazes de ensinar a outros. Como bom soldado do Cristo Jesus, assume a tua parte de sofrimento. Ninguém que esteja engajado no serviço das armas se embaraça nos negócios da vida civil, se deseja agradar a quem o alistou. Igualmente o atleta, na luta esportiva, só recebe a coroa, se lutar segundo as regras. O agricultor, que enfrenta o trabalho duro, deve ser o primeiro a participar dos frutos. Entende bem o que estou dizendo.” Continua São Paulo: “Aliás, o Senhor te fará entender tudo isso. Lembra-te de que Jesus Cristo, descendente de Davi, ressuscitou dentre os mortos, segundo o meu evangelho. Por ele, eu tenho sofrido até ser acorrentado como um malfeitor. Mas a palavra de Deus não está acorrentada. Portanto, é por isto que tudo suporto, por causa dos eleitos, para que eles também alcancem a salvação que está no Cristo Jesus com a glória eterna. É digna de fé esta palavra: Se já morremos com ele, também com ele viveremos; se resistimos com ele, também com ele reinaremos; se o negarmos, ele também nos negará, se lhe somos infiéis, ele, no entanto, permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo.” O verdadeiro amigo é aquele que olha para o outro e nunca o nivela por baixo. É capaz de olhar dentro do nosso coração e enxergar um jardim que estava obstruído pelas ervas daninhas. Só quem é amigo verdadeiro consegue ver o santo que há no outro, mesmo que este esteja caído, apedrejado pelo pecado; como Jesus fez com Maria Madalena. 

A palavra de quem nos ama, muitas vezes, vai nos ferir, mas também nos fará crescer. Semelhante àquele que pratica musculação, porque precisa “ferir” o músculo a partir da disciplina certa, do esforço certo, a fim de que ele cresça. A palavra de quem nos ama vai nos ferir por dentro para provocar em nós o desejo de sair de nossa zona de conforto. O homem forte já existe em nós, mas ele precisa ser “ferido” para que cresça.
Você, hoje, precisa descobrir este homem forte, para que consiga ver os jardins que há dentro de você.
Nosso trabalho, como evangelizadores, é mostrar ao mundo uma postura diferente a partir de Jesus. Foi isso que São Paulo disse a Timóteo. Enquanto o mundo quer nos apresentar algumas soluções fáceis, a Palavra de Deus vem nos apresentar uma vida real, que requer esforço, e, principalmente, a graça do Senhor para nosso caminhar rumo à felicidade. Quais são as razões que o privam de ser “feridos” pelo Senhor? O que tem sido, em sua vida, empecilho para a graça de Deus?

O mundo nos trata como objeto. Muitos têm sido privado da felicidade por causa da prostituição social, das drogas, do álcool. Não se engane, porque o diabo nos tenta a partir de pequenas concessões. Quando menos esperamos, estamos vivendo escravos do prazer temporário e privados de nossa liberdade. Meus irmãos, não se enganem; a felicidade que o Senhor nos propõe se faz por meio do sofrimento, porém ela é verdadeira, real, concreta. São Paulo sabia que Timóteo era jovem e ofereceu a ele a disciplina como meio de alcançar a vitória.
Estamos às vésperas das Olimpíadas. Vamos ver muitos no pódio, porém, para chegar lá o atleta sabe que precisa de vitórias diárias, deve reconhecer seus limites com humildade e esforçar-se. Se você se empenha em buscar coisas boas, colherá coisas boas, mas se se esforçar para alcançar coisas ruins, colherá coisas ruins. O desafio de São Paulo a Timóteo é um convite ao testemunho. Ele deseja que seu discípulo vá anunciar, pelo mundo, a felicidade longe da escravidão do pecado. Aquele que deixa seus vícios, que aprende o segredo da felicidade, imediatamente é chamado a anunciar aos seus amigos a Boa Nova.

Se você veio ao PHN, é porque alguém o influenciou, apresentando-lhe este lugar. A influência é o lugar que Deus age, mas o inimigo também. Pergunto a você: "Quem, realmente, está tendo influência sobre você? Quem move os seus sentimentos? Atrás de quem você anda? Quem você escuta?". São Paulo diz a Timóteo: “Aliás, o Senhor te fará entender tudo isso. Lembra-te de que Jesus Cristo”. Quem é discípulo de Cristo se lembra sempre d'Ele, por isso é livre, não se prostitui socialmente, não vive escravizado nas drogas e no álcool, mas assume que é um projeto vitorioso nas mãos do Senhor.
Portanto, meus irmãos, depois que jogamos fora todas as ervas daninhas que há em nós, após realmente assumirmos que, no Senhor, está o caminho da nossa felicidade, mas, por ventura, alguém quiser roubar novamente nosso caminho, é preciso que tenhamos a coragem de “ascender as luzes”, que investiguemos, novamente, em cada local, nossa história. Para Timóteo foi muito bom ter recebido a carta de São Paulo, pois esta foi, na vida dele, um instrumento de coragem, porque ninguém é “forte” sozinho. Tenha a ousadia de ser um amigo que leve o outro para o céu.
Coragem! Caminhe na luz, pois ninguém é feliz na escuridão. Deus o ama. Você não está só; Ele cuida de você e, hoje, lhe diz: "Coragem. Que a força do Altíssimo seja derramada em você". Ele o espera, jovem, para que seja profeta, testemunha do céu entre seus amigos. Assuma a força do céu que há em você!

Padre Fabio de Melo

ORAÇÃO DE CURA INTERIOR




Senhor, livrai-me de toda amargura e sentimento de rejeição que trago comigo. Curai-me, Senhor. Tocai meu coração com Vossa mão Misericordiosa e curai-o, Senhor. Sei que tais sentimentos de angústia, não vem de Vós: vem do inimigo que tenta me fazer infeliz, desanimada(o), porque me escolheste, assim como Vos escolhi, para servir e amar. Enviai-me, pois, Vossos santos anjos, para me libertar de toda angústia e sentimento de rejeição, assim como os enviastes, para libertar da prisão a Vossos apóstolos que, embora injustamente castigados, Vos louvavam e cantavam com alegria e destemor. Fazei-me também, assim, sempre alegre e grata(o), obstante as dificuldades de cada dia.
 Amém!

TESTEMUNHAR A FÉ A JESUS REQUER CORAGEM E OUSADIA

Devemos dar a nossa contribuição à Igreja. Devemos ser vasos de barro que levam à Igreja o vinho novo: o vinho do Espírito Santo. O vinho dos carismas, para que toda a Igreja beba e fique cheia do Espírito Santo. Esse é o desejo do Senhor: “Não vos embriagueis com vinho – pois isso leva ao descontrole –, mas enchei-vos do Espírito” (Ef 5,18).
Igreja do Brasil, enche-te do Espírito Santo! É assim que o Senhor fará novas todas as coisas! Amém! “Mas recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, por toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1,8).
No momento atual e nos tempos difíceis que se aproximam, necessitamos do poder do Espírito Santo para continuar testemunhando Jesus e não arrefecer. Como no início da Igreja, os cristãos, hoje, estão na mesma encruzilhada: ser cristão e testemunhar a fé em Jesus requerem força, coragem, ousadia.
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

ESCRAVOS DO PECADO

Pecar é destruir o próprio ser e caminhar para o nada

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) nos mostra toda agravidade do pecado: “Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave do que o pecado e nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro” (§ 1488).
São palavras fortíssimas, pois mostram que não há nada pior do que o pecado. Por outro lado, o Catecismo afirma que ele é uma realidade: “O pecado está presente na história dos homens: seria inútil tentar ignorá-lo ou dar a esta realidade obscura outros nomes” (CIC, §386).
Deus disse a Santa Catarina de Sena, em 'O Diálogo':
”O pecado priva o homem de Mim, Sumo Bem, ao tirar-lhe a graça”. São Paulo, numa frase lapidar, explica toda a hediondez do pecado e razão de todos os sofrimentos deste mundo: “O salário do pecado é a morte” (Rom 6,23).
Tudo o que há de mal na história do homem e do mundo é consequência do pecado que começou com Adão. “Por meio de um só homem, o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, e assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rom 5,12). O Catecismo ensina que: “A morte corporal, à qual o homem teria sido subtraído se não tivesse pecado (GS,18), é assim o último inimigo do homem a ser vencido” (1Cor 15, 26).
Santo Agostinho dizia que: "É desígnio de Deus que toda alma desregrada seja para si mesma o seu castigo”, e acrescentava: “O homem se faz réu do pecado no mesmo momento em que decide cometê-lo.” Sintetizava tudo dizendo que “pecar é destruir o próprio ser e caminhar para o nada”. Ele dizia de si mesmo nas confissões: “Eu pecava, porque em vez de procurar em Deus os prazeres, as grandezas e as verdades, procurava-os nas suas criaturas: em mim e nos outros. Por isso precipitava-me na dor, na confusão e no erro.”
Toda a razão de ser da Encarnação do Verbo foi para destruir, na sua carne, a escravidão do pecado. “Como imperou o pecado na morte, assim também imperou a graça por meio da justiça, para a vida eterna, através de Jesus Cristo, nosso Senhor”. (Rom 5,21)
O demônio escraviza a humanidade com a corrente do pecado, mas Jesus vem exatamente para quebrá-la. São João deixa bem claro na sua carta: “Sabeis que Ele se manifestou para tirar os pecados” (1Jo 3,5). “Para isto é que o Filho de Deus se manifestou, para destruir as obras do diabo” (1 Jo 3,8). Essa “obra do diabo” é exatamente o pecado, que nos separa da intimidade e da comunhão com Deus e nos rouba a vida bem-aventurada.
Com a Sua Morte e Ressurreição triunfante, Jesus nos libertou das cadeias do pecado e, por Sua graça, podemos agora viver uma nova vida. É o que São Paulo nos ensina na Carta aos Colossenses: “Se, pois, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus” (Col 3,1). Aos romanos ele garante: “Já não pesa mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus. A Lei do Espírito da vida em Cristo Jesus te libertou da lei do pecado e da morte” (Rom 8,1).
Aos gálatas o apóstolo diz: “É para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei firmes, portanto, e não vos deixeis prender de novo ao jugo da escravidão” (Gal 5,1).A vitória contra o pecado custou a vida do Cordeiro de Deus. São João Batista, o precursor, aquele que foi encarregado por Deus para apresentar ao mundo o Seu Filho, podia fazê-lo de muitas formas: “Ele é o Filho de Deus”, ou, “Ele é o esperado das nações”, como diziam; ou ainda: “Ele é o Santo de Israel”, ou quem sabe: “Eis aqui o mais belo dos filhos dos homens”, etc.; mas, em vez de usar essas expressões que designavam o Messias que haveria de vir, João preferiu dizer: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).
Aqueles que querem dar outro sentido à vida de Jesus, que não o d'Aquele que “tira o pecado do mundo”, esvaziam a Sua Pessoa, a Sua missão e a missão da Igreja. A partir daí, a fé é esvaziada e toda a “sã doutrina” (1Tm4,6) é pervertida. Eis o perigo da “teologia da libertação”, que exigiu a intervenção direta da Santa Sé e do próprio Papa João Paulo II, pois, na sua essência, esta “teologia” substitui o Cristo Redentor do pecado por um Cristo apenas libertador dos males sociais e terrenos, reinterpreta o Evangelho e o Cristianismo dentro de uma exegese e de uma hermenêutica que não é aceita pelo Magistério da Igreja.
Assim como a missão de Cristo foi libertar o homem do pecado, a missão da Igreja, que é o Seu Corpo místico, a Sua continuação na história, é também a de libertar a humanidade do pecado e levá-la à santificação. Fora disso, a Igreja se esvazia e não cumpre a missão dada pelo Senhor. "Jesus" quer dizer, em hebraico, “Deus salva”. Salva dos pecados e da morte. Na anunciação, o anjo disse a Maria: "… lhe porás o nome de Jesus" (Lc 1,31).
A José, o mesmo anjo disse: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1,21). A salvação se dá pelo perdão dos pecados; e já que “só Deus pode perdoar os pecados” (Mc 2, 7), Ele enviou o Seu Filho para salvar o Seu povo dos pecados. “Foi Ele quem nos amou e nos enviou Seu Filho como vítima de expiação pelos nossos pecados” (1Jo 4,10). “Este apareceu para tirar os pecados “ (1Jo 3,5).
Isto mostra que a grande missão de Jesus era, de fato, “tirar o pecado do mundo”, e Ele não teve dúvida de chegar até a morte trágica para isto. Agora, Vivo e Ressuscitado, Vencedor do pecado e da morte, pelo ministério da Igreja, dá o perdão a todos os homens. Jesus disse aos apóstolos na Última Ceia: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,15).Guardar os mandamentos é a prova do amor por Jesus. Quem obedece aos Seus mandamentos, foge do pecado.
O grande São Basílio Magno (329-379), bispo e doutor da Igreja, ensina, em seus escritos, que há três formas de amar a Deus: a primeira é como o mercenário, que espera a retribuição; a segunda, é como escravo que obedece, por medo do chicote, o castigo de Deus; e o terceiro é o amor filial, daquele que obedece, porque, de fato, ama o Pai. É assim que devemos amar o Senhor; e, a melhor forma de amá-Lo é repudiando todo mal.
Os Dez Mandamentos são a salvaguarda contra o pecado. Por isso, o primeiro compromisso de quem almeja a santidade deve ser o compromisso de viver, na íntegra, os mandamentos. Diante da gravidade do pecado, o autor da Carta aos Hebreus chega a dizer aos cristãos: “Ainda não resististes até ao sangue na luta contra o pecado” (Hb 12,4). Nesta luta, justifica-se chegar até ao sangue, se for preciso, como Jesus o fez.
Felipe Aquino