sexta-feira, 20 de julho de 2012

O ESSENCIAL É DIVINO E SOMENTE DEUS PODE NOS DAR

Todos nós, sem nenhuma exceção, precisamos nos encontrar com Jesus e desejar, do fundo do coração, esse encontro, porque esta é a nossa maior necessidade.
Nem nós mesmos, na maioria das vezes, sabemos discernir o que é essencial para a nossa vida, mas quando nos encontramos com o Senhor tudo passa a ter um novo sentido, um novo brilho, os nossos olhos ficam iluminados e tudo se faz novo. Desse modo, somos saciados por Deus em todas as nossas necessidades e aprendemos a discernir o que é importante e o que é essencial, porque, muitas coisas, são importantes, mas poucas são essenciais: o essencial é divino e somente Deus pode nos dar.
O desejo do Pai é que “todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (I Tm 2,4).
Deus sabe o que é bom para cada um de nós.
Senhor, nós confiamos na Sua bondade para conosco.
Luzia Santiago

APRENDA COM AS VIRTUDES DE UM PAPA SANTO

Beato João Paulo II vivia mergulhado na oração

O instinto do povo não se enganava quando, desde o início do pontificado de João Paulo II, via no Papa Wojtyla um homem de Deus. Sua fé era notada no calor sereno e viril de sua voz, no olhar profundo, afetuoso e calmo, na paz com que abraçava seu serviço sacrificado e incansável e com que aceitava as adversidades, doenças e dores como vindas das mãos de Deus.
A fé, segura, sólida e feliz, pode-se dizer que saía por todos os poros de seu corpo e de sua alma. Acreditava mesmo em Deus, acreditava mesmo em Jesus Cristo, único Salvador do mundo; acreditava plenamente no chamado de todos à salvação que está em Cristo Jesus; acreditava, com confiança de filho, na intercessão da santíssima Virgem Maria, em cujos braços maternos se abandonara muito cedo, declarando-se Totus tuus! - Todo teu!
Diz-se, com toda a razão, que a oração é o espelho da fé.É por meio dela que a alma se une a Deus em plena intimidade; é pela oração, amorosamente contemplativa, que os traços de Cristo se imprimem na alma; é por ela que os olhos vêem o mundo, a história, os homens - cada homem - com a própria visão de Deus; e é pela oração que se pode chegar a dizer como São Paulo: "Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim" (Gál 2,20).
Pois bem, João Paulo II vivia, literalmente, mergulhado na oração. E isso, mesmo para os que o ignoravam, notava-se de uma forma indisfarçável. Desde o início de seu pontificado - continuando, aliás, com seus antigos hábitos de padre e de bispo - , levantava-se às 5h30 e, depois de se arrumar, ia imediatamente à capela para fazer mais de uma hora de oração íntima, ajoelhado diante do sacrário, perante um crucifixo e uma imagem da Virgem Negra de Czestokowa.

No seu penúltimo livro, 'Levantai-vos! Vamos!', o próprio Papa fala da alegria de ter a capela tão perto das dependências onde trabalhava: “A capela fica tão próxima para que na vida do bispo tudo - a pregação, as decisões, a pastoral - tenha início aos pés de Cristo, escondido no Santíssimo Sacramento [...]".Estou convencido de que a capela é um lugar de onde provém uma inspiração particular. É um privilégio enorme poder habitar e trabalhar no espaço dessa Presença que atrai como um potente ímã. “Todas as grandes decisões - comentava um dos seus ajudantes - tomava-as de joelhos em frente ao santíssimo Sacramento”.
A capela era, realmente, o ímã constante, irresistível, do dia a dia de João Paulo II. Nela, além da oração matutina e da celebração da Santa Missa, ele rezava,  todos os dias, a Liturgia das Horas. Na capela, muitas vezes, das 9h30 às 11h00, ele se dedicava a escrever, anotando sempre no cabeçalho de cada folha uma oração abreviada, uma jaculatória.  
Naquele lugar, guardava o que ele chamava a “geografia da sua oração”, pois, no interior da parte de cima do genuflexório, as freiras que cuidavam da casa pontifícia deixavam centenas de folhas datilografadas, com pedidos de oração pessoal enviados, por carta, ao Papa por fiéis de todo o mundo; intenções pelas quais fazia questão de rezar. Conta-se que um dos seus secretários, o padre John Magee, procurou certa data o Papa nos seus aposentos e não o encontrou. Foi-lhe indicado que o procurasse na capela, mas não o viu. Sugeriram-lhe, então, que olhasse melhor, e lá descobriu efetivamente o Santo Padre, prostrado no chão, em adoração, diante do Sacrário.
Esse clima de oração, estendia-se, como uma onda cálida, a todas as atividades do dia. João Paulo II rezava constantemente entre as diversas reuniões, a caminho das audiências, no carro, num helicóptero… Num terraço do Palácio Apostólico, onde mandara colocar as catorze estações da Via Sacra. Praticava essa devoção todas as sextas-feiras do ano e, na Quaresma, todos os dias. Rezava o terço em diversos momentos da jornada, até completar o Rosário.
Um detalhe simpático: só se dedicava ao descanso, após o almoço, uns dez minutos; depois dos quais, enquanto 
outros repousavam, passeava pelos jardins do Vaticano rezando o terço.
Padre Francisco Faus

EU CREIO , SENHOR , MAS AUMENTAI MINHA FÉ



Todos os dias, sobre o altar, Jesus renova Seu sacrifício por causa da nossa pobreza, porque somos ainda pouco santos e muito pecadores.

Jesus, em cada celebração da Santa Missa, se apresenta a nós com as mãos e pés chagados e nos diz: “Toquem minhas mãos, toquem meus pés”; da mesma forma fez quando apareceu a Tomé, que não acreditava na ressurreição d'Ele. Jesus chegou mostrando-lhe Suas chagas e dizendo: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo”(Jo 20,27).

Depois dessas palavras, Tomé caiu de joelhos diante de Jesus. Olhando para as chagas de Suas mãos e do Seu lado, disse ao Senhor: “Meu Senhor e meu Deus!”. Jesus acrescentou: “Creste porque me viste. Bem-aventurados os que não viram e creram!”(Jo 20,29).

Isso se refere a nós. Aí está nossa bem-aventurança. Por isso, precisamos professar: “Eu creio, Senhor, mas aumentai a minha fé!”.

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova